Escolhidos escrita por Sahh


Capítulo 19
19


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ;)



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De alguma maneira, o que ela disse me desconcertou. Não que eu queira ficar forte para mostrar ao Oliver que não sou uma perdedora. Quero ficar forte para poder defender melhor a Maggie, ela é ingênua demais, não gosta de lutar e não vai saber vencer uma luta. De qualquer maneira, quero ficar forte para saber me defender também, sabe-se lá o que vai acontecer conosco nesse lugar.

Seguro com firmeza a arma com as duas mãos, concentro-me no alvo e aperto o gatilho. Acerto-o no centro. Continuo tentando outros alvos. Darren nos dá carga pras armas sempre que elas acabam. Acerto em quase todos os centros do alvos. Eu havia prestado atenção em como Rose atirava, não era grande coisa. Ela acertou uma vez somente no centro. Rose está recarregando a arma com Darren, vou até eles para recarregar a minha. Chego perto de Rose. Darren havia se virado para pegar as recargas na estante alta de trás.

– Olha, é melhor você melhorar a sua pontaria, seu amado não deve ter gostado do que viu – digo. Rose vira o rosto, ela está forçando o maxilar. Sorrio e pego a recarga. Vou em direção á minha cabine, no caminho, recarrego a arma.

Ficamos atirando quase que por meia hora, se tornou até entediante. Não é tão difícil. Darren nos leva de volta para o local de armas e diz para escolhermos outra que não seja arma de fogo. Chego até as pequenas facas e pego duas. Voltamos para o centro da sala. Oliver está todo suado, seu rosto está vermelho. Ele se apoia na espada.

– Tudo bem? – pergunto. Ele levanta o rosto vermelho e sorri.

– Tudo. – Sorrio.

– Bem, vocês agora escolherão armas diferentes das que têm agora – diz o homem moreno para o grupo que havia pego as espadas e a faca.

Olho para o lado. Maggie está pegando as facas no chão perto do alvo. Ela não parece muito feliz. Oliver, Conor, Lucy e Maggie acompanham Darren até o cômodo das armas. Sophie me leva até o canto com os alvos. Ela diz para eu ficar á uma grande distância do alvo. Ela havia me dado mais três facas. A primeira acerto no centro, a segundo do lado esquerdo, outra do lado direito. Acabo fazendo uma linha reta com as facas. Ela sorri e me parabeniza. Fiquei curiosa quanto á Maggie.

– Como a garotinha foi aqui? – pergunto.

– Ela não conseguia acertar direito, ela precisa de força no braço – diz Sophie. Mordo o lábio inferior.

Pego as facas novamente e jogo-as para ficar como da vez anterior, em linha reta. Faço isso umas três vezes.

– Você é boa com o alvo. Por que não tenta a espada? – sugere Sophie. Olho para o centro da sala. Dylan e Mark sorriem enquanto lutam um contra o outro. Rose cai quando um dos ajudantes havia forçado-a para trás com a espada.

Caminho até o cômodo de espadas e pego uma. Dylan e Mark bebem água, sentados no chão. Um dos ajudantes vêm em minha direção. Ele é alto e têm o cabelo ruivo. Ele abre a boca para falar.

– Eu treino com ela – diz alguém. Olho para trás do homem ruivo. Dylan está de pé e sorrindo. Ele anda até nós. Ouço um barulho ao lado. Rose deixou a espada cair e está sentada no chão, com a espada do ajudando apontada para ela. Mas ela não está olhando para ele, e sim para nós. Eu não quero mais problemas.

– Não, eu vou com um dos ajudantes – digo. Dylan sorri.

– Eu insisto. Você é excelente com os alvos, vamos ver com a espada – diz Dylan. Algo nele me lembra alguém, certamente. Não somente por parecer com seu pai. Suspiro.

– Está bem – posiciono-me e sorrio. – Vêm.

O ajudante se retira e Dylan se posiciona á uns poucos metros de mim. Não esperarei ele avançar. Avanço para frente com a espada, Dylan bloqueia meu ataque com sua espada.

– Nem sempre é bom avançar primeiro – diz Dylan. Meus dedos amolecem e quase solto a espada. Dou uns passos para trás. Espero não estar arranjando outro inimigo. Respiro fundo. Espero ele avançar. E assim ele faz. Bloqueio seu ataque, estou forçando demais, minhas mãos doem. Empurro-o para trás com a espada. Ele sorri.

Ele avança novamente e eu tento bloquear seu ataque, mas ele é rápido e vai para um lado, empurra minha espada com a sua e ela cai no chão. Sua espada está perto demais no meu pescoço. Ele a retira e se abaixa para pegar minha espada.

– Vamos tentar de novo – diz ele. Ele me oferece a minha espada. Pego-a. – Quando eu for para um lado, tenta proteger o alto do corpo com a espada. Se eu tentar na parte de baixo, você dá uns passos para trás e bloqueia o ataque com a espada.

Ele deve estar cansado de me ver perder. Seguro com firmeza a espada.

– Vêm. – Ele sorri e avança. É agora, ele vai tentar acertar minha barriga. Não faço o que ele disse. Vou para o lado e bloqueio sua espada. Jogo-a para longe. Ele me olha aturdido. Ele ajeita o corpo e caminha para pegar sua espada que caiu atrás de mim. Ele passa por mim e me olha.

– Você não mudou nada – sussurra ele sorrindo.

Olho para trás, ele está caminhando para os cômodos de armas. Ele entra no cômodo de espadas e a coloca na parede. Não mudei? O que ele quis dizer com isso? Penso, confusa.

Dylan caminha até Sophie e pega as facas em sua mão e tenta acertar o alvo. Quem é esse Dylan?

– Vamos nós duas, apaixonada.

Viro-me para o lado e Rose avança com sua espada para cima de mim. Bloqueio seu ataque á tempo. Empurro-a com a espada para trás. Ela avança novamente, seguro a espada com as duas mãos novamente e tento acertá-la, mas ela faz o mesmo que Dylan, vai para o lado e perco o equilíbrio. Tento não cair. Respiro fundo e posiciono os pés firmes no chão. Rose avança e bloqueio sua espada. Jogo sua espada para o lado, Rose perde o equilíbrio e cai no chão. Aponto a espada para seu pescoço.

– Você não deve descontar nas outras pessoas só porque ele não te aceita – digo. Tiro a espada e caminho até um dos ajudantes. Preciso beber água. Eles me dão uma garrafa de água e me sento ao lado de Mark.

– Vamos lutar depois? – pede Mark.

– Ok. – Sorrio.

– Cara, perdi para aquele garoto...

– O Dylan?

– Aham. Impressionante, você venceu ele.

– Não. Ele só desistiu de continuar – digo. Se ele tivesse continuado, eu teria perdido. Ele achou mesmo que eu seguiria instruções dele para perder?

– Então vamos ver qual de nós é mais forte. – Mark sorri e bagunça meu cabelo. Rio e mexo em seu cabelo loiro. Pego do pulso um elástico e amarro meu cabelo.

Mark e eu estamos no meio da sala. Eu ainda estou confusa. Dylan disse que não mudei nada. Com relação ao quê? Tenho que deixar isso de lado por um tempo, não posso me desconcentrar enquanto estiver lutando.

Avanço para cima de Mark, ele bloqueia meu ataque e tenta jogar longe minha espada, seguro-a com força e empurro sua espada. Ele sorri e empurra a espada com mais força. Tiro a espada e ele quase tropeça. Dou uns passos para trás. Coloco as mãos no joelho, ele também. Me recomponho e Mark avança. Não tento bloquear seu ataque, giro o corpo para o lado, mas calculo errado. Uma dor surge em meu braço direito. Minha espada cai no chão. Seguro meu braço direito. Outra espada cai no chão.

– Caramba, eu não queria. Eve, desculpa – diz Mark. A dor em meu braço é horrível. O sangue escorre por entre meus dedos. Ajoelho-me no chão. Mark se ajoelha ao meu lado. – Ei, dá para alguém vir aqui? – grita ele. Um dos ajudantes aparece e me acompanha até a porta. Olho pro lado, Dylan havia parado com as facas. Mark corre até mim. – Vou com você.

– Não é permitid-

– Ah, cala a boca. Eu a machuquei, tenho que ir com ela – diz Mark.

– Não precisa, eu não vou morrer por causa de um corte – digo e sorrio.

– Só me deixe ir com você. Me sentirei melhor.

– Tudo bem – digo. O ajudante resmunga algo sobre ¨sobrar para mim¨. O corte no meu braço arde. Mordo com força o maxilar. O ajudante aparece com uma seringa e fura meu outro braço. Tudo á minha volta gira.

– Ei, o que você está fazendo? – alguém pergunta.

– É pra ela não sentir dor – diz uma voz ao meu lado. A do ajudante.

– É só... um corte... – Tento dizer. Fecho os olhos. Sinto meu corpo leve e sinto algo nas costas. Alguém me segurando, talvez.

– Vou ajudar a levá-la – diz alguém. A voz é baixa. Sinto-me mais leve. Acho que alguém está me segurando. É isso. Esforço-me para falar, mas acabo relaxando.


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