City Of Evil - Fic Interativa escrita por Roli Cruz, Eileen Harvey


Capítulo 32
Rufus - Amy


Notas iniciais do capítulo



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Pov. Amy Carter

Coloquei o uniforme e me olhei no espelho, fazendo uma careta. Era apertado demais para meu gosto.

Saí do quarto e fui até Woody, que estava jogado no sofá, passando um tipo de creme no moicano roxo. Lembrei instantaneamente de Leslie, que o achava atraente. Sorri e fui até ele.

– Pronta? – Perguntou, sem tirar os olhos do espelho.

– Não se cansa de denegrir sua imagem? – Perguntei, sentando no braço do sofá.

– Vocês dos Distritos distantes não entendem o que é moda. – Ele respondeu.

– Ah, claro. – Revirei os olhos. – Aliás, meu Distrito não é tão longe assim, lembra? Distrito 7.

– Tem 6 entre vocês e a Capital. – Ele retrucou. – Mas enfim, vamos porque eu não quero que você se atrase.

– Onde está Luka? – Perguntei, indo até o elevador.

– Foi mais cedo, enquanto a senhorita dormia. – Ele fechou a cara para mim. Ignorei e apertei o botão que levava ao Centro de Treinamento.

Desci do elevador e Woody estalou a língua, enquanto a porta fechava e ele subia.

Fui até um semicírculo, sentindo minhas bochechas corarem. Só faltava eu para que o treinamento começasse.

Um homem alto, musculoso, careca e com uma barbicha grossa nos olhava atentamente.

– Meu nome é Rufus Grants. Sou o Chefe do CT. – Ele começou a falar. Tinha a voz grossa e rouca, chegando a ser ameaçadora por natureza. Rufus pousou os olhos nos Carreiristas por um momento e eu vi Jason, o garoto do Dois, sorrir. – Alguns de vocês já me viram antes, e esses sabem que eu não tolero certas coisas.

– Como o que? – Perguntei, fazendo toda a atenção se voltar para mim.

– Se vocês brigarem entre si... – Ele sorriu maldosamente. – E não se machucarem, eu tomarei conta do recado.

– Eu que o diga. – Griff sorriu, cruzando os braços.

– Não sejam idiotas. – Ele falou. – Deixem isso para a Arena. Lá poderão se matar à vontade. – E então começou a circular, olhando-nos com atenção. – Se eu ouvir algo ofensivo, se eu ver alguém encrencando com outro alguém, se vocês não se comportarem como manda o figurino, podem ter certeza que depois terão que se acertar comigo. – E então parou na frente de Misha, a garota baixinha do Distrito 3. – Não importa se for garota, garoto, gordo, magra, baixo ou grande. Se eu ver que não estão se comportando... – E apontou para um tipo de ringue. – Se verão comigo ali.

– Bom saber disso. – O garoto do Distrito 2 sorriu de forma desafiadora.

– E para finalizar. Não subestimem as alas de sobrevivência. – Ele falou dessa vez com humor na voz. – Nunca se sabe quando um inseto modificado vai te picar. Vai que os Patrocinadores não tem dinheiro para você?

Esse cara é estranho. Pensei.

Ele nos liberou e eu fui diretamente para a ala de camuflagem.

– Olá. – Uma garota loira chegou perto de mim, enquanto eu me arrumava no banco. – Será que posso?

– Claro. – Falei, reconhecendo-a como a namorada do garoto louco. O casal do Distrito 10.

– Obrigada. – Ela se sentou e a moça começou a nos explicar como faríamos.

Olhei ao redor e vi a Carreirista do 1 lutando com um dos ajudantes. Ela era leve e se movimentava com uma precisão impressionante.

O carreirista do 2 jogava uma lança em um boneco-alvo. Decapitou-o.

Engoli em seco e voltei minha atenção para a camuflagem.

Morrerei na Cornucópia se não for rápida e esperta o bastante.


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Notas finais do capítulo