City Of Evil - Fic Interativa escrita por Roli Cruz, Eileen Harvey


Capítulo 2
Just Another Guy - Meera


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!

Espero que gostem dessa fic de THG. Não, não vou abandonar as outras xD

Os Pontos de Vista serão intercalados. Beijos!



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POV. Meera Deveraux

Assim que eu soube que nesse ano, as pessoas do meu próprio distrito escolheriam quem iria. Eu me tranquilizei.

Eu sou a filha do prefeito. Sou a queridinha, a mais bonita e mais cobiçada garota de todo o distrito 1. Não tem porque as pessoas me escolherem. Apesar de lutar muito bem – coisa que poucos sabem – não vejo como me colocariam em um perigo como esse.

Bom. Eu pensava isso até essa manhã.

– Sarah e Isaac estão te esperando. – Meu pai disse, assim que desci as escadas.

– Mas hoje é o dia da Colheita. – Franzi o cenho, colocando uma uva na boca.

– Eles querem que você repasse os exercícios. – Ele respondeu. – Vamos, Meera. Não vai custar nada.

Não respondi, fui até minha mãe e ela me deu um beijo no rosto.

Coloquei um casaco por cima do vestido e abri a porta.

– Não esperem por mim! Encontrarei vocês na Colheita! – Gritei, antes de fechar a porta.

Caminhei até a Aldeia dos Vitoriosos e entrei na quinta casa.

– Isaac? – Chamei, fechando a porta com cuidado.

– Ah... Oi Meera. – Ele apareceu na porta da cozinha. Seus cabelos claros estavam bagunçados e ele estava sem camisa, com a calça do pijama e descalço. – Trix, tenho um assunto importante para tratar. – Ele disse, virando para a cozinha.

Sorri, sem acreditar.

Eu adorava Isaac, mas ele sempre estava com alguma vadia. Eu costumava rir muito disso.

Uma garota com longos cabelos negros passou por mim, arrumando a blusa.

Ela deu um sorrisinho para mim antes de sair, o qual eu não retribuí.

– Você não vai nunca tomar jeito, Isaac. – Falei, jogando o casaco em cima do sofá.

– Você sabe que é única para mim, Meera. – Ele disse, chegando perto de mim com os braços abertos. Direcionou-os para minha cintura, como se fosse me abraçar, mas eu peguei seu braço direito e o torci, fazendo-o ficar de costas para mim.

Ele era muito mais alto que eu, então subi no sofá e falei bem perto do seu ouvido:

– E você sabe que é somente mais um garoto entre tantos para mim. Não pense que eu sou uma vagabunda qualquer, querido. Sabe que eu só estou aqui porque meu pai me forçou a treinar antes da Colheita. – Falei ameaçadoramente, soltando seu braço. Desci graciosamente do sofá e fui para os fundos da casa, onde ele costumava me treinar. Ali era um tipo de academia. Havia máquinas para malhar os músculos, um boneco para treinar boxe ou outras lutas e todos os tipos de armas que eu costumava amar. Principalmente os sais, ou seja, dois tridentes pequenos com a lâmina do meio muito maior que as outras duas.

– Hoje você não vai mexer com as armas brancas. – Isaac falou, aparecendo na porta do cômodo.

– E o que farei então? – Perguntei, sem olhar para ele. Eu ficava encantada com as lâminas brilhantes e devidamente polidas que ficavam naquela sala.

– Você treinou com elas por seis meses. Temos que relembrar sua luta corpo a corpo. – Ele disse, enquanto eu virava em sua direção. Ergui uma sobrancelha e dei um sorriso frio.

– Você não merecia morar aqui. – Falei, pegando um facão com a lâmina curva.

– Eu acho que sim. Matei dez, de vinte e três pessoas nos Jogos que participei. Ganhei com honra e glória, Meera. Você não pode caçoar disso. – Ele respondeu, com um sorriso torto nos lábios.

Olhei em sua direção e lancei o facão. Ele desviou facilmente e sorriu.

– Essa é uma coisa que deveríamos ter praticado em você também. Sua mira não é muito boa, sabia? – Ele perguntou, pegando o facão fincado na parede.

Foi até mim e colocou a arma de volta no lugar.

– Vamos treinar então? – Ele perguntou, ficando na minha frente.

Olhei para seus olhos e avancei, chutando com a perna direita em direção à sua cabeça. Ele desviou abaixando, mas assim que levantou eu lancei a outra perna. Ele pegou meu pé no ar e sorriu. Recuei a perna e tentei dar um soco em seu maxilar, mas ele desviou minha mão. Já ia se vangloriar de novo, mas eu enfiei o punho em sua barriga.

Ele arquejou para trás e eu tentei o chute novamente. Dessa vez acertei. Isaac deu dois passos para o lado, desnorteado, e me olhou com os olhos cinza faiscando. Ele odiava perder.

Fui para trás e sorri.

– Só isso que pode me oferecer? – Perguntei. Adorava brincar com seus sentimentos, principalmente quando seu orgulho estava ferido.

Ele avançou e me pegou pela cintura, me colocando em seu ombro. Caímos no chão e ele sentou em meus peitos, imobilizando meus braços com os joelhos.

Tentei alcançar sua cabeça com os pés e as pernas, que estavam livres, mas não consegui. Ele riu de meu esforço inútil.

– Você está mais rápida, Meera. – Ele riu. – Isso se deu por causa de ontem à noite?

Meu sangue ferveu de raiva, e eu cravei minhas unhas em sua coxa. Ele urrou e vacilou por um instante, me dando a oportunidade de ir para cima dele.

Imobilizei suas pernas com as minhas e segurei seus braços.

– Você sabe que não tem força para aguentar por muito tempo. – Ele disse, sorrindo torto.

– Verdade, Isaac? – Falei docemente, chegando com a boca bem perto da sua. Ele me olhou confuso, mas sorriu e fechou os olhos, aproximando sua boca da minha.

Sorri e estreitei os olhos. Ele tinha caído na minha.

Fui para trás com a cabeça, fazendo-o me procurar e ajoelhei com força em sua barriga.

Ele gritou de dor e eu levantei.

– Já consigo ouvir todos gritando meu nome. – Disse, olhando pela janela.

Sabia que ele estava se levantando e que iria me atacar, mas não liguei. Já tinha um esquema.

Como previsto, ele se levantou e imobilizou meus braços, colocando-os em minhas costas. Com a mão livre, passou a mão em meu pescoço.

– Acho que você não está pronta para ir para a Arena. –Ele sussurrou em meu ouvido. Sorri e virei o rosto para cima, para encará-lo. Abri um pouquinho a boca e olhei fixamente para a dele. – Não vou cair nesse truque duas vezes. – Ele disse, mas chegou mais perto de mim.

Virei de frente para ele e coloquei a mão em sua nuca, puxando-o para um beijo.

Ele abraçou minha cintura e fomos aprofundando o beijo cada vez mais.

Ele já estava querendo me colocar em cima da mesa, quando eu parei o beijo e ainda olhando para sua boca rosada, falei:

– Game Over.

– Como assim? – Ele perguntou, mas logo gritou de dor. Eu havia acabado de dar uma joelhada no meio de suas pernas.

Sorri friamente e arrumei meus cabelos, enquanto ele arquejava de dor.

– Isso... Isso foi golpe sujo. – Ele disse, depois de um tempo resmungando.

– E quem disse que as pessoas jogarão limpo na Arena? – Perguntei, achando graça de sua dor.

Ouvi palmas vindas da porta e olhei para lá. Uma mulher de cabelos branco-perolados e olhos mais negros que a noite estava parada.

– Bravo! – Ela disse, mostrando dentes perfeitamente alinhados. – Você cresceu muito, Meera.

– Obrigada, Sarah. – Falei, olhando para Isaac se retorcendo no chão.

– Use isso contra os tributos masculinos e ganhará fácil. – Ela disse, sorrindo.

– Sua filha de uma... – Isaac começou a falar, mas Sarah o cortou.

– Olha como se refere à primeira dama do Distrito. Agora venha, Meera. A Colheita já vai começar.



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Notas finais do capítulo

Gostaram da Meera?

Ela é da JuliaTassinari.

Beijos!