“E a história foi assim...”

“Há muito tempo, em Roma, um homem foi escolhido para suprimir os conflitos internos entre o partido popular e o Senado. Esse homem, membro de uma família patrícia decadente e hábil general, chamava-se Lucius Cornelius Sylla. Graças à ordem de sucessão dos ditadores, Sylla ficou conhecido como Sandaime, ou ‘O Terceiro’. Sandaime tinha como objetivo dirigir a guerra interna no Oriente, mas, por manobras de seus adversários políticos, viu-se repentinamente destituído do comando, e substituído por Danzou, seu pior inimigo, política e pessoalmente. Inconformado, marchou com seu exército sobre Roma e afastou dela seus adversários, obrigando Danzou a fugir para a África. Após a fuga de seu arquiinimigo, partiu com suas tropas para o Oriente, onde encontrou-se com o mais feroz ameaçador de Roma desde os tempos de Madara: o poderoso Uchiha Fugaku. Tendo já invadido diversas províncias romanas, Fugaku proclamou-se rei da Ásia em Pérgamo, e executou muitas obras em benefício do povo, como a libertação de escravos, e a abolição de dívidas. Enviou tropas à Grécia, conquistando Atenas, Beócia e Peloponeso, e se dirigiu à Macedônia.
Sandaime foi ao seu encontro na Grécia, derrotou suas tropas, cercou e recuperou Atenas, uniu a seu exército fenícios e ródios, atravessou o Egeu, e forçou o Uchiha a um acordo de paz.
Quando voltou para a Itália, O Terceiro se espantou com o que vira: Danzou, seu antigo inimigo político, revoltado, e usando de violência, obteve novamente, e pela sétima vez, o seu cargo de cônsul. Porém, faleceu antes que pudesse desfrutar de todo o poder adquirido.

Com isso, o governo de Roma se viu dividido novamente entre o Partido Popular e o Senado. Entretanto, a chegada do Terceiro conseguiu finalizar as disputas internas, e o mesmo, por meio de um plebiscito, foi nomeado ditador. Usando dos poderes de ditador romano, o Terceiro aniquilou o partido popular, e restaurou o poder que o Senado havia perdido. Contudo, o governo senatorial se mostrou pouco sólido, e foi forçado a dar plenos poderes aos generais que comandavam os exércitos, para que estes suprimissem os conflitos internos dos partidos restantes; e os líderes das tropas, abusando do poder conferido, investiram politicamente contra o Senado. O primeiro militar que realmente fez sucesso na política romana utilizando-se desses novos poderes foi Jiraiya, um protegido do Sandaime. Foi escolhido pelo Senado para pacificar a Espanha, função na qual foi vitorioso, e ainda retornou à Itália a tempo de terminar uma tremenda rebelião: a revolução dos escravos, liderados por Espartaco. Este morreu no combate contra as tropas de Senju Tsunade, uma líder militar partidária ao Terceiro; o resto de suas tropas foi abatido por Jiraiya. Deste modo, Jiraiya e Tsunade disputavam a fama de ter vencido os revoltos, e livrado Roma desta ameaça. Ao chegarem ambos em Roma, não lutaram entre si, mas fizeram um acordo, e foram nomeados cônsules. E, já que tinham popularidade, decidiram agradar a maioria, e estabeleceram o soerguimento do poder popular, indo assim contra toda a doutrina do Sandaime. Jiraiya conquistou, além disso, mais dois grandes feitos militares que lhe conferiram poderes tão supremos que nunca haviam dado a nenhum outro general romano: aboliu a pirataria marítima, que prejudicava o comércio; e derrotou Fugaku, que, descumprindo o acordo feito com o Terceiro, desencadeou outro conflito na Ásia.

Enquanto Jiraiya esteve longe de Roma, o partido popular e o Senado se digladiavam ao extremo. A disputa era tão intensa que se viram obrigados a eleger um representante para cada partido. Sendo assim, foram escolhidos Namikaze Minato em favor do Senado; e Orochimaru, como representante do povo. Minato era um exímio orador, escritor e advogado, que ficara famoso por suprimir as ações exploradoras da população provocadas por um cônsul da Sicília chamado Verres. Minato tomou partido dos sicilianos com tal primor que Verres decidiu fugir de Roma. Foi então eleito cônsul, e lutou com todas as forças para proteger o poder senatorial, ameaçado somente por um dos chefes do partido popular chamado Catilina. Minato denunciou Catilina ao Senado, e este, desmascarado, fugiu de Roma, mas foi cercado e morreu em combate.

Quando regressou a Roma, depois de ter ficado seis anos distante do governo, Jiraiya imaginou que o Senado lhe receberia de braços abertos e lhe daria uma posição de prestígio, em retribuição a seus prodígios militares. Mas o Senado não havia esquecido que o mesmo, impulsionado pela ambição, unira-se a Tsunade para abolir as leis do Sandaime. Logo, destituíram-no de sua autoridade. E Orochimaru aproveitou-se da decepção de Jiraiya para formar uma aliança política a partir da união de ambos com Tsunade. Esta união ficou conhecida como o Triunvirato. E o Triunvirato concedeu aos seus três integrantes um poder imenso, porque Jiraiya possuía uma enorme popularidade, devido às suas proezas militares; Tsunade era dona de uma grande fortuna, acumulada nos tempos do Sandaime; e Orochimaru desfrutava de um extraordinário talento político. Assim, aproveitando-se das vantagens do Triunvirato, Orochimaru foi eleito cônsul. E assim chegamos aos tempos atuais...”

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