Porto Seguro - 1ª Temporada escrita por Allie Próvier


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

109 LEITORES, 39 FAVORITOS E 177 REVIEWS, RUMO AOS 200! AMO VOCÊS, AAAAAAAAH!
Boa leituraaaaaaaaaaaa! hahahh ♥



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Capítulo 15


– NÃO GRITA COMIGO!

– Tem alguém gritando, mas não sou eu, srta. Swan.

– PARA!

– Parar com o quê, mulher?!

– PARA DE SER TÃO IDIOTA!

– Acho que você está perdendo a noção de com quem está falando!

Fechei minhas mãos em punhos e mordi os lábios, tentando controlar minha vontade de voar no pescoço daquele ignorante que agora me olhava com a expressão completamente séria. As lágrimas vieram aos meus olhos e eu larguei todos os papéis que ele havia me mandado levar em cima de sua mesa, saindo de sua sala rapidamente. Ouvi ele me chamar, mas ignorei.

Fui até o banheiro para funcionários que havia no andar e me tranquei em uma das cabines. Suspirei, chorando feito uma criança. Comecei a dar tapas em mim mesma nos braços como punição.

SIM, EU ME BATO PARA PUNIR A MIM MESMA, AGORA CALEM A BOCA.

Argh, eu estou um nojo hoje. Por que eu estou assim? Á cinco minutos atrás eu queria matar alguém, e agora eu estou chorando... POR QUE ISSO?

Passados alguns minutos eu me acalmei e saí da cabine. Assim que me olhei no espelho gritei. Puta merda, que monstro é esse?

Tentei dar um jeito no cabelo com os dedos mesmo, passei uma água no rosto e ajeitei o restinho da maquiagem que ainda havia nos meus olhos. Se fosse maquiagem vagabunda eu já estaria igual a um panda. Funguei me sentindo uma rena do Papai Noel com aquele meu nariz vermelho. Estava fazendo um contraste danado com a minha pele mais pálida que o normal. Meu cabelo estava meio ondulado e cheio, e meus olhos lacrimejavam.

Pareço uma doente.

Eu me preparei para sair do banheiro, mas quando cheguei na porta, senti uma pontada na região um pouco abaixo do ventre e me contraí. Merda! Era uma dor absurda!

Peguei meu celular no bolso da saia e, quando olhei o dia, tive vontade de me estapear ainda mais. Era dia 15... Dia 15 é o dia em que eu fico “naqueles dias”. Eu falo “naqueles dias” porque “menstruação” é uma palavra muito estranha e eu não gosto, então me deixe com a minha frescura.

Senti que ia tudo descer, literalmente, e rapidamente liguei para Tanya.

– Preciso da sua ajuda. – praticamente gemi, assim que ela disse “Alô”.

O que aconteceu? – Tanya perguntou, preocupada. – Onde você está?

– No banheiro. – falei agora me encostando a pia.

OMG! Edward te trancou no banheiro e agora vai te torturar? Ai meu Deus!

Revirei os olhos com o desespero mais do que sem sentido de Tanya.

– Não é isso... É aquilo. – sussurrei.

O quê?

– Aquilo.

Aquilo o quê, mulher?

– Estou naqueles dias, porra. – falei, começando a ficar irritada.

Tanya soltou um “Ahhhh”, parecendo entender, e disse que já viria. Joguei meu celular sobre a pia e vagarosamente me sentei de joelhos no chão, encostando minha cabeça no mármore frio.

Por que eu sou tão idiota? Sério! Eu nunca, NUNCA esqueço essas coisas! Agora estou aqui quase morrendo de tanta cólica. E sem absorvente. E sem remédio. Largada no chão frio de um banheiro, como uma bêbada na sarjeta e...

– CHEGUEI! – Tanya gritou entrando no banheiro.

Semicerrei os olhos para ela, sentindo minha cabeça latejar devido ao seu grito. Ela pareceu perceber o meu estado e riu sem graça.

– Opa, desculpa.

Suspirei e Tanya veio até mim, me ajudando a levantar. Logo me ajudou a sentar sobre a pia e eu encostei minhas costas na parede atrás de mim. Tanya abriu a nécessaire que sempre trazia para o trabalho e de dentro dele retirou uma cartela de comprimidos e um absorvente.

– Faça bom proveito. – ela disse.

– Posso ficar com a cartela inteira? – perguntei grogue.

Tanya revirou os olhos.

– Se quiser morrer de vez, vá em frente.

Peguei dois comprimidos e engoli a seco mesmo, me engasgando. Tanya não sabia se ria ou se dava tapas em minhas costas. Logo consegui engolir aquelas coisinhas do demo e cuidadosamente desci da pia.

Parecia que eu tinha sido triturada. Era dor no corpo inteiro.

Fui até uma das cabines e coloquei o absorvente. Fiz careta para ele, porque não era o que eu usava e gostava... Eu usava o com abas, e aquele não tinha abas! E ainda tinha fragrância de camomila! Eu não gosto de camomila!

Saí da cabine chorando, sentindo vontade de pegar aquele absorvente e tascar na cara de Tanya, que me olhou assustada.

– O que aconteceu? – ela perguntou.

– Eu não gosto desse absorvente, Tanya! Caramba, eu já não te disse que eu uso o com abas e sem fragrância?! Eu não gosto de camomila, Tanya! Por que você faz isso? – eu falava tudo embolado, enquanto tentava secar as lágrimas do rosto.

Tanya pareceu querer prender o riso e acabou fazendo uma careta.

– Calma, Bella! – ela disse, botando uma mão no meu ombro.

– Como você quer que eu fique calma?! Eu discuti com Edward e agora estou usando um absorvente que tem cheiro e fica sambando entre minhas pernas! Como eu vou olhar para Edward com uma coisa sambando no meio das minhas pernas?!

– Não há nada sambando entre as suas pernas, Bella... – Tanya disse, me abraçando.

– Tem sim! – gemi com a voz embargada, começando a chorar ainda mais. – Edward vai querer me matar!

– O que o Edward e o absorvente têm a ver?

– TEM TUDO A VER! TÁ TUDO DANDO ERRADO POR CAUSA DELE! – gritei me separando de uma Tanya assustada. – Vou voltar pra lá e vou mata-lo. – murmurei.

– Ai meu Deus... Bella, se controle! – Tanya disse, segurando meus ombros. – Nada de matar ninguém, ok?

– Mas ele me irrita, Tanya! Ele gritou comigo! – falei com raiva, sentindo as lágrimas em meus olhos novamente.

É por culpa do Edward que estou assim! Por que ele é tão irritante?!

– Bella, você só está de TPM. Fique tranquila.

“Você só esta de TPM”? “Fique tranquila”? É SÉRIO QUE ELA ACABOU DE ME DIZER ISSO? SÉRIO MESMO?

Agradeci pela ajuda de Tanya e sai do banheiro. Ela ainda me chamou, e pude ouvi-la rir, mas não voltei. Desconfortável com aquele maldito absorvente eu fui até a sala de Edward novamente. Assim que cheguei, o vi apoiado em meu balcão. Ele estava sério, mas quando me olhou arqueou as sobrancelhas.

– O que aconteceu com você? – ele perguntou pausadamente, olhando para todo o meu rosto.

Bufei, me sentando em minha cadeira. Senti aquela dor absurda novamente e suspirei, me agarrando na borda da mesa. Edward me olhou curiosamente e eu o ignorei, voltando a organizar os documentos que ele usaria na reunião que teria mais tarde.

– Isabella. – ele chamou.

– Hm.

– Olhe para mim. – ele disse autoritário.

Engoli em seco e fiz o que ele mandou. Edward me olhou dentro dos olhos, e eu senti vontade de pegar a tela do computador e tascar nele para ele parar de fazer aquilo.

– O que aconteceu? – ele perguntou novamente.

– Nada.

– Responda.

Suspirei.

– É coisa de menina. – murmurei.

Pensei que Edward não ouviria, mas ele ouviu. Infelizmente. E pareceu entender, também.

– Ah sim. – ele disse, esfregando o queixo. – Isso explica muita coisa.

– Muita coisa o que? – perguntei já irritada novamente.

Edward sorriu torto, balançando a cabeça. Ele me mandou voltar a trabalhar e voltou para seu calabouço.

Eu vou mata-lo.




No fim do dia eu dei tchau para Edward e fui embora antes que ele dissesse algo. Não estava com paciência para nada e ACHO QUE JÁ PERCEBERAM.

No caminho até em casa quase atropelei umas pessoas que estavam lentas demais para o meu gosto. A rua estava cheia de carros e eles queriam ficar desfilando na minha frente? Não era passarela! Depois morrem e não sabem por quê!

Assim que entrei em casa, Alice e Nessie olharam para mim com os olhos levemente arregalados. Não falaram nada, apenas me seguiram com o olhar enquanto eu ia até a cozinha beber água. Elas sempre sabiam quando eu estava naqueles dias e sabiam que não podia mexer comigo.

– Bell, a Rose ligou. – Alice disse na porta da cozinha.

– Ok, depois eu ligarei pra ela. – falei.

Alice assentiu e voltou para a sala. Suspirei, me sentindo um pouco mal por deixar sempre as meninas assustadas nessa época. Mas é que eu realmente precisava ficar quietinha, em silêncio. O bom é que elas sabiam e entendiam isso, mas praticamente fugiam de mim.

Poxa, eu não vou arrancar a cabeça delas. Por que fica todo mundo com medo de mim? Eu não estou tão assustadora assim, caramba. Eu só...

Espera aí, por que o meu cereal está no final? Eu não tinha comido tanto!

– ALICE! – gritei.

Logo ela apareceu e arregalou os olhos para mim.

– Por que você tá chorando, Bella?

– Quem comeu meu cereal?!

– Acho que foi a Rose... Ela passou aqui hoje cedo para te ver, mas você já havia ido trabalhar... – Alice disse, me olhando assustada.

Bufei, secando as lágrimas que caiam, e fui até o telefone fixo que havia na parede da cozinha. Disquei o número de Rose, quase afundando as teclas do telefone de tanta raiva.

CARAMBA, O CEREAL É MEU! POR QUE ELA COMEU TUDO?!

Alô.

– Por que você faz isso, Rose? – perguntei com a voz embargada, e as lágrimas descendo pelo rosto novamente.

O quê?

– Você comeu meu cereal... – falei, mas saiu mais como um gemido. – Era meu cereal preferido, Rose.

Com tristeza ouvi Rose rir no outro lado da linha, e encostei minha testa na parede fria.

Amanhã cedo eu passarei aí, tudo bem? Aí conversamos. – ela disse.

– Por que você tá querendo se livrar de mim? – perguntei chorosa.

Eu não...

– Quer se livrar de mim sim! Você não me ama mais, é isso?

Tchau, Isabella.

E desligou... Na minha cara.

Obrigada, Mundo. Sempre me ajudando.



O dia seguinte eu acordei só por causa da dor. Eu me afundei na banheira, e fiquei lá por cerca de meia hora esperando a dor passar.

Tem momentos na vida em que você simplesmente ODEIA ser mulher. Por que será, né.

Eu me enrolei em um roupão e fui me vestir. Como a dor já havia passado graças aos meus minutos de molho na banheira, eu consegui me arrumar rapidamente. Eu fui para a cozinha preparar o café das meninas e minutos depois ouvi a campainha tocar.

Rosalie, com certeza.

Assim que abri a porta, Rose entrou em meu apartamento e me olhou, me avaliando.

– Por que você quis me matar por eu comer seu cereal? Por que você está toda de preto? E por que está com essa cara amarrada? E está sem maquiagem? O quê... – ela saiu falando rapidamente, até fazer uma expressão de entendimento. – Ah... Você está de TPM. – ela afirmou.

Suspirei, trancando a porta e rumando para a cozinha com Rose em meu encalço.

– Melhora essa cara, Bella! Não é o fim do mundo, oras. – ela disse, retirando óculos escuros.

Revirei os olhos e terminei de arrumar a mesa do café-da-manhã. Rose se sentou à mesa e eu fiz o mesmo, servindo café em sua xícara.

– Rose, você é a única mulher na face da Terra que fica feliz, sorridente e sem dores durante a TPM. – falei.

Rose deu de ombros, pegando uma fatia do bolo de chocolate.

– Mas eu engordo. – ela falou, sorrindo ao comer o bolo.

Ri e comemos em silêncio. Logo Alice apareceu e ao ver que eu estava mais tranquila, sorriu.

– Parece melhor. – Alice disse, dando um beijinho em meu rosto e se sentando ao meu lado. – Adivinha o que farei hoje!

– O quê? – perguntei, sorrindo ao ver o brilho em seus olhos.

Alice sorriu abertamente.

– Passarei o dia inteiro na gravadora com Jasper para fazer a seleção de músicas do álbum. Vamos trabalhar mais fundo em algumas músicas, e tudo mais. – ela disse.

Eu e Rose desejamos boa sorte, mas só então percebi...

– Se você vai ficar o dia inteiro na gravadora, então com quem Nessie irá ficar? – perguntei.

Alice arregalou levemente os olhos, me olhando, parecendo só se tocar desse porém agora. Suspirei, apoiando o rosto nas mãos.

– Eu posso ficar com ela, e de noite a trago. – Rose ofereceu.

– Não... Você tem que trabalhar. Não pode fazer seu trabalho e ficar de olho em Nessie ao mesmo tempo. – falei, limpando meus lábios com o guardanapo e me levantando. – A levarei comigo, acho que Edward não irá se importar.

Rose assentiu e eu fui até o quarto de Nessie para acordá-la. Ela estava tão linda dormindo que fiquei com pena de acordá-la. Eu a chamei delicadamente e ela abriu os olhinhos, me olhando sonolenta. Logo rodeou meu pescoço com seus braços e fui até o banheiro com ela. Botei a banheira para encher e voltei para o quarto, deixando-a sentada na cama enquanto separava sua roupa.

– Aonde nós vamos? – ela perguntou, bocejando em seguida.

– Te levarei para a empresa, bebê. Alice vai ficar o dia inteiro na gravadora.

Nessie sorriu abertamente, de repente parecendo muito desperta.

Lembrando de Edward, é claro.

Rapidamente a banhei e a ajudei a se vestir. Penteei seus cabelos e prendi duas mechas atrás com um tic-tac bonitinho. Logo Nessie estava pronta e eu peguei minha bolsa, indo até a sala com ela em seguida.

Eu me despedi de Rose e Alice, que ainda comiam, e fui para o trabalho com Nessie. No elevador ela perguntou se eu já havia melhorado, e eu ri, respondendo que sim.

Logo chegamos à empresa. Eu havia chegado bem na hora, então me senti tranquila. No caminho até a sala de Edward encontrei Tanya, que praticamente jogou Nessie para o alto.

Esperei Tanya terminar de abraçar e apertar Nessie, que ria. Logo ela terminou e olhou para mim, rindo.

– Ela está tão grande... Nossa! – Tanya suspirou. – E você, melhorou?

– Melhorei sim. Obrigada por ontem, Tanya... E desculpa. – falei, me sentindo envergonhada por ter surtado com ela.

Tanya riu e balançou a cabeça.

– Tudo bem! Mas está mais calma hoje?

Apenas assenti, sorrindo levemente. Realmente, se for comparar com ontem, estou me sentindo um anjo.

Logo Nessie pegou em minha mão novamente e fomos para o escritório de Edward. Assim que as portas do elevador se abriram, pude ver Edward encostado em meu balcão de braços cruzados.

Seu olhar vagou por todo o meu rosto, e eu me senti corar. Logo seus olhos desceram e ele sorriu abertamente ao ver Nessie, que correu em sua direção. Edward se agachou e a pegou no colo, e eu me senti uma intrusa naquele momento “Pai e filha”. Só que pai e filha falsos, de mentirinha, o que piora ainda mais o meu ânimo. Pois é.

Mundo, contribua para a minha felicidade chegar. Por favor. Não sei como, mas SE VIRA PORQUE VOCÊ TÁ ME DEVENDO UMA COISA BOA DESDE QUE ME PÔS PRA TRABALHAR AQUI.

Joguei minha bolsa na mesa e sentei, observando os dois sorridentes à minha frente.

– Nessie, vá para a minha sala que eu já vou. – Edward disse e Nessie rapidamente fez o que ele pediu.

Assim que ela entrou em sua sala, Edward se virou para mim. Só então percebi que ele segurava uma sacola preta. Olhei da sacola para ele, curiosa, e Edward sorriu torto.

– É um presentinho para você. – ele disse, me oferecendo a sacola.

MUNDO, PODE PARANDO AÍ. STOP. PAUSE. EDWARD CULLEN ESTÁ ME DANDO UM “PRESENTINHO”?! E PORQUE EU ESTOU COM A SENSAÇÃO DE QUE NÃO É BOA COISA?

– O que é? – perguntei temerosa, estendendo a mão vagarosamente para pegar a sacola.

Um brilho perverso passou pelos olhos de Edward, e eu senti vontade de sair correndo daquele escritório gritando por socorro.

Não era boa coisa. Não era boa coisa. Não era boa coisa.

– É para melhorar o seu humor. Com certeza você está precisando. – ele disse e, sem me dar chance de uma resposta, entrou em sua sala.

Receosa eu abri a sacola do “presente”, temendo ser uma pegadinha e algum palhaço maligno pular de dentro da sacola, gritando e pulando em cima de mim. Ou de repente cobras. Eu odeio cobras.

Suspirei, botando a sacola sobre meu colo e a abrindo completamente de uma vez. Havia uma caixinha toda vermelha dentro dela, e o alarme de “PERIGO” soou em minha cabeça.

A sacola era toda preta. Não tinha slogan, nem nome da loja ou marca. E havia uma caixinha igualmente sem nome, toda vermelha. Isso quer dizer algo.

E não é algo bom.

Joguei a sacola no chão e peguei a caixa. Analisei de todos os ângulos, só então tomando coragem para abri-la.

E eu juro... Eu vou ter um enfarte.

Soltei um gritinho, jogando a caixa na mesa rapidamente, de qualquer jeito. Fiquei olhando para aquela coisa que saltou para fora da caixa e parecia dizer “ME TOQUE E VÁ PARA O INFERNO, MUAHAHAHAHAHAHAHA”. Ok, talvez sem a risada maligna. Mas isso é sim maligno.

O QUE EDWARD CULLEN TEM NA CABEÇA PARA ME DAR UMA COISA DESSAS E AINDA DIZER QUE É UM “PRESENTINHO”?! PIOR: DIZER QUE É PARA “ANIMAR MEUS ÂNIMOS” E QUE EU “ESTOU PRECISANDO”! O QUE ELE QUIS DIZER COM ISSO, MUNDO? O QUE VOCÊ ESTÁ TRAMANDO DESSA VEZ E...

– Bella? – ouvi uma voz masculina dizer.

Rapidamente joguei minha bolsa em cima da caixa e... Daquela... Daquela coisa. Olhei para cima e vi que era Alec, motorista de Edward. Meu coração estava a mil, e eu com certeza parecia uma louca. Prova disso era o olhar assustada do fofíssimo Alec sobre mim.

– Você está bem? – ele perguntou.

– Sim, sim. Estou bem sim, é claro que sim, por que não estaria? – ri nervosa. – Estou ótima, oras! – outra risada nervosa. – Deseja algo?

– Er... Eu poderia falar com o Sr. Cullen? É urgente. – ele pediu.

Para Alec vir até aqui em cima para falar com Edward, com certeza é urgente. Eu me perguntei se seria com a sua irmã... Jane era sua irmã mais nova e trabalhava aqui na empresa na recepção do hall de entrada. E hoje eu não a vi quando cheguei...

Rapidamente peguei o telefone e falei com Edward que Alec estava aqui. Ele logo o mandou entrar. Assim que Alec sumiu para dentro do calabouço de Edward, pude sentira aquela coisa do submundo me chamando.

Gemi de desespero e encostei minha testa na mesa. Logo tirei a bolsa de cima da caixa e engoli em seco. Aí vocês devem estar se perguntando: sua louca, o que diabos é esse presente, afinal?

E eu respondo: é algo maligno.

E vocês perguntam: O QUE É?

E eu respondo: UM VIBRADOR.

Um minuto de silêncio, por favor. Um minuto de silêncio para a minha humilhação e vergonha poderem sambar na minha cara à vontade.

(...)

1 minuto depois...

– O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA?!

Os três pares de olhos viraram-se para mim ao mesmo tempo, arregalados.

– Senhorita Swan... Algum problema? – Edward perguntou, frio e cortante.

Engoli em seco, me dando conta de que eu tinha interrompido a conversa entre Edward e Alec. Minha respiração ficou descompassada e eu comecei a tremer. Meu olhar focou em Edward, e eu vi um vestígio de sorriso naqueles lábios desconcertantes e carnudos e...

ESPERA, O QUE EU ESTOU PENSANDO?!

– Er... Desculpe a intromissão. – falei com a voz falha, rapidamente saindo da sala.

Corri até minha mesa e peguei a sacola com aquele presente de débil-mental. Agarrada na sacola eu corri até o banheiro feminino e me tranquei em uma das cabines. Eu me sentei sobre a tampa do vaso sanitário e peguei o vibrador com a ponta dos dedos, fazendo careta.

OMG... O que se faz com isso?

Ok, não taquem pedras em mim. Eu sei muito bem para quê é usado essa coisa perversa, MAS PARA QUÊ EDWARD ME DEU ISSO? Eu vou enfiar essa bosta goela abaixo dele e...

Espera, isso pegou mal. AI MEU DEUS, O QUE EU FAÇO?!

Aquele troço era enorme e preto, e tinha um botãozinho na parte de baixo. Segurei com a ponta dos dedos de uma mão e com a outra apertei o botão.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – gritei quando aquela coisa começou a se mexer para lá e para cá.

Soltei aquilo no chão e me encolhi, enquanto ele rastejava levemente no chão branco.

– Tem alguém aí? – alguém perguntou do lado de fora da cabine.

Droga! Era Tanya!

Peguei aquela coisa do demo do chão rapidamente e desliguei, jogando ele dentro da sacola novamente. Apertei a sacola contra meu peito e saí da cabine. Tanya estava se olhando no espelho, retocando o batom, e me olhou curiosamente.

– Você está bem? – ela perguntou risonha, ao ver meu estado.

– S-sim! – gaguejei, forçando um sorriso. – Até mais, Tanya!

Saí do banheiro praticamente correndo e voltei para o escritório. Assim que saí do elevador, vi Alec. Ele sorriu para mim e entrou no elevador. Fui até a minha mesa e me joguei na cadeira, que saiu escorrendo pelo piso. Eu me agarrei na borda da mesa e me puxei de volta. Joguei a sacola debaixo da mesa, ao lado dos meus pés, e respirei fundo.

Quando eu finalmente consegui me acalmar um pouco e colocar minha cabeça e ordem, eis que o causador das minhas desgraças ressurge.

– Gostou do presente? – ele perguntou, apoiando os braços em meu balcão.

– Onde está Nessie? – perguntei, mudando totalmente de assunto.

– Ela dormiu. – ele respondeu, sorrindo levemente. Mas logo a expressão perversa voltou. – E você não respondeu a minha pergunta. Srta. Swan.

– Não tenho o que falar. – falei, abaixando o rosto e mexendo em todos os papéis que eu encontrava.

Edward segurou firmemente os meus pulsos e me olhou profundamente nos olhos. Engoli em seco, sentindo um choque passar por todo o meu corpo. Seu olhar era frio e sua voz também, mas seu toque era quente.

Como brasas.

Puxei meus pulsos de suas mãos e abracei meu corpo, como uma forma de proteção. ME PROTEGENDO DE NÃO SEI O QUÊ, MAS ME DEIXEM, OK.

Tentei falar algo, ainda com seu olhar me prendendo, mas não consegui fazer minha voz sair. Edward riu, esfregando seu queixo em que havia uma barba leve e bem aparada, e eu senti vontade de passar minhas mãos ali e...

Isabella, foco e vergonha na cara. Ok? Ok.

– Por quê? – perguntei com a voz fininha.

– Achei que você precisasse de algo para... Se divertir. Já que não tem ninguém, fará bom proveito. – ele disse.

PERVERTIDO!

– Eu não faço essas coisas! – falei praticamente desesperada.

Edward sorriu, e foi um sorriso diferente dos outros. Eu não gostei daquele sorriso. Não gostei mesmo.

– É melhor a dois... Se a coisa ficar animada, você sabe o meu número, Swan. – ele disse com a voz rouca.

Congelei onde estava, enquanto ele me olhava por mais alguns segundos ainda com aquele olhar e aquele sorriso dos quais eu não gostava, e voltou para sua sala.

O quê... Foi isso? Foi o que eu entendi mesmo? Quero dizer, eu sou meio idiota e lerda, e custo a entender as coisas, mas acho que eu sei quando alguém...

Não, Edward não me flertou nem deu em cima de mim. É claro que não! Impossível! Quero dizer... Foi isso? Não foi? O que foi? O QUE FOI ISSO? EU VOU SURTAR! O QUE FOI ISSO?

EDWARD ME FEZ UMA PROPOSTA INDECENTE?!

Mundo... Acabou nossa amizade.





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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAH, Edward só na saliência. Bella idiota. Pois é.
O que acharam? OOOOOMG!
Eu ia postar esse capítulo de manhã, aí adiei para a tarde e aqui estou eu, às onze da noite. MAS VIM! HAHAHH
Queria agradecer à todas as meninas que acompanham, até às que não tem conta no Nyah! mas foram SUPER fofas e me adicionaram no Facebook, e elogiaram a fic! Obrigada mesmo a todas que me adicionaram, OMG! Sempre que quiserem saber algo, só falar comigo! *u*
Para quem quiser, aí meu perfil: https://www.facebook.com/allie.provier
Prometo ser fofa! :D
AH, COISA IMPORTANTE AGORA! Eu fiz um site para as minhas fics, e vou tentar atualizá-lo com spoilers, prévias, etc. Por isso eu peço que me adicionem no Twitter/Facebook, e me avisem que são daqui, porque ai eu posso avisá-las quando tiver atualização no site! Enfim... Alice irá gravar um álbum, e o nome dele será "Safe". Eu ia colocar aqui nesse capítulo mesmo ela falando sobre ele e tudo mais, mas iria ficar grande demais! Mas no próximo capítulo ela falará sobre ele! E ENTÃO, EU GOSTARIA MUITO que vocês votassem na CAPA do álbum! É uma coisa que eu tava fazendo aqui, me animei, e criei algumas. Acho que ficaram bonitinhas, e gostaria que vocês fizessem parte disso também! *u* O que acham?
Aqui o link do site: http://allieprovierfanfics-com.webnode.com/news/vota%C3%A7%C3%A3o-%7c-porto-seguro/
Por favoooooooooooor, votem! É por comentário, mandem o nome da capa que vocês mais gostaram por coment! Pode ser lá no site, ou por review aqui mesmo! as por favor, não deixem de dar uma olhada!
Mas e aí? O capítulo de hoje merece review? OOOMG, DIGAM O QUE VOCÊS ACHARAM! MANDEM IDEIAS! MANDEM REVIEWS! MANDEM RECOMENDAÇÕES! MANDEM PEDIDOS DE AMIZADE! MANDEM TUDO! HAHAHAHH
E não esqueçam, o próximo capítulo sairá na Sexta-feira (dia 18/01)!
Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijos!!