Porto Seguro - 1ª Temporada escrita por Allie Próvier


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEE, EU NÃO CONSEGUI ESPERAR ATÉ DOMINGO! (Sim, não consegui esperar mais 1 dia) FIQUEI MUITO ANSIOSA PRA POSTAR ESSE CAPÍTULO, OMG!
Boa leitura! :D



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Capítulo 14


Edward me perguntou o que eu iria querer, e escolhi apenas um cappuccino. Edward foi buscar o meu pedido e o dele e logo voltou. Bebi um pouco da minha bebida assim como ele, enquanto nos olhávamos. Edward logo suspirou e apoiou o queixo sobre as mãos, me olhando seriamente.

– Desembucha. – falei.

Edward remexeu levemente o seu copo de café e passou a mão pelos cabelos.

– Ok, vamos lá.

Eu me remexi no banco, ansiosa. Edward suspirou mais uma vez e seu olhar vagou para o lado de fora da lanchonete, observando as pessoas que passavam na calçada.

Storm – Lifehouse

– Ninguém além da minha família sabe disso, então quero que isso fique apenas entre nós. Ok? – ele começou. Assenti rapidamente. – Se isso cair nos ouvidos da imprensa será um inferno.

– Ok, eu entendi. Conta logo. – falei mais do que ansiosa.

Edward revirou os olhos diante do meu desespero.

– Quando eu entrei na faculdade eu tinha dezoito anos. Logo no meu primeiro dia eu conheci uma garota, seu nome era Brianna. Ela era linda... Aquele tipo de menina que arrancava um sorriso de você facilmente.

“Nós nos tornamos muito amigos. Mas depois de alguns meses ela me disse que queria mais. Eu gostava dela, assim como minha família. Seria a namorada ideal, por isso assumimos um compromisso. Mas ela começou a ficar muito estranha e nervosa demais. Dizia que eu não amava mais e que eu tinha outra, mesmo eu jurando que a amava. Ela me perseguia até quando eu ia à casa dos meus pais, e estávamos começando a ficar preocupados. Ela definitivamente não estava normal. Ela não possuía família. Seus pais a haviam abandonado com uma tia quando ela era criança e anos depois ela descobriu que estavam mortos. Sua tia já era muito idosa e não dava a mínima a ela. No meu último ano da faculdade, no dia da formatura, Brianna parecia um pouco mais normal. Parecia ser a garota de antes, tranquila e bem humorada. Naquele dia ela me disse que precisava conversar comigo, e de noite na casa dos meus pais ela me contou que estava grávida.

Eu pensei que iria enfartar... Havia acabado de me formar e descobri que já seria pai. Contamos aos meus pais naquela mesma noite, e eles nos deram um sermão. Mas nos apoiaram.

A partir daí tudo pareceu piorar ainda mais... Brianna parecia realmente louca. Não morávamos juntos, mas ela passava a maior parte do dia no meu apartamento. Mas eu não podia sair para comprar nada que ela já achava que eu iria traí-la ou algo do tipo, e várias vezes ameaçava se matar e matar o bebê. Eu e meus pais resolvemos conversar com ela a respeito de levá-la a um psicólogo para ver se ela melhorava, mas ela se revoltou e fugiu do apartamento. Nós a procuramos por dias, e uma semana depois a encontramos, largada na rua. Ela estava imunda, com as pernas machucadas e muito fraca. Nós a levamos de volta para casa e a limpamos e alimentamos. Quando a levamos ao hospital para fazer exames, o médico disse que o bebê estava bem, mas que tínhamos que ficar de olho em Brianna.

A levei para morar comigo, mas ela não falava. Absolutamente nada. Ela ficava o dia inteiro sentada no sofá ou deitada na cama sem dizer uma palavra. Mal comia. Novamente dei a ideia de levá-la ao psicólogo, mas ela começou a gritar enlouquecidamente e se debater. Eu consegui controla-la, e ela dormiu. No dia seguinte eu fui até a empresa, já que na época meu pai ainda era o dono e eu estagiava lá para ficar no seu lugar. De noite, quando cheguei em casa Brianna havia sumido. Havia levado todas as suas roupas e levou meu filho consigo. Ela já estava com sete meses de gestação, então isso só serviu para que ficássemos ainda mais preocupados.

Nós colocamos detetives atrás dela mas ela nunca foi encontrada.”

Edward terminou de contar a história e bebeu um gole de seu café. Apertei uma mão na outra sobre meu colo, olhando fixamente para a mesa.

Então o motivo de Edward gostar tanto de Nessie e até a considerar como uma filha é...

– Nessie de certa forma me lembra meu bebê, mesmo que eu nunca o tenha visto. Seria uma menina, e seu nome seria Melanie. E ver Nessie... Isso me faz imaginar como seria ter Melanie comigo. – ele disse.

Observei Edward por longos segundos, enquanto ele observava a rua do lado de fora.

Eu realmente... Não sabia o que dizer. Quero dizer, Edward tinha todo aquele jeito irritante e sério dele, e ele realmente mudava quando estava com Nessie... Por que ela o lembrava da filha que lhe foi tirada?

E essa Brianna? Onde ela estava? Teria se matado como falava que ia fazer, teria matado seu bebê?

Engoli em seco, olhando brevemente para Edward, que me olhava. Ele deu um sorriso torto, mas seus olhos estavam opacos. Sem brilho.

– A petulante Isabella Swan está sem palavras? Impressionante. – ele murmurou, terminando de beber seu café.

– É só que... – murmurei sem saber o que dizer.

– Você não imaginava isso. Que eu pudesse me preocupar com alguém além de mim. – ele disse seriamente. – Eu entendo.

– Foi isso que te fez... Você sabe... Ficar assim? – perguntei baixinho.

De repente eu me senti ainda menor ao lado de Edward. Ele suspirou, balançando a cabeça e se encostando no banco.

– Eu sou naturalmente estressado... E certas pessoas não cooperam para que eu fique tranquilo... – ele disse, olhando para mim. Revirei os olhos. – Mas não apenas por isso. Foi por uma porção de coisas. No ambiente em que eu trabalho, na vida em que eu vivo, eu tenho que assumir uma postura assim. Você deveria saber.

Ficamos em silêncio por um tempo. Edward olhando a rua lá fora e eu observando as pessoas que havia dentro da lanchonete. Cada um com seus pensamentos.

Era estranho pensar num Edward... Paternal. Muito estranho.

– Por favor, eu só quero que... – ele disse de repente, olhando para mim. – Só quero participar da vida de Nessie. Deixe-me ajudar a cuidar dela, Isabella. É só isso que eu te peço.

– Mas eu ainda não consigo entender... Você se preocupa com uma criança que não é absolutamente nada sua. Não é uma familiar, não é nada... Por quê? Eu entendo que isso, de certa forma, supre a falta da sua filha, mas...

Edward suspirou, passando a mão pelos cabelos revoltos.

– Nessie não é apenas uma “substituta”. Eu gosto dela, de verdade. Ela é uma criança incrível... E acho que ela também sente falta de uma imagem paterna.

Suspirei, apoiando meu rosto em uma mão enquanto com a outra eu remexia levemente o capo de cappuccino.

– Meu pai morreu quando ela tinha apenas três anos. Ela não se lembra de quase nada... Na verdade, apenas se lembra de que ele cantava para ela. – murmurei.

– E você nunca... – Edward sussurrou, mas deixando sua frase no ar.

O olhei curiosa. Eu nunca o que?

– Nunca namorou? – ele perguntou na lata.

– É claro que eu já namorei! – falei me sentindo ofendida.

Edward ADORAVA me provocar com isso! Ele riu de mim, e eu senti meu coração bater mais rápido com a visão.

Era só o que me faltava. Edward contribuindo para o meu futuro enfarte. Sério, um dia eu caio dura no chão, porque é coisa demais para assimilar assim. Cada dia é uma coisa diferente, e eu não sei se chegarei aos trinta anos.

– É que por esse seu jeito é meio difícil de imaginar você apaixonada. – ele disse, prendendo o riso.

O olhei séria.

– Digo o mesmo, Sr. Cullen. – praticamente rosnei de tanta raiva.

Edward riu alto, atraindo alguns olhares para nossa mesa. Logo ele conseguiu se controlar e ficamos presos em nossos pensamentos novamente, o clima agora bem mais leve. Sim, isso é algo raro. Eu e Edward em um “clima leve”.

– E... Sim. – murmurei olhando-o de rabo de olho.

– Sim o quê?

– Pode participar da vida de Nessie. – falei. – Mas com uma condição.

Edward sorriu abertamente, e eu tive que desviar o olhar de seu rosto.

– Que condição? – ele perguntou.

– Você tem cara de quem gosta de ficar presenteando os outros com coisas caras, então nem pense nisso. – falei emburrada.

Edward riu.

– Ok, mas eu quero poder leva-la para passear, para festas e para conhecer minha família. – ele disse.

Arqueei uma sobrancelha. Nessie era o quê agora? Um brinquedo?

– É o quê agora? Uma negociação para dividir minha criança? – perguntei. – Pode até leva-la para passear, mas sob minhas condições e lista de cuidados e ordens. E para quê você quer leva-la a festas? Que tipo de festas? E para quê conhecer sua família?

Edward revirou os olhos, mas ainda com aquele sorriso torto malditamente irritante nos lábios.

– Quero leva-la para festas familiares. Sempre vão alguns filhos e netos dos amigos dos meus pais, talvez ela goste. E Emmett falou para Esme e Carlisle sobre... Sobre vocês.

– Sobre vocês quem? – perguntei semicerrando os olhos.

– Nessie, você e Alice. Meus pais na verdade já conheceram Alice e você, mas ficaram curiosos em relação à Nessie. Ainda mais porque Emmett ficou dizendo que ela era linda e adorável e que eu... Ficava babão perto dela. – Edward disse, parecendo acanhado.

Não consegui evitar de rir assim como ele.

– Obrigada por ter me contado. – falei. – E me desculpe por... Tudo aquilo. É que eu realmente precisava saber. – expliquei.

Edward deu de ombros.

– Tudo bem. E Isabella, quanto a sua demissão... – ele disse, me fazendo suspirar. – Eu gostaria de contratá-la novamente.

Arregalei os olhos, quase me engasgando com minha própria saliva.

– P-por que? – gaguejei.

– Minha nova secretária me fez perder dois clientes. Duas perdas de milhões. – ele disse com uma careta. – E ela me traz cafés frios e documentos manchados de batom.

Prendi o riso, o que o fez revirar os olhos.

– Não ria, Isabella. – ele pediu. – E então? Aceita o emprego de volta?

– Apenas se você me responder o porquê de ter me demitido. – falei.

– Eu já disse.

– Não disse não.

– Eu disse sim, quando... – ele suspirou. – Quando eu te beijei. – ele murmurou por fim.

Senti vontade de me enfiar debaixo da mesa quando a cena do beijo me veio a mente novamente.

– M-mas o q-que voc-cê quis d-dizer com aquilo? – perguntei gaguejando feito uma débil mental.

Edward ficou me olhando nos olhos por alguns segundos, me fazendo ter vontade de que o chão abrisse uma cratera e me engolisse. Logo ele desviou o olhar e olhou para seu relógio de pulso.

– Opa, hora de voltar! – ele disse, ficando de pé.

Espera aí, do que estávamos falando mesmo?

– Vamos? Eu te deixarei em casa e depois de me despedir de Nessie tenho que ir resolver umas coisas do trabalho.

– Mas espera...

Edward me interrompeu, segurando meu braço pelo cotovelo e me levando para a rua. Ajeitei minha bolsa no ombro enquanto ele me puxava até o carro, e quando levantei a cabeça e olhei ao redor, vi Jacob andando e falando ao telefone na outra calçada. Ele retirou o óculos escuro que usava para atravessar a rua e rapidamente seus olhos pararam sobre mim. Ele sorriu abertamente, e só então pareceu perceber Edward me puxando. Seu semblante fechou e Edward sem perceber nada abriu a porta do carro para mim e me pôs dentro dele. Jacob voltou a falar com a pessoa no celular, mas a toda hora olhando para mim, enquanto andava até a Starbucks em que eu e Edward estivemos minutos atrás.

Logo ele sumiu da minha vista, no meio das pessoas, e Edward ligou o carro logo o colocando em movimento.



Eu terminava de fazer o lanche das meninas quando Alice entra na cozinha, toda afobada.



– Conta, conta! – ela sussurrou, dando pulinhos ao meu lado.

– Alice, se controle. – pedi. – E contar o quê?

– Você sabe o quê. – ela disse pausadamente.

Revirei os olhos, terminando de colocar os copos de suco sobre a bandeja e a pegando.

– Espere ele ir embora. – sussurrei. – Aí te conto tudo.

Alice bufou e me acompanhou até a sala. Edward e Nessie brincavam no chão da sala, com o jogo de tabuleiro que Rose havia comprado para ela. Rose, aliás, estava toda largada no sofá observando os dois jogarem.

– E seu irmão, o Emmett? – ela perguntou a Edward, como quem não queria nada.

Coloquei a bandeja com o lanche sobre a mesa de centro, revirando os olhos.

– Er... Emmett está bem. – Edward disse, sorrindo levemente.

– Ah sim... É que ele nunca mais apareceu, sabe. – Rose disse, olhando para suas unhas.

Céus, ela gostou mesmo do Emmett.

– Rose, fiz o bolo que você gosta. – falei.

Rapidamente ela pulou do sofá e se sentou no tapete, pegando uma fatia do bolo e um copo de suco. Ri e servi Edward e Nessie, que sorria sem parar.

– O Eddie disse que vai me levar ao parque de diversões, Bell! Você deixa? Por favoooooor! – Nessie disse, olhando para mim com aqueles olhinhos grandes e brilhantes.

– Tudo bem, pequena. Mas apenas se você comer toda a comida direitinho! – falei.

Nessie fez careta.

– Mas Bell, eu não gosto de verdura... – ela reclamou.

– Você tem que comer para melhorar, Nessie. – Edward disse, com a expressão serena.

Nessie o observou por alguns segundos, até assentir e comer seu bolo. Olhei aquela cena estupefata, e Alice e Rose riram.

– Quanta moral hein, Bella. – Rose disse, rindo.

Revirei os olhos e comecei a comer meu bolo, enquanto Nessie me explicava animadamente sobre o jogo que ganhara.

Uma hora e pouca depois Edward se preparava para ir. Finalmente.

Deixei as meninas jogando na sala e o levei até a porta. Antes de sair ele... Me deu um beijo na testa.

Tive vontade de jogá-lo no chão, apontar uma arma para ele e perguntar “QUEM É VOCÊ E O QUE FEZ COM O DEMÔNIO?!”, mas eu ia parecer ainda mais psicótica. MAS CARAMBA, O QUE FOI AQUILO? SÉRIO.

Fiquei olhando para ele com os olhos arregalados, assustada, ainda segurando na maçaneta da porta.

– Na empresa às oito. Não se atrase. – ele disse indo em direção ao elevador.

Oito horas? Na empresa? Mas para qu...

Oh, merda. Ele me devolveu o emprego. Vi as portas do elevador se fecharem e fechei a porta do apartamento rapidamente. Eu me encostei à parede e fui escorregando até ficar sentada no chão.

Eu voltaria a trabalhar para Edward... E ele ainda não esclareceu o porquê de ter me demitido. Ele disse duas vezes que “havia falado o motivo com o beijo”. E isso lá é modo de explicar algo, cacete?

OMG, ESPERA AÍ... EDWARD CULLEN ME BEIJOU! OMG!

– SOCORRO! – gritei, me rastejando até a sala.

As meninas me olharam assustadas, enquanto eu permanecia largada no chão com o rosto enfiado no carpete.

– O que foi? – Rose perguntou.

– Edward me beijou. – falei, a voz saindo abafada por causa do carpete.

– DE NOVO?! – Alice e Rose perguntaram juntas.

– CLARO QUE NÃO! – gritei, levantando o rosto para elas. – Ontem! – gemi.

– E agora que você foi se tocar disso? É tão lerda assim, mulher? – Rose perguntou.

Bufei.

– Por que ele fez aquilo? Me explique, Mestra dos Relacionamentos. – falei para Rose.

Eu me sentei no chão, cruzando as pernas, enquanto a observava ansiosa. Rose sorriu toda boba. Era a primeira vez que eu pedia para ela me “ensinar” algo.

– Porque ele gosta de você, é óbvio. – ela disse toda cheia de si.

Fiquei olhando para Rose por longos segundos, até ficar de pé. Ela me olhou, ainda sorrindo, e eu fiz um sinal de “positivo” com os dedos.

– Obrigada por me lembrar de não pedir conselhos a uma pessoa viajada como você, Rose. – falei.

– Ai, sua chata! – ela disse, rindo, jogando uma almofada em mim.

Nessie e Alice riam, e eu me lembrei de contar a elas sobre o que Edward me dissera.

– Me prometam que não irão contar a NINGUÉM! – falei séria.

Rose revirou os olhos.

– Para quem nós contaríamos?

Logo comecei a contar tudo a elas, e no fim da história Rose e Alice tinham os olhos cheios de lágrimas. Revirei os olhos com o sentimentalismo delas.

– Imagino a dor que ele sentiu... Perder um filho. – Rose murmurou.

Suspirei, não querendo pensar muito naquilo no momento.

– Bell, eu estou com sono. – ouvi Nessie murmurar.

Fui até ela e a peguei no colo. Ela deu um beijinho em Rose e Alice e a levei para escovar os dentes e colocar o pijama.

Logo minha bonequinha estava ressonando tranquila. Voltei para a sala e Rose já se preparava para ir, já que teria que acordar cedo no dia seguinte para terminar o projeto de uma mansão em que ela estava trabalhando.

– Bella, os preparativos para o álbum começam amanhã! – Alice disse, animada, assim que Rose foi embora.

Dei um gritinho e nos abraçamos. Alice ria enquanto me explicava como seria o andamento o álbum, de acordo com o que Jasper lhe dissera. Eu me vi feliz ao ver seu sorriso animado.

Logo Alice foi dormir e eu fui me preparar para fazer o mesmo. Lembrei de que teria que ir trabalhar amanhã...

Coloquei o despertador para as seis da manhã e deitei na cama. Fiquei olhando o teto branco acima de mim enquanto lembrava da história de Edward...

Era triste, de fato. Aquela tal Brianna era realmente uma louca. Como pode fugir com um bebê de sete meses na barriga assim? Aonde ela foi parar? Estaria viva? E o bebê, chegou a nascer?

Suspirei. Será que Edward estaria “bonzinho” amanhã? Realmente espero que sim. Quero dizer, eu não o irritei hoje. Certo? Acho que sim. E ele me contou um segredo da vida dele... Talvez isso sirva para que ele não se irrite tanto comigo.

Tomara que sirva para que eu não me irrite tanto com ele também.



No dia seguinte eu acordei bem cedo e preparei o café-da-manhã das meninas. Nenhuma das duas ainda havia levantado, então o deixei pronto e fui para o trabalho.



Cheguei 5 minutos adiantada e suspirei de alívio. Fui cumprimentada por algumas pessoas enquanto ia até o escritório de Edward, e fui parada algumas vezes para explicar que havia voltado.

– Isso é ótimo, Bella! – Tanya disse me abraçando apertadamente. – Senti tanto a sua falta! A outra secretária estava deixando o Sr. Cullen maluco! – ela disse rindo.

– Mais do que eu deixava? – perguntei, fazendo-a rir mais.

– Muito mais! Vamos almoçar juntas? Faz tanto tempo que não paramos para conversar direito! Quero saber como as meninas estão! – Tanya disse, fazendo biquinho.

Sorri e marcamos de nos encontrar na hora do almoço. Logo tive que correr para não chegar atrasada. Às 08:00 em ponto eu cheguei ao meu antigo e querido balcão...

Mas o que era aquilo?

– Imaginei que fosse ficar surpresa com isso. – ouvi Edward dizer atrás de mim, mas nem me virei para ele.

– Foi a antiga secretária que fez isso? – perguntei.

– Sim.

Ah, se eu conhecesse essa desgramada ela já estaria debaixo da terra! Ela deixou meu balcão irreconhecível!!!

Tinha papel para todo lado, garrafinhas de suco e uns dois batons largados ao lado da minha linda lixeira de pedrinhas coloridas que eu fiz a mão!

Bufei, deixando minha bolsa sobre a cadeira e pegando todo aquele lixo e jogando na lixeira. Eu sabia que não havia documentos importantes ali, pois com certeza Edward já havia os retirado. Enquanto eu arrumava tudo, Edward cruzou os braços sobre o balcão, me observando.

Assim que terminei de limpar tudo, suspirei, colocando as mãos na cintura e o olhando. Edward sorriu torto e eu me joguei em minha cadeira, colocando minha bolsa sobre o colo.

– Ver você sentada atrás desse balcão parece ser o certo. – Edward disse, me olhando estranho. – Obrigada por ter aceitado o trabalho de volta.

Dei de ombros, me sentindo envergonhada.

– Tudo bem. – murmurei.

Edward me deu as costas e caminhou em direção ao seu escritório. Eu podia vê-lo sorrir e, quando chegou à porta de sua sala, virou-se para mim sério.

– E trate de fazer seu trabalho direito, Swan. Não quero documentos sujos de batom e cafés frios. Entendeu? – ele disse, com aquele tom prepotente que ele tinha... Mas eu podia ver um vestígio de sorriso em seus lábios.

– Sim senhor. – falei, revirando os olhos.

Edward entrou em sua sala e fechou sua porta. E mesmo de onde eu estava, podia ouvi-lo rindo.

Voltei ao inferno... Ou talvez não.















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Notas finais do capítulo

E AÍ? O QUE ACHARAM? OMG!
Me digam, amoreeeeeeeeeees!! Sério, preciso saber o que vocês acharam! E aí? O que será que aconteceu com a tal Brianna? Será que ela morreu? E a Melanie? :O
Me digam suas conclusões! hahah
O capítulo merece reviews?! A FIC MERECE RECOMENDAÇÕES? OPAAAAA! *u*
E O EDWARD? ESTÁ RUIM COMO ANTES? O QUE VOCÊS ACHARAM DESSE LADO "PATERNAL" E "FOFINHO" DELE? (Nem sei se ficou fofinho, mas enfim, eu acho ele fofo até quando ele tá quase arrancando as tripas da Bella! lol)
Terça-feira sai o próximo, minhas nindas! ♥
Beeeeeeeijos!!
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