Chiaroscuro escrita por CrystalNeko


Capítulo 15
Plano


Notas iniciais do capítulo

Ohayou minna!!!
Eu sei, to muuuito atrasada, mas lá vai um capitulo pra vcs! :3
Boa leitura e feliz ano novo!



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_Você agora entendeu o que eu queria te dizer, Fannie?_perguntou Iris, vendo que a amiga estava em silêncio, coisa que ela não costumava fazer.

_Todo aquele poder... Ele podia ter usado a patente para proteger a organização e ao invés disso, preferiu arriscar as vidas daquelas pessoas inocentes... _Stefanya riu._ Esse é o meu pai.

_Quê??? _ surpreendeu-se Jerome.

_O que ele fez não está errado. Arriscou tudo para proteger o segredo da organização. Isso faz parte das regras da Red Raven. Mas matar pessoas inocentes não faz parte disso, pelo menos não para mim. Como ele manchou a imagem da corporação, terá que pagar um preço. E esse preço será a sua própria vida._disse ela, sem se alterar.

_Você teria coragem de matar o seu próprio pai?_perguntou Ally._ Eu acho que está tomando decisões precipitadas. Se o fizer, vai levar essa culpa pro resto da vida...

_’’Quem combate monstruosidades tem que tomar cuidado para não acabar virando um monstro. ’’_disse Sebastian.

_Eu não me orgulho de matar o meu pai, mas sim, de livrar o mundo de uma pessoa como ele.

_Mas você acha que só isso é motivo pra você matá-lo?_perguntou Ciel.

_Olhem... Na verdade não é só por esse motivo.

_O quê?

_Na verdade, ele me obrigou a entrar na organização. Eu não queria, porque eu tinha uma pessoa muito especial que me prendia à liberdade.

_Ah...Por acaso é isso que eu estou pensando?_perguntou Ally.

_Sim. Como ele era a única pessoa que me queria livre, foi muito fácil para o meu pai de..._disse ela, sendo cortada por longos minutos de silêncio.

_Seu pai matou o seu namorado?!_perguntou Jerome.

_..._ela chorava silenciosamente, secando as lágrimas logo depois._Olhem, não gosto de me fazer de vítima, então, vamos. Se apresentem, por favor.

_Allison Carter Bellini.

_Sebastian Michaelis.

_Jerome Vicenza Castrovanni.

_Iris Magdalena Schneider Cleonhart.

_Gerard Clémence Bundy.

_Espera... Seu sobrenome é Bellini?

_Sim, por quê?

_Tenho a impressão de conhecer esse nome de algum lugar...

_Depois desse dia longo, que tal irmos para a minha casa?_perguntou Ciel.

_Tudo bem..._disseram todos, em uníssono.

Chegando na mansão Phantomhive...

_Olhe, Stefanya, não é porque eu sou o mordomo que vou fazer tudo!_protestou Jerome, vendo que a tenente não estava ajudando em absolutamente nada.

_Escute, garoto, eu não vou me levantar nem por um decreto..._disse Stefanya, grogue de sono. Ela não dormia há dois dias.

_Bem, acho que eu vou ter que te acordar do jeito tradicional, viu?_

Ela se contorceu na poltrona, esperando um balde de água, mas o mordomo pegou-a pelo queixo e a beijou.

_SEU...SEU...SEU PERVERTIDO!_disse ela, acordando mais vermelha que um tomate, dando um tapa no rosto dele.

_Admite, você gostou...

_Você não tem medo de ser preso, não?

_Ah, é? E porque você não me prendeu até agora?

_Acho que é porque eu não tenho o mínimo de pena da Rainha...

_Concordo. Ela não merece pena. Aquela lá vai visitar o senhor Satanás muito cedo.

Stefanya tentou conter um riso, tapando a boca com as mãos.

_Eu adoro quando você ri assim, sabia?_disse Jerome.

_P-pare com isso... Você só me conhece há quatro horas..._disse ela corada, se segurando para não rir.

_Só que esse é o meu maior defeito: eu gosto das pessoas rápido demais.

Ela ficou vermelha, mas se recompôs e disse:

_Respeite-me! Eu, como primeiro tenente da Organização Red Raven, exijo que o senhor me trate com o mínimo de dignidade!

_Está bem..._disse ele, indo embora, deixando a garota sozinha na sala.

_Não, espera!_disse ela, puxando o braço do mordomo e depois abraçando o rapaz.

_Olha só.... Parece que você gosta mesmo de mim!_disse ele, alegre.

_Gosto! Gosto mesmo! Agora, por favor, não me deixe sozinha!_disse ela, agarrando o braço do mordomo com muita força. Era óbvio que ela estava mentindo que gostava dele. Mas dessa vez ele não percebeu aquele olhar confiante que a moça ostentava, mas sim, pavor.

_Mas o que é que você tem?_perguntou ele, preocupado.

_...


_Tudo bem, eu não irei mais perguntar, viu? Mas pode contar comigo..._disse ele, abraçando a tenente, que ainda estava assustada.

_Fannie, nós encontramos o...!_disse Iris, surpreendendo os dois.

_Hã...não é nada disso que você está pensando!_disse Jerome.

_Tá, sei. Agora vamos. Nós temos que ir a sede da Emerald, a tal empresa que caça demônios.

...

_Aqui estão os dados, senhores. De 1541 até 1888._disse a jovem caçadora de cabelos morenos presos num rabo de cavalo alto. Ela vestia uma blusa azul clara, um colete cáqui, bermudas justas da mesma cor até a altura dos joelhos e um par de botas pretas até o calcanhar.

_Ei, só tem você aqui?_perguntou Ciel.

_Não, tem os grandões da diretoria, mas quem caça mesmo sou eu e aquela anta ali._disse ela, apontando para um homem loiro de cabelos curtos, fumando um cigarro pelo canto da boca. Ele vestia uma camisa verde escura, calças pretas e uma jaqueta de couro da mesma cor.

 _Ô Kevin, ajuda aqui! Ah, perdão, esqueci de me apresentar a vocês. Sou Jessie Whitefield, caçadora de demônios. Se eu estivesse de serviço, vocês me dariam um belo de um lucro._disse ela, rindo de um jeito macabro.

_Olá, eu sou Kevin Stray._disse ele, com um pouquinho de má vontade, tomando um

tapa na cabeça dado por Jessie.

_Ei! Para com isso, Jessie!

_Tapado! É assim que se recebem visitas?!

_Eeer... Não._disse ele, admitindo a culpa.

_Ah tá, pensei!

...

_Vocês entenderam agora?_perguntou Jessie.

_Sim, entendemos. Então vocês caçam os demônios e vendem para o Instituto, para a Companhia Wharton e para a Red Raven?_perguntou Ciel.

_Sim. A Red Raven quer os demônios para integrá-los ao exército; o Instituto quer os demônios para fazer pesquisas científicas e depois vendê-las para a Red Raven e a Rainha, além da companhia Wharton.

_E pra quê a Wharton quer os demônios?

_Não sabemos.

_Como assim, não sabem?

_Ela preferiu falar apenas com os diretores da empresa, que prometeram sigilo.

_Ela quem?

_Heather Wharton.

_Heather... Eu me lembro desse nome! Ah, sim! Era uma estudante da Universidade. Era uma das melhores que tínhamos.

_Ela era uma estudante da Universidade? Então, ela poderia caçar os demônios sozinha, não é mesmo?_perguntou Sebastian.

_Sim, mas acho que ela preferiu não se arriscar._disse Kevin.

_É claro que ela não se arriscou imbecil! Por isso contratou a gente!_disse ela dando um soco no ombro dele.

_Ai Jessie! Isso dói!

_É pra doer!

...

Voltando pra casa, o grupo entrou na carruagem de Ciel, que deixou cada um em suas respectivas casas.

Quando finalmente chegaram a Mansão Phantomhive, Sebastian e Allison foram cuidar dos afazeres da casa.

_E aí? Gostaram?_perguntou Ciel, aparecendo do nada.

_Ciel...você está..._disse Ally.

_Com 13 anos de novo._completou Sebastian. Ambos estavam perplexos.

_Sim. Sem a Lizzie aqui, não há motivos para eu continuar naquela forma.

_Mas e os empreg...

_Já contei tudo pra eles. Boa noite._Ciel disse, indo para o escritório

_Ai!

_O que foi, Ally? Algum problema?

_Lembra daquelas dores que eu estava sentindo?

_Sim, elas estão te incomodando?

_Mais do que antes...

_Ally, faça o seguinte: vá se deitar, deixe que eu faço os seus serviços.

_Claro que não, eu estou óti..._disse ela, caindo desmaiada no chão logo depois, interrompendo a frase.

_Ally!_gritou Sebastian, pegando a moça nos braços.

_O que está acontecen...Allison!_disse Ciel, saindo do seu escritório.

_A Allison desmaiou do nada!

_Vou ligar para um médico!

Ciel foi correndo até o telefone. Não voltou com uma cara muito boa.

_Eles me disseram que o médico de confiança da família está viajando e só voltará daqui a uma semana!

_Mas que m..._praguejou o mordomo, sendo interrompido por uma porta abrindo estrondosamente. Mey-rin entrou na sala desesperada.

_S-Sebastian! Bocchan! Allison está ardendo em febre e está sentindo muita dor! E eu fiquei com um pouco de medo dela também!_ disse ela, batendo os dedos indicadores. As mãos da moça estavam vermelhas.

_Medo? Por quê?_perguntou Ciel.

_Enquanto ela gritava, os olhos dela ficaram vermelhos por alguns segundos! E além disso, eu me queimei quando coloquei a mão na testa dela! WHAAAA, Sebastian-san, por favor cuide dela, eu estou com muito medo...

_Tudo bem Mey-rin, eu estou indo cuidar dela, por favor cuide dos serviços que eu ainda não terminei de fazer.

_Sim, Sebastian-san!

Ele foi até o quarto de Ally. Ela estava deitada na cama. Ele colocou a mão sobre a testa da jovem. Logo tirou. A testa dela estava tão quente, que realmente poderia queimar alguém.

_Allison você está bem?

_Sebastian... Eu não sei o que é isso..._disse ela, se contorcendo logo depois, dando um grito alto e deixando os olhos vermelhos que Mey-rin tinha mencionado a mostra.

_Acalme-se. Eu fico com você aqui até você dormir.

_Obrigada, meu amor..._disse ela, dando um sorriso fraco.

Assim que a jovem adormeceu, ele foi falar com Ciel.

_Ela não está em condições de trabalhar agora. Ou esperamos o médico ou chamamos outro que esteja disponível.

_Não. Iremos esperar.

_Mas porque bocchan?

_Você vai ver.

No final de semana, alguém bateu a porta. Era o médico.

_Professor Bundy???

_Sim, eu aprendi umas coisas com a Samantha também.

Sebastian explicou ao ex-professor o que estava acontencendo.

_Hm... Já tenho uma idéia do que seja.

_O quê, doutor?

_É surpresa, meu jovem.

Ele foi ao quarto da moça examiná-la.

Poucos minutos de espera, mas que pareciam eternos. Ciel estava tão nervoso quanto Sebastian. O que iria acontecer com sua mã...empregada?

_Senhores..._disse o médico, saindo do quarto.

_E aí? É grave?_perguntou Sebastian.

_Nada disso, senhores. Ela só está grávida. Meus parabéns!

Sebastian sorriu. Ele se levantou e perguntou:

_Doutor, ela já está acordada?

_Sim, pode ir vê-la se quiser.

_Mas antes me diga: tem algum risco?

_Sim, mas só se ela não se cuidar.

_O que eu faço pra evitar um problema?

_Muito repouso, muita água, e o mais importante: ela não pode se estressar.

_Obrigado, doutor. Com licença.

Sebastian entrou no quarto. Ela estava com um pano molhado na testa, com os cabelos bagunçados e coberta até o peito com um lençol fino.

_Já ficou sabendo?_perguntou ela, com certa fraqueza.

_Sim. Parabéns, meu amor._disse ele, dando um beijo em sua testa e deitando-se na cama com ela. Ela ficou em seu colo e ele e fez carinho na cabeça da jovem.

_E o Ciel, como reag..._perguntou ela, sendo interrompida pelo garoto abrindo a porta rápido, deixando Mey-rin, Bard, Tanaka e Finnian entrarem junto com ele

_Parabéns Ally!_disse Ciel, abraçando-a.

_Como vai ser o nome dele?_perguntou Finnian.

_Ou dela?_perguntou Mey-rin.

Bard estava com um sorriso não muito feliz no rosto.

_Ho, ho, ho!_Tanaka riu.

_Shhhh!_censurou Sebastian, alto o suficiente para que todos na sala escutassem._Olhem, não façam barulho. Ela já dormiu. E se ela se estressar, o risco de ela perder o bebê é enorme. Então, por favor, silêncio.

Todos começaram a falar baixo. Ciel chegou perto de Ally e perguntou:

_Ally, qual vai ser o nome do bebê?

_Eu ainda nem sei se é menino ou menina! Só vou saber no dia!Você é muito ansioso, garotinho!_ela sorriu, apertando as bochechas dele.

_Você tem razão, Ally. Vou te deixar dormindo, tudo bem? Pessoal, vamos deixar a Ally descansar._disse Ciel, chamando os outros empregados. _Boa noite, Ally.

Sebastian e Ally ficaram sozinhos no quarto. Ele disse:

_Sabe, foi uma surpresa eu descobrir que vou ser pai.

Ela se levantou num impulso e perguntou:

_Você não queria?

_Calma._ele riu, empurrando a moça de volta para a cama. _Eu estou preparado pra ser pai, mas eu só disse que foi uma surpresa pra mim? E... outra coisa.

_O que?

_Já faz um tempo que eu queria falar isso com você, mas não encontrei oportunidade...

Sabe, eu acho que não ia pegar bem uma moça solteira e grávida. Então..._disse ele, puxando uma caixinha de veludo do bolso._Quer se casar comigo?


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Se gostaram, por favor comentem ou divulguem! :3
Bjoos! :*



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