A Sociedade Renegada escrita por Nome editado pela moderação


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!! :)



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Só parei de correr quando cheguei ao pátio da escola, fechei os olhos e encostei-me a um enorme pinheiro. Não agüentei mais, comecei a chorar, aquilo tudo era demais para mim. Dylan segurou minha mão, me levantando e me obrigando a ficar imóvel.

– Nossa! Que bom amigo você é. – Eu disse soltando sua mão da minha e limpando as lagrimas.

– Eu quero falar com você, Evolet. – Ele disse. – Quero dizer, Evvy. Pelo jeito agora sou seu amigo, não?

Eu não queria admitir mais eu o tinha chamado de amigo. E por mais que eu o odiasse, eu o amava também. Eu sentia algo muito forte por Dylan, e ele sabia disso.

– O que você quer? – Eu resmunguei de cara fechada.

– Venha comigo. – Ele segurou minha mão novamente e me puxou, até chegarmos a um canto mais isolado da escola.

O lugar era lindo. Uma luz prateada brilhava por entre as correntes de água da fonte no centro do jardim. O suave borbulhar da fonte ecoava nos muros, envolvendo o jardim em uma música suave. Ao lado da fonte havia um pequeno lago de águas cristalinas. Muros estavam cobertos por árvores e trepadeiras. Macieiras, glicínias e magnólias estavam todas em flor, e o ar misturava-se às suas fragrâncias.

– O que está acontecendo? – Ele disse limpando minhas lagrimas.

– Você não sabe? Eu mal chego na escola e você já me envergonha desse jeito? Todos me acham esquisita agora! – Eu gritei e ele riu.

– Não era sobre isso que eu estava falando. Você estava chorando. Por quê? – Ele me encarou novamente.

– Eu não estava chorando. – Disse mantendo a posse.

– Você estava chorando. Eu só quero saber por quê. O que fez uma menina linda como você chorar? – Ele estava encantador, o sol batia no todo da sua cabeça, ele me lembrava um anjo.

– Foi por sua causa! Você estragou meu dia, Dylan. Seu idiota! – Eu gritei.

– Não, não foi. Não minta para si mesma, Evvy. Qual o problema?

Eu não agüentei, meus olhos se encheram de lagrimas e comecei a chorar novamente.

– Tudo. É difícil demais. Meus pais me abandonaram, e de uma hora para outra Michele também. É tudo tão diferente do que eu estava acostumada. Eu acho que meus pais não me amavam o suficiente. – Ele me abraçou e eu o abracei de volta.

– Calma, Evolet. Não é o fato de seus pais terem te abandonado que determina o quanto eles te amam. Eu tenho certeza, de que eles tinham um ótimo motivo para isso.

Limpei minhas lagrimas na camiseta dele e percebi que ele ficava particularmente mais lindo a luz do sol. Ele segurou minhas mãos novamente, e eu comecei a suar. Dylan começou a ficar vermelho. Ele colocou as mãos na minha cintura e eu levei uma das minhas a sua nuca. Quanto ele estava prestes a me beijar, senti algo cair na minha cabeça e abaixei para pegar.

– O que o colar da minha mãe está fazendo aqui? Ele deveria estar na minha mochila. – O colar era de ouro e tinha uma esmeralda na ponta. Era a única lembrança que eu tinha dos meus pais. – Como ele veio parar aqui?

– Quem sabe, seus pais ainda estejam por ai, só para te ajudar. Talvez, eles estejam felizes com você. – Ele disse enquanto pegava o colar da minha mão e o colocava no meu pescoço.

– É... Na minha antiga escola, costumávamos chamar isso de amor. – Eu disse ironicamente.

– Amor... Né Evvy?

– O que? – Eu estava um pouco confusa.

E então ele me beijou. Sua reação foi tão rápida, que não me deu tempo para dizer nada. E foi o melhor beijo da minha vida. Ele era tão carinhoso e tão romântico que me deixou em transe.

– Obrigada. – Eu disse saindo do transe. – Por tudo.

O bosque parecia mais lindo ainda agora. Pela primeira vez eu me senti especial. Eu me senti perfeita. Então apenas me afastei dali, sorrindo.

– Ei, Evvy, espera! – Dylan me chamou.

– O que foi? – Eu disse sorrindo enquanto me afastava.

– Surgere Luna Media Nocte. – Ele disse.

– Et sol combustiones. – Eu respondi quase que instantaneamente.

O que eu estava dizendo? Por algum motivo eu sabia que eu deveria responder aquilo, eu nunca tinha ouvido aquilo antes. Ou tinha? Foi uma reação instantânea. Foi como se alguém tivesse me perguntado quanto é dois mais dois. Então ele apenas sorriu para mim.

Depois do meu quase encontro com Dylan fui encontrar Lena e Blair na saída do refeitório. Eu me sentia extremamente bem, então sorri.

Eu passava em frente ao refeitório quando Blair veio correndo na minha direção.

– O que aconteceu? Cadê o Dylan? - Ela disse curiosa.

– Não aconteceu nada. - Ela me encarou. - Eu juro. - Disse mostrando minhas mãos, para que ela tenha certeza de que eu não estava de figas.

– Não é o que dizem por ai... - Ela disse sorrindo enquanto Lena se aproximava de nós.

– E o que dizem por ai? - Na verdade eu tinha quase certeza do que ela iria me dizer. É incrível como as fofocas se espalham rápido hoje em dia.

– Dizem... Eu não sei se é verdade. - Eu a encarei. - Que você e Dylan estão juntos!

Ela disse dando bastante ênfase na palavra "juntos". Ela pulou em mim e me abraçou.



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Notas finais do capítulo

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