A Sociedade Renegada escrita por Nome editado pela moderação


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Gostaram? Boa leitura.



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Cheguei em casa. Não havia ninguém na sala, nem na cozinha, nem no escritório. Michele nunca saia de casa, ela tinha saído bem hoje? Ótimo. E eu estava sangrando muito. Maravilha. Estava tudo perfeito – só que não. Fui verificar em seu quarto, ela estava dormindo.

– Michele, acorda. Acorda por favor! – Gritei, enquanto segurava em seus ombros e a virava de um lado para o outro.

Ela se sentou na cama e coçou os olhos cansados, seus cabelos entravam bagunçados e ela provavelmente havia dormido enquanto trabalhava. Seus olhos se arregalaram e ela parecia desesperada.

– Meu deus, Evolet! O que aconteceu com você?

– Eu não sei direito. Uma garotinha, ela me atacou, ela tentou jogar o carro pelo penhasco, e batemos em uma arvore. E... Eu sinto dor, Michele, está doendo muito! – Eu a abracei e desabei em lagrimas.

– Droga, um Demian. Aqui já não é mais seguro para você. Evolet olhe para mim. – Ela disse enquanto segurava meu rosto. – Não fale com ninguém, não abra a porta para ninguém, não atenda ao telefone. Partimos assim que possível.

– Michele! O que está acontecendo? – Eu estava ajoelhado no chão de seu quarto, limpei as lagrimas e me levantei.

– Você vai para a Academia Warlok, Evolet. Nós vamos deixar essa casa. Rápido, arrume suas malas. – Eu não a questionei, não parecia ser brincadeira.

Eu não queria deixar essa casa, eu estava nela desde que meus pais me abandonaram, ou seja, minha vida inteira praticamente. Michele estava seria, então, eu apenas concordei com a cabeça.

Corri para o meu quarto, peguei minha mala preta, e coloquei lá todas as minhas roupas, algumas roupas de cama e coisas de higiene pessoal. Troquei de roupa, coloquei uma calça jeans e uma blusa da Hollister. Peguei meu casaco de couro e desci as escadas o mais rápido que pude.

Ouvi um barulho na cozinha e fui até lá, era Michele. Ela colocava alguns mantimentos em uma mochila verde-escura. Deixei a mala na sala, e a segui até o porão.

– Pegue, Evolet. - Ela disse enquanto colocava em minhas mãos uma mochila vermelha, com “Academia Warlok” escrito em branco. – Era da sua mãe. Tudo o que irá precisar está ai. – Eu apenas sorri.

Saímos e colocamos todas as malas no carro. Olhei no relógio: 7h da noite. Entrei no carro e fechei a porta. Michele entrou, mas logo em seguida saiu. Ela ficou de pé na frente da casa.

– Quase me esqueci disso. – Ela levantou a mão em direção a casa. Fechou os olhos e nossa casa, de uma hora para a outra, se encontrava completamente em chamas. – Agora podemos ir. Ninguém vai tentar te matar mais, Evolet.

– Nossa! – Eu gritei enquanto saia do carro, para ver de perto o espetáculo. O fogo estava se espalhando bem mais rápido agora. Droga, minha casa. – Como você fez isso?

– Depois te conto, entre logo no carro, Evolet. – Ela respondeu rindo.

Entramos no carro, ela o ligou e fomos embora. Fiquei olhando minha casa se reduzir a cinzas até perdê-la de vista. Ficamos quase quatro horas na estrada. 11h.

Ela parou em um cais, desceu do carro e estendeu suas mãos para o céu, apareceu uma grande nuvem clara em meio ao céu escuro. Ela tinha o formato de duas luas entrelaçadas, depois daquilo eu nem tinha mais certeza do que era possível.

A imagem sumiu e ao longe se pode ver um pequeno barco, que se aproximava gradualmente. Então, emergiu da água um navio enorme, nele havia uma grande escritura: “Academia Warlok”.

– Bem vindas ao navio, senhoritas. Quem é a aluna nova? – Disse um homem alto e magro.

– Ela. – Disse Michele apontando para mim. – Evolet Sutton.

Subimos a bordo, havia vários possíveis alunos nele. Tivemos quase uma hora de viagem. Não tive a chance de conhecer o navio direito, eu estava em choque, por tudo o que estava acontecendo. A água batia forte nas margens rochosas, e meu maior desejo naquele momento, era poder mergulhar lá.

Sempre gostei de mergulhar. O mar me confortava, eu me sentia livre. O navio parou em frente ao nada. Apenas ao mar.

– Bem vinda a Academia Warlok! – Michele disse e parecia bem animada. Mas não havia nada lá, apenas água, mais nada.

– Não tem nada aqui, Michele! – Eu disse indignada.

– Talvez você devesse olhar com outros olhos, Evvy. – Michele cobriu meus olhos com as mãos. Quando ela tirou as mãos deles, eu vi, eu vi tudo!

Uma ponte emergiu do meio do oceano, ligando o navio até uma grande ilha. Um garoto foi o primeiro á descer do navio, logo depois outros alunos o seguiram. E eu, sem muita opção, fui também.

A ilha era imensa, e maravilhosa. Nela havia flores de cores inacreditáveis e árvores exóticas. Pássaros sobrevoavam nossas cabeças e uma cachoeira enorme, se localizava em seu centro. Era lindo! Será que era um milagre?

Um castelo enorme pintado de branco estava parado bem na minha frente. Havia bandeiras em duas hastes longas bem na entrada. Alunos de todos os tamanhos, cores e raças andavam pela ponte que ligava ele ao navio, e se dirigiam até um grande pátio, em seu centro havia uma fonte de águas cristalinas. Havia também uma bandeira maior presa em dois pilares gigantescos de mármore, onde estava escrito: “Bem Vindos a Academia Warlok!”.

De onde ele tinha surgido? Até hoje não sei.



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Notas finais do capítulo

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