A Sociedade Renegada escrita por Nome editado pela moderação


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

A magia começa aqui (Disney World)
Preparados para conhecer a verdadeira Evolet Sutton?



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– Então, como eu estava dizendo, a guerra civil americana causou grande destruição nos Estados Unidos, especialmente no sul do país. Entre 600 e 700 mil americanos perderam a vida nesse conflito. A guerra se estendeu até 1877 e...

A voz do Sr. Collins se perdeu completamente em meio aos meus pensamentos. Eu realmente odiava aula de história americana.

– Srta. Sutton. Pode dizer para a turma quem foi o líder dos moderados, quanto ao processo de readmissão dos Estados do Sul para os Estados Unidos da América?

– Hum... Andrew Jackson?

Se eu sabia? Obvio que não. Eu apenas disse o primeiro nome que veio na minha cabeça. Ao contrario da maioria da minha classe, eu era muito boa em chutar respostas, e não em saber.

– Sim, acho que podemos considerar sua resposta como valida Srta. Sutton. Mas a principio o líder foi Abraham Lincoln. O que você estava fazendo quanto expliquei a sala sobre isso?

–Desculpe professor. Eu me distrai.

O Sr. Collins deu um suspiro longo e voltou a falar sobre a Guerra Civil Americana. Na verdade, eu sempre estava distraída. Eu não queria isso, mas por algum motivo eu não conseguia ficar muito tempo concentrada. Não só por que a Guerra Civil Americana era chata – e muito -, mas também por que eu me distraia com tudo, tudo mesmo.

O sinal finalmente tocou.

Peguei minha mochila velha e a coloquei sobre o ombro esquerdo. Dirigi-me até a sala 15, onde Sarah estudava.

– Por favor? Srta. Piper. Você sabe me dizer se Sarah Campville já saiu? – Perguntei.

– Creio que sim, Srta. Sutton. – Ela respondeu.

Droga! Eu odiava ir para casa sozinha. O problema é que, sempre que eu vou para algum lugar sozinha, alguém, sem motivo algum, tenta me matar!

Quanto eu tinha 12 anos eu fui a uma sorveteria, que fica na esquina de casa. Enquanto eu lambia o sorvete, um homem de capa me puxou para o fundo da loja, e tirou uma faca do bolso. Ele tentou me esfaquear! Minha sorte é que um rapaz viu, e “lutou” com ele. O que me deu tempo o suficiente para sair correndo da loja.

E quando eu tinha 14 anos, Michele fez uma viagem até Oregon. E a Sra.Wesker, a faxineira, me trancou no quarto e tentou incendiar nossa casa em New York.

Peguei o carro e fui para casa, estava chovendo, então fui a baixa velocidade. Já era quase 4h da tarde, mas estava tão escuro como se fosse 7h da noite. Eu dirigia até em casa, quando avistei uma garotinha no meio da avenida principal. Ela estava molhada por causa da chuva, seus olhos verdes estavam muito brilhantes e se destacavam em meio ao seu rosto pálido.

A menina parecia não comer a dias. Então, resolvi que deveria ajudá-la.

Quando cheguei perto da menina, que não deveria ter mais do que nove anos senti um cheiro estranho, senti um cheiro forte de morte. E quanto mais ela se aproximava, mais o cheiro se destacava. Parei o carro, e tentei dar um sorriso para ela. Achei que ela precisasse de esperanças, mas quem estava precisando era eu.

– Olá garotinha, está perdida?

– Sim, por favor, me ajude. – A menina gaguejava enquanto parava.

- Vamos, eu vou te levar para casa. – Eu disse abrindo a porta da frente.

Ela parecia aflita. Desci do carro. Segurei sua mão e a levei até a porta do passageiro do outro lado. Senti suas unhas fincarem no meu braço, o que provocou um corte profundo. Doía, mas era suportável.

– Ai! – Eu gritei.

– Evolet, me desculpe. – Ela disse se sentando no banco.

- Não se preocupe, não foi nada. – Disse enquanto olhava o corte com mais atenção.

Depois fechei a porta do carro e me dirigi ao meu banco. Enquanto me sentava pude sentir seu cheiro cada vez mais forte, mas simplesmente liguei o carro.

– Então, onde você mora?

Ela olhou para mim e sorriu, enquanto inclinava a cabeça para a direita. Foi quando notei que ela tinha me chamado de Evolet. E eu nunca tinha dito meu nome para ela. Droga Evolet! Você é muito burra mesmo!

– Você deve morrer! – Ela disse com uma voz incrivelmente grossa, muito mais do que a voz normal de uma garotinha daquela idade. O rosto da menina se deformou, seus olhos ficaram completamente negros e sangue deles, sua boca perdeu sua forma natural, agora, parecia mais um buraco negro.

Deixa-me explicar, digamos que eu aparento ser uma garota de 15 anos normal. Quer dizer, eu não tenho tatuagens, não uso muito preto – fora minha jaqueta de couro que eu amava -, não tenho piercings, muito menos alargadores. Mas eu tenho alguns poderes sobre-humanos. Como, sou muito mais rápida do que qualquer um da minha escola, e muito mais forte também, também consigo descobrir os segredos mais profundos das pessoas apenas pelo toque... Mas nem tudo é vantagem, digamos apenas, que quando se é assim sempre há alguém tentando te matar! E essa garota, é uma dessas pessoas.

A garotinha avançou encima de mim, e segurou no volante, direcionando o carro para a direita, onde se encontrava uma pequena barreira de cimento. Essa barreira era a única coisa entre meu carro e o grande penhasco sobre o mar. Por que tive que vir morar na Califórnia mesmo?

Tentei arrancar o volante de sua mão, mas ela era extremamente forte Eu estava muito assustada. Em uma reação rápida, virei o volante para o lado oposto, nos fazendo bater com tudo em um grande pinheiro. Ouvi a garotinhas gritando, e depois mais nada. Ela morreu na hora. O alarme ligou e os airbags inflaram. As portas estavam amassadas, e havia destroços de vidro por toda parte. Sai do carro pelas portas quebradas, e cai no chão. Eu estava sem forças para me levantar.

Estava completamente ensangüentada, e sentia muita dor. O vidro quebrado me cortava conforme eu me mexia. Fiquei desesperada. Levantei-me, e tentei me estabilizar. Sai daquela avenida o mais rápido que pude, e cambaleei até a casa da Michele.



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Notas finais do capítulo

A partir daqui começarei a postar semanalmente. Obrigada por lerem. Comentem, por favor!!