Be Mine escrita por Tuany Nascimento, Aline Bomfim


Capítulo 11
Capítulo X - Where Have You Been?


Notas iniciais do capítulo

Rihanna - Where Have You Been.
Olá gente! A Aline e eu lemos todos os reviews e amamos cada um deles e agradecemos vocês pelo apoio e carinho.
Sem mais delongas...
Enjoy it!



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BE MINE – CAPÍTULO DEZ

(Where Have You Been?)

I've been everywhere, man, looking for someone.

(Eu estive em todo lugar, cara, procurando por alguém.)

(EPOV)

Terça-Feira, 11h35min

Eu estava exultante. Eufórico. Feliz. Sorridente.

Não cabia dentro de mim a minha alegria. Eu estava com a garota que há quatro meses eu desejava. Isabella era minha namorada. Ela havia dito sim.

Não contamos para ninguém, apesar de meus pais desconfiarem que algo estava acontecendo pelo sorriso enorme com o qual cheguei em casa ontem à noite. Bella e eu ficamos pelo menos uma hora embolados no sofá trocando beijos quentes e nos amassando como dois adolescentes.

Hoje nós almoçaríamos juntos, pois ela não teria aula na NYU por causa de uma reunião dos professores com o Reitor. Alice também tinha comentado sobre isso durante o café-da-manhã falando que iria passar o dia no ateliê para adiantar alguns desenhos e entregas. Eu pegaria Bella no escritório e ela havia escolhido ir ao restaurante do Lincoln Center, que não é visível da rua e todo envidraçado.

- Irina, estou saindo para almoçar e não devo voltar até as 14h00min. Desmarque qualquer compromisso durante minha ausência.

- Mas o senhor tem uma reunião com o gerente de vendas às 13h40min. – ela disse olhando a agenda.

- Desmarque. – falei resoluto.

- Mas...

- Eu não te pago para questionar minhas ordens. Faça o que estou mandando. Remarque essa reunião para o final da tarde. Eu vou almoçar com a minha namorada e ponto final. Agora saia.

Ela saiu fazendo uma careta e fechando a porta em um suave clique. Peguei minhas coisas e desci pelo elevador privativo, enviando uma mensagem à Tyler, para esperar-me com o Volvo em frente ao prédio da Swan Company.

Riley me encontrou no hall e seguiu-me. Atravessamos a rua e depois de uma caminhada de sete minutos chegamos ao imponente prédio de vidros espelhados, com um cisne e os logos da Swan Company e da HS Industry incrustados em dourado acima da porta de entrada. Atravessamos o saguão principal, vendo a movimentação de vários empregados com seus ternos executivos, com tablets ou pastas nas mãos e feições concentradas.

O lugar era todo decorado em preto, azul escuro e dourado. Os móveis e as peças de arte ornavam com elegância o recinto, não nos deixando saber se valiam uma fortuna ou se vieram de alguma IKEA. Aproximei-me do balcão de atendimento e a recepcionista de cabelos castanhos, olhos azuis e headphone encarou-me com olhos arregalados e um sorriso bobo no rosto.

- Posso ajudá-lo? – ela perguntou tentando soar sexy.

- Vim ver Isabella Swan. – respondi sorrindo ao pronunciar o nome dela.

- Seu nome, por favor. – pediu com a voz falha encarando meu sorriso.

- Edward Cullen.

Ela digitou no computador e dois minutos depois me deu um cartão azul escuro escrito Visitante em dourado.

- Siga o corredor leste e pegue o terceiro elevador. Diga seu nome ao ascensorista e mostre sua identidade ao segurança. – ela instrui-me.

Quando me afastei pude ouvir um suspiro saindo dela. Pedi para Riley esperar junto com Tyler e ele se foi ainda checando tudo em volta. Ao chegar ao elevador, as portas se abriram, revelando um senhor de aparentes 60 anos com um sorriso acolhedor no rosto, sentado em uma cadeira de aparência confortável.

- Seu nome, meu jovem? – ele perguntou com a voz rouca.

- Edward Cullen.

- Meu nome é Joe. Pode entrar. – ele disse após olhar uma pequena tela que havia na parede metalizada do espaçoso cubículo.

Ele apertou o botão do último andar, que tinha um I inscrito. Ao lado também tinha dois botões com J e R cravados em cada um deles. Imaginei serem os andares dos escritórios de Jasper e Rosalie. Depois de 34 andares, chegamos ao trigésimo quinto, onde ficava a sala de Isabella. Joe se despediu de mim e assim que coloquei meu pé para fora do elevador, um segurança enorme me parou. Mostrei minha identidade e ele me deixou passar, escoltando-me até outra porta, onde passou seu crachá/cartão em um leitor e ela se abriu.

Angela estava sentada em uma mesa de mármore negro, digitando freneticamente em seu computador, ao passo que Emily na mesa ao lado conversava em francês com alguém ao telefone. Quando me viram, esboçaram sorrisos e Angela levantou-se vindo até mim.

- É um prazer revê-lo, Sr. Cullen. A Srta. Swan ainda está em uma reunião, que não deverá demorar mais do que cinco minutos. Gostaria de algo? Um café, uma água, um chá...?

- Não, está tudo bem, Angela. Não se preocupe. – respondi.

Sentei-me em um dos sofás de couro preto e olhei ao redor. Atrás das mesas de Angela e Emily havia uma porta imensa de vidro, com persianas negras, escrito em dourado Isabella Swan, CEO. Ao lado esquerdo havia outra porta de madeira maciça escura onde estava escrito Sala de Reuniões. O lugar tinha a mesma decoração do saguão, só que ali dentro tudo gritava milhares de dólares. Havia dois quadros de Edgar Degas, o pintor conhecido por retratar bailarinas com traços sutis, leves e que ilustravam o movimento delas perfeitamente.

- Isso está uma porcaria! – o barulho de um punho batendo em uma mesa fez-se presente, logo após o grito de Bella – Aos nove anos eu fazia relatórios melhores do que esse! Vocês têm certeza que se formaram em Harvard? Pois pelo que eu me lembre incompetência não estava na grade curricular deles.

Angela me encarou, tecendo desculpas com os olhos e eu apenas voltei a olhar para a porta de onde saiu o grito. Emily desligou o telefone e olhou um pouco assustada para mim e depois voltou a fazer seu trabalho.

- Cale-se, por favor! Eu não preciso ouvir algo que eu já sei. E seu cálculo está errado. – dois minutos de silêncio se seguiram, sendo interrompidos pela risada irônica de Bella. – Você realmente está me dizendo que eu estou errada? Você está?! Ora, ora, então me mostre onde eu errei.

Eu estava apreensivo. Pela elevação do tom de voz dela, dava para perceber que ela estava muito puta. Mexi-me um pouco desconfortável, pois a única coisa na qual eu pensava era em Isabella em algum vestido social justo, scarpins me-foda e gritando com seu funcionário.

Eu queria trancá-la no seu escritório e fudê-la em cima da mesa.

A risada debochada dela fez-se presente mais uma vez e eu olhei o relógio. Se ela demorasse mais um pouco, poderíamos perder nossa reserva.

- Erro juvenil, esse não? Meu querido, pelo que sei isso é aritmética básica. Pelo fato de ter me apresentado um relatório pobre e muito mal feito e por ter me questionado, você está demitido. E o resto de vocês, eu quero que me apresentem um novo relatório até o final da tarde, se não conseguirem, passem no RH e acertem suas contas. Dispensados.

Uma porta fechou-se com força e Emily levantou-se, entrando na sala de Isabella. Aos poucos, quatro homens saíram da Sala de Reuniões, com rostos cansados e afrouxando as gravatas.

- Eu achei que conseguiríamos enganá-la com esse relatório preliminar antes de dar o oficial. A mulher é fogo, viu? – um deles comentou, passando a mão na testa.

- Eu falei para não subestimar a garota. Ela foi eleita aos quinze anos como uma das mentes mais brilhantes do século XXI. Quinze anos! Eu com quinze anos pensava em peitos de mulheres capas da Playboy e no que iria comer na janta. Ela estava concluindo o ensino médio e já aprovada em Harvard. – outro falou.

- Que merda! Agora eu vou me trancar na minha sala para fazer esse troço logo. E revisá-lo pelo menos cinco vezes antes de vir entregá-lo. Adeus almoço.

Os comentários continuaram até eles chegarem ao elevador. Olhei meu relógio mais uma vez e bufei irritado. A porta abriu-se, com Emily saindo e Isabella atrás, com uma cara nada boa. Ela sorriu levemente para mim e entregou uma chave para Angela, dando algumas recomendações. Depois de se despedir de suas secretárias, ela veio para perto de mim.

Isabella estava usando um vestido social creme justo, evidenciando suas curvas, com um cardigan um tom mais escuro por cima, sapatos nude altos e uma bolsa marrom com o logo da Chanel.

- Oi Edward. – ela me cumprimentou com um sorriso.

- Oi Bella. Já podemos ir?

Ela acenou e eu peguei sua mão. Aproximei-me e dei um beijo em sua bochecha, fazendo-a corar levemente. Quando as portas do elevador se abriram, Joe nos olhou risonho e Bella revirou os olhos.

- Então é ele o motivo do seu enorme sorriso hoje, Bella? – ele perguntou.

- Joseph! – ela chamou sua atenção.

Um puta sorriso orgulhoso abriu-se em meu rosto e eu apertei a pequena mão na minha. Isabella me ignorou e suas bochechas estavam ainda mais vermelhas. Joe gargalhou e apertou o botão para que descêssemos. Uma leve melodia de Bach tocava nos alto falantes, fazendo com que Bella dedilhasse as notas em sua perna com sua outra mão. Quando as portas se abriram, Joe se despediu de nós e Bella apenas bufou para ele, abrindo um sorriso depois.

Conforme passávamos pelo saguão, todos os funcionários nos olhavam boquiabertos e com os olhos arregalados. Eles se focavam em nossas mãos unidas e olhavam um pouco deslumbrados para nós. Era estranho perceber que todos eles estavam parados, apenas assistindo-nos.

- Eu preciso devolver o crachá de visitante. – murmurei para Bella.

Ela acenou com a cabeça e nos encaminhamos para o balcão, onde a recepcionista morena nos encarava com perplexidade.

- Meu crachá. – eu o entreguei a ela.

Seus dedos tremiam levemente conforme seus olhos passavam por mim – em visível fascínio – e por Bella – em visível temor. Quando nos afastamos, pudemos ouvi-la sussurrar um “ela está namorando esse Deus?” e minha namorada apertou minha mão e fechou a cara.

Abri a porta do Volvo para ela e dei a volta, sentando-me no banco de motorista e dando partida no carro. Busquei a mão de Bella novamente e entrelacei nossos dedos, soltando apenas quando eu precisava trocar de marcha.

- Como está sendo o dia? – eu perguntei iniciando um assunto depois de alguns minutos de silêncio.

- Você ouviu meu pequeno chilique na reunião? – ela rebateu com outra pergunta.

Acenei positivamente e ela suspirou.

- Eu simplesmente não suporto que duvidem de minha capacidade apenas porque sou mulher. Acho que o mínimo que meus funcionários deveriam ter era o senso de que se eu estou no cargo mais alto da empresa é porque eu mereci estar ali. Eu batalhei muito para conseguir ser CEO. Tive que competir arduamente com Jasper.

- Você competiu com Jasper?

- Charlie não estava totalmente convencido de que eu poderia gerir uma empresa tão grande quanto a Swan Company com 20 anos. Rosalie desde o início disse que ia presidir a HS Industry e mostrou-se perfeitamente capaz para isso no período de dois meses que Charlie a deu para provar-se boa o suficiente.

- Dois meses?! Charlie deu apenas dois meses para sua irmã?

- Sim. Ele é extremamente rígido quando se trata dos negócios da família. E foi ainda mais com uma empresa que significa tanto para ele. Charlie amou muito Charlotte e a HS Industry representa todos os sonhos dela.

Estacionei na frente do Lincoln Center e desci indo abrir a porta para Bella. Repousei minha mão na base de suas costas e entreguei as chaves para o manobrista. Nossos seguranças nos seguiram discretamente e se posicionaram em pontos estratégicos. O maître nos encaminhou para nossa mesa e um garçom com olhares cobiçosos demais para minha namorada veio nos atender.

- Olá, meu nome é Dan e eu irei atendê-los hoje. Desejam alguma coisa? – ele disse dirigindo-se a ela especialmente.

Bella estava concentrada em seu cardápio e eu olhava para o futuro desempregado esperando que ele me notasse.

- Eu vou querer um Strozzapreti Preti Neri Alla Puttanesca. Também quero uma taça do Brunello di Montalcino de 2006. E você, sweetie?

Meu peito simplesmente inflou-se com o doce sweetie que saiu de Bella. Passei meus olhos rapidamente pelo cardápio e pedi o que me pareceu mais interessante.

- Eu quero Salmone Alla Griglia e a mesma bebida que a de minha namorada.

Foi impossível não deixar o tom possessivo sair por mim. Bella arqueou levemente a sobrancelha, mas ignorou assim que o garçom saiu.

- E então, como você venceu Jasper? – perguntei retomando o assunto.

- Charlie deu a cada um de nós 100 mil dólares e nos deixou escolher em qual dos dois investimentos que ele nos indicou iríamos injetar o dinheiro. Ele nos deu o tempo necessário para analisarmos todos os relatórios e estudarmos os prós e contras das opções. Eu de cara odiei tudo o que ele havia me dado. Eu considerei todos os dados incompletos e por conta própria investiguei cada investimento na New York Stock Exchange. Descobri que ambos eram muito bons e que se eu soubesse como dividir o dinheiro corretamente entre eles, eu sairia com um lucro muito maior do que se eu investisse todo o dinheiro em apenas uma opção. Assim, passei uma semana dentro do escritório da mansão fazendo todos os cálculos humanamente possíveis para achar o resultado do lucro. Três semanas depois, Charlie nos chamou na empresa e nos pediu nossos resultados. Jasper havia escolhido nossa primeira opção que era uma empresa de Petróleo e se saiu muito bem sucedido, ganhando um pouco mais que o dobro do que investiu.

Bella contava com um olhar brilhante e vago, como se lembrasse naquele momento o que aconteceu há três anos. Ela tinha um pequeno sorriso projetando-se em seu rosto e eu bebia cada palavra que ela dizia com interesse.

- E você?

- Eu ganhei o dobro do que Jasper ganhou. Eu soube injetar e retirar o dinheiro a tempo em cada um dos investimentos. Charlie se surpreendeu com o meu relatório analítico das opções e também com a minha audácia. No final, ele nos presenteou com os lucros, deu a mim o cargo de CEO da Swan Company e Jasper se divide entre as duas companhias em um alto cargo executivo também.

- Parabéns. – eu disse.

- Obrigada.

Eu gostava de aprender um pouco mais sobre ela. Eu queria saber mais sobre a mulher por quem eu era apaixonado e por quem eu nutria uma admiração enorme.

- Bella! – uma voz masculina a chamou.

Olhei para trás e um homem de pele morena, cabelos e olhos negros, porte atlético, vestindo um terno caro e de mão dada com uma bela morena de olhos verdes e vestida impecavelmente em um conjunto social nos encaravam com sorrisos.

- Quil! Claire!

Isabella levantou-se e os cumprimentou com abraços, eu me levantei também e ela veio para meu lado logo depois, abraçando minha cintura carinhosamente e eu retribuí, passando meu braço por sobre os ombros dela.

- Pessoal, esse é Edward Cullen, meu namorado. Edward, esses são Quil e Claire. Eles fazem Economia comigo na New York University.

Os cumprimentei com um aperto de mãos e o tal Quil me olhava estranho.

- Não posso acreditar que estou conhecendo Edward Cullen pessoalmente. Você foi o empresário do momento sobre quem eu escolhi escrever em um trabalho da faculdade. Eu realmente fiquei obcecado por você por alguns meses. Sua administração é quase tão impecável quanto à de Bella. Vocês dois são as cabeças de duas grandes companhias e cometem pouquíssimos erros. Mas você... Cara, eu realmente te admiro. A sua negociação com os canadenses simplesmente entrou para história! Treze porcento das ações foi um ganho totalmente incrível. Carlisle Cullen conseguiu apenas dez quando negociou com eles! – ele disse.

- É. Eu me lembro que meu pai ficou um pouco irritado, além de orgulhoso, obviamente, quando descobriu sobre isso. – eu comentei sorrindo.

- Mas os dez porcento de seu pai também foram ótimos. Eles são conhecidos por não abriram mão de mais de cinco com as outras empresas.

- Bom, foi um pouco difícil conseguir o que eu queria, mas no final, a negociação foi ótima para ambos os lados. – eu disse.

- Oh, eu imagino que sim. Aliás, você foi considerado o melhor empresário do ano de 2010. Assim como o mais bonito. – ele falou, murmurando a última parte.

Eu soltei uma risada constrangida e Bella me olhou risonha.

- Não queremos mais interromper o almoço de vocês. Vamos, querido? – Claire disse.

Nós nos despedimos e quando estavam se virando, Claire virou-se para minha namorada.

- Bella, me mande os slides do prof. Coop, por favor? – pediu.

- Mando sim.

- Obrigada.

O casal se foi e nos sentamos novamente. Nesse momento, o garçom se aproximou, trazendo nossos pratos e nossas bebidas, saindo de perto de nós assim que meu olhar tornou-se frio o suficiente para ele. O rapaz também não perdeu a oportunidade de dar uma espiada uma vez mais antes de atender um executivo que o chamava.

Nós comemos, conversando sobre alguns gostos. Aprendi um pouco mais sobre ela. Aprendi que ela ama Coldplay, Queen e Maroon 5, que ama Chopin e Bach, que se interessa por Literatura Inglesa e Russa, que ama os quadros de Degas e de Monet, que considera O Lago Dos Cisnes o balé mais lindo de todos e que gosta de cozinhar. Agimos como um típico casal, provando comida um do prato do outro e entrelaçando nossas mãos sempre que possível.

Enquanto eu pedia a sobremesa – uma taça de gellato de chocolate –, percebi que Bella olhava irritada para os lados e mordia o lábio inferior. Assim que Dan saiu de perto, eu a olhei com a sobrancelha arqueada e ela bufou, revirando os olhos.

- Eu realmente gostaria de saber a necessidade que esse povo tem em ficar olhando para nós dois como se fôssemos aberrações! – ela sibilou.

Passei os olhos ao redor da mesa e percebi que a maioria dos clientes do restaurante nos olhava deslumbrada e curiosa. Fechei a cara no mesmo instante em que vi a câmera de um iPhone apontada em nossa direção. Com certeza essa foto iria para o Instagram e de lá, circularia pelo Twitter e pelo Facebook. Isso realmente era enervante.

- Hey, não vamos nos importar com isso, ok? Isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Somos ricos, influentes, temos fama e é normal que esse interesse por nossas vidas pessoais. – eu falei, acariciando a sua mão em sinal de reconforto.

- Mas precisam invadir nossa privacidade desse jeito? Há um cara duas mesas ao nosso lado esquerdo que está praticamente se levantando para tirar uma foto nossa. Eu odeio isso. – Bella disse entredentes.

Eu notei que seu bom humor estava se esvaindo, por isso chamei Dan e pedi a conta. O iPhone de Bella começou a vibrar no mesmo momento e ela desligou sem ao menos ver o número.

- Eu não me importo se você atender a ligação. – comentei.

- Mas eu sim. Esse é um momento nosso e não quero interrupções. Já bastam os olhares que estamos recebendo.

Lancei um sorriso bobo em sua direção, e ela piscou levemente atordoada.  Depois de pagar tudo, levantei-me e ofereci minha mão para ela, que aceitou de bom grado. Tyler e Brad nos alcançaram quando estávamos chegando perto da entrada e eles estavam olhando irritados para os clientes que nos perseguiam com os olhos invasivos.

- Há um pequeno grupo de paparazzi na entrada. Quatro ou cinco no máximo. – Brad avisou.

Isabella apertou minha mão e soltou um suspiro nervoso. Ela fechou os olhos em fenda e encarou friamente cada um que ainda nos olhava. Eu apertei a ponte de meu nariz e soltei uma lufada de ar, tentando não me irritar.

- Controle-os. – eu sibilei para eles.

Os dois rumaram acompanhados com os outros para a saída e puxei Isabella para trás de mim, tentando protegê-la. Os flashes caíram em nossos rostos impiedosamente e me perguntei se realmente há a necessidade de usá-los em plena luz do dia. Ignoramos as perguntas estapafúrdias deles e deslizei para o banco de trás do Volvo, trazendo Isabella comigo. Riley fechou a porta para nós e Tyler arrancou com o carro no mesmo minuto.

Eu agarrei a nuca de Bella e a trouxe em minha direção, chocando nossos lábios com fúria e enroscando minha língua na dela. Tomei seu beijo até que o ar nos faltasse e mesmo quando nos separamos, continuei com meus lábios em sua pele, tecendo uma trilha de selinhos molhados por seu pescoço.

- Eu senti falta disso. – murmurei.

- Eu também. – ela respondeu roucamente.

Seguimos pelo caminho assim, matando as saudades um do outro e não conseguindo manter nossas bocas afastadas por muito mais que dois segundos. Tyler estacionou na frente da Swan Company e ela soltou um suspiro de derrota.

- Vamos jantar juntos? Eu acho que ainda não tive minha cota de você por hoje. – ela falou corando.

- Claro! – respondi entusiasmado. – Quer ir a qual restaurante?

- Estava pensando em cozinhar para você. No meu apartamento. Que tal? – perguntou tímida.

- Acho isso uma ideia perfeita. Que horas posso ir para lá?

- Às 20h30min, tudo bem?

Confirmei com um aceno e a beijei novamente. Ela me abraçou e inspirou meu cheiro, afundando seu nariz em meu pescoço e dando um pequeno afago em meu cabelo.

- Até mais tarde, sweetie. – ela se despediu.

- Estarei contando as horas, baby.

Ela saiu do carro, e caminhou imponentemente para dentro do prédio. Percebi nesse meio tempo, que todos saiam de seu caminho conforme seus passos decididos avançavam para a sede.

Olhei para meu relógio e gemi frustrado ao perceber que só a veria em seis horas e quarenta e cinco minutos.

Tempo, por que tão lento?

I've been everywhere, man, looking for you babe.

(Eu estive em todo o lugar, cara, procurando por você, baby.)


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Próximo capítulo: Do You Wanna?
Comentem muito, indiquem a fanfic para os amigos e recomendem também. Isso é o que inspira o autor a escrever sempre.
Até a próxima segunda ;)