De vez enquanto Francisco me dava selinhos por causa da Barbara.

-O kaue, tira esse casaco como tu aguenta? Nunca te vi sem. –Perguntou Carlos.

-Ah seila eu so tão acostumada que não sinto calor. Eu disse colocando minha mão direita sobre meu braço esquerdo.

-Ahh tira ai pra gente te ver sem casaco. –Falou Luiz.

-Não, não vou tirar, não to com calor. –Falei rindo.

-Ah tira ai, é so pra gente te ver sem, uma vez so vai por favor. –Disse Ricardo.

-Não vou não adianta pedir. –Eu disse ficando nervosa.

-Ta gente deixa ela, se ela não quer não vamos insistir. –Disse Francisco.

Mais era tarde de mais Rodrigo tinha ido por trás de mim, e tirou meu casaco. Eu entrei em desespero, e gritava com ele para ele devolver meu casaco, a sala ficou apavorada, so que ele não me devolveu. Ele foi chegando perto da janela, e fingiu que iria jogar meu casaco pela janela.  Eu implorava para ele me devolver, tava aos prantos já para ele devolver meu casaco, mais ele bateu em uma mesa e derrubou meu casaco la em baixo. E justo para me ajudar o monitor do colégio estava pintando a parede e adivinha onde meu casaco caiu?! Exatamente isso, dentro do balde de tinta, quando eu vi, eu me desesperei mais ainda. Olhei com ódio para Rodrigo e disse

-Eu te odeio Rodrigo. –Eu disse. Sai correndo para o banheiro. Assim que cheguei no banheiro entrei em uma cabine e me sentei no chão encostei a cabeça na parede e olhei para meus braços, todos cortados, automutilados. O segredo que tanto lutei para conseguir esconder a mostra agora.

POV Francisco.

Assim que Kaue viu o casaco dela caindo na lata de tinta, ela o fuzilou e gritou dizendo que odiava ele e saiu correndo, não pensei duas vezes e fui atrás dela, mais antes de sair da sala eu falei.

-Tu não devia ter feito isso com a guria. –Eu disse bem grosso para Rodrigo.

E ela se entocou dentro do banheiro. Assim que cheguei na porta do banheiro fui procurando ela pelas cabines encontrei ela na ultima, era de cadeirante então era bem grande.

-Kaue abre pra mim? Sou eu o Francisco. –Eu disse em um tom baixo.

-Sai daqui Francisco não quero falar com ninguém. –Ela disse aos prantos.

-Abre por favor.

Ela não me respondeu então eu tentei abrir a porta por fora, como a fechadura era de rosquear onde dizia se estava ocupado ou livre, eu passei a unha girando onde estava escrito ocupado. Demorei uns 5 minutos para conseguir abrir porque minhas unhas eram bem curtinhas quase não tinha. Mais consegui abrir e quando vi ela jogada no chão não entendi porque ela ficou tão brava por causa do casaco, mais ai eu vi os braços dela, não tive reação e quando ela viu que eu abri a porta ela tentou esconder mais já era tarde de mais já tinha visto os braços dela.

-Sai daqui por favor, não quero que ninguém me veja agora, muito menos tu. –Kaue falou para mim.

-Não não vou embora. –Eu Disse para ela.

Assim que disse fechei a porta e me sentei ao lado dela encostando-me na parede e colocando um pé atrás dela e tirei meu casaco, coloquei nela e trouxe-a ate mim. Não disse nada so a confortei em meus braços para ela ter certeza que poderia confiar em mim. Eu não aguentava ver ela assim. Eu segurei a mão dela e virei para ver seu braço. Eu não sabia o que falar, mais sabia que se julgasse ela iria ser pior. Então so a abracei o mais forte que pude e dei um beijo na cabeça dela.
Então aos poucos ela foi parando de chorar. E eu fui soltando ela para que ela pudesse se arrumar e colocar o meu casaco direito nela.

-Obrigada. –Ela disse. –Obrigada por não me abandonar quando eu mais precisei de alguém. Obrigada por não me julgar quando tu viu meus braços. Obrigada por me emprestar teu casaco.

-Não foi nada Kaue, esquece isso nada mais justo depois do que fizeram com o teu. E porque eu te julgaria? Não sei os teus motivos que te levam a fazer isso então eu nunca te julgaria ok. – Eu disse. –Agora vamos lavar esse rosto, e entrar naquela sala como se nada tivesse acontecido. –Eu dei um selinho nela e levantei a convidando para levantar mais sem escolha se ela iria ou não para a sala. E ela iria. Ela lavou o rosto que estava vermelho e inchado. E segurou minha mão.

-Se eu cair você me segura? –Ela disse em um tom mais fofo impossível.

-Sempre. –Respondi e abracei-a bem forte.

Fomos de mãos dadas para a sala e chegando na porta eu a abracei por trás e logo em seguida soltei-a e segurei na sua mão.

-Ta pronta? –Perguntei

-Não sei. –Ela respondeu.

Ela me abraçou e eu a correspondi com o abraço. Fiz um sinal de vamos com a cabeça, e ela assentiu. Bati na porta e entramos, ela meio que se escondia atrás de mim.

-Desculpa professora tivemos um problema e bom o senhor viu. –Falei para a professora.

POV Kaue

-Tudo bem eu vi, queres que eu faça teu colega te pedir desculpas pelo que ele te fez? – A professora me perguntou.

-Não professora, obrigada. – Falei com os olhos enchendo de lagrimas.

O Francisco me olhou e viu que eu ia chorar, me abraçou e falou no meu ouvido para eu não chorar que essas pessoas não mereciam minhas lagrimas assenti e fomos caminhando para os nossos lugares.
Chegando la Ricardo e Luiz vieram me abraçar e pedir desculpa por terem insistido para eu tirar a jaqueta. Eu disse que a culpa não era deles pelo que aconteceu. Mais Rodrigo que foi culpado de tudo tinha mudado de lugar, fiquei ate mais aliviada não queria falar com ele muito menos olhar para ele. Não suportaria ficar olhando para ele sabendo que ele fez com que todo o colégio soubesse meu segredo que eu não contei pra minguem, ate hoje. Eu ainda não acredito que ele fez isso comigo, quando dei por mim minhas lagrimas já estavam rolando pelo meu rosto de novo. Francisco reparou e me abraçou, os meninos já não conversavam mais. E eu não via a hora de sair daquele lugar. Peguei meus fones de ouvido e coloquei botei para tocar Simple plan – Untitled essa musica so me fazia chorar ainda mais por isso coloquei-a. Então Francisco me abraçou mais forte. Minhas lagrimas caiam cada vez mais rápido eu não conseguia evitar as lagrimas, mais o barulho ate que conseguia a final já estraguei demais a aula da professora, não queria estragar ainda mais.