Ultima aula eu não aguentava mais tanta aula em um dia. Não era nem as aulas, eu não aguentava mais sofrer tanto em um dia. Nunca pensei que fosse sofrer desse jeito em um único dia. Não via a hora de chegar em casa e me cortar. No momento era so isso que eu pensava enquanto escutava Numb – Linkin Park, ‘I'm tired of being what you want me to be’ essa frase não saia da minha cabeça. A sensação que tinha era de ódio, de raiva do Rodrigo, ele não sabe o quanto me machucou fazendo aquilo comigo. Por mais que ele não soubesse do que havia de baixo do meu casaco ele erro em arrancar meu casaco de mim. A ultima aula foi um pouco menos demorada, mais pareceu uma eternidade do mesmo jeito. Eu não via a hora de ir embora.

-Kaue. –Francisco me chamou. – Kaueee !

-Oi, oi desculpa não tinha ouvido. -Eu disse.

-Vamos la pra casa hoje? Já falei com minha mãe e ela deixou. E sei que hoje tu não vai querer que tua mão te veja assim ne? –Disse Francisco carinhoso.

-Ta eu so vou enviar uma mensagem pra minha mãe e ver se ela deixa e vou sim. – Eu disse para Francisco.

“Mãe posso ir para casa do Francisco hoje?”
                                      “Kaue.”

“Pode sim filha, mais olha o que vocês vão aprontar.”
                                   “Beijos mamãe.”

-Mãe deixou eu ir. –Eu disse. –Mais o que vamos fazer la Francisco?

-Vamos conversar e ir para a praia.

-Mais eu odeio praia você sabe disso. –Eu falei resmungando.

-Eu sei sim, exatamente por isso vamos. E vais dormi la ne?

-Haha, eu não tenho roupa para vir amanha para o colégio esqueceu? –Eu disse

-Idai? Usa meu uniforme. –Disse ele.

-Sim e eu não vou tomar banho? Tenho que trocar de calcinha e sutiã ta. –Eu disse irônica.

-Sim tem uma loja de roupas do lado da minha casa esqueceu? Tem tudo isso que tu precisa. –Ele disse provocando. –E sei que tu carrega o cartão da tua mãe contigo.

-Ta eu tenho sim, mais não quer dizer que ela deixa eu usar sempre.

-Mais tais me tirando ne, comprasse um Ipod e ela so disse ‘que legal’. Se não tivesse contigo não era pra ti usar ne. –Disse ele rindo da situação.

-Ta ta, eu vou avisar pra ela que vou dormir na tua casa. –Disse virando os olhos.

“Mãe vou dormir na casa do Francisco e vou usar teu cartão pra comprar o que preciso.”
                                              Beijos Kaue”

“Ok filha, pode usar, ta com ele pra isso ne.”

                         “Mamãe.”

-Pronto chatinho já avisei ela. –Eu disse virando o rosto para ele.

-Eu sou demais, não sou? –Disse ele me roubando um selinho.

-Aham, so que não precisava do selinho, ela ta dormindo. –Falei apontando para Barbara.

-E eu com isso? –Disse ele irônico.

-E que a gente não precisa ficar assim. –Eu disse ficando confusão que não era novidade me ver confusa.

-Vai dizer que não ta gostando? –Disse ele me provocando mordendo os lábios.

-E se eu falar que não? –Eu disse brincando com ele.

-Eu não vou acreditar. –Disse ele chegando mais perto de mim.

-Estamos na aula Francisco. E meia sala ta encarando a gente. –Eu disse ficando vermelha.

Depois disse viramos para o quadro e ficamos observando a professora explicar a matéria. Então bateu o bendito sinal. E Rodrigo veio falar comigo.

-Tens um tempo pra mim? –Ele tentou dizer de um jeito fofo.

-Na verdade não. Eu vou para a casa do meu namorado! –Eu disse com um pouco de ódio.

-Qual é Kaue eu sei que isso é so fingimento eu tava junto quando vocês combinaram. –Ele disse convencido.

-Ta do mesmo jeito não tenho tempo pra ti. To indo para a casa do Francisco. –Eu disse grossa e seca. E sai dali indo em direção do Francisco e abraçando ele por trás, eu era mais baixa que ele batei nos ombros dele então ele se virou e me ergueu fazendo eu sair do chão. E me deu um beijo na testa, logo me soltou e me deu um selinho.

-Tudo bem com vocês? –Perguntou ele se referindo a Rodrigo.

-Não tenho nenhum problema com ele, a não ser o fato dele contar para a escola inteira que eu me automutilo, fora isso nada não. –Falei totalmente irônica do começo ao fim da frase.

-Então ta, vamos? –Ele perguntou apontando para a van que leva ele para o colégio e para casa todo dia.
Assenti com a cabeça, subimos e sentamos no final da van onde ele costuma sentar. Ele pegou os fones dele e eu os meus, ficamos em silencio por um tempo ouvindo musica ate que ele quebrou a silencio.

-Então a mãe deve ta fazendo comida pra gente, depois de comer eu vou dormir ai depois a gente vai pra praia conversar ta? –Disse ele rindo.

-Aé tu vai dormi e me deixar sozinha envergonhada com a tua mãe? –Disse irônica.

-Não tu pode dormi comigo, ou usar meu notebook. Mais particularmente eu prefiro a primeira opção. –Ele falou bem engraçadinho.

-Já eu prefiro a segunda, a noite a gente vai ter tempo para dormir. –Eu disse.

-Ah. –Ele disse decepcionado com carinha de cachorro que caiu da mudança.

-Estamos chegando.

-Francisco tua casa! –Disse a moça da van.
Descemos da van e paramos na frente de um prédio. Um prédio azul de uns 15 andares. Ele era largo devia ter uns 3 apartamentos por andar so pode. Entramos no prédio e entramos em um elevador. Francisco apertou no botão 8. E subimos ate o andar 8. Chegando la eu pensei que encontraria três portas com apartamentos diferentes. Mais não, cada andar era um apartamento assim por se dizer enorme. Fiquei surpresa mais não demostrei.

-Francisco você chegou. –Veio uma moça abraçando ele que supus ser a mãe dele pois ele não tem irmã mais velha. -E trouxe a namorada junto. Que bom, achei que nunca conheceria ela. Oi linda tudo bem?

-Oi tudo sim e com a senhora? –Falei tímida.

-To bem sim, mais sem formalidade ta? Pode me chamar de você, e ah meu nome é Amanda.

-Ta bem sem formalidade, prazer sou Kaue. –Nesse momento ouvimos um choro de bebê. A mãe do Francisco sumiu em meio as paredes e dei um tapa de leve no Francisco. Ele reclamou de dor mais sabia que ele tava brincando.

-Que historia é essa de namorada? –Falei indignada.

-Ué tu não é minha namorada? –Ele falou confuso

-Sim mais no colégio ne seu tolo.

-Ah mais eu contei pra mãe, ela tava loca que eu arranjasse alguém. –Ouvimos passos e risadas de neném. Francisco me puxou rápido no sofá. Fazendo eu sentar em seu colo.