Alexithymia escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 19
Capítulo 18 — Confissões de uma mente culpada.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Como vão vocês? Então... eu to ansiosa demais para revisar esse capítulo (ah Deus, eu preciso de uma beta urgentemente) então ignorem se tiver algum tipo de erro e essas coisas. Eu quero dedicar esse capítulo a minha melhor amiga que me ama mesmo que eu durma demais de tarde: Briane (Anne L) ♥ ♥ obrigada por me ajudar nessas cenas e tal... srsly! I love u, bby ♥ É... comentem e distribuam amor em seus comentários (ou não né). Espero que gostem, beijos!



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RUN — Amy Macdonald

Eu fiquei completamente extasiada quando ele sorriu contra os meus lábios, um sorriso de vitória e uma felicidade tão pura e verdadeira que eu quis abrir meus olhos somente para ver. Tinha certeza que seus olhos tinham aquele brilho infantil e seus lábios estavam se curvando para baixo na tentativa — inútil — de esconder seu sorriso porque, sim, eu observava bem esses pequenos detalhes para saber o que ele faria.

Com um suspiro satisfeito senti as mãos dele se encaixando nos dois lados de minha cintura e seus lábios voltarem para os meus com calma e hesitação como se pudesse me machucar. A primeira coisa que eu pensei quando seus lábios se moldaram com os meus foi que, sim, ah Deus, eles eram macios e confortáveis e tudo de bom nesse mundo todo. Macios, suaves, nada ásperos… mil vezes perfeitos. E o meu segundo pensamento foi que eu precisava entrelaçar minha mão em seu cabelo, fazia tanto tempo que eu estava me controlando para não fazer isso. Tanto tempo em que eu não entrelaçava meus dedos em seu couro cabeludo com suavidade.

Eu poderia lembrar com perfeição de quando nos beijávamos no ensino médio, como a pressão que seus lábios faziam era aumentada gradativamente até que ele estava se esmagando contra mim e beijando-me até que o ar acabasse. Era tudo igual, nada mudara, Edward continuava o garoto de 17 anos pelo qual eu tinha me apaixonado perdidamente e eu não podia dizer que isso era ruim. Era maravilhoso e se eu acreditasse em magia, eu diria que era mágico.

Ah Deus! Obrigada por me deixar viver para sentir isso de novo! — Eu pensei quando ele capturou meu lábio superior entre o seu e deslizou a mão livremente por minha cintura, deslizando-a por minhas coxas que estavam ao redor de sua cintura. Eu estava quase com medo de morrer por meu coração estar batendo feito um louco, acelerado. Minha respiração estaria arfante se os lábios dele me desse uma folga, mas não, não!, Eu não queria que eles me dessem uma folga.

Minhas unhas — feias por ele não me deixar pintá-las antes de sair — deslizaram por suas costas e pude senti-lo estremecer junto a mim e arfar quando seus lábios separaram-se por alguns milésimos de segundos. E nós dávamos certo juntos, nossos lábios tinham a mesma sincronia juntos e minha mão e a dele se encontraram no mesmo instante, como se estivéssemos procurado juntos.

Ah Edward! — Era tudo que eu conseguia pensar quando seus lábios desceram por meu pescoço, maxilar, ombro. Ah Edward! — de novo, de novo. Meus dedos continuavam irremediavelmente entrelaçados a seu cabelo enquanto ele beijava meu pescoço e maxilar.

— Sóbria. — Ele sussurrou perto de meus lábios.

Eu sorri e abri meus olhos deparando-me com seus olhos verdes claríssimos me encarando com um brilho tão diferente neles, parecia até que ele estava encarando uma raridade — o que não era verdade já que havia bastantes mulheres com cabelo castanho, franzina e com os olhos verdes. Olhei para ele do mesmo jeito que ele me olhava, mas ao contrário dele, eu tinha certeza que ele era uma raridade, afinal quantos Edward Cullen se encontravam por ai?

— Prometa-me que só eu posso beijar você. — Sussurrou ele, os lábios próximos dos meus o bastante para que quando ele sorrisse, meus lábios também se mexessem. Inclinei meu rosto só um pouco para frente para poder beijá-lo e sorrir assentindo solenemente. Seu sorriso pareceu se alargar mais ainda e suas mãos em minha cintura puxar-me para perto dele.

— Prometa que só eu posso beijar você. — Ergui minhas sobrancelhas, claramente duvidando.

— Só você pode me beijar, Isabella Swan, só eu posso te beijar. — Ele sussurrou e depositou outro beijo em meus lábios. — afinal estamos namorando. — Meu riso o fez rir também e ele deslizou o nariz pela pele molhada de minha bochecha. — Você é minha e… — Edward mordiscou a minha orelha e voltou seus olhos, agora sérios, para os meus. — Eu sou seu.

— Você sabe que fica difícil quando você fala em exclusividade, não é? Principalmente um homem como você…

— Um homem como eu que é louco por você.

— Hum… — Fingi pensar por alguns segundos e sorri radiante para ele. — tudo bem. Se você quebrar essa promessa, considere-se um homem louco por mim morto.

— Nada melhor que uma boa ameaça. — Ele murmurou sarcasticamente e aproximando-se novamente para grudar seus lábios nos meus mais uma vez.

— Pois é. — Concordei.

Ficamos na piscina até meus dedos começarem a enrugar e fizemos tudo menos nadar ou explorar outras partes sem ser o canto esquerdo, perto do fim. Eu teria contado — como a boba que eu era — quantos beijos nós demos se eu estivesse com a mente livre para isso, mas não estava, então números era a última coisa que se passava por minha cabeça. E céus! Eu poderia nunca me cansar dos lábios de Edward nos meus e aí era onde eu estaria verdadeiramente ferrada.

Que nunca acabasse! Que nunca acabasse! — Eu implorava ao notar minha dependência dele. “Mas tudo tem um fim, Isabella” eu lembrava muito bem do discurso da minha mãe ao tentar me confortar quando eu supostamente acabei meu noivado com Riley. Isso que eu e Edward estávamos tendo era… bom demais para acabar. Impedi-me de pensar em fins enquanto estivesse com ele, iríamos viver um dia após o outro.

Vesti um dos shorts que Alice tinha colocado dentro da pequena mala e uma blusa larga que eu prendi nos cós do short. Meu cabelo molhado estava me agoniando, mas Alice colocou tudo na mala menos um secador pequeno. Ela deveria saber que eu precisaria de um já que seu irmão maluco decidiria me forçar a nadar com ele. E claro que eu não estava reclamando, aquele foi o melhor mergulho que eu já dei.

— Você gosta de dançar? — Edward perguntou assim que entrou na cozinha e me viu assaltando a geladeira. Eu assenti enquanto mastigava um morango. — Você tem de fazer alguma coisa na empresa amanhã?

— Folga pelo resto da semana. — Sorri para ele.

— Vamos ficar aqui pelo resto da semana, então. — E Edward soltou um sorriso tão alegre e eu simplesmente não o disse que não dava porque lá não tinha sinal na merda do celular. Na verdade, era o que eu queria. Ficar aqui pelo resto da semana parecia-me bom… e mamãe sabia que às vezes eu posso me esquecer de ligar por alguns dias…

Enquanto ele andava ao meu lado com a mão entrelaçada eu de repente tive certeza que as coisas finalmente estavam no lugar, o rebuliço que minha vida virara estava resolvido e se tudo voltasse de novo… bom, eu aprenderia um jeito de sobreviver como sobrevivi na primeira vez. Não era fácil, mas também não era uma coisa que a pessoa se matasse de fazer… era apenas cansativo, solitário e triste.

Agora eu tinha me arrependido de não ter colocado uma calça quando Edward disse que iríamos sair para dançar — finalmente dançar! Depois de tanto tempo que me fazia ter vontade de suspirar de alegria. Já estava de noite e o modo como as estrelas se revelavam no céu me fazia ter vontade de ficar olhando para o céu e contar quantas tinhas — assim como eu fazia quando eu era criança —, mas eu tinha coisa mais interessante/bonita para olhar e estava bem ao meu lado. Sorrindo tortamente enquanto me falava coisas sobre seus pais.

Estávamos trocando memórias e era um jogo que, segundo Edward, tinha o dever de nos entreter enquanto caminhávamos. Mas na verdade, eu estava bem interessada em saber sobre seus pais os quais ele normalmente evitava falar. Sua voz demonstrava orgulho, respeito, gratidão e às vezes ele bufava um riso quando contava alguma das proezas que seus pais realizavam. Fiquei feliz que Edward estivesse compartilhando aquilo comigo… parecia coisa que ele nunca contava para ninguém porque era pessoal demais.

— Eles eram as melhores pessoas do mundo, Bella. — Edward murmurou e apertou minha mão com um pouco mais de força. — Eles não mereciam morrer como morreram…

— Ninguém merece. — Sussurrei.

— É — ele concordou, dessa vez com mais impetuosidade na voz —, ninguém merece.

O lugar que fomos parecia mais um restaurante que foi fechado e tirado as cadeiras para que tivesse espaço para as pessoas dançarem. Na verdade, estava abarrotado de gente e isso pareceu animar Edward mais ainda e diante daquilo não tinha o porquê eu ficar desconfortável. Todos pareciam estar se divertindo, então qual era o problema? Com certeza não era a música alta e dançante ou as pessoas eufóricas, o problema era eu e minha falta de sociabilidade.

Então me forcei a ser mais legal do que eu era e deixei que ele me puxasse para o lugar onde era para ser o centro e a música estava mais alta. Então dancei como nunca tinha dançado em toda a minha vida, tão livremente e sem medo que alguém me reconhecesse porque, bom o que me importava era o que Edward pensava e não os pensamentos dos outros sobre a louca a qual ficava se balançando de um lado para o outro. E o meu cabelo, claro, não me abandonava nunca.

Ele parecia adorar aquilo, o modo como meus cabelos se moviam e Edward dividia olhares entre eles e os meus quadris. Até que ele me agarrou e me fez acompanhar seu ritmo com as nossas virilhas coladas e seus lábios nos meus, suas mãos forçando-me para frente e nossos corpos entrelaçados. Eu sorri levemente contra seus lábios e subi minha mão de sua nuca para dentro de seus cabelos molhados pelo suor.

— Você está me enlouquecendo, Bella. — Sussurrou com a voz descompassada e a testa suada colada com a minha que não ficava para trás.

— É? — Sorri, satisfeita.

Ele me puxou pela mão até um lugar escuro que me parecia aquele lugar onde as pessoas normalmente se pegavam monstruosamente quando o banheiro estava lotado demais. E foi isso que fizemos: Pegamo-nos monstruosamente e antes eu me preocuparia em saber se alguém estava vendo isso, mas tudo que eu pensava naquele momento era que, céus, que homem era aquele?

Nosso beijo estava para lá de descontrolado quando o ar faltou e ele teve que desgrudar os lábios dos meus para beijar o meu pescoço, maxilar e colo… Onde estava a cama? Onde estava a cama? — Eu me indagava quando as mãos de Edward se infiltraram por dentro de minha camisa e tocavam a minha barriga quente com as mãos geladas. Tudo que eu sabia era que eu queria uma cama o mais rápido possível.

— Ah Bella… — Edward arfou, encostando novamente a testa na minha, seu hálito quente e cheiroso banhando meu rosto e os olhos, mesmo parcialmente no escuro, me fitando era tudo que me fazia perder a cabeça e me dispor a fazer amor com ele aqui mesmo. Agora. — eu te quero tanto.

— Eu também. — Sussurrei sem fôlego. — Eu também, Edward. — Disse novamente entrelaçando meus dedos em seu cabelo.

Ele sorriu e pegou meu rosto com uma mão, beijando-me com uma lentidão exagerada e torturante. Ele por acaso não tinha escutado o que eu tinha falado? Eu o queria em todos os sentidos possíveis e imagináveis e ele sabia muito bem disso. Edward sorriu contra os meus lábios e suspirou, franzindo a testa por um momento até que me olhou nos olhos, alargando seu sorriso e entrelaçando sua mão com a minha.

— Vamos voltar para casa. — Ele me puxou pela mão até a saída.

Nós não caminhamos de volta para casa, nem muito menos andamos rápido, nós literalmente corremos de volta. Edward me puxava e eu ria atrás dele, dizendo-lhe que éramos dois loucos que não podiam esperar e caminhar como pessoas normais fariam. De qualquer jeito, chegamos a casa mais rápido do que o planejado, ambos ofegantes e suados, com os cabelos desgrenhados.

— Sabe… — Ele beijou o meu pescoço ao fechar e trancar a porta de entrada. — Essa é uma ótima hora para nadar sem roupa alguma.

— Você acha? — Indaguei erguendo minhas sobrancelhas e puxando sua camisa para cima. — Porque eu realmente concordo com você, sabe.

Edward soltou uma risada maliciosa e tratou de se livrar do meu short folgado enquanto eu desfivelava seu cinto e abria a sua calça. Chutei minhas sandálias para longe assim como meu short que estava em meus tornozelos e quase soltei um suspiro ao ver Edward somente de cueca boxer. Não tinha visão no mundo melhor que aquela para mim, naquele momento, e o modo como seu rosto se abria em um sorriso só deixava tudo melhor — isso é, se fosse possível no mundo dos humanos.

Mais cedo eu estava distraída demais para perceber a pequena e quase mínima tatuagem que ele tinha na lateral da cintura, mas daquela vez eu estava atenta aos detalhes demais para deixar passar. Aproximei-me com o cenho franzido e toquei com as pontas dos dedos o pequeno X insignificante.

— Eu nunca a tinha percebido. — Murmurei, levantando meu rosto e olhando direto em seus olhos.

Ele sorriu. — Ás vezes eu também me esqueço de que tenho isso aqui, mas sempre que eu olho, me arrependo por ter feito.

— Por quê? — Perguntei.

— Podemos pensar nisso depois, Bella. — Edward sussurrou, emaranhando o nariz por meu cabelo e pescoço. — Depois eu te explico sobre essa tatuagem — ele prometeu e puxou minhas pernas para sua cintura, pegando-me no braço e sorrindo para o meu rosto surpreso e… bem, arfante — e sobre qualquer coisa que você queira saber.

Ele somente me carregou em seus braços e eu somente beijava seu pescoço levemente enquanto ele desviava dos móveis e abria a porta de vidro que dava para o jardim onde ficava a enorme piscina. Edward foi mais civilizado do que tinha sido da primeira vez e por isso, desceu as escadas com calma, segurando-me com força perto de seu corpo enquanto eu acariciava seus cabelos e de modo delicado beijava-lhe o pescoço e o ombro. Daquela vez fomos para o canto direito da piscina e sem hesitar como fez da primeira vez, beijou-me com volúpia e carinho — e mesmo sendo uma coisa boba, eu ainda podia perceber isso em nossos beijos com muita felicidade, eu deveria acrescentar. Eu sempre me sentia livre quando ele me beijava, mesmo suas mãos me prendendo a realidade…

— Você é tão… — Ele hesitou e por um breve momento de pânico pensei que fosse falar “Gostosa” assim como na primeira vez, no entanto Edward sorriu tortamente, seu rosto corado a luz da lua. — linda. Você é linda — Sussurrou, apoiando uma mão na borda da piscina e inclinando seu rosto novamente para perto de mim. — e eu ainda não me acostumei com isso.

— Olha só quem está falando. — Toquei em seu cabelo sorrindo bobamente. — Edward Cullen não é nem um pouco de tirar o fôlego, nem um pouco.

Edward sorriu e balançou o rosto de um lado para o outro, negando. Pensei que ele fosse falar alguma coisa para me contradizer, porém sua boca estava ocupada demais passeando por meu ombro e clavícula para pensar em dizer alguma coisa. E eu realmente preferia que ele ficasse em silêncio se estivesse me beijando ou me acariciando com seus lábios tão impetuosamente quanto estava fazendo naquele momento.

Apertei meus dedos em seu cabelo com força quando ele chupou o meu pescoço e sussurrou em uma voz rouca que enlouqueceria qualquer pessoa em plena consciência:

— Minha Isabella. — E apertou a minha cintura para reforçar o que queria dizer. — Minha Bella, minha garota.

Não pude me impedir de sorrir quando ele disse aquilo. “Minha garota” soava tão… tão… inocente na voz rouca dele que eu tive de colocar uma mão em seu rosto e erguer seu rosto para que nossos lábios estivessem juntos mais uma vez com doçura, cumplicidade e sorrisos inconvenientes. Eu sentia falta de me sentir desse jeito, sentia falta de me sentir uma adolescente imprudente e perdidamente apaixonada, sentia falta de todos os sorrisos infantis que eu perdi para uma amargura doentia nos últimos meses.

Obrigada, obrigada, obrigada! — Eu queria dizer a ele, mas agora não era hora para agradecimentos. Era hora, sim, para arfar quando ele me beijava até que estivéssemos sem fôlego, para morder os lábios quando ele me imprensava mais ainda contra a borda da piscina e quando seus lábios incansavelmente descobriam o meu colo e deslizavam a mão para minhas costas.

Sóbria! — Aposto que ele pensou a mesma coisa que eu quando abriu o fecho e deixou o sutiã passar por meus braços e seu sorriso presunçoso para meu rosto confirmou isso. Não tive mais tempo para pensar a respeito de sobriedade quando ele me embebedou com seus lábios, uma mão sua subindo para minha bochecha quente e outra permanecendo pousada hesitantemente em meu ombro.

— Você pode me tocar, Edward. — Eu sussurrei contra sua boca.

Ele sorriu e cautelosamente deixou sua mão envolver um de meus seios e de imediato um gemido baixo e tímido saiu de meus lábios. Isso pareceu incentivá-lo já que seus lábios esmagaram-se contra a minha clavícula e subiram gradativamente por meu ombro até meu pescoço. Era quase impossível controlar meus gemidos arfantes quando ele me tocava e me beijava também… definitivamente impraticável.

Alguns beijos, sorrisos e provocações depois, nós estávamos juntos como nunca estivemos e os gemidos que escapavam por meus lábios eram reprimidos pelos seus que me beijavam leve e impetuosamente. Quando o ar — que agora ia embora mais facilmente — acabava ele disparava os lábios por qualquer pedaço de minha pele e arfante, eu pendia minha testa em seu ombro, tentando puxar o ar que parecia espesso.

Soltei meus dedos de seu cabelo quando achei que estava apertando demais e passei a acaricia-los enquanto levantava meu rosto e controlava minha respiração, inclinando meu rosto para frente e capturando sua orelha em meus lábios. Ele estremeceu quando eu a mordisquei e apertou sua mão em minha cintura, sendo sua vez de tombar seu rosto em meu ombro e arfar nervosamente. Beijei seu pescoço sofregamente, seu ombro, maxilar e todo o seu rosto quando ele o levantou para mim.

Depois de alguns minutos a mais, chegamos ao ápice juntos, nossos lábios esmagados uns contra os outros e minha mão afundada em seu cabelo molhado e macio. Batalhei para respirar regularmente assim como Edward e quando consegui recobrar todo o fôlego que me foi roubado, ele beijou-me docemente nos lábios e envolveu seus braços ao redor de minha cintura, abraçando-me com força.

— Ainda aceita nadar nua na piscina? — Ele perguntou.

— Mas é claro! Por que não? — Lhe sorri.

E nós nem fomos nadar de verdade. Quero dizer, no primeiro instante nós nadamos e depois, quando ele me vencia ao chegar primeiro na outra borda, envolvia seus braços ao redor de minha cintura e me beijava. Era doce e impetuosamente, sem malícia alguma nos primeiros segundos para em seguida ele estar me agarrando sem pudor algum e beijando-me como se quisesse absorver cada pedaço meu.

Ficamos nos beijando por uma eternidade de anos e eu fiquei satisfeita ao notar que minhas bochechas não ardiam quando ele me tocava com um pouco mais de intimidade. Eu realmente não gostava de ficar vermelha na frente de Edward, era como se eu ainda não tivesse amadurecido e continuasse uma mocinha de 16 anos envergonhada por estar sendo tocada.

Não, eu ainda não tinha me acostumado com o toque de Edward, era sempre uma primeira vez, uma surpresa agradável. Toques, beijos e sorrisos — coisas nele que eu nunca me adaptaria nem se eu tentasse, e eu não estava.

— Eu adoro as suas coxas. — Ele sussurrou e seus lábios deslizaram por meu queixo, maxilar e pescoço, descendo por meu ombro e colo. — Nunca vi mais perfeitas …

— É? — Eu sorri bobamente, mesmo que ele não pudesse ver.

Ele assentiu e voltou seus lábios para os meus, sorrindo algumas vezes quando sua mão deslizava pela lateral do meu corpo e tocava a minha coxa com a ponta dos dedos, apertando-a com a mão firme logo em seguida. Eu gemi em seus lábios, tirando minha mão de seus cabelos molhados para deslizar levemente por seu ombro até seu peito. Senti os poucos pelos que ele tinha se eriçar com o meu toque e eu sorri, satisfeita.

Eu também podia causar as mesmas coisas que ele me causava e não era como se eu não soubesse disso antes. Eu sabia, só não tinha tentado mais a fundo ainda.

— Você quer ficar aqui na piscina ou…? — Ele indagou.

Ele me enrolou em uma toalha assim que saímos da piscina, no entanto logo eu estava em seus braços novamente, as pernas ao redor de sua cintura. Se eu não pudesse sentir seu corpo colado com o meu, eu não diria que estava nua de tão confortável que eu estava. Os lábios de Edward eram confortáveis, os braços e os beijos impetuosos que sempre me roubavam o ar também eram. E eu realmente não me importava de ter o ar roubado pelo resto da minha vida, daquele jeito, com aqueles lábios.

Edward era tão inacreditavelmente carinhoso e agia como se conhecesse cada parte de meu corpo com perfeição quando eu ainda estava descobrindo o dele. Eu sabia o motivo disso claramente, ele tinha sido o primeiro homem a me tocar intimamente e a me ver nua, sendo assim, conhecia meu corpo na palma de sua mão. E até hoje eu me perguntava o porquê de nunca termos avançado mais um pouco naquela noite, não tínhamos nada a perder.

Toda a vontade que tivemos fora saciada só seis anos depois e muito bem, diga-se por sinal. Talvez até melhor do que teria sido se fosse naquele tempo, talvez a vida soubesse bem o que estava fazendo quando nos parou todas as vezes que queríamos prosseguir sem pensar em mais nada ou nas consequências.

Eu lembro bem do quanto os olhos de Edward estavam claros e sorridentes quando ele apoiou a testa na minha e respirou perto do meu rosto, o hálito como sempre cheiroso. Lembro-me de seu lábio entre os dentes, seu cenho franzido e seus olhos estreitos quando ele apoiou uma mão no sofá e outra em minha cintura, acariciando-a enquanto se encaminhava mais uma vez para dentro de mim. E eu sempre agiria como se fosse a primeira vez que fazíamos amor…

Com Edward era tudo novidade. Todo dia era novidade, cada sorriso, toque e olhar era novo para mim e eu tinha a sensação que sempre seria, mesmo que eu tentasse me adaptar com tudo isso.

A casa estava silenciosa e tudo que a iluminava era a luz da piscina, portanto eu não podia ver Edward com tantos detalhes quanto eu queria. Eu podia, sim, escutar os gemidos roucos e baixos dele que me ensandeciam até mais do que sua mão que passeava por meu corpo e seus movimentos ritmados contra mim. E eu o acompanhava sem perder um segundo ou oportunidade, sentindo que poderia a qualquer segundo atingir o segundo ápice do prazer da noite quando ele parava e tornava tudo novamente calmo.

Sem se soltar de mim, ele se levantou e me deixou sentar sobre as suas pernas, levantando o rosto para encontrar meus lábios. Beijamo-nos com cumplicidade e vontade, minha mão não parando de se afundar contra o cabelo dele, suas costas e seus braços, observando por alguns segundos sua pele arrepiada por meus toques. Beijei carinhosamente os seus lábios antes de, com muito esforço, desgrudá-los e beijar a sua bochecha, prendendo os dentes delicadamente em sua orelha, mordiscando-a.

Ele estremeceu, apertando minhas costas com as mãos espalmadas. E por eu estar em cima dele, ele tinha de levantar o rosto para me beijar, colocando meu cabelo revoltado atrás da orelha antes de qualquer coisa. Ele se esforçou para beijar o meu pescoço, maxilar e logo em seguida lábios, suas mãos apertando a minha cintura e comandando os movimentos.

Pareceu-me ter demorado mil anos até ele me deixar chegar ao ápice, despejando-se dentro de mim logo em seguida. Eu meio que demorei a me recuperar e, por causa de meus olhos fechados, tudo que eu podia sentir era sua respiração ofegante em meu pescoço, os braços dele ainda me apertando contra seu corpo suado e quente. Senti que talvez eu pudesse ficar naquele momento para sempre, aquela sensação calma de pós-orgasmo era uma das melhores que eu já havia sentido.

Edward deu banho em mim, as mãos dele eram tão cautelosas que às vezes chegava a ser engraçado o tanto de cuidado. E apesar de termos tomado banho, duas vezes não era bastante para aplacar a enorme espera e saudade que nos rondava, então nos amamos mais uma vez na cama. Eu admitia, estava meio sonolenta enquanto o beijava e retribuía suas carícias em mim, mas não o bastante para me desmotivar.

De qualquer jeito, aquela era a primeira vez que eu fazia amor estando sonolenta daquele jeito. Tão sonolenta que eu só me lembro de quando tudo terminou, Edward se levantando da cama comigo nos braços para me dar outro banho e seu sorriso torto ao sussurrar em meu ouvido:

— Boa noite, minha Bella.

POV EDWARD.

Bella se revirou pela milésima vez na cama e dessa vez, em vez de tentar tomar meu lugar, ela somente colocou seu braço ao meu redor, abraçando-me com um aperto sonolento. Queria que o abraço que lhe dei em resposta fosse tão verdadeiro quanto eu gostaria que fosse. Daria tudo — ou quase — para que estivéssemos em uma situação normal e tudo que eu lhe dissesse não pesasse em minha mente depois.

Tudo bem, o que diabos estavam acontecendo? — Até eu me perguntava isso de vez em quando e precisava de um momento para recapitular porque eu estava ferrado na mão de Isabella Swan. Porque eu não estava mais trabalhando, eu estava me apaixonando pelo meu trabalho, merda! Eu deveria ter pulado fora desse barco furado desde que entrei e vi que aquela era malditamente a garota com quem eu passei o meu terceiro ano médio inteiro enganando.

Seria tudo tão fácil se ela não decidisse ser… desse jeito, meu Deus! Frágil como um passarinho que caiu do ninho, tão bonita quanto uma mulher poderia ser e… e sincera, pura como ninguém mais no mundo era. Eu deveria ter… ter me aprofundado, mas não tanto. Limites, Edward, limites! — Eu gritava em minha mente quando sentia que estava passando deles, mas quem ligava? Talvez eu ligasse porque era a minha vida e a vida da minha irmã que estava correndo risco.

Talvez ninguém entendesse realmente a roubada em que eu estava, mas eu entendia bem. Fui forçado a viver com isso sem poder contar para ninguém, mas a minha mente — que por pouco não entrava em um estado de loucura inevitável — sempre entendia os meus problemas sem me julgar pelos motivos errados.

Quando meus pais foram raptados, eu e Alice também fomos juntamente com eles, também fomos torturados e escapamos por um fio de morrer. Vimos nossos pais morrerem por nada, exatamente nada. Eles não fizeram nada para os filhos de uma puta apontar uma arma para a cabeça dele e os matar. Nada que eu saiba.

Eu podia escutar os gritos de Alice quando um dos capangas me levou até John — o chefe da merda toda — que disse que eu poderia sair com a minha irmã se fizesse alguns trabalhos sujos para ele. Eu aceitei na hora, claro. Tudo que eu me importava naquele momento era a vida de Alice e a de mais ninguém. Alice nunca soube nem nunca saberá de nada que eu estava fazendo por ela, ela nunca me será grata pelo sacrifício, mas eu preferia poupá-la daquela vida. Não queria que ela se sujasse, queria-lhe bem longe da bagunça que era minha vida dupla.

Eu não teria reencontrado Isabella se não fosse por um desses trabalhos sujos e foi bem naquele dia que John disse que eu poderia me mandar se realizasse somente aquele trabalho para ele. Era ótimo! Eu e Alice fora disso era tudo que eu vinha sonhando todas as noites, então me forcei a ter ódio por Isabella e enxergá-la somente como um trabalho o qual eu precisaria realizar.

Só que… as coisas foram complicando ao passar dos dias. O ódio continuava, mas eu tive de me livrar de Riley e do bebê do modo mais discreto que eu consegui. Sem eles, eu pensava que seria mais fácil, mas não foi. Eu tinha de ficar junto dela para tentar descobrir a eventual senha de um dos maiores cofres da Wilder, qualquer coisa na casa dela, números na geladeira, senhas de celular… Qualquer coisa.

E entre uma coisa e outra minha cabeça vinha latejando cada dia mais, toda vez que ela sorria era como se o dia acabasse para mim. Eu ficava indisposto de uma hora para a outra.

Eu já tinha seduzido mulheres antes para conseguir o que eu queria, mas nenhuma me desgastava tanto quanto Isabella Swan fazia. Com o tempo eu consegui controlar esses sintomas com alguns remédios para dores de cabeça constantes, mas nunca foi o suficiente. Ela me desgastava porque tinha algo que as outras não tinham, algo que eu ainda não descobri o que era.

Eu odiava envolver Alice no meu trabalho, no entanto simplesmente aconteceu quando ela reconheceu a Bella de seu ensino médio. Eu tentei dizer a ela para ficar longe, mas Alice tinha o costume de nunca me escutar, nem mesmo quando sabe que eu estou certo e naquele momento ela somente achou que eu estivesse com pirraça para cima de Bella.

Então o primeiro sintoma que eu estava me aproximando de Isabella Swan foi quando eu me senti culpado no dia em que a vi naquele estado lastimável quando Riley foi embora e quando eu matei seu bebê já estava me chamando de monstro do tanto que ela estava acabada, desgastada. Sem vida. Lembro-me de que eu até cheguei a pensar que ela parecia uma rosa preta de tão morta que estava.

Ah Deus! Eu a queria fazer sorrir só para… nada, só para que ela sorrisse mesmo.

Então é isso… eu estava cruelmente apaixonado pelo meu trabalho, mas tinha que continuar matando-a aos poucos para poder salvar a única parte que sobrara de minha família. Para poder salvar minha própria pele e em troca dar Bella, minha garota, de oferenda para esse psicopata cruel e doente.

— Desculpe-me se eu me mexo muito durante o sono. — A voz dela se revelou no quarto silencioso quase como um suspiro cansado. — Se quiser eu posso ir para o outro já que você não está conseguindo dormir…

— Não. — Eu disse apressadamente. — Eu quero que fique aqui, gosto de ficar com você…

Ela sorriu tão linda e puramente que inclinei meu rosto para beijar seus lábios que ainda tinham o gosto de creme dental. Seu sorriso, como se fosse humanamente possível, alargou-se mais ainda e com um carinho humilde nos cabelos que surgiam em minha nuca, ela deitou seu rosto novamente no travesseiro.

Deitei-me ao seu lado e Bella abraçou-me, afundando seu rosto em meu peito. Beijei-lhe o alto de sua cabeça e adoravelmente ela se aninhou mais em meus braços, sorrindo levemente. Tão linda, adorável e entregue quando a beijava mas tão… tão mortal e frágil.

Queria que um dia, por algum milagre, tudo que tínhamos naquele momento virasse possível e não fosse um maldito fingimento vindo de minha parte. Queria que sua vida nem a vida da minha irmã estivessem em risco com tudo isso. Queria amar a Bella sem ter medo do que iria acontecer depois que eu confessasse isso…

Porque ela merece as melhores coisas de todo o mundo e eu queria dar tudo a ela mesmo que para isso ela não ficasse comigo.

Você vai me dizer quando a luta acabar?
Pois eu não posso suportar
Eu não posso suportar mais


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Notas finais do capítulo

Eu devo sair correndo ou voando? HAUHASUHSUAHSUAHSUSHUSHUHAS hey, gente, eu quero que vocês vejam a sinopse (depois de comentar KKKKKKKKKKKK) e me digam se isso não tava na cara? TAVA NA CARA, NÃO TAVA? EU SEI QUE TAVA MDS. Eu me lembro de uma vez eu recebi um review da Emily Rose que dizia assim (mais ou menos) Talvez seja o Edward... vai que você é um daqueles tipos de autoras loucas" algo assim, gente. Então, é, tá comprovado que eu sou uma autora louca e eu não nego. Se alguém tiver perguntas/dúvidas/irá de sobra/vontade de me matar... pode me dizer no próprio review ou pode me mandar uma MP e tal... E pfvrrr, gente, o modo como o Edward chama a Bella de "minha garota" é lindo demais, não é? Então... eu espero que tenham gostado, comentem, boa noite, se cuidem e beijos! ♥ quinta-feira, eu acho, posto mais.