Entre Quatro Paredes escrita por Charlie


Capítulo 2
Her eyes drive me crazy


Notas iniciais do capítulo

Oooie, gentes!
A segunda one é do meu shipper favorito: Jily ♥3333333333333
Ela ficou meio fofa, meio safada, meio "Isabella quer chorar, tipo, muito", mas eu até que gostei.
Vamos aos agradecimentos?
À MINHA NERDONA LINDA, pela primeira recomendação e pelo primeiro favorito ♥
À Tessy, pelo primeiro review ♥, à nerdona, à May e à Dudinha pelos seguintes :)
E aos meus outros leitores, que são no total 12, por não deixarem reviews na primeira, mas por lerem e me fazerem mto feliz com isso!
PS.: GOSTARAM DA CAPA???? >.



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Já estava bem tarde, na verdade. Os corredores do castelo estavam silenciosos e escuros, mas qualquer estudante esperto saberia que entre eles se escondiam casais, meninos mais novos voltando do porão da Dedosdemel, e até aqueles filhotes de comensais planejando ou conversando. Mas vida de corredor escuro não era mais para mim. Eu vinha da Floresta Negra.

Agora era só uma mulher que eu queria passar as noites. E foi com ela que eu havia gritado e brigado pouco depois do jantar. Era a mesma ruiva, a minha teimosa ruiva, com quem eu briguei por um motivo idiota. Eu saí batendo pé da sala comunal, orgulhoso demais pra pedir perdão, transformei e entrei na floresta. Passei horas só andando em forma de cervo, tentando esquecer todos os detalhes e todas as idiotices. Era ela que me acalmava, e eu a tinha afastado mais uma vez. Nossas brigas estavam constantes. Todos os dias, durante semanas que tentamos ficar juntos, foram brigas. Quando estávamos bem, era o paraíso; quando algo interrompia isso, era o inferno.

Mas eu não cheguei a um consenso. Só resolvi voltar ao meu quarto e dormir. Logo que falei a senha para a Mulher Gorda e entrei na sala comunal, porém, minha vontade de subir e dormir se foi. Era ela, dormindo sentada e de pijama no sofá. Suspirei pesado e sentei ao seu lado, deitando-a cuidadosamente no meu colo. Não foi o suficiente, pois ela acordou.

-James! – ela falou piscando forte e passando a mão pelos cabelos. Parecia linda, como sempre.

-Não queria te acordar... Você deveria estar no seu quarto, dormindo.

-Eu... Fiquei preocupada com você. – ela abaixou a cabeça e suspirou, do jeito que fazia quando não queria chorar. – A Floresta é ainda mais perigosa com essa coisa do Voldemort e dos comensais e...

-Não diga o nome dele, Lílian – torci o rosto – E não se preocupe comigo, eu sei me cuidar.

-Mas eu não sei ficar esperando aqui sentada. Eu não sei lidar com a sensação de que você está em perigo, James. Eu... – ela soluçou e eu percebi que estava chorando – Eu não aguento mais essas brigas, droga! A gente demorou muito pra se ajeitar, eu não quero jogar tudo isso fora, sabia?

-E você acha que eu quero, Lílian? Eu quero viver com você, mulher... Só que está sendo difícil. Ou a gente está muito bem, ou muito mal! Não tem meio-termo, será? Não dá pra gente não explodir com os defeitos um do outro?

-Eu tento, James! Que droga, você não percebe? – ela, pela primeira vez, levantou o olhar.

Eu não resisto àqueles olhos verdes. Principalmente se eles estão marejados, corta o coração de qualquer um. Eu limpei devagar por baixo de seus olhos e ela voltou a me encarar. Mordi a boca, apreensivo, e bufei. Ela pôs a mão na minha nuca e brincou com o meu cabelo, já precisando de corte. Fiz uma careta e ela deu um riso abafado.

-Perdão? – ela falou.

-Claro, meu lírio... E eu estou perdoado?

Sim... Eu não resisto a essa sua carinha de cachorro sem dono – ela deu uma risadinha e eu fiz beicinho, o que a fez rir mais.

Ela passou a outra mão para a minha nuca e se aproximou mais. Encostou a testa na minha e ficou ali, encarando meus olhos e com aquele sorriso lindo no rosto. Eu mordi o lábio, dessa vez por outra razão, e ela já sabendo segurou a risada. Rocei meus lábios nos dela, que fechou os olhos devagar. Puxei-a para um beijo e a enlacei pela cintura. Senti seu sorriso entre o beijo, o que fez meu coração transbordar de felicidade. Ah, quem diria que eu teria Lílian Evans nos meus braços, sorrindo entre um beijo? Por Merlin!
-James – ela me interrompeu.

-Diga, minha mulher!

-A gente não pode ficar aqui na sala comunal às – ela olhou no relógio da parede – duas horas da manhã, se beijando no sofá da sala comunal, onde podemos ser pegos.

-Tem razão – eu me levantei e a peguei no colo, o que a forçou a abafar um grito de surpresa e uma risada – Vou te levar ao dormitório masculino!

-O que?! Garoto, não!

-Shh, Evans!

Eu subi lentamente as escadas com ela, abri a porta do quarto e a pus na cama. Fiz sinal de silêncio e mandei que se cobrisse até a cabeça. Fui até a cama de Sirius, dei-lhe um soco e ele acordou.

-Mas que caralho de...?

-Shh. Sai daqui agora e leva os dois com você.

-O que? Por quê?

-Porque a minha namorada está aqui, sua anta. E eu quero fazer as pazes, vai!

-Ótimo – ele saiu murmurando – O casal é problemático e meu sono é comprometido!

Ele foi acordar Peter e eu acordei Remus. Eu, sinceramente, não ligava para onde eles iam dormir. Eu sabia onde e com quem eu iria dormir, e isso era o suficiente! Logo eles saíram me xingando, e Lílian ainda estava sem fazer varulho embaixo de cobertas. Eu tirei minha camisa devagar, não fazendo barulho, assim como meus sapatos e minha calça, ficando só de boxer preta.

Coloquei o pé para trás, dei uma corridinha e pulei na cama. Ela começou a gargalhar e a me estapear, até parar em cima de mim.

-Você é um idiota, James Potter! Eu acho que até quebrei meu braço, sabia disso?

-Ah, para de ser exagerada!

-É verdade, ok? Eu posso ter quebrado o braço, a perna, fraturado algumas costelas, ter ficado com torcicolo, traumatismo craniano, estralado as costas... Ou posso vomitar. Sabia disso, senhor?

-Ah é?! E eu que causo tudo isso em você, Dona Evans?

-Você é a causa dos meus problemas físicos e mentais, James Potter! – ela disse com aquele sorriso de canto e levantando as sobrancelhas, pra parecer que estava certa.

Eu a virei rapidamente e fiquei por cima dela. Sua respiração já estava descompassada e ofegante, como em toda vez que eu passo um pouquinho do beijo comum que a santa Lílian se acostumou.

-Pois bem. Se a paciente permitir, Dr.Potter curará todos os seus problemas... – ela sorriu de canto e mordeu o lábio inferior.

-O Potter devia saber há muito tempo que eu sou só dele, não?

-Ele também acha – falei e a beijei.

Aquela foi a nossa primeira noite juntos. E foi maior que qualquer expectativa, e melhor que qualquer sonho. Porque foi real. Foi a minha noite, com a minha ruiva, com o meu maior amor.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram??
A próxima sai só depois da minha formatura (quarta que vem), ok? E vocês podem me dar sugestão de qual shipper, porque eu ainda não escolhi, ahah :)
xx