Entre Quatro Paredes escrita por Charlie


Capítulo 3
Foi como voltar no tempo


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOI!
Demorei mto, me perdoem. Aqui está a nova one, da época do Harry. É um dos shippers mais fofos, na minha visão... Angie/George. Eu amo os gêmeos, ok? Eles são meus eternos bebês ♥ Ainda faço uma fic só pra eles (se tiver paciência...)
Eeeenfim, aqui está!
Amanhã vou postar fic nova, é Jily (se vocês gostaram da última one podem gostar dessa...). A sinopse ja está no tumblr, ok?
É isso, espero que gostem dessa daqui!



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Já fazia três anos desde a guerra. Eu tinha a ajuda de Ron na loja, porque ele ainda não tinha se casado com Hermione, embora só faltassem seis meses pra isso e ele já estivesse vendo concursos para um cargo no Ministério. Não era a mesma coisa com ele. Nunca seria a mesma coisa. Há tempos eu não falava com os meus amigos, apenas tinha contato com Lino Jordan, que tinha seguido a carreira de locutor e me fazia ouvir a todos os jogos da liga nacional.

A vida estava bem diferente, eu tinha saído de casa e morava num apartamento bem satisfatório, porque, convenhamos, aquela loja rende muito dinheiro! Minha mãe e meu pai também estavam melhores financeiramente, eu os ajudava. Mas ainda doía.

-Boa tarde! – a loja estava quase vazia quando uma morena linda se debruçou no balcão. Eu já tinha visto aquele rosto em algum lugar, mas não em lembrava.

Ela era linda! Os cabelos eram pretos e longos, até o meio das costas, a pele negra e um sorriso muito bonito. Sem falar no corpo, que só do balcão já dava pra notar ser espetacular!

-Boa tarde... Posso ajudar? – perguntei, ainda tentando lembrar quem ela era.

-George Weasley! Eu te machuquei tanto nos treinos de quadribol que você nem lembra mais de mim?! – ela parecia brava, e aquela expressão eu conhecia muito bem!

-Angie!

-Ah, vá! – ela riu e eu fui abraçá-la. A última vez que nos vimos foi no funeral. Era bom ver um ao outro sem lágrimas e luto.

-Ouvi dizer que está jogando no Harpias, han?

-Pois é! Com certeza foi Lino quem disse, ele vai narrar os jogos com uma camisa autografada! Foi expulso de um em um dia desses! – eu ri imaginando e olhei pra ela. Estava diferente da menina que Fred levou ao baile de inverno. E diferente da que Lino levou no de formatura.

Ela sempre foi amiga de meninos tanto quanto de meninas. Andava e zoava com a gente. Foi como amiga de Lino, que tinha sido chutado dois dias antes. Mas com Fred eu sei que não foi assim, ele teve uma paixonite por ela. Mas, duas semanas depois, teve outra e mais outra. Não foi um amor de verdade, se é que ele conheceu essa palavra.

-Isso aqui está enorme! – ela disse, olhando pra cima e vendo as quinquilharias.

-Pois é, Rony está me ajudando. Se bem que ele mais atrapalha e come do que qualquer coisa... – ela deu uma risadinha.

-Ele ficaria muito orgulhoso. Você sabe, né? – ela disse, sorrindo de boa fechada. Eu suspirei e assenti. Doía quando falavam dele, por Merlin! – Não quero te magoar, desculpa. Vamos tomar uma cerveja e colocar a conversa em dia?

-Isso é coisa de mulher, Angie! O que aconteceu com você?! – ela gargalhou.

-Eu trabalho só com mulheres, seu imbecil!

-Essa é a Angie que eu conheço!

Ela me olhou como quem diz “Vamos?!” e eu gritei pra Rony, que apareceu no andar de cima.

-Vou tomar uma cerveja com a Angie, tome conta de tudo!

-Traz uma pra mim?

-Pague-me! – eu gritei e ela riu, e saímos, deixando Ronald com uma cara muito amarrada.

(...)

-E foi nessa cagada que vocês venceram a temporada?

-SIM! – ela disse e nós rimos de novo. Era bom estar com Angie, rir de novo e de verdade.

-Nossa, como você tá mudada!

-Tô nada, George... Para com isso!

-Angie, qual é, eu lembro de você no baile de inverno, confundindo eu e o Fred. Aliás, você nunca tinha confundido a gente antes!

Ela pareceu desconfortável com isso, depois suspirou e me olhou, com as sobrancelhas erguidas.

-É que eu pensei que você tinha me chamado pro baile, George – eu franzi a testa. Como assim?

-Mas, você nunca ia confundir a gente!

-Eu tive uma queda por você nos últimos anos, o que eu posso fazer? – ela deu uma risadinha – E eu achei que fosse você, foi bem rápido. Qual é, é difícil distinguir gêmeos separados por tom de voz e duas pintas no pescoço!

Eu dei uma risadinha dessa vez. Não acredito que ela teve uma queda por mim e que só foi ao baile com Fred porque nos confundiu. Justo ele, que pegava mais meninas do que eu, ia perder essa pra mim!

-Por que nunca disse, Angie?

-A gente era muito amigo, George! Tanto com você quanto com o Fred, eu não queria estragar... A gente ficou uma vez e seguimos amigos, tudo normal...

-E, bom, quanto tempo durou essa queda por mim? – ela deu uma risada e bebeu mais um gole da cerveja. Limpou a boca com o guardanapo e me olhou, levantando a sobrancelha.

-Quanto tempo você acha?

-Eu acho que você sempre me amou e sempre vai me amar, porque eu sou irresistível! – nós rimos – Mas, de verdade, por quanto durou?

-Ah, George! Foi coisa de criança imatura, por favor! Já faz uns cinco anos que nos formamos, quer dizer, eu oficialmente e você fugindo. Mas, vai, faz tempo...

-É... Deixemos pra lá – bebi mais um gole e voltamos a falar de outros assuntos.

O tempo nunca passou tão rápido! Nem na guerra, nem na morte, nem em nenhuma das zoeiras, aquele tempo pareceu voar. Falamos da loja, do quadribol, do casamento de Rony e do de Gina (que eu iria ser padrinho e estava me focando para não estrangular Harry Potter e fazer o que Voldemort não fez) e perguntei se ela iria. Claro que iria! Ainda falamos sobre Lino e descobri que ela ainda tem contato com 80% da nossa classe, sem contar aqueles que andavam conosco, um ano mais novos.

Passeamos pelo Beco Diagonal, de volta à loja. Era bom estar com a Angie, por Merlin! Era como voltar no tempo, voltar pra Hogwarts!

-Então... A gente se vê? – ela me perguntou, parando na esquina da rua da loja.

-Claro que nos veremos! Agora que sei onde você mora, Angelina, espere sustos à noite – disse e fiz uma cara assustadora, o que a fez rir.

-Foi bom te ver de novo, George!

-Também foi muito bom te ver, Angie – dei um abraço nela e um beijo no rosto. Eu me virei em direção à loja, mas parei antes que ela pudesse aparatar. – Angie!

Ela ainda estava ali.

-Fala, Ruivo!

Eu olhei pra ela, exatamente igual a um idiota e sorri.

-Apareça mais vezes, por favor. Eu senti saudades.


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Notas finais do capítulo

FELIZ NATAL!
FELIZ ANO NOVO!
TUDO DE BOM PRAS FAMÍLIAS DE VOCÊS!
Amo vocês, ok??
xx :)