Entre Quatro Paredes escrita por Charlie


Capítulo 1
Aquele jeito dela


Notas iniciais do capítulo

Teddy & Victoire
Minha primeira one, me ajudem!
Logo mudo a capa :3



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P.O.V Teddy Lupin

Era uma manhã comum na minha vida. Eu iria até a Toca, ver a minha família, ter o digníssimo almoço de domingo com todos falando alto e rindo, e iria ficar olhando que nem um louco tarado pra pessoa mais linda da família. Victoire Esnobe Weasley.

Estávamos nas férias de verão, a duas semanas da volta às aulas, e nós dois estamos no nosso último ano, mas em casas separadas: eu na grifinória, ela na corvinal. Eu enlouqueço por aquela menina. O jeito que ela mexe o cabelo; o jeito como me encara com aqueles olhos azuis e levanta a sobrancelha esquerda só pra enlouquecer; como ela anda rebolando e eu me perco; ou como quando ela morde o lábio inferior e da uma risadinha... E eu sei que eu vou me suicidar nesse jogo.

–Teddy, desce logo! – ouvi meu padrinho me chamar e resolvi descer.

É bom ficar na casa dos Potter, eu me sinto em casa. Quando você não tem pais, o consolável é ter seu padrinho, afinal meus avós estão muito velhinhos já pra cuidar de um marmanjo de 17 anos. Meu primo James também é legal, é um moleque de quase 15 anos, segue os passos do primo e vive com algum rolo. Fred também tem essa idade, os dois são a minha companhia n’a Toca, quando não saio com os moleques do meu ano, mas esse tem a sua paixonite: Molly Weasley.

–Vamos por pó de flu, ok? – tia Gina falou e nós assentimos. Logo estávamos na velha casa, mas fomos os primeiros a chegar.

(...)

Estava jogando um “mano a mano” no quadribol com James Sirius quando me distraí com quem aparatava no morro, perto da casa. Eram muitas pessoas loiras pra dois ruivos! Mentira, eram só três: mãe e filhas. Mas ela estava linda demais hoje.

–Hey, James, vamos descer que o tio Bill chegou – falei enquanto ia ao chão.

–O tio Bill ou a sua loira? – ele disse rindo e levou um arremesso de goles.

–Vamos, seu gay!

Entramos rindo na cozinha, e ela já estava lá, assim como sua mãe e vovó Molly. Elas estavam conversando sobre alguma bobagem de garota e preparando o almoço. Vovó estava no fogão, enquanto tia Fleur cortava algumas verduras e Victoire arrumava a mesa. Assim que entramos, ela sorriu pra mim, mas foi um sorriso diferente dos habituais.

–Bom dia, tia Fleur! Como está linda hoje! – eu disse e fui lhe cumprimentar.

–Você está muito bem, Teddy, mas muito suado! – ela falou com o sotaque arrastando. James a cumprimentou, também cumprimentou rapidamente Vic e foi pra sala ver tio Bill que, diga-se de passagem, ele adora.

–Bom dia, Vic! Está linda também, mas isso não é novidade, né? – falei e lhe dei um demorado beijo no rosto enquanto minha tia e avó estavam de costas no balcão.

–Bom dia, Teddy...

Eu sorri com o tom que ela usou, e vovó nos mandou ir “brincar” na sala, porque não importa a idade que você tenha, vovó Molly sempre vai achar que você é uma criança que adora brinquedos, suéteres de tricô e brincar com seus primos. Se bem que, no sentido certo da palavra, eu adoraria brincar com a Vic.

–Estamos indo, vó – ela disse e pegou minha mão, me arrastando pra fora do cômodo, mas não se dirigiu à sala.

Ela subiu as escadas devagar e entramos no quarto que costumava ser da tia Gina e onde, segundo meu padrinho, ela lhe deu o beijo que ele se lembrou durante toda a caçada às horcruxes, o beijo de aniversário de 17 anos. Deixou que eu entrasse antes e trancou a porta lentamente, assim como se virou pra mim.

–Victoire, pra quê isso?

–Eu, quer dizer, nós precisamos conversar, Lupin. – não adianta, mesmo querendo estar séria, ela não consegue esconder o tom divertido. Aproximou-se lentamente de mim e me encarou.

–Sobre o quê, priminha?

–Sobre você.

–O que eu fiz?

–É mais sobre o que você não fez. – ela se aproximou mais, como se fosse possível sem que saíssemos do status “primos”. Vic é mais baixa do que eu, uns 10 cm, ela teve que pisar nos meus pés e ficar na ponta e, sinceramente, parecia uma criança fofa.

–O que eu não fiz, senhorita bipolaridade? – agora seus braços estavam na minha nuca, brincando com meu cabelo, que estava ruivo enquanto eu tentava me controlar.

–Por que, Teddy? Por que você é tão lerdinho?

–Lerdo? Agora me ofendeu!

Dane-se o controle. Esqueci até que éramos primos e, sinceramente, foi o melhor beijo que eu já dei na minha vida. Eu agarrei Victoire pela cintura com os dois braços, enquanto ela manteve as mãos na minha nuca, mexendo no meu cabelo. Enquanto nós nos beijávamos, ela colocou suas pernas ao redor no meu corpo e eu a prensei na parede. Nós devíamos isso ao outro há tanto tempo que era muita vontade descarregada, foi uma tentativa de aliviar, o que nos rendeu bem mais. A cama estava logo ali, era um pulo, mas estava toda a família lá embaixo e eu podia ouvir tio Rony chegando, assim como tio Charlie, que voltava nas férias.

Os meus beijos desceram para o seu pescoço, enquanto ela deu uma gargalhada e mordeu o lábio. Suas pernas estavam tão firmes em mim que eu me assustei. As mãos desceram pra barra da minha camiseta, entraram e passaram pela minha barriga. Até que eu ouvi passos.

–Vic... espera... calma – eu falei, tentando me controlar.

–Sabe, a gente esperou bastante, Teddy Lupin. Nós dois merecemos isso – ela falou, voltando a me beijar e morder no pescoço.

–Vic... Tem alguém... vindo – ela parou subitamente, saiu do meu colo e ajeitou a roupa. Ouvimos as vozes de Domi e Rose passando, em direção de outro quarto, e Vic suspirou de alívio. Olhei no espelho e estava desgrenhado. Então olhei pra ela, que sorria de orelha a orelha,e depois mordeu o lábio, daquele jeito que me enlouquece.

–Okay, precisamos, han, esclarecer umas coisas, né?

–Victoire, o que precisamos esclarecer aqui é que você finalmente se rendeu, não?

–Ou que você deixou de ser lerdo.

–Ou que você joga bem mal.

–Ou – ela se aproximou do meu ouvido, o máximo que podia até a ponta dos pés – que você é louco por mim.

Ela piscou e destrancou a porta, descendo impecável como antes. E me deixou ali, feito um besta, lembrando o jeito que ela me segurou e de como me beijou. Sim, a Victoire me enlouquece. E ela sabe. E esconde muito bem que eu também a enlouqueço, mas acabou de desmentir a sua pose.

(...)

Foram duas semanas bem complicadas. Uma escapada aqui, outra ali e nós nos pegávamos com frequências. Mas não, James Sirius tinha que estragar! No dia de embarcar para Hogwarts, ele nos achou numa cabine com as cortinas fechadas, Vic estava no meu colo! SABE O QUE É ISSO? Ele começou a zoar, eu o ameacei e o imbecil foi contar ao meu padrinho.

E, bom, na manhã seguinte nós dois recebemos várias cartas de uma família bem irritada mas que acabou entendendo dias depois. Na verdade, a carta do meu padrinho não tinha nem um parágrafo completo:

“Você é um idiota. Eu já sabia desde o dia que ela te arrastou pro quarto da Gina. Agora entende a magia que aquele quarto tem? Trate de cuidar dessa loira.”

–Tio Harry sabia? – ela perguntou quando lhe contei.

–Foi o que eu disse! Parece que ele sabia desde o nosso primeiro beijo, mas deixou.

–Argh, que ódio! Duas semanas e todo mundo fez um inferno!

Já era tarde demais, estávamos deitados no jardim em um sábado. Se Filch nos pegasse, ia ser morte. Mas eu não ligava, só queria estar com ela.

–Vic, quem sabe se nós, sabe, mudássemos, eles aceitassem?

–Mudar como? – ela me olhou inocente, e eu sabia que tinha essa ideia em algum lugar na cabecinha dela.

Eu lhe beijei. Lenta e calmamente, eu me deslizei mais pra cima dela e continuei o beijo. Ela respondia e soltava um sorriso às vezes, no meio do beijo, o que eu achava lindo.

–Eu realmente gosto de você – falei de uma vez.

–Que pena, Teddy – balde de água fria? Imagina! – Porque eu sabia que gostava de você no quinto ano. Hoje eu te amo.

Balde de água fria sumiu. Eu sorri e a beijei do mesmo jeito, mais uma vez. Ela inverteu e ficou em cima de mim. NO JARDIM DE HOGWARTS! O que essa menina tem na cabeça? Ela me beijou de novo, mais intensa, e eu me controlei pra sentar e fazê-la parar.

–A gente tá namorando?

–Han... Não, Teddy.

–Ok, mas isso é um pedido.

–Você é horrível nisso.

–Eu só vou fazer isso se você for minha namorada! – falei rindo e ela bufou, dando um sorriso em seguida.

–Só se a gente for pra sala precisa agora... – ela sussurrou no meu ouvido

–Vic, responde,por favor...

–Eu te amo, seu babaca, e é óbvio que eu vou ser a sua namorada!

–Oba! – eu disse rindo, o que fez com que ela gargalhasse.

–Então agora você é oficialmente meu. E tem que me levar aonde eu quero, Teddy.

–Vem, – eu levantei – vamos até a sala precisa.

Ela riu e subiu nas minhas costas. E foi naquela noite de primavera, em Hogwarts, que eu e Vic começamos a namorar oficialmente. Mas o tio Bill não aceitou muito bem até eu ser atingido por Louis num jogo na Toca. A família acabou tendo que engolir, e depois passaram a gostar. E, como a Lily Luna diz mesmo? Nós fomos felizes pra sempre, se não me engano.



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Notas finais do capítulo

Boa noite e boa semana!!
Próximo shipper é dos marotos, ok?
x :)



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