Hunters escrita por Valentinna Louise


Capítulo 15
Capítulo 15 - Marks and scars


Notas iniciais do capítulo

Hey...n me matem.... o.o
Me desculpem a demora, mas aconteceu tanta coisa...bloqueio, faculdade, família, carência...aí o cap n saía..
HAHAH enfim...tava devendo uma explicação da Rach...tá aí...e finalmente elas vão ao hospital falarem com o Wade/Unique...
Agradeço pelos reviews no ultimo cap...estamos perto dos 100 uhull
enfim.... espero que gostem... *--*



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Passei direto para o quarto e me joguei na cama. Nem Shelby, Cassandra ou Marley vieram falar comigo depois do que eu havia dito na sala. Queria mesmo ficar sozinha e quieta com meus pensamentos. Procurei então, a adaga e deixei no coldre por debaixo da blusa. Não queria arriscar estar desarmada caso encontrasse com o Hudson. Lembrei que precisava falar com Mercedes, para ver como ficaria a história de procurar o lobo. Tinha um pressentimento de que na noite de lua cheia, ele apareceria. Fiquei no quarto por bastante tempo, até ouvir alguém batendo na porta.

“Filhote, visita pra você..”

Quando abri a porta do quarto, vi Cassandra com cara de poucos amigos. Ela apenas acenou com a cabeça, indicando que havia alguém na sala, para logo em seguida entrar no quarto dela e fechar a porta. Fui até a sala e encontrei Rachel sentada no sofá. Pigarrei para mostrar que estava ali e então ela ficou de pé e se virou na minha direção. O rosto estava vermelho e os olhos marejados. Pela primeira vez, eu não senti dor ao vê-la e sim uma euforia indescritível. Era como se algo estivesse em festa. E pelo que eu sabia, provavelmente era o lobo feliz com a presença dela. Me segurei para não mostrar essa alegria, fiz a expressão mais imparcial que pude e me sentei. Apontei o sofá e ela s sentou novamente, tudo isso rodeado de tensão e de um silêncio pesado. E então ela falou:

“Quinn, eu vim aqui para pedir desculpas pelo que aconteceu mais cedo...foi uma surpresa pra mim mas eu garanto que não vai se repetir e-..”

Eu interrompi. Ela estava mesmo se desculpando pelo beijo?

“Pode parar por aí....não se desculpe pelo beijo...da minha parte, eu adorei...” ela corou levemente e eu sorri. “ mas se veio até aqui só por isso está perdendo seu tempo e tomando o meu.” mudei o tom ao dizer essa ultima parte e ela notou. Fechou os olhos e disse:

“Não vim para me desculpar pelo beijo..e sim pela minha falta de reação após ele. Sim confesso que foi uma surpresa, afinal nós nem nos conhecemos direito e eu estou...estava...sei lá, em um relacionamento. Vim pedir desculpas por não ter te defendido. Por ter deixado Finn ter aquela reação. Mesmo que não tivesse acontecido nada entre nós duas, eu devia ter impedido. Mas algo, talvez ainda uma esperança de reconciliação. Se meu pai ou qualquer outro chefe de clã souber disso, Finn vai sofrer e eu não quero isso pra ele...”

“Engraçado...você preza pelos sentimentos dele, mesmo ele se esquecendo dos seus...” disse irônica.

“Por favor não comece.. Quinn, eu realmente que nós possamos encarar esse pequeno momento com maturidade. Alguma coisa mudou em mim por conta desse beijo, e tenho certeza que em você também, porque desde que cheguei aqui, você não está me evitando e isso é um bom sinal, eu acho. Mas eu realmente não vim aqui por isso Quinn, eu vim para que nós conversássemos e-...”

“Você conversou com Finn?”

“Ele não quer falar comigo...” disse abaixando a cabeça. “ melhor assim. Ele apenas disse para que eu parasse de humilhá-lo dessa maneira.”

“Hum...e o que quer falar comigo...?”

“Eu quero conhecer você Quinn. Engraçado porque eu devia estar odiando você por algum motivo banal, mas não consigo, simplesmente não consigo.” ela disse e eu sorri. Um sorriso gigantesco com certeza, porque ela correspondeu na mesma proporção.

Ficamos conversando por bastante tempo, ou melhor, em maior parte do tempo fiquei ouvindo Rachel falar sobre seus sonhos de carreira e eu citei algumas coisas sobre o que pretendia fazer no futuro. Eu estava achando aquilo incrível mas me perguntava se tudo não estava acontecendo rápido demais. Em menos de 24 horas eu estava ali, em uma euforia impressionante, ouvindo ela falar, completamente deslumbrada. Era assim que a gente sabia que havia encontrado o parceiro? Toda essa coisa que parecia irreal demais. Só naqueles instantes eu já estava sabendo que ela era vegana, e que também idolatrava a Broadway e qualquer coisa que estivesse relacionada a ela.

Eu não me reconhecia ali. Não era eu, Lucy Quinn Fabray, e sim o lobo quem estava dominando a situação, tanto que Rachel parou de falar por um tempo e olhou pra mim:

“Que foi?”

“Olhos dourados. É engraçado..quando eu converso com você seus olhos sempre mudam de cor. Eles, que pelo que notei são verdes, ficam dourados. Uma cor linda...e isso faz me lembrar uma coisa que eu queria perguntar..”

“Hum...” como é que eu explicaria essa história de maldição? “ às vezes é por conta da luz. Meus olhos são castanho esverdeados. E que pergunta...?”

“Até onde eu sei, você é uma pária...e isso é um fato. Você descende de um clã de lobos muito poderosos, os Fabray e mesmo assim não é uma loba. Mas hoje eu reparei em duas coisas que me fez alerta. Uma foi a sua regeneração. Você não deveria possuir isso, já que Wade, que também é um pária, foi atacado e está no hospital. E outra foi o rosnado. Aquele rosnado foi assustador até pra mim. De alguma forma você parecia transtornada. Então me diga o que você é.”

Engoli seco e olhei para Rachel que esperava uma explicação. Tanta coisa estava acontecendo desde que eu fui para Lima então decidi contar a ela o que tinha descoberto hoje, através da Abuela Lopez.

“Segundo Alma Lopez, eu sou uma amaldiçoada. Uma lenda antiga, em que um homem foi privado de se transformar por conta de uma bruxa. Lopez acha que eu, de alguma maneira tenho o sangue desse homem e por conta disso, a maldição.”

Rachel estava quieta e parecia refletir algo, por um instante. Então de sopetão ela saiu.

“Preciso ir, Quinn, depois conversamos...” e foi embora. Eu não entendi o motivo da pressa. Ela fez uma careta estranha logo depois de eu ter citado a maldição...

Cassandra apareceu na sala e disse:

“A sua senhora já foi embora?” eu levantei uma sobrancelha e assenti. “Bom...levanta daí..nós vamos ao hospital, Wade saiu da UTI e já foi para o quarto. Ele pode falar mais alguma coisa sobre a noite do ataque...”

“Ok..”

“o que a Berry queria?”

“Saber de mim...” Cassandra levantou a sobrancelha e riu. “Que foi...?”

“Queria saber o que você disse para ela sair daquele jeito”

“Nada...só contei sobre a maldição e aí ela saiu daquele jeito.” Cassandra também fechou a cara. E seguiu em direção a porta.

“O que foi Cassandra?”

“Minha intuição diz que tem algo de muito errado nessa história...”


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O Land Rover de Cassandra parou no estacionamento do hospital de Lima ao lado de uma moto que na hora reconheci, era a scooter de Marley.

Quando entramos e dissemos quem queríamos visitar, a recepcionista bufou, indicou o quarto e disse algo como “que menino popular..esse pessoal tá achando que virou festa.” Cassandra olhou fixamente para ela, que arregalou os olhos e voltou a arrumar uns papéis na recepção. Eu simplesmente ri.

Quando chegamos na porta do quarto encontramos Leroy conversando com um casal com uma cara apreensiva. Deduzi que fossem os pais de Wade. Quando entramos no quarto, Marley estava sentada na cama e olhou para nós com um sorriso. Wade era um garoto gordinho de cabelo raspado. Ele estava segurando a mão de Marley, mas o que com certeza impressionava era a quantidade de ataduras que cobriam o braço direito e iam da metade do tórax até a base do pescoço.

“Hey Unique..essas são Quinn e Cassandra, as caçadoras de quem eu havia falado...”

“Ahh sim...oi..” a voz saia fina e rouca. Respondi com um aceno e Cassandra puxou uma cadeira para se sentar ao lado dele.

“Isso vai ser um interrogatório?” ele perguntou, se ajeitando na cama.

“Não exatamente, Wade..posso te chamar assim?” ele assentiu quando Cassandra perguntou. “Então Wade..o que você pode nos contar sobre o dia do ataque? Qualquer coisa ajuda...”

“Eu estava voltando para casa. Era tarde já, tinha saído da casa da Marley, fui lá para falar com a Sra.Rose, já que a Marley só voltaria no dia seguinte de Cleveland e então vi que tinha algo no descampado. Era alguém mas não consegui identificar quem. A pessoa parecia estar com dor, porque se contorcia e então correu para o bosque. Eu fui atrás, para tentar ajudar, mas quando cheguei na entrada do bosque só encontrei as árvores arranhadas, o mato pisado. Quando me virei para ir embora, ouvi um rosnado. Me virei novamente em direção ao bosque mas não vi nada. Aí só senti um vulto e fui jogado no chão. Olhei para cima e tinha um lobo gigantesco, maior que os outros da alcateia e tinha os olhos vermelhos. Coloquei meu braço sobre o rosto e aí ele mordeu tentei fugir e foi aí que ele mordeu nas minhas costelas e perto do pescoço. Eu só gritava e então eu ouvi alguém se aproximar. E então o lobo fugiu para dentro do bosque. Foi Leroy quem apareceu....ele me ajudou e me levou para o hospital. O resto vocês já devem saber...”

“Hum...” Cassandra disse. Algo me dizia que ela estava muito pensativa a respeito de alguma coisa. Ela se levantou e foi até a janela. Marley olhou pra mim e eu peguei ela pelo braço, levando para o corredor do hospital que agora estava vazio.

“Marley..eu queria agradecer por hoje...”

“Sem problemas...”

“Não sério...não gosto nem de pensar o que poderia ter acontecido se Finn continuasse o ataque...”

“Alguém teria aparecido, Quinn, ele deu sorte que foi eu. Por que se fosse qualquer um mais forte teria se juntado a ele. Só não entendi porque a Rachel não fez nada.”

“Ela me falou que não quis enfrentar Finn por medo de desencadear uma reação maior e pior...”

“Hum..mesmo assim acho que não é desculpa, ela é mais forte do que ele...”

“Mas ela ainda gosta dele...” disse isso com um aperto no coração.

Marley olhou pra mim e sacudiu a cabeça negativamente então resolvi mudar de assunto.

“Ele vai ter alta quando?” falando de Wade.

“Essa semana....ele só não está feliz por conta das cicatrizes...diz que isso não será atraente em Unique.” Ela riu.

“Eu entendo ele...” passei a mão sobre o ombro, onde conservava a cicatriz dada por Frannie. Marley olhou pra mim e passou a mão pelo meu ombro me puxando para um meio abraço. E então Cassandra saiu do quarto com uma cara não muito boa e ficou pior ao ver essa cena.

“Precisamos conversar...”



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Notas finais do capítulo

Hey o que acham q a Cassie qr falar..??
Próximo cap... Shelby e Rachel, começo da noite de transformação e uma leve missão de farejamento HAHAHAHAHH
até lá...e dessa vez prometo n demorar...*-*
Bjos...
P.s.: qm curte faberry/Achele indico: https://www.facebook.com/groups/455958191143622/