Hunters escrita por Valentinna Louise


Capítulo 14
Capítulo 14 - Owes me an explanation.


Notas iniciais do capítulo

Heyy...agradeço pelos reviews no cap anterior...e como eu havia prometido, mais interação Faberry...só q com interrupção..AHAHAHAH n me matem por isso ...
Enfim..pra quem acompanha 'In the end' provavelmente amanhã ou depois eu atualizarei... :D
enfim aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/295863/chapter/14

 Eu fiquei por cima da pedra por alguns instantes, apenas ouvindo ela chorar. Mas algo se remexia dentro de mim e eu precisava ir até ela. Então, silenciosamente fui até ela, mas quando estava bem perto ela pareceu perceber.

“Seja lá quem for vá embora...”

Eu parei e realmente pensei em ir embora, afinal já tinha minha cabeça cheia de coisas com as quais me preocupar, mas quando ia me virar pra ir ela se levantou.

“Será que ninguém mais pode ao menos chorar em paz por aqui e-” ela se virou e parou de falar assim que reparou quem estava ali. Eu fiquei super sem graça de me aproximar mais ou dizer algo e nós estávamos ali, olhando uma para a outra e minha cabeça ameaçou doer. Rachel se virou e sentou de novo, bateu na grama ao lado dela como se fosse um sinal para que eu sentasse. E eu me sentei. Do mesmo jeito que estava na pedra coloquei a cabeça para o alto e fiquei observando o céu enquanto ela fungava do meu lado.

“Porque está chorando...?” a pergunta saiu antes mesmo que eu pudesse controlá-la.

“Eu não estou chorando...” disse limpando o rosto. Eu dei um sorrisinho de lado.

“Ahh sim..ok.”

“eu estava.”

“E porque você estava chorando?”

“Porque eu deveria te contar?”

Eu levantei a sobrancelha. Caramba. Quando fiz menção de me levantar depois de uma patada ela segurou meu braço com força.

“Não! Fica aqui..por favor..me desculpe eu não quis ser grossa é que..huh..só fique...por favor” ela me olhou e os olhos castanhos estavam marejados e vermelhos então me sentei de novo. Ela deu um suspiro de alívio e um sorriso de agradecimento. “ Eu estava..hum..apenas desabafando do meu jeito.”

“chorando?”

“Isso, poderia ser cantando mas sei lá..a única coisa que eu queria fazer era chorar.” ela começou a lacrimejar novamente então em um impulso segurei a mão dela. Uma sensação boa tomou conta do meu corpo. Eu sorri. E até parecia que toda tensão que eu estava carregando desde a casa dos Lopez havia sumido. Perguntei:

“Pode me contar porque chorava?” ela olhou pra mim e respirou fundo.

“raiva...frustração...” ela fechou os olhos.

“Pelo que?” eu senti que talvez não fosse gostar muito da resposta.

“estou com raiva do Finn e frustrada por não ter aquilo que me pertence....” senti uma raiva no primeiro instante, mas ao ouvir o final da frase um arrepio percorreu meu corpo. Decidi não perguntar o que a pertencia.

“O que houve com o Hudson..?”

“Você quer mesmo saber? Digo...ficar ouvindo coisas sentimentais de uma estranha?”

“Você é uma estranha? Achei que fosse Rachel Berry, Alfa da alcateia de Lima.” ela riu.

“como se eu fosse só isso...”

“e o que mais você é?” perguntei olhando nos olhos. Não sentia dor porque ainda tinha sua mão junto da minha, entrelaçando os dedos. Por um instante pensei que ela poderia estar achando que eu estava flertando com ela. Eu estava? Talvez não intencionalmente, ou intencionalmente, para testar a teoria de Cassandra.

“Posso ser muito além do que uma loba, um dia serei uma diva da Broadway! Mas antes tenho muitas coisas pra fazer por aqui...”

“diva da Broadway? Ambicioso..que coisas?”

“Escolher um líder pra alcateia. Posso ser a líder natural, mas não tem como eu ficar aqui cuidando da alcateia, não posso ficar presa à Lima por conta disso.”

“Acho que essa é uma das coisas que te frustram...mas eu ainda quero saber o que o Hudson fez....”

Ela suspirou.

“Ele quer que eu fique aqui. Quer que nos casemos e assim eu possa continuar liderando a alcateia sem problemas. Só que ele é tão egoísta a ponto de perceber que eu não posso fazer isso....eu não quero e também não posso me unir a alguém que não é meu companheiro natural....seria errado”

Meu coração deu um pulo.

“Ele não é seu companheiro natural..quer dizer seu parceiro...?”

“Não...ele não é..estamos juntos apenas por..hum é estranho falar assim porque eu gosto dele, mas nós estamos juntos apenas para suprir a carência um do outro. Isso é normal sabia? Só que o Finn acredita fielmente que eu possa ser a parceira dele, mas eu sinto, lá no fundo eu sinto que não sou, sinto que isso não daria certo. E ele não consegue entender isso..acha que o que sente por mim é por inteiro, tanto como lobo quanto homem...”

Eu dei um sorrisinho de desdém. Esse garoto devia ser mais tapado que tudo. Nada impediria que Rachel, quando conhecesse o verdadeiro companheiro, largasse Finn por mais bem casados que os dois fossem.

“Porque está rindo?”

Ela se virou. Nos estávamos com os nossos rostos perto. Perto demais. Os olhos dela brilhavam intensamente. E do nada ela os arregalou.

“De novo..” disse em um sussurro.

“De novo o que?” respondi no mesmo tem de sussurro.

“seus olhos...de verdes estão quase dourados agora...” ela me olhava intensamente e eu não sabia se me sentia bem ou desconfortável com aquilo.

Eu olhei pra cima, para o céu e respirei profundamente. Ela também inspirou profundamente do meu lado e se aproximou, dizendo.

“O que você é Fabray?” ainda em sussurro.

“Eu sou apenas eu...” respondi. Ela riu.

“Queria ter te conhecido sob outras circunstâncias...”

“Como assim?”

“Sem toda essa história de lobos, ataques e etc. só nós duas conversando..seria interessante.”

Eu levantei a sobrancelha e ri

“Tem coisa mais interessante do que lobos, ataques e etc? Eu não me importo em conversar com você sob estas circunstancias...”

“Eu me sinto estranhamente bem quando estou perto de você.” eu baixei o rosto até ficar centímetros dela. Eu me espantei com o que disse. “Oh..me desculpe...ooh simplesmente saiu...”

“Eu sinto a mesma coisa..” eu disse e então ela silenciou. “ Só que é quando você me toca. A dor cessa, o barulho cessa, tudo para. É como se só o seu toque conseguisse me confortar..” ela passou a mão por todo meu antebraço e deixou todo arrepiado. Ela sorriu ao notar isso. Não foi só o arrepio, eu me senti diferente. Incrivelmente confortável a ela, ao toque dela, ao olhar dela. Dentro de mim, aquilo que se remexia, parou. Tudo silenciou. Então de um jeito estranho a mão subiu do braço para o meu rosto e eu fechei os olhos. Ouvi ela sussurrar, bem baixo, só pra ela: 'será que é você?'. Conseguia ouvir a respiração dela acelerar junto com a minha,o meu coração acelerar e ainda sem abrir os olhos eu sentia ela mais perto. Quando senti os lábios dela tocarem os meus sutilmente, quando senti a mão dela descer do meu rosto para minha nuca, foi a sensação mais maravilhosa que eu já tive em toda minha vida. E aquilo que havia silenciado dentro de mim se agitou de repente. Meu corpo inteiro se aqueceu e eu senti como se estivesse sendo renovada. Pressionei mais meus lábios contra os dela, passei a língua sobre o lábio inferior, pedindo passagem e ela deu. Nossas línguas se encontraram e eu gemi e ela também, era bom, era deliciosamente bom. Ficamos alguns segundos ou minutos assim, só no beijo que parecia estar tomando proporções maiores. Aquela sensação nova era inebriante. Se eu pudesse ficaria ali, o dia inteiro, mas como eu havia dito, o universo com certeza estava de saco cheio de mim e já não conspirava mais ao meu favor, então resolveu mandar alguém para interromper o momento.

“Rachel?!”

Ela se soltou de mim tão rápido que não deu tempo nem de reclamar. Abri os olhos imediatamente e vi que ela respirava pesadamente e que os lábios estavam levemente inchados. Dei um sorriso de lado. Eu havia feito aquilo? Ela mal conseguia deixar os olhos abertos e tudo isso com um beijo!

Meu coração estava acelerado. Por dois motivos: eu ainda estava me recuperando do momento e eu queria matar o desgraçado que tinha interrompido. Quando olhei para Rachel novamente ela estava estática, olhando para frente. Virei meu rosto na direção do olhar dela e vi quem tinha nos interrompido: Finn.

Ele estava com a boca aberta, os braços largados do lado do corpo e o rosto vermelho. Os olhos estavam cheios de lágrimas. Ele mudava o olhar de mim para Rachel sem dizer nada. Rachel se levantou dizendo.

“Finn...eu-..eu posso explicar...”

“Acho bom mesmo Rach...” ele disse. A voz estava embargada, mas veio carregada de raiva. Eu me levantei também. Eu não queria ver minha aparência naquele momento. Provavelmente com o rosto vermelho, lábios inchados e o cabelo levemente bagunçado.

“Eu.não sei exatamente o que aconteceu aqui Finn, mas foi uma coisa de momento. Eu estava com raiva e confusa e apenas aconteceu...foi só um beijo..eu juro!” ela falava, já dando indícios de quem iria chorar.

“Só um beijo Rachel? Seu eu não tivesse aparecido vocês provavelmente já teriam transado!”

“Não fale isso Hudson...” me pronunciei pela primeira vez. Aquele garoto estava sendo arrogante demais pra mim.

“Você..calada..vou dar um jeito do Leroy retirar a revogação do tratado...uma Fabray ! tinha que ser mais uma pra aparecer e ferrar comigo...”

Eu arqueei levemente a sobrancelha e fui me aproximando dele.

“o que você quer dizer com isso?”

“Primeiro foi a sua irmã, aquela cretina que me deixou fora dos treinos, porque quebrou meu tornozelo e agora você, a vadia mais nova tentando roubar minha namorada! Vou acabar com a sua raça...”

Ele tremia de raiva ao falar e quando terminou ele deu um salto a frente se transformando. Eu fiquei com muita raiva do que ele havia dito, sentia o sangue ferver enquanto ele, agora na forma lupina ficava me rodeando. Finn Hudson havia se transformado em um lobo grande com a pelagem cinza amarronzada. Ele rosnava pra mim e eu tive que me colocar em posição de ataque. Passei a mão sobre a cintura e me lembrei que estava sem a adaga que Cassandra havia me dado. Me xinguei mentalmente por isso. Rachel ainda estava parada, ela não falava nada e eu fiquei com a estranha sensação de que ela não iria interferir. Isso me deixou com mais raiva ainda. Dei um passo pra trás e consegui alcançar um pedaço grande de madeira, Finn bufou como se achasse graça. Rachel se afastou de mim ainda mais , e o jeito que ela me olhava era como se estivesse vendo algo assustador ou coisa do tipo. Foi aí que Finn saltou na minha direção. Não tive tempo de me defender. Fui atirada diretamente contra o tronco da arvore. Senti a dor da pancada e grunhi. Me levante e usei o galho na minha defesa e rezando para que alguém aparecesse e interferisse. Finn veio em outra investida, só que dessa vez eu estava preparada. Acertei a cabeça dele do mesmo jeito que um jogador de baseball acerta a bola. Ele girou e caiu. Quando ele levantou olhou pra mim e rosnou, eu fiz uma coisa que nem eu mesma pude acreditar: eu rosnei de volta. Foi um som gutural, animalesco, que fez até o Hudson para e ficar me encarando espantosamente. Senti que Rachel olhava pra mim, mas eu não iria olhar para ela. Finn se sacudiu e levantou a pata para me acertar. Consegui me defender com o galho mas ele conseguiu acertar meu antebraço. O galho se partiu em dois por absorver todo o impacto da patada. Meu braço agora doía e eu estava morrendo por dentro ao ver que Rachel não faria nada. Finn se preparou mais uma vez, só que dessa vez ele foi atingido na lateral por um borrão cinza. Foi tudo tão rápido que não deu pra ver quem ou o que era. Mas eu ajoelhei e agradeci por ter sido atendida. Finn foi arremessado pra longe e o borrão parou. Era um lobo cinza. Marley. Ela virou e veio na minha direção, soltou um grunhido ao passar por Rachel que finalmente parecia sair do estado catatônico em que estava.

Meu braço havia parado de doer e o ferimento parecia menor e estava sem sangue. Eu estava me regenerando! Marley olhou para minha ferida e virou o rosto indo em direção ao bosque, voltando segundos depois na forma humana.

“ Alguém pode me explicar que merda acabou de acontecer aqui?” ela perguntou se aproximando de mim. “Eu ouvi um rosnado, sabia que você estava pra cá e quando cheguei perto vi Finn transformado e achei que você estivesse sozinha. Mas a nossa querida Alfa estava aqui...” disse ironicamente a última parte.

“Acho que a querida alfa não queria se meter em uma briga que não era dela, Marley...” eu disse. Incrível, eu já me sentia magoada com Rachel e tudo por conta de um beijo. Aquilo doía porque ela não me defendeu. Não disse nada para fazer com que Finn recuasse, e ela poderia ter feito isso facilmente. “Cassandra já está ai?”

“Sim ela já chegou..” Me levantei e respirei fundo. Só queria sair dali. Finn ainda não havia voltado então eu poderia sair dali sem maiores consequências. Foi quando Rachel se colocou na minha frente dizendo:

“Você não vai a lugar algum, até explicar o que foi aquele rosnado...”

“Não te devo explicações Berry...saia da frente...”

“Peraí...foi você quem rosnou Quinn?” Marley perguntou.

“ Foi e eu preciso falar com Cassandra a respeito disso..”

“Já disse que não vai a lugar algum...como assim você pode rosnar? Achei que fosse uma pária!”

“Até um tempinho atrás eu também pensava isso, agora eu descobri que carrego uma maldição.” Respondi. “ espero que esteja satisfeita Berry. Pode voltar para o seu namoradinho meia boca e fique em paz com a sua consciência.” Ela abriu a boca para falar algo mas fechou logo em seguida. Marley passu por mim e por ela e eu segui. Queria chorar de raiva, frustração. Naquele momento eu estava sobrecarregada de emoções tristes porque eu havia tirado a teima com a teoria de Cassandra e agora estava me odiando por ter feito isso.

Seguimos o caminho até a casa em silêncio. Marley estava nervosa e eu também. A única coisa que tivemos nesse meio tempo foi ela apontar para os meus olhos e dizer.

“Estão dourados.” eu apenas assenti.

Ao entrar na casa me deparei com Cassandra conversando com uma mulher alta, com longos cabelos pretos e feições terrivelmente familiares. Um estalo me fez adivinhar quem era ela. Shelby Corcoran, vulgo mãe de Rachel Berry.

A mulher morena levantou do sofá e ficou me avaliando. Marley foi para o lado de Cassandra.

“Lucy Quinn Fabray....da última vez que te vi você era apenas uma recém-nascida.”

“Você é Shelby Corcoran...”

“Não foi uma pergunta...sabe quem eu sou?”

“Rachel é a sua cara....”

“É o que muitos dizem..” ela deu de ombros como se saber daquilo não fosse interessante.

“Ela sabe que está aqui?” eu perguntei.

“Não e Leroy mandaria me matar se eu dissesse algo a ela.”

“Ele sabe que está aqui?”

“Sabe...eu jamais voltaria aqui se não fosse autorizada por ele. Mas não vim por questões familiares e sim porque Cassandra precisa de ajuda para reconhecer um cheiro...por mais que não admita isso...”

Cassandra revirou os olhos. Eu dei um pequeno sorriso, que logo desapareceu ao ouvir Cassandra pergunta:

“Onde estava Quinn?”

“Fui falar com Alma, ela me contou a respeito da maldição...foi esclarecedor... e depois fui espairecer, mas acabei dando de cara com Rachel, conversamos e..e..” não ia contar sobre o beijo. “de repente Finn Hudson apareceu e trocamos algumas farpa até Marley aparecer...”

“Finn cortou Q, mas ela se regenerou na mesma hora...” disse Marley. Cassandra então se levantou e estendeu as mãos. Eu coloquei o antebraço, que estava ferido e agora só a sujeira indicava que algo havia batido ali.

“Foi no calor do momento..acho que meu metabolismo acelerou ou coisa do tipo..”

“Tem algo que você não está falando, Srta. Fabray...” disse Shelby cruzando os braços sobre o peito.

“Nós nos beijamos....” ouvi um 'Ohh' mas não sabia de quem tinha vindo. “Acho que sua teoria estava certa Cassandra...só não sei se isso vai dar certo...”


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

o que acharam???
proximo cap, mais faberry, lua cheia e uma pequena reunião familiar...HAHAHAHAHA
Bjos e até mais... :*