Devotion escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem! O cap. vai começar a partir do momento Klena do capítulo anterior.
Capítulo 8
Parte 1 – Niklaus Mikaelson
-Preciso da tua ajuda para encontrar Stefan.
-E o que eu ganho em troca?
Ela abriu a boa, mas nenhum som saiu. Sorri de lado.
-É precisamente esse o problema, Elena: tu não tens nada para me oferecer. O teu sangue era a solução para os meus híbridos, mas uma vez que te tornaste vampira, isso deixou de surtir efeito.
-Eu faço o que tu quiseres – disse ela, desesperada. – Eu só preciso de o encontrar, de saber que ele está bem, de… dizer que o amo.
Nada do que ela dizia me podia ajudar nos meus planos, que era ver se conseguia encontrar outra doppelganger. Sim, eu sabia que existiria pelo menos daqui a 500 anos uma doppelganger, já que existem irmãos, primos, sobrinhos, etc…, numa família. A linhagem Petrova não acabou com Elena, eu sabia disso muito bem.
Mas, já que ela era tão próxima de Stefan, podia trazer de novo o Estripador ao de cima.
-Nada do que me dizes importa, contudo… tu podes ser-me muito útil no futuro.
-Eu faço tudo o que quiseres, Klaus – voltou a prometer e eu sorri maquiavélico.
-Muito bem. Então, assim que encontrarmos o Stefan, tu vais convencê-lo a juntar-se de novo a mim, e a abraçar de novo o seu lado Estripador.
-Mas…
-Tu podes eventualmente juntar-te a nós, claro. Longe de mim separar um amor que nunca morre – interrompi-a.
Ela pensou durante alguns minutos e eu esperei pacientemente. Já sabia qual seria a resposta dela.
-Acordo fechado.
Parte 2 – Kol Mikaelson
Cheguei a casa muito para além da hora, mas pouco me importava. Mal entrei, dei de caras com Elena a descer as escadas, junto com Niklaus.
-Onde vão?
-Encontrar Stefan – respondeu Elena, passando por mim com uma mala de viagem do meu irmão.
-E por onde vão começar?
-Chicago – respondeu Klaus.
-Então façam boa viagem!
Elena sorriu nervosa para mim e entrou no lado do pendura do jipe de Klaus.
-Irmão – falou ele, colocando uma mão no meu ombro. – Toma cuidado com Katerina. Ela não é confiável.
-E desde quando é que eu sou? – brinquei.
Ele sorriu e entrou no jipe. Vi-os partir, e voltei a entrar em casa.
-Elijah? Bekah?
-Eu ouvi bem? – perguntou a minha irmã, descendo as escadas a chorar. – Ele foi-se embora? Com aquela doppelganger bitch?
Acenei com a cabeça e ela fechou os olhos, deixando mais lágrimas escaparem. Ela e Niklaus partilhavam uma relação muito próxima, de dependência um do outro.
-Irmã, não fiques assim – envolvi-a nos meus braços e ela começou a soluçar. – Bekah, não fiques assim.
-Ele nem se despediu de mim – murmurou ela, enquanto tentava controlar os soluços. – Porque faz ele sempre isto? Deixa-me sozinha, sem me dizer nada e depois espera que eu fique do lado dele.
-Rebekah, nós somos uma família. E uma família tem sempre os outros elementos como garantidos na vida. Sempre e…
-E para sempre – completou ela e olhou-me. Deu um sorriso afetado e voltou a afogar o rosto no meu ombro.
-Nunca te disse isto, mas podes sempre contar comigo – falei, dando-lhe um beijo na testa, e sendo completamente sincero.
Rebekah era a minha única irmã, e era mais nova do que eu apenas um ano. Enquanto todos os outros já tinham a sua liberdade, nós ainda andávamos sempre com a nossa mãe ou pai. E quando Henrik morreu, ninguém sofreu mais do que ela, por ser o único irmão mais novo que tinha. Ela não gostava de falar dele, porque ainda a fazia sofrer muito, e naquele momento percebi que a pessoa em quem mais ela confiava, a abandonava constantemente. Bekah não merecia isso, ela era absolutamente leal, amava-o de tal maneira que isso chegava a consumi-la, mas ela não se importava com isso.
-Também podes contar sempre comigo, Kol – disse e eu abracei-a mais forte.
Parte 3 – Katerina Petrova
Kol entrou na minha casa, sem permissão. Enrolei-me no meu robe de seda vermelha e coloquei o cabelo molhado, acabado de sair do duche, no cimo da minha cabeça com um gancho.
Desci as escadas e ele estava sentado no sofá da sala, com duas loiras sentadas de cada lado.
-O que estão elas a fazer aqui?
-São a nossa refeição – ele sorriu travesso e os olhos dele adquiriram um brilho perigoso.
-Temos pena – falei e virei-me para subir as escadas. – Não quero alimentar-me agora.
Ele veio para a minha frente e eu parei abruptamente.
-Vá lá, Katerina – semicerrou os olhos. – Eu sei que tu queres.
Cruzei os braços.
-Não, não quero.
-Katerina – ele aproximou-se de mim, e ficámos com os narizes quase a tocarem-se. – É só um lanchinho como pedido de desculpas.
-Pensei que as cervejas no Grill é que tinham sido uma oferta de paz – falei, piscando os olhos, tentando não me hipnotizar por aqueles olhos profundamente castanhos e aquela boca.
-Bem, um lanchinho é mais… comestível.
Olhei para as duas loiras, que tinham sido claramente hipnotizadas por ele.
-Muito bem – disse. – Qual delas é a minha?
-Deixo-te decidir – murmurou ele, ao meu ouvido, fazendo-me arrepiar.
Parti para a loira que tinhas olhos castanhos e ataquei o seu pescoço. Ela debateu-se no início, e a sua amiga começou a gritar, mas Kol deve de a ter atacado logo, porque os gritos passaram a gemidos e depois para nada. Larguei a minha vítima e limpei os lábios com as costas da mão.
-Ela era deliciosa – comentei e ele largou o pescoço da outra loira. Largou-a e ela caiu com um baque surdo no chão.
-Estou perdoado?
-Já estavas perdoado quando percebi que não valia a pena ficar zangada contigo – respondi e ele limpou o sangue da sua boca com um lenço que a minha vítima trazia no bolso das jeans.
-E quando é que foi isso?
Mais uma vez, aproximou-se de mim de tal maneira que os nossos narizes quase se tocavam. A sua respiração batia no meu rosto, causando-me arrepios por toda a espinha. Era um arrepio agradável, estranho.
Colei os meus lábios aos seus e ele correspondeu. O nosso beijo era feroz, uma batalha que não iria ter fim. Uma das suas mãos foi para a minha nuca, puxando-me mais para ele e eu puxei o seu cabelo sedoso. Isto não iria acabar bem, eu sabia, mas por vezes é bom deixar a humanidade entrar nas nossas vidas.
©AnaTheresaC
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu juro por tudo que escrevi este capítulo antes de sair aquele episódio em que o Klaus diz: "mas é isso que os irmãos mais velhos fazem: tomam por garantidos os mais novos".
Alguém aí feliz por os Originais terem um spin-off? Eu? Super hiper mega feliz!
E Klena parte em busca de Stefan. Em Chicago. E uma nova personagem irá aparecer!
XOXO,até domingo!