Devotion escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
O momento mais divertido vai ser sem dúvida, o casal Koltherine. E para isso, encontrei um vídeo do casal: http://www.youtube.com/watch?v=dfetfKCFRYc
Capítulo 5
Parte 1 – Elena Gilbert
-Obrigada pela boleia, Klaus. Mais uma vez: não era necessário.
-E deixar-te sozinha numa cidade onde ser uma sobrenaturalidade é um risco? Nem pensar.
Sorri, agradecida. Ao olhar para ele, lembrei-me da pergunta que estava constantemente a assolar-me, algo que precisava de ser respondido com sinceridade.
-Klaus… por que não me mataste?
Ele olhou-me confuso.
-A minha irmã fez esse trabalho.
-Não, eu quero dizer: por que não me mataste, já que sou inútil para o teu exército de híbridos.
-Por essa ideia, eu deveria de ter matado a minha irmã. E não o fiz.
Baixei os olhos para as minhas mãos. Precisava de arranjar as minhas unhas, colocar um pouco de verniz para elas brilharem. Céus, eu tinha-me tornado tão descuidada. O abandono de Stefan e Damon tinha sido tão brusco, eles nunca mais falaram comigo. Eu sabia que Stefan já tinha ido embora de Mystic Falls, mas Damon tinha permanecido. Porquê?
-O que foi Elena?
Uma lágrima caiu na minha mão, e então eu percebi que estava a chorar. Eu odiava isto: pensava em algo triste e desatava a chorar. Parecia que a minha dor nunca mais iria acabar.
-Eu odeio isto, Klaus! – desabafei. – Eu choro por tudo e por nada, parece que eu chorei desde a morte dos meus pais… eu não quero mais isto! Estou farta!
-Shhhh – ele abraçou-me e puxou-me para o seu peito. – Vai ficar tudo, sweetheart.
Comecei a soluçar. Porque seria que esta tristeza nunca mais parava?
Parte 2 – Katerina Petrova
-Não, essa música é horrível! – exclamei, bebendo de seguida a tequila.
-Oh, vá lá! Rebecca Black tem o seu encanto!
-Credo, Kol, isso é efeito da bebida? Ela é horrorosa!
Ele lambeu o sal, bebeu a tequila e chupou o limão, tudo em questão se segundos.
-Isto é a coisa mais viciante que os humanos já inventaram.
Ri alto. Eu estava a começar a ficar afetada pela bebida humana, precisa de algo para sossegar a ardência do meu estômago.
-Bem, está na minha altura de ir embora.
-És assim tão fraquinha, Katerina?
Peguei na minha mala e levantei-me.
-Não, Kol, mas também não gosto de fazer figuras tristes em público.
Ele colocou duas notas em cima da mesa e levantou-se.
-E que tal subirmos a fasquia da bebida? – sugeriu ele e olhou em redor. – Quem será a nossa presa?
-Oh, não, não, não – disse e afastei-me dele, por segurança. – Qual será a tua presa. Eu vou para casa e pelo caminho arranjo alguém.
Kol sorriu e encolheu os ombros.
-Estou dentro.
Arregalei os olhos.
-Sério?
-Estás a desconfiar de mim, Katerina?
Ele chamava-me de Katerina. Isso era fofo. Espera, fofo? Katerina, estás a ficar mesmo alterada pelo álcool.
-Claro que não. Vamos, antes que fique demasiado tarde.
Parte 3 – Elijah Mikaelson
-Ainda não me explicaste o teu real motivo de aqui estares – falei, enquanto fechava a porta do escritório.
-Vocês deviam de saber o que realmente aconteceu comigo.
-Peter sentiu a tua falta nos primeiros anos – mencionei o filho dela. – Ele também nos fez sofrer muito. Cada vez que olhava para ele, lembrava-me de ti.
Ela sorriu brevemente e baixou o olhar. Quando me voltou a fitar, tinha lágrimas nos olhos.
-Vocês começaram a lutar e… eu não sabia o que fazer! – respirou fundo e eu peguei nas mãos dela, como costumava fazer quando ela estava nervosa ou com medo. – Então fui até á vossa mãe, e ela disse que sabia como me fazer desaparecer.
-Ela transformou-te.
Ela acenou com a cabeça e voltou a baixar o olhar.
-Eu morri e quando acordei, o teu pai trouxe-me uma vítima para completar a transição. Niklaus viu o que eu estava a fazer e… para ele, eu tinha morrido.
-Ele mentiu-nos – cerrei o maxilar, levantando-me e passando a mão pelos cabelos. – Ele devia de nos ter dito a verdade.
-Elijah… eu tinha-me transformado num monstro! – exclamou ela, levantando-se e colocando o meu rosto nas suas mãos. – Foi melhor assim. O que ele viu… é o pior que há em mim!
-Eu amava-te, Tatia – voltei a pegar nas suas mãos e ela sorriu por entre as lágrimas. – Eu devia de ter sabido a verdade. Ao menos a mim ele devia de ter contado.
Ela acenou e abraçou-me com força.
-O que ele fez foi errado, mas tens que compreender que ele estava traumatizado. O que importa realmente é que eu estou aqui e só me vou embora se quiserem que eu vá.
-Fica, por favor – pedi, passados alguns minutos. – Não te vás embora, por favor.
-Não vou. Ficarei o tempo que quiseres – disse ela e eu abracei-a com mais força, querendo sentir cada milímetro do seu corpo para ter a certeza que ela era real e estava ali comigo.
Parte 4 – Kol Mikaelson
Ela mordeu o lado esquerdo do pescoço e eu fui para o lado direito. A nossa vítima suspirou e em segundos estava morta. Olhei para Katerina e ela sorriu, com os lábios cheios de sangue. Num ato impensado, colei os meus lábios aos seus.
Ela no início correspondeu, mas depois atirou-me para o outro lado da sala.
-Katerina! – repreendi, sorrindo.
-Nem penses, Kol. A nossa noite estava a ser maravilhosa e tu tinhas que a estragar, não era?
-Katerina Petrova recusa um homem. Esta é nova.
-Sai! – gritou ela, apontando para a porta da rua.
-O quê?
-Sai! – ela veio até mim e juro que pensei que ela me ia bater. – Não entras na minha casa e insultas-me. Sai! Agora!
Gargalhei alto e peguei no meu casaco. Abri a porta de casa e olhei para ela, que ainda tinha a sua face numa expressão furiosa.
-Um dia ainda virás implorar por mais.
Ela pegou num vaso e atirou-o contra mim, mas eu fechei a porta antes de ele me acertar. Niklaus iria amar ouvir a minha história!
Katerina, não irás ver-te livre de mim assim tão cedo.
©AnaTheresaC
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! Feliz Natal!
XOXO,até domingo!