Capítulo 32

Parte 1 – Klaus Mikaelson

Bateram à porta e eu levantei os olhos dos papéis que estava a assinar, Elena ao meu lado, a ver os cursos de várias faculdades, espalhadas pelo Mundo.

-Entre – falei e Margaret, a minha secretária, entrou. Era baixinha, com cabelos ruivos e usava óculos fundo de garrafa.

-Mr. Mikaelson, está aqui uma senhora que deseja vê-lo.

-E quem é?

Ela engoliu em seco, o seu ritmo cardíaco aumentou. Ajeitou os óculos no seu nariz, num gesto nervoso.

-Esther – murmurou baixinho, mas tanto eu como Elena ouvimo-la na perfeição.

Olhei para a minha namorada e acenei com a cabeça. Ela sabia o que tinha que fazer.

-Dê-me cinco minutos e eu já a atendo – disse para Margaret.

-Ela disse que era mesmo urgente.

-Eu sei que é. Eu só preciso de arrumar alguns papéis para a receber. Longe de mim de receber a minha nesta bagunça.

Margaret acenou nervosa e saiu do gabinete, fechando a porta logo de seguida.

Levantei-me no milésimo de segundo a seguir, ajudando Elena a mover a estante atrás de mim. Era uma passagem secreta, que daria acesso ao escritório do meu irmão mais velho, Elijah.

-Por favor, toma cuidado – pediu ela, pegando em todas as suas coisas para não deixar a mínima suspeita.

-Tu também – dei-lhe um beijo rápido nos lábios, querendo que os segundos se prolongassem, que aquele momento durasse mais um pouco, porque eu sabia que a seguir viria o Inferno. E Elena era o meu Paraíso.

Ela passou para a passagem secreta e eu voltei a arrastar a estante para o seu lugar devido. Arrumei alguns papéis só para mostrar a minha justificação. Ajeitei o meu fato e fui até à porta.

Fechei os olhos, pensando em Elena e nos meus irmãos. Este plano não podia falhar. Elena não podia morrer. Eu não podia morrer. Ninguém podia morrer.

Abri a porta.

Parte 2 – Elijah Mikaelson

-Ela chegou – disse Elena, com lágrimas nos olhos. – Está agora no escritório do Klaus.

-Calma, Elena – aconselhou Tatia, que entrou no meu escritório sem pedir permissão. – Eu ouvi os rumores na receção. Vim assim que pude – justificou ela. – Já chamei a Helen.

-E o meu irmão e Katerina? – indaguei.

-Ainda não os avisei. Eles foram almoçar mais cedo – informou Tatia. – Elena, tratas disso por mim?

-Sim, claro? – Elena saiu do meu escritório e Tatia fechou a porta.

-O que se passa? – perguntei.

-Eu só preciso de 20 segundos, Elijah. É tudo o que preciso – pediu ela, aproximando-se de mim. – Talvez até de menos. Só preciso de dizer isto uma vez e tu só precisas de a ouvir: eu amo-te. Eu não sabia o que estava a fazer quando quis matar-te, foi Esther na minha cabeça. Lamento. Espero que um dia me possas perdoar por tudo o que fiz, desde que te conheci.

E sem pedir qualquer permissão, encostou os seus lábios aos meus. Não retribuí, estava demasiado hipnotizado por aquela voz quente e leve de Tatia. Ela tinha os seus olhos fechados e os cabelos curtos encaracolados balançaram, roçando no meu maxilar.

-E agora, sem mais demoras, vamos ao que interessa – disse ela, como se nada tivesse acontecido.

Colocou a mão debaixo da minha secretária e carregou no botão que lhe daria acesso á gaveta secreta. Assim que ouvi o clique, abri a gaveta e tirei de lá o nosso stock de armas.

Parte 3 – Rebekah Mikaelson

-Com licença, Aiden – disse, assim que vi a mensagem de Elena. Estava na hora. – Talvez queira ir almoçar mais cedo. Não sei se voltarei hoje, lamento.

-Aconteceu alguma coisa? – Aiden levantou-se, atento ao meu comportamento.

-Assuntos familiares urgentes, lamento – peguei no meu blazer abri a porta do meu escritório. – Foi com conhecê-lo, Aiden.

Saí disparada para o elevador e quando ele estava prestes a fechar-se, Aiden entrou.

-Aiden…

-Rebekah Mikaelson, eu sei quem é: uma vampira Original e neste momento a Bruxa Original está neste edifício.

Arregalei os olhos.

-Como é que sabe?

Ele piscou o olho para mim.

-Sou amigo de Mrs. Helen Grayson.

Parte 4 – Kol Mikaelson

Entrámos no edifício da empresa e Elena veio a correr ter connosco.

-Temos que ser rápidos – disse, enquanto pegava na mochila que Elena tinha na mão.

Entrámos no elevador e começámos a preparar-nos para a batalha final.

Elena estava nervosa, mas Katerina estava… pacífica.

-Ei, estás bem? – murmurei para ela.

Katerina simplesmente sorriu.

-Vamos acabar com isto e viver a nossa vida em paz.

©AnaTheresaC