Devotion escrita por AnaTheresaC


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Oi! Finalmente, o ritual para restaurar as memórias.
Boa leitura!



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Capítulo 29

Parte 1 – Elijah Mikaelson

As quatro deram as mãos e Helen estava a recitar algo há muito tempo. Mantinham as suas máscaras de foco, mas para além do calor e das chamas vibrantes das velas, nada mais tinha acontecido.

-Helen… - comecei, mas Kol colocou um dedo à frente dos seus lábios, calando-me. Ele tinha passado muito tempo com bruxas nos séculos passados, pelo que presumi que ele soubesse o que Helen estava a fazer.

-Preciso que se unam ao círculo – falou Helen de repente e olhei para os meus irmãos em dúvida. Em que poderíamos ser úteis? – Vocês têm a memória do que aconteceu lá. Quantos mais, melhor.

Kol foi o primeiro a acenar e colocou-se entre Tatia e Katerina, pegando nas mãos delas que estavam unidas, separando-as e unindo-as às dele. Klaus foi a seguir, dando as mãos a Katerina e Elena.

-Desculpem o atraso – falou a minha irmã, ofegante. O que teria ela estado a fazer? – Problemas na empresa do Daniel. O que tenho que fazer?

-Junta-te a nós, Rebekah – afirmou Helen. – Estamos prestes a colocar na mente delas o que aconteceu naquela noite.

-Ótimo! – disse Rebekah, dando as mãos a Helen e Elena. Então eu não tive outra opção senão dar as mãos a Helen e a Tatia.

-Vou começar e devo avisar-vos que não será agradável. Vocês estão mesmo dispostos a fazer isto? – perguntou Helen.

Todos acenámos e ela respirou fundo, fechando os olhos.

-Fechem os olhos. Preciso de vocês com as mentes fechadas para o mundo real – mandou e eu fechei os olhos.

Parte 2 – Helen Grayson

Não era agradável, ir a cada um dos Originais, juntar as perspetivas e memória deles do acontecimento daquela noite, fundi-las numa só, conjuntamente com a minha memória, e encaminhá-las para as doppelgangers. Não estava a ser tarefa fácil.

Então Elena começou a soluçar alto e não duvidei que estivesse a chorar. Eram demasiadas coisas, aconteceram muitas coisas naquela noite.

De seguida, foi Katherine, a debater-se mentalmente contra aquelas memórias, tentando quebrar a nossa ligação.

-Não… - murmurou e ouvi o seu pânico.

Por fim, Tatia. Ela parecia não estar a resistir fisicamente, mas percebi que estava apenas a controlar-se. Para ela, aquelas memórias repostas na sua cabeça eram informação. Mas informação para quê?

Não tive oportunidade para ficar mais tempo na cabeça dela, porque Rebekah começou a gritar.

-Irmã! – gritou Klaus de volta e senti as quatro mentes poderosas dos Originais a tentarem livrar-se daquele roubo de memórias. Eles conseguiriam lembrar-se, mas de qualquer das formas, eu estava dentro das suas cabeças, e dentro da minha eu fundia todas aquelas memórias deles, juntava as minhas para aperfeiçoar o momento, e entregava-as nas mentes das doppelgangers.

-Helen, para – pediu Elijah em voz alta e depois através da mente. Não respondi. Se eles me tinham pedido isto, eu tinha que acabar o feitiço, ou então todos nós estaríamos condenados à falha de memória.

-Não posso – admiti e continuei a inserir as memórias na mente de Tatia, Katherine e Elena.

Agora eram todos eles a debaterem-se contra aquilo, o barulho entrava tanto pelos ouvidos como invadia a minha mente. Era muito difícil concentrar-me. Elena era a mais fraca de todos nós e já estava a prever o pior, mas quando finalmente tudo acabou, o silêncio finalmente instalou-se na sala e eu abri os olhos. Larguei as mãos de Elijah e Rebekah e olhei para todos, que iam abrindo os seus olhos gradualmente.

-Está feito – olhei para as três vítimas das artimanhas de Esther e Elena era quem parecia que não ia aguentar mais.

Klaus abraçou-a com força, embalando-a nos seus braços, num gesto meio desajeitado, talvez por não estar muito habituado a afetos.

Katerina foi a segunda a reagir.

-Oh, céus… Kol! Perdoa-me, por favor! – abraçou-se ao Original, fechando os seus braços em redor do pescoço do mais novo, a chorar copiosamente. – Perdoa-me, perdoa-me.

Tatia levantou-se e foi colocar-se de frente para a janela, tentando absorver toda aquela informação.

-A minha tarefa está feita – ergui-me e Elijah seguiu-me o movimento, assim como Rebekah. – Tenho que ir para casa.

-Obrigado – agradeceu Elijah, profundamente. Percebi que era sincero, ele estava realmente grato por os ter ajudado.

Acenei com a cabeça, não me comprometendo com nada. “De nada” não era correto, nem “sem problema” ou “não foi nada”. Fazer favores a vampiros era algo que tinha jurado a mim mesma não fazer, mas por causa de Elijah, fi-lo. Quebrei uma promessa que tinha feito a mim mesma e não há maior traição do que essa.

-Espero que agora fique tudo bem – consegui proferir.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Por favor, respondam-me: queriam que focasse a história da Helen? (nem que seja um "não", só preciso de saber).
XOXO