Devotion escrita por AnaTheresaC


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

7 comentários e 10 leitores! Muito obrigada! Este capítulo é dedicado aos fãs de Tatia e de Katherine. Elas são demais, adoro-as!



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Capítulo 2

Parte 1 – Tatia Petrova

Eu estava de volta. Ao fim de um milénio, eu estava de volta a casa. Fui até à casa da família Mikaelson. Um habitante muito simpático tinha-me dado as instruções ara chegar a casa deles, e ali estava eu, com a mão a simples milímetros da porta deles.

Respirei fundo. Eu não sabia quem ia encontrar, mas eu só sabia de uma coisa: estava na hora de eles saberem o que realmente aconteceu comigo.

Eu sofri muito nas primeiras décadas. Recusei-me a desligar e a dor despedaçava-me por dentro. E o pior de tudo era saber que poucos anos depois, eles transformaram-se no mesmo que eu. Esther ficou com o meu filho, ele casou, teve uma esposa e três lindos filhos. Ele não se lembrava de mim, apenas de Rebekah, Esther e os outros. Tratava-os como se fossem da sua família. Chamava Mikael de pai e Esther de mãe. Ele jamais me conheceu e o pai dele. A sua família biológica.

Dois séculos depois de tanta dor, eu consegui desligar, um vampiro chamado Samuel ensinou-me como, mas ele acabou por morrer numa luta por causa da sua amada e depois de ver tanta injustiça ao longo dos dois séculos seguintes, eu não aguentei mais e voltei a ligar. Então notei que os nossos sentimentos eram como um interruptor, que se podiam ligar e desligar, mas que com os séculos ele começa a deixar de funcionar. Humanidade é uma coisa que nunca nos larga, a nossa maior fraqueza, mas para quem a conhece melhor que ninguém, a nossa maior aliada.

Sempre os vigiei, longe de me detetarem, mas sempre o fiz. O meu amor pelos dois não se dissipou nem um pouco, apenas aumentou devido ao facto de quando nos tornamos vampiros, os nossos sentimentos são magnificados. Eu amava Elijah e Niklaus, para sempre. O pior de tudo, era que amá-los doía demasiado porque eu sabia que jamais os poderia escolher.

Mas apesar de tudo, eles precisavam de saber o que tinha acontecido, já que Esther tinha voltado do mundo dos mortos. Sim, ao longo dos tempos encontramos alguns conhecidos que nos vão dando notícias. Uma delas era Rose e até Lexi. Todas elas conheciam os Salvatore, e eu iria manter-me bem afastada desses dois, já que andam apaixonados por uma das minhas descendentes.

A porta abriu-se de repente, apanhando-me fora de guarda.

-Elijah – a minha voz soou, sem eu realmente a processar, tudo o que eu sabia era que o meu coração à muito tempo frio, deu um salto, fazendo o meu sangue bombar mais depressa, assim que viu aqueles olhos castanhos.

Parte 2 – Elena Gilbert

Entrei no Grill e arrependi-me logo: havia demasiadas pessoas. Dei meia volta, mas bati com a cabeça no peito de alguém.

-Descul… Klaus – a minha voz tremeu ao ver o híbrido mais temível á face da Terra.

-Elena – cumprimentou ele, com aquele sorriso enviesado e os olhos brilhantes. – Bom dia.

Não disse nada, o medo aterrava-me, mais ainda do que quando ainda era humana.

-Já de saída?

Acenei com a cabeça e ele abriu ainda mais o seu sorriso.

-É incrível como o Mystic Grill fica cheio de humanos tentadores a estas horas – eu sabia que ele estava a desafiar-me, mas eu caí que nem uma tola. Os meus olhos fugiram para a carótida mais próxima que havia de nós.

Tentei avançar para sair, mas ele não desviou nem um músculo.

-Oh, vá lá, só uma bebida.

-Klaus… por favor – implorei, começando a perder o controlo. Agora tudo o que via eram carótidas e veias nas peles pálidas das pessoas.

Ele sorriu sadicamente.

-Porque não caçarmos juntos? Aqui e agora.

Neguei com a cabeça.

-Ah, o teu rosto diz o contrário, sweetheart – falou ele, e eu soube logo que ele se referia às veias visíveis debaixo dos meus olhos.

-Oh, eu sabia que não devia de ter voltado.

A minha doppelganger apareceu vinda do nada, e estava atrás de Klaus. Ele virou-se para ela.

-Katerina – cumprimentou ele.

-Não posso dizer que é um prazer rever-te, Klaus – disse ela, com o rosto duro e cheia de medo, tal como eu.

Parte 3 – Katerina Petrova

Elena passou por nós a correr. Coitada, a fase de adaptação era horrível. Ainda bem que já passei por isso.

Espera, eu, Katherine Pierce, a dizer que a ladra dos Salvatore era uma coitada? Precisas de uma bebida bem forte, Katherine.

-Katerina – repetiu ele, e eu fitei os seus olhos verdes azulados.

-Cuidado, ainda gastas o meu nome – disse e avancei para o bar. Ele seguiu-me. – Posso convidar-te para uma bebida?

Era o que os humanos diziam: atrair o psicopata para ti para ele baixar a guarda, e depois sair elegantemente. Talvez resultasse naquele momento, eu não queria morrer. Nem agora, nem nunca.

-Hum, Katerina simpática. Essa é novidade. Vou aceitar a bebida só para ver onde isto vai dar – disse ele, sentando-se ao meu lado.

Pedi a Matt (God, ele é mesmo um pedaço de mau caminho) dois copos de whisky e ele foi buscá-los.

-Wow, mas eu estou assim tão bêbedo para estar a ver em triplicado?

Era Kol. Nunca o tinha conhecido pessoalmente, já que quando conheci Klaus ele estava empalado, mas pela descrição que alguns vampiros me deram, era ele.

-Que queres dizer? – indagou Klaus, interessado.

-Bem, saio de casa e vejo Tatia, venho ao Grill e vejo Elena quase a perder o controlo e depois entro cá dentro e quem vejo: Katerina!

Congelei. Tatia não estava morta?

-Tatia está morta. Estás mesmo bêbedo – afirmou Klaus, bebendo um gole do seu whisky.

-Estará mesmo, irmão? – desafiou Kol e vi que eles os dois estavam numa batalha que apenas eles sabiam as regras. Havia ali algo que eu não entendia.

-Fui – disse, saindo do Grill elegantemente, sem olhar para trás. Esperava ter escapado de Klaus bem a tempo de ele não me matar.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Gostaram? No próximo capítulo, terá a conversa Tatia/Elijah.
XOXO, até domingo!