Devotion escrita por AnaTheresaC


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Forgive my thoughts when I'm asleep
Forgive these words I'm yet to speak
I feel so ashamed.
Tradução:
Perdoa os meus pensamentos quando estou a dormir
Perdoa estas palavras que ainda estou por falar
Sinto-me tão envergonhada/o
Hurts-Devotion



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Capítulo 1

Parte 1 – Tatia Petrova

-Tatia, escolhe, ou nós escolhemos por ti – disse Niklaus, num declarado ultimato.

-Eu… eu…

Ambos desembainharam as espadas e colocaram-se a dez metros de distância.

-Não… por favor! – implorei, caindo de joelhos.

Os dois correram um para o outro e o metal a bater em metal soou. As lágrimas caíram, molhando o meu rosto e o vestido verde-escuro que vestia.

-Nik… Elijah! – chamei mas eles não me ouviram. Os dois tinham expressões ferozes e determinadas no rosto. Dois irmãos a lutar por mim. Eu não conseguia suportar isto.

Entrei na minha casa a correr e o meu pequeno olhou-me com medo. Não, eu não o podia deixar, mas o que podia fazer?!

Peguei nele e voltei a sair de casa a correr. Elijah estava com várias feridas nos braços e Niklaus estava magoado na perna direita. Eu tinha que acabar com aquilo.

Bati á porta de casa da mãe deles, sem parar. Rebekah abriu-me a porta. Ela sorriu, mas desfê-lo logo mal viu o meu rosto.

-O que se passa, Tatia? – indagou ela, e eu entrei em casa dela, sem permissão.

-Preciso da tua ajuda, Bekah, e da tua mãe.

Não foi preciso dizer mais nada, Sra. Esther materializou-se logo atrás de mim.

-Tatia – disse ela, com um tom de voz cínico. Eu sabia que ela não gostava de mim, e era por isso mesmo que eu lhe ia pedir que o fizesse.

-Preciso da vossa ajuda – falei, muito rapidamente. – Niklaus e Elijah estão a lutar por mim, mas eu não consigo suportar mais isto! Eu não consigo vê-los a magoarem-se, eles são irmãos! – olhei para Rebekah. – Eu quero morrer, sair daqui para um lugar mais longe, um lugar onde eles não me possam encontrar, mas não posso levar o meu filho comigo. As pessoas iriam perguntar quem eu era, e eu não quero atenções.

Rebekah esticou os seus braços delicados e eu entreguei-lhe Gustav.

-Conversem – disse ela, olhando-me com tristeza, e saindo logo de seguida. Ouvi o choro do meu pequeno, mas era necessário: ele não merecia uma mãe como eu, que era egoísta ao ponto de não conseguir impedir uma guerra entre irmãos.

Virei-me para Esther. Ela parecia ter a solução.

-Segue-me – disse ela, indo para a cozinha.

***

Acordei, arfando por ar. A luminosidade era muito pouca, não conseguia ver quase nada. Coloquei a minha mão na minha barriga, onde Esther me tinha enfiado um punhal. As minhas vestes estavam cheias de sangue naquele local.

-Sangue… - murmurei, sentindo uma tontura.

A porta abriu-se e Mikael entrou com um rapaz pouco mais velho do que eu.

-Mikael – disse, quase sem emitir um som. Ele ajoelhou o rapaz perto de mim e tirou uma faca afiada do seu cinto de armas. Então, num gesto decidido, desferiu um golpe no antebraço do rapaz.

Sangue escorreu pelo corte, e o cheiro era tão sedutor… Eu precisava daquilo.

-Bebe – mandou ele, empurrando a minha cabeça para o corte. E assim que os meus lábios tocaram naquele líquido quente e cheio de vida, eu ansiei por mais. As minhas gengivas doeram, ao saírem caninos afiados.

Afastei-me do rapaz, sentindo o meu corpo rejuvenescer. Olhei para ele que tinha um semblante chocado e assustado. As suas veias no pescoço eram tão tentadoras, que eu não resisti e ataquei-o.

-Tatia… - ouvi alguém murmurar, alguém que eu conhecia demasiado bem, mas o sangue estava ali e eu precisava daquilo.

-Ela transformou-se num monstro. Sempre o foi – as palavras de Mikael fizeram-me querer saber quem era. Afastei o corpo do rapaz de mim e olhei para a porta.

Niklaus estava lá, com uma cara enojada e descrente.

-Niklaus – murmurei e levantei-me.

Ele negou com a cabeça e correu dali para fora.

-Foi assim que quiseste, e é assim que está certo – disse Mikael e eu olhei para ele, receosa se aquela tinha sido a escolha mais acertada.

Parte 2 – Katerina Petrova

Elijah corria atrás de mim, perseguia-me. Eu tinha que fugir, eu não queria morrer! E então aconteceu: eu encontrei o refúgio que Trevor me tinha dito e transformei-me, porque mais vale morta viva que para sempre enterrada. E fugi dali.

No século XIX fui para Mystic Falls, ainda fugida da família Original. Tinha conhecido os Salvatore, e séculos depois da minha estadia lá, descobri que encontrava-se lá a minha doppelganger, a minha descendente. Ela seria a minha oferta de paz a Klaus e à sua família. Porém, os meus planos saíram falhados.

E o resto da história já sabem.

Parte 3 – Elena Gilbert

-Eu ou ele, Elena – falou Damon, sem paciência. O problema era que eu não conseguia escolher um, sabendo que teria que abdicar do outro.

As lágrimas escorreram do meu rosto, despedaçando-me por dentro. Como vampira, as minhas emoções estavam mais fortes, eu sentia com força, sentia mais, e escolher um deles jamais me seria possível.

Eu sei que tinha escolhido Stefan enquanto era humana, mas como vampira tudo tinha mudado. Stefan não me podia ajudar neste processo de transição, e Damon podia, mas ele far-me-ia matar humanos e eu não queria isso. Para além disso tudo, Stefan respeitava as minhas decisões, e Damon não.

-Eu… eu não consigo – admiti, chorando ainda mais, olhando os dois, com semblantes tristes e desiludidos comigo. – Desculpem.

Saí porta fora. Entrei no carro e guiei até casa por instinto, porque as lágrimas não me deixavam ver o caminho. Raios, porque estava eu sempre a chorar?!

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Olá! Espero que tenham gostado do primeiro na capítulo!
Na verdade, este capítulo é só uma ponto entre o que acontece na série e a fic, para entenderem melhor.
Até ao próximo domingo!