O castelo da Rainha branca é encantador, não importa quantas vezes você entre, sempre será. Alice entrava no castelo com os olhos brilhando de ver um lugar tão bonito

– Johanna! – chamou-a a Rainha. – Alice precisa de um chapéu cupcake.

– Sim, senhora. – ela respondeu e puxou Alice até uma sala, onde começou a medir sua cabeça.

Depois disso, a Rainha levou Alice para o quarto que ela dormiria.

– É lindo! – disse Alice boquiaberta.

O quarto era tão grande que caberia uma pista de skate dentro e sobraria espaço para um pequena piscina redonda. Se você deitasse na cama, nunca mais queria sair de tão confortável que era. A vista da janela dava para uma parte do jardim, onde as borboletas circulavam o tempo todo. Dois guarda-roupas cobriam uma parede. A cor do quarto era branco, mas não branco, o quarto escolhia a cor que mais combinava com seu dia, naquele dia era realmente branco, mas refletia o verde do gramado do jardim. Um enorme tapete ao entrar no quarto era mágico e te levava para onde quisesse sem precisar andar, bastava se direcionar com o corpo. Uma estante no canto do quarto continha objetos que Alice nunca vira antes. Eram esquisitos, mas engraçados e, de alguma forma, tinham alguma função.

Alice praticamente se jogou na cama sorrindo encantada. A Rainha branca não conseguiu se segurar e se jogou na cama com Alice como se fosse uma criança. Elas deram risadas bobas lembrando dessa época que só brincavam.

– Alice – disse a Rainha. –, você realmente não sabe o motivo de ter ficado aqui, no País das Maravilhas?

– Eu não... eu deveria ficar aqui, eu senti que...

– Sentiu que não deveria deixar um certo alguém. – interrompeu-a a Rainha.

Alice corou.

– Não, quero dizer, você está dizendo que o motivo de eu não voltar pro mundo real é o chapeleiro? – nem mesmo Alice tinha percebido isso, só agora ela estava entendendo o que sentiu pra ficar.

– Exatamente. – a Rainha sentou-se na cama. – Você não acha isso?

Alice ficou em silêncio.

– Vou te deixar dormir agora, precisa descansar. Aliás, você matou o jaguadarte, merece essa noite de descanso. – disse a Rainha se levantando.

– Uma noite dormindo nessa cama deve fazer você acordar com disposição para matar dois jaguadartes. – Alice disse rindo.

A Rainha riu, deu um beijo na testa de Alice, o que mais parecia uma brisa de tão suave que era, e disse:

– Boa noite, Alice, e bons sonhos. – e saiu, apagando a luz.