Marcela: Lorenzo, amor, amor. O que foi?

Lorenzo: Eu prometi – lagrimas escorrem – Eu não conseguir cumprir com a minha promessa.

Marcela: Fica calmo e me diz que promessa?

Lorenzo: Eu não consegui salvar a Renata, a minha filha.

Marcela: Calma foi só um sonho, vai ficar tudo bem.

Lorenzo soa frio, Marcela o abraça. Gil e Lia acordam com os gritos,se encaram furiosos por terem sem querer dormido abraçados e vão correndo para o quarto dos pais saber o que estava acontecendo.

Lorenzo: Está tudo bem foi só um sonho. Horrível, mas um sonho.

Gil: Um pesadelo então.

Lorenzo: E a Tatá?

Lia: Continua dormindo como uma pedra, agora que sonho foi esse?

Lorenzo: Vamos nos arrumar e na mesa do café eu conto para vocês.

Todos prontos se sentam a mesa do café, mas antes que Lorenzo comece a contar, Tatá aparece.

Tatá: Bom dia gente.

Lorenzo: Bom dia minha pequena.

Marcela: Ué já está pronta?

Lorenzo: Verdade. Onde você vai?

Tatá: Vou na casa do Juca.

 A campainha toca.

Tatá: Deve ser ele. Tchau gente.

Lorenzo: Cuidado em mocinha.

Tatá: Pai eu não sou a Lia.

Lia: Ei pirralha olha como fala.

A garota sai e o médico começa a contar o seu sonho.

Lorenzo: E então foi isso, de um campo lindo de flores, um piquenique em família até um abismo e uma promessa que não consigo cumprir.

Lia: Nossa pai, que pesadelo horrível mesmo.

Marcela: É, mas está tudo bem. Foi um sonho e daqui alguns dias a Renata estará aqui pulando, aprontando novamente.

Lorenzo: Eu preciso ir para o hospital, este sonho pode ser um aviso.

Lia: Pai, calma!

Marcela: Toma seu café direito e eu vou com você ver a Renata.

Lorenzo: Tudo bem. Gil meu filho você já arrumou sua surpresa?

Lia: Surpresa que surpresa?

Gil: Amanhã é o aniversario da sua irmã.

Lia abaixa a cabeça.

Gil: E eu tinha arrumado para ser tudo especial, antes deste acidente. Só que seu pai e o Nando me convenceram que eu deveria fazê-la mesmo assim, com ela em coma.

Lia: Eu .. posso te ajudar? Acho que é o mínimo que posso fazer, ao menos por enquanto.

Gil: Claro.

Lia: Tudo bem, só que antes eu vou dar uma passada lá na casa da Jú.

Marcela e Lorenzo levantam-se e vão para o hospital, Lia também sai rumo a casa de Jú. Gil está sentado olhando para o vazio, quando começa a se lembrar do episodio de ontem. O grafiteiro levanta-se rapidamente e decide que vai ajudar, mas que iria começar pela carta da Renata.

   O garoto vai para o quarto da roqueira e começa a revirar tudo, vasculhando cada canto a fim de encontrar o papel a qualquer custo. Minutos depois começa a organizar tudo que espalhou, ele finalmente encontrara a carta, mas não tinha coragem de abrir, pois a carta não era pra ele, era para Lia. Assim que deixa o quarto do jeito como encontrou, coloca a carta sobre a cama da marrentinha e vai para o Misturama ensaiar com Nando.

A roqueira chegava na casa da amiga.

Jú: Ai que so... – para assustada ao perceber que Guilherme ainda estava ali – Meu Deus, Gui, Gui acorda...

Gui: O que foi meu amor?

Jú: Você não ouviu a campainha tocando?

A campainha toca novamente e insistente.

Gui: Agora eu ouvi, mas qual o problema?

Jú: O Bruno ele, ele não pode te ver aqui.

Gui: Por que? Ele aprovou nosso namoro.

Jú: Eu sei, mas seria constrangedor essa situação. Vai levanta troca de roupa.

Gui: Tudo bem, mas antes um beijinho.

Jú dá um selinho no namorado e sai correndo para atender a porta.

Jú: Ai ainda bem que é você.

Lia: Que foi Jú? Você está branca e olha que este papel é meu.

Jú: É que ...

Lia: Ah entendi – interrompe a amiga e sorri ao ver Guilherme saindo todo desajeitado do quarto da amiga – Bom dia Guilherme.

Gui: É ... Er, er ... Bom dia Lia.

Lia: Bom eu ... acho que volto mais tarde.

Gui: Não Lia, eu já estava mesmo de saída. Preciso ver como o Dinho está.

Jú: Vai lá amor.

Lia: Ei, qualquer coisa me fale.

Gui: Pode deixar.

Guilherme sai e Lia quer saber de tudo, como foi. A menina conta tudo a melhor amiga e depois quer saber como ela estava após a noite de ontem. Ficam por ali horas e horas conversando, inclusive sobre o sonho do Lorenzo.