Dusk (Sombrio) escrita por MayaAbud


Capítulo 28
Bella estava errada, afinal...


Notas iniciais do capítulo

"Nós podemos contar nossas conversas,
Pra restaurar o que tem sido contado? Você?
Deixe um desejo para um beijo permanente
Isso vai ecoar pelos osos como arsênico
Eu não posso descobrir o fim de coisa alguma
Pelo menos não tão rápido como eu posso bagunçar minha vida."
—Point Of Extinction/ Motion City Soundtrack



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A voz extraordinariamente bonita, macia e cristalina complementou aquele instante interminável. Ressoava delicadamente como sinos de vento e eu tinha certeza que isso não era por causa da maneira como eu a tinha em minha mente. Ou talvez eu não tivesse como ter certeza. Ela me encarava com astúcia e cautela, embora sua postura fosse mais confiante do que eu poderia imaginar para uma jovem que acorda nua, num lugar desconhecido com um cara desconhecido; isso foi intrigante, para não dizer fascinante.

Eu estava numa conjuntura que não saberia dizer se era física ou espiritual; mas era sublime, eu poderia até cantar, mas era melhor não assustá-la tanto. Eu estava feliz, em um completo e absoluto nível de felicidade. Meu sorriso se abriu e de repente era como se eu nunca antes tivesse visto ou respirado, tudo tinha mais cor e vitalidade e o ar era tão satisfatório enquanto entrava e saía. A jovem, Renesmee, ainda esperava minha resposta, tentei me conter; meu sorriso diminuiu, contudo eu não sabia como fazer com que ele sumisse, e não queria. Eu estava em paz, finalmente, uma paz que eu não sabia que havia e sequer que eu precisasse. Era tão diferente ver com minha mente e sentir como eles, e então... Sentir em minha própria pele, quase como uma explosão, um verdadeiro bin-bang, como se outro universo se criasse bem ali, diante de meus olhos.

—O meu é Jacob. Black. Mas pode me chamar de Jake.

A doçura ficou muito clara em minha voz, droga! Eu não tinha certeza se era por isso que ela pareceu surpresa enquanto se encolheu, puxando mais os lençóis em torno de si. Seus olhos desviaram de mim por um segundo, e usei esse tempo para, urgentemente, me situar racionalmente naquilo tudo:

—Você está em La Push, em Forks. Não muito longe de onde você e seu carro despencaram no abismo. Aliás, você está bem? Foi uma queda e tanto_ Não pude evitar soar excessivamente preocupado havia um hematoma grande se formando no canto de sua testa, minhas mãos se erguendo, buscando tocá-la, e parando no meio do caminho, completamente sem lugar.

Renesmee corou adoravelmente, enquanto eu guardava minhas mãos para mim mesmo e senti um sorriso genuíno se espalhar por meu rosto. Como se não pudesse evitar, relutante, ela sorriu também, os lábios curvando-se minimamente, dando-lhe um ar angelical e atrevido.

—Estou bem_ sua voz ressoante não mais alta que um sussurro. Seus olhos ainda cautelosos_ Meu carro...

Era um carro bacana_ falei sugestivamente, percebendo sua tristeza surgindo e sendo reprimida.

—Perda total?_ uma ruguinha surgia entre as sobrancelhas.

—Absolutamente_ falei observando que mesmo desperta, seu coração batia da mesma forma. O quarto estava escuro, não tinha luz por conta do furacão, e ela parecia enxergar tão bem quanto eu. Seu cheiro único embora atraente e puro não era humano. Era muito concentrado.

—O que você é?_ indagamos ambos; minha cabeça às voltas com as possibilidades que me surgiam. Não, não podia ser.

—Você primeiro_ disse-me ela petulantemente linda.

—Claro, claro_ eu não me continha, o lobo em mim parecia rasgar-me por dentro para dar a ela o que ela quisesse_ Sou... Um lobisomem_ era prazeroso que ela soubesse sobre mim, que ela quisesse saber. Renesmee não parecia surpresa, ainda muito parada, tanto quando seu coração de passarinho permitia, ela suspirou e curiosamente, se inclinou um pouco em minha direção, nunca deixando de segurar o lençol sobre si.

—Você não parece hostil e não... Fede— Ela falou com ingenuidade e tive que rir, uma gargalhada crescente enquanto ela me olhava e então eu percebi.

—Eu devia feder?_ E ela arregalou os olhos e desviou os orbes de chocolates de mim.

—Minhas roupas...?

—Ah, estão ali, encharcadas. Eu não achei bom para sua saúde deixá-la com elas... E eu juro, eu não vi nada. Joguei um cobertor e tirei por baixo_ falei temeroso que ela pensasse que eu fosse um tarado ou algo assim, e ao mesmo tempo pensando que devia ter colocado as roupas na secadora. _Desculpe-me.

Ela se inclinou sobre a cama a fim de olhar o amontoado no chão, que eram suas roupas molhadas. Houve um trovão e toda a casa tremeu, o vento assoviava lá fora e a neve sendo jogada na janela impedia que se visse muito.

—Você era a segunda, lembra?_ quebrei o silêncio desconfortável que veio a seguir. Ela se moveu quietamente, uma mão amassando lentamente mechas do cabelo úmido, sua pose confiante vacilando pela primeira vez, embora não houvesse medo algum em seus olhos quando eles voltaram a cruzar os meus.

—Você... Precisa prometer, pelo seu pai, por qualquer coisa importante demais em sua vida, que não vai me matar nem nada do tipo. Eu apenas vou embora e pronto. Promete?

—Prometo_ respondi rápido demais para realmente ter pensado a respeito. Meu coração parecia querer sair do peito­, ela falara de meu pai? Ela sabia ou... Na verdade, isso era algo genérico, todos têm um pai afinal, goste dele, ou não. _Não vou machucar você, absolutamente, não.

—Sou uma híbrida. Metade humana e metade vampiro.

A tensão no quarto era quase tangível, convertendo-se no calor de nossos corpos enquanto nos fitávamos. As possibilidades me atropelando mentalmente, óbvias demais pra ignorar, mas eu não conseguia pensar.

—Meu nome é Renesmee Cullen— sua voz tilintada parecia hesitante. O sobrenome retumbava em meus ouvidos: Cullen. Eu encarava os lençóis, eu não... Sabia.

—Filha de Edward e Bella..._ ouvi-me sussurrar, por alguma razão os nomes não foram difíceis de pronunciar como havia sido difíceis de pensar todos esses anos. Com minha visão periférica a vi assentindo.

Não era um monstrinho, afinal, Bella estava errada; eu quase quis rir para Bella errada; era uma monstrinha! Mas ela não devia ser tão... Perfeita. Ou ser meu imprinting! Era uma anomalia horrenda, sugador de sangue... O que era impossível pensar, ou qualquer coisa ruim, olhando no rosto que parecia da mais cara e delicada louça. Levantei-me da cama sentindo-me ofendido, arrependido... Fosse o que fosse era entre mim e eu mesmo. Eu quis enfiar minha cabeça no forno e ligar o gás, porque isso fazia um sentido nauseante: por isso eu amei Bella, e ela a mim, daquela forma que não fazia sentido e que machucava a todos nós. Por isso eu precisava tanto dela conforme ela crescia mais a cada hora. Por isso, até 10 minutos atrás eu ainda tinha o buraco pelo pedaço que ela levou quando partiu: Algo que ela possuía me pertenceria algum dia, tínhamos de nos manter juntos.

—Você é o amigo de minha mãe, um dos lobos que lutou contra os recém-criados_ seu tom seria eufórico se não fosse temeroso, a voz mais baixa que o vento célere que vibrava nas paredes da casa. Eu lutei contra o nó em minha garganta e o tremor que nada tinha a ver com o lobo contente dentro de mim.

—Você devia ter oito anos_ minha acusação soou tão baixa enquanto eu me desviava da janela para olhá-la que ela nem a sentiu, e não devia mesmo. Renesmee sorriu um sorriso aberto e inacreditável. Sorrir daquela forma devia ser crime. Eu não conseguia pensar num homem durão o bastante para não reagir positivamente; nem mesmo Embry, com sua dor por Hannah sairia incólume depois de ver isso.

—E eu tenho. Mas pareço assim desde os seis anos e meio. Você devia saber que eu crescia rápido, esteve com minha mãe durante a gestação_ falou ela com uma naturalidade que me agradou, tanto que me aproximei novamente, sem perceber. Quando me dei conta sentei na poltrona onde estava antes. Seu sorriso diminuiu e ela se moveu, puxando os joelhos para o peito, sob os cobertores e percebi que ela estava desconfortável.

—Desculpe-me, eu devia ter feito algo com suas roupas_ levantei rumo a minha cômoda. _Não tenho coisas de menina, mas acho que se sentirá mais a vontade com isso_ tirei da gaveta, uma de minhas poucas blusas de botão, todas Leah ou Anne me deram... Anne! Senti meu rosto caindo enquanto pensava nisso.

Estendi a blusa para ela, que pegou e sorriu murmurando um agradecimento; certamente ficaria grande o bastante para parecer um vestido.

—Eu vou..._ apontei para a porta do quarto e me direcionei a ela balançando a cabeça, como se isso fosse espantar os pensamentos, a lembrança fugaz de sentir sua pele na ponta de meus dedos enquanto eu lhe tirava a roupa me aqueceu o peito.

Caminhei pela casa na penumbra, iluminada pelas débeis lâmpadas de emergência. Ouvindo quase nada de seu movimentar etéreo, estava zonzo sem saber como agir ou o que dizer. Tirei potes e embalagens da geladeira sem perceber de fato o que estava fazendo; apenas um instinto tão básico como a fome para me tirar do torpor que aquele acontecimento grandioso me causava.

Era inacreditável! Renesmee. Filha de Edward e Bella. Meu imprinting. Havia alguém para mim então, sempre houve.

—Você não parece nada descontrolado_ disse ela em tom comum, como se fossemos amigos. Isso me agradou imensamente. Escondendo um sorriso, virei-me em direção a sua voz, perguntando-me vagamente o quanto ela ouvira falar sobre mim; vagamente porque todos os meus pensamentos mais conscientes voltaram-se para sua imagem: Ela estava na saída do corredor, entre a sala e a cozinha, os braços cruzados sobre o ventre, vestida com minha blusa, branca e mais transparente do que achei que era, ou talvez fossem meus olhos, aguçados demais para tudo que vinha dela. Mas eu estava certo, ficara grande o bastante para lhe vestir bem Ela me fitava, um tanto reticente e desconcertada. Lindamente desconcertada; os cabelos úmidos começando a formar cachos conforme secavam, os lábios cheios e avermelhados eram convidativos e os olhos... Eram indescritíveis, por um segundo muito longo senti falta de ar.

—Eu..._ pigarreei no intento de soar mais claro_ Não sei onde você aprendeu sobre Lobisomens, mas eles não estão muito por dentro das coisas.

Ela sorriu, olhando minhas mãos cheias de embalagens.

—Com fome?_ perguntei me dando conta que era fácil esquecer que ela não era o que aparentava ser (nesse momento a curiosidade fervilhou como um rosnado do lobo em mim). _Ou com sede?_ ergui uma sobrancelha. _você come ou...

—Como_ ela gargalhou baixo e brevemente. Eu sorri lhe apontando uma cadeira, ela avançou, de repente hesitando, mas sentou-se de frente para o balcão onde eu depositei os ingredientes para sanduíches.

—Estou faminto, só tomei café da manhã, bem cedo_ comentei tentando não dar espaço para silêncio, queria mais de sua voz cristalina.

—Nem ao menos comi hoje, saí com pressa_ ela falou como se fosse um trato formal a cumprir e ao dizer isso ela me pareceu abatida, notei-a brincar com um anel em sua mão. Isso fez um fio de gelo subir o estômago e parar em minha garganta. Suspirei, então:

—Há algo especial que possa preparar para você?

—Não_ ela pareceu surpresa_ Não se preocupe, eu...

—Ora, vamos lá_ falei mordendo um pedaço de peru defumado e observando sua expressão. _Você não parece muito animada com sanduíche de peru. Acho até que você não come_ falei após engolir, instigando-a; estava curioso para saber o quanto ela era vampira.

—Na verdade..._ela mordeu o lábio_ Não muito, ou não de tudo. Eu... Caço._ a última palavra soou baixa e cautelosa. Seus olhos fixos nos meus. Balancei a cabeça positivamente enquanto montava meu sanduíche, devagar desviando meus olhos dos dela.

Eu estava sendo esmagado por dois instintos viscerais naquele momento: ser condescendente para com ela e reagir à morte de humanos vítimas de vampiros. Vi-me mentalmente incapacitado.

—Caço animais— falou-me explicativamente. _Somos vegetarianos. Deduzi que soubesse.

—Eu sei, só..._ dei de ombros. _Então eu devo sair e buscar um urso hibernado, ou um cervo...?

Ela riu, alto e claro e era surpreendentemente delicioso.

—Você é estranho sabia?_ balançou a cabeça_ Pode me dar ovos e eu posso prepara-los estrelados_ Renesmee sugeriu, risonha. Aquilo era uma visão celeste, eu temi acordar, ainda que eu não fosse muito de ter sonhos bons.

Mas era real, eu não tinha imaginação o bastante para criar tamanha perfeição, ou para combinar todas as notas que constituíam seu cheiro ou sua voz.

—Estrelados? Pode deixar, está saíndo..._ virei-me em busca dos ovos e de todos os utensílios domésticos de que precisaria.

—E então... Como está Bella?_ franzi o cenho para a frigideira, talvez esse não fosse o melhor assunto para começar, mas o que mais eu poderia dizer?! Tudo o que eu achava que sabia, aparentemente estava errado; eu nem ao menos senti qualquer coisa perto de repulsa ao saber que ela se alimenta de sangue. E pensando bem, se ela me dissesse que bebia de pessoas, talvez eu não pudesse ser contra...

—Isso é muito estranho, de verdade_ seu tom sério, me fez olhá-la por sobre o ombro, por um instante. Sua expressão também era circunspecta.

— O que é estranho?_ tive de perguntar, mesmo concordando.

—Eu cresci ouvindo que jamais estaria segura a qualquer proximidade de Forks, que lobisomens eram seres inconstantes e agressivos. Que você me odiava e também à minha família. Não faz muito sentido que agora esteja me preparando ovos estrelados tão gentilmente e que..._

—E que...?_ insisti vertendo os ovos no prato sobre o balcão e voltando meus olhos para ela, que agora fitava o tampo da mesa.

—E que eu me sinta segura..._ murmurou sem me olhar.

Nesse momento peguei meu prato com sanduíches e seus ovos estrelados a fim de levá-los para a mesa. Ao colocar sua comida de frente para ela, Renesmee ergueu a cabeça, seus olhos mergulhando nos meus.

—Isso é porque você está segura, eu seria incapaz de fazer qualquer mal a você._ nesse momento eu podia ver seu rosto refletido em minha em Iris dentro de seus olhos. Assustada ou confusa, eu não tinha certeza, ela cortou a conexão que eu sentia se estabelecer ali.

—O cheiro está ótimo, obrigada_ sua respiração parecia ligeiramente descompassada e percebi que era como um eco da minha: completamente fora de controle.

—Eu até que gostava de Carlisle, e de Esme_ refleti lembrando me prometer tentar ficar longe do doutor se entrasse numa briga contra eles, e eu provavelmente não conseguiria fazer nada contra Esme se ela não fizesse contra mim.

—Sério?_ a ruguinha, tal como Bella, surgiu entre suas sobrancelhas perfeitamente desenhadas, seus olhos cor de chocolate brilhando em curiosidade, enquanto ela dava uma garfada. _Mas odeia meu pai e todos os outros_ murmurou.

—É complicado, havia muitas coisas envolvidas...

—A humanidade de minha mãe_ especulou Renesmee dando outra garfada.

—Sim, mas isso foi há muito tempo. As coisas mudaram. E eles provavelmente queriam proteger você ao dizerem o que disseram sobre nós, lobos_ e acrescentei devagar: _e eu não... Não os odeio..._ e esse conhecimento novo se mostrou muito verdadeiro enquanto se assentava brandamente em minha alma. Eu não podia odiá-los vendo o amor que invariavelmente ela demonstrava, mesmo sem querer, ao falar de sua família.

—Sim, me proteger_ murmurou com ares de tédio, dando a entender que ser protegida era um assunto cansativo. _ Não vai comer?

—Claro- claro_ mordi, então, meu sanduíche.

—Eu preciso avisar onde estou. _ Renesmee disse, parecendo preocupada, ela olhou no relógio em seu pulso e eu no da parede da cozinha, passava pouco da hora das duas da tarde.

—Estamos sem comunicação, por causa do furacão_ avisei.

—Se eu sair agora, talvez chegue ao anoitecer e...

—Não! Não é seguro sair, não ouve o vento lá fora? Ouço daqui as árvores sendo quebradas e arremessadas na floresta, pelo vento. E o que está pensando? Ir andando?!

—Correndo_ disse ela em voz baixa, seus olhos eram desafiadores e me fizeram perceber o tom autoritário que eu usara.

—Veja, não é seguro. Imagino que eles possam rastrear você facilmente e eles podem vir até aqui, não se preocupe, prometo que estará segura em sua casa amanhã pela manhã, ou mesmo antes se a tempestade passar_ falei calmamente. _Prometo.

Ela relutou, sua mão foi até onde seu hematoma manchava sua pele de marfim.

—Isso está feio, é melhor colocar gelo_ levantei a fim de buscar uma compressa.

—Não acredito que estou com dor de cabeça..._ murmurou ela, mais para si mesma.

—Tome aqui_ falei colocando eu mesmo a bolsa sobre sua testa. _você... Pode tomar aspirina?

—Eu nunca tomei antes, nunca precisei_ disse ela, pegando a bolsa de gelo delicadamente de minhas mãos. Sentei-me na cadeira e a puxei para mais perto da sua.

—Nunca? Isso está feio_ murmurei, sutilmente afastando seus cachos do rosto para ver melhor a marca roxa que sumia sob os fios grossos e abundantes_ você tem sorte de ter só o hematoma, eu juro que não tive esperanças de tirar alguém vivo dali..._ falei pegando de sua mão a compressa e com a outra afastando os fios ruivos, segurando em seguida a bolsa fria sobre o machucado; meu coração sumindo enquanto minha garganta se apertava com a possibilidade de perdê-la, mesmo que naquele momento eu não soubesse o que ela era para mim.

Nós estávamos muito perto, ela sentada e escorada na cadeira, eu sentado, mas inclinado sobre ela, segurando a compressa em sua testa, e é claro, eu estava absorto demais com sua presença, imerso na sensação de perdê-la e ao mesmo tempo envolto por tê-la. Seus olhos eram cordiais embora sua postura fosse relutante, enquanto eu cuidava dela, o hálito quente e surpreendentemente doce e fresco vinha até mim por seus lábios vermelhos entreabertos, inconscientemente eu suguei, inspirando-o e provando do seu sabor enquanto aproximava-me de sua origem, como que aceitando um convite. Nossos olhos conectados, até que era mais que os olhos.

Meus lábios tocaram os dela levemente, intercalando-se de forma que eu sentia a umidade e o calor ainda mais intenso de seu interior. Houve um ferroar, como o estalar de um chicote, porém não foi cortante, foi uma sensação doce, como lembrei no momento, era abraçar minha mãe na infância: reconfortante, seguro, doce e breve.

Breve, porque seu ofegar contra meus lábios parecia alarmado e, por Deus, eu não queria de forma alguma deixá-la mal, ou que ela não confiasse em mim, ou... Afastei-me de sua boca, ressentido de maneira que eu não conseguia organizar e distinguir, mas era pouco mais que o bastante para não nos tocarmos, eu não conseguia me separar mais dela.

—Me desc... Er... Eu não quis... _ sussurrei para o silêncio rompido pelo vento lá fora.

Renesmee balançou a cabeça infinitesimalmente, e ofuscante, de tão rápido, seus lábios estavam nos meus novamente. Não muito diferente da primeira vez, mas com pressa, sofreguidão. Só percebi ter deixado cair a compressa em algum lugar quando minhas duas mãos estavam delicadamente em seu rosto, segurando-a ali enquanto cada célula minha implorava pelo contato com sua pele, que parecia veludo revestindo louça quente, muito firme e ainda assim suave. Seus lábios nos meus foram perdendo a intensidade e abri os olhos, só para mergulhar no mar de chocolate que me fitava acanhado, o alto das maçãs do rosto ardendo em vermelho, nossas respirações presas. Beijei-a brevemente, num selar de lábios.

—Já acabou?_ falei casualmente apontando para os ovos quase intocados nos seu prato. Ele mordeu o lábio inspirando por um segundo e balançou a cabeça positivamente e eu me voltei para meu sanduíche... De repente parecia muito quente na casa.

—Nós_ dissemos ao mesmo tempo. E então bufamos um riso, desconcertados.

—Os ovos... Sério?_ ela corou e baixou os olhos enquanto mordia o lábio inferior, parecendo muito diferente da garota confiante que era quando acordou. Ela se agachou buscando a bolsa de gelo e eu prendi a respiração, quando no movimento os botões soltos da blusa me deixaram ver de mais de seu colo. Seu sabor cálido ainda vivo em minha boca.

E então de novo o aro em seu dedo me chama atenção.

—Bonito anel... É noiva?_ falei baixo, tomado por ciúme e resignação; não era um status muito diferente do meu, afinal. Ela pareceu surpresa, a autoconfiança voltando a sua disposição enquanto ela deixava de lado à compressa, nosso arroubo ficando distante.

—Não..._ murmurou fitando o aro reluzente em sua mão sobre a mesa_ Não mais.

Um véu de tristeza pareceu escurecer seus olhos e eu ansiei por saber mais, apenas para poder fazer algo a respeito, para tirá-la do sofrimento que isso parecia infligir.

—Então...? Bom, se eu puder...

—O noivo não sabe que não há mais noiva— sussurrou, tirando lentamente o anel e o recolocando. Perguntei-me esperançosamente quando ela decidira isso.

—É muito invasivo perguntar por quê?_ franzi o cenho numa expressão pedinte. Ela me olhou de relance, ainda fitando o anel.

—É complicado_ e dizendo isso seus olhos vieram para os meus, mais intensos do que eles haviam sido desde o momento em que eles me arrebataram. _Foi por isso que fugi para cá, por que esse é o último lugar que ele pensará em procurar.

—Ele lhe fez alguma coisa?_ não consegui impedir que o final da frase soasse como um rosnar.

—Não!_ seu tom horrorizado me fez entender que ela achava impossível que ele lhe fizesse algum mal. _Eu apenas acho que não posso me casar com ele_ seus olhos foram novamente para sua mão, seu coração perdendo uma batida.

—E ele é um vampiro?

—Ele é como eu. Híbrido.

—Há mais como você?_ não, não havia. Jamais haveria algo tão angelical como ela.

—Ele e suas três irmãs, mas, como podemos saber se não há mais por aí?_ ela deu de ombros.

—Nunca pensei que outro vampiro faria o mesmo que Edward_ comentei pegando a bolsa cheia de gelo derretendo e, novamente me inclinei sobre ela, segurando-a em sua testa, Renesmee estremeceu levemente, os olhos desviando dos meus.

—E não fez_ disse-me ela, ofendida._ Johan seduziu dezenas de moças ao longo dos séculos a fim de fazer esses experimentos, ele jamais amou ou casou com qualquer uma delas. Muito menos amou e educou seus filhos.

—Desculpe_ falei honestamente, houve um minuto de silêncio e então: _Então há uma espécie de associação de híbridos como há aqueles... Como é mesmo? Volturis?_ lembrei-me da luta com os recém-criados, de quando tivemos que sair às pressas por que eles estavam chegando. Para minha surpresa ela riu.

—Não, não, há. Conhecemo-nos quando eu era criança, minha família buscou por alguns meses fontes de informação sobre mim, estavam preocupados que eu morresse logo, crescendo como crescia. Então Alice o achou na região dos Andes. E ele veio até mim, para que Carlisle conversasse com ele.

—E ele te tomou como prometida?_ falei acidamente, não era como poderia ter sido comigo; nesse momento percebi tristemente que poderia ter sido eu a vê-la crescer e protege-la desde sempre; senti-me roubado e saudoso pelo que nunca viria. De qualquer forma eu só podia imaginar que ele a arrogara para si; como esse tal podia conhecê-la bebê e ainda assim noivar com ela? Não era como Quil seria para Claire e isso me enojou. Como Edward permitira?!

—Eu não entendo porque estou aqui falando da minha vida para você_ Renesmee não falou isso asperamente, foi só uma reflexão.

—Por que... _falei buscando uma resposta plausível que não fosse, ainda, a inevitável resposta. _Você me conhece. Eu aqueci você antes que nascesse. Estive perto, e Bella gostava, e se Bella gostava imagino que você ficasse bem feliz, também. Porque eu sou quase da família, quase morri lutando ao lado dos Cullen e... Bom... Se Bella tivesse ficado por aqui, minha birra teria passado e nós... Seríamos provavelmente bons amigos_ nós nos fitávamos absorvendo a verdade naquelas palavras.

—Amigos..._ murmurou ela dubiamente_ Amigos podem lavar pratos_ ela mudou de assunto, tirando delicadamente minha mão de sua testa e levantando enquanto tirava seu prato da mesa. Eu sorri para a visão de meu imprinting ser quem era, lavar pratos na velha cozinha de meu pai e estar vestida como estava.

—Não, está tudo bem_ assegurei risonho. Mas não tive tempo de ouvi-la responder, porque Renesmee oscilou, e debilmente apoiou-se na bancada.

Avancei, meu braço direito cingindo-lhe a cintura, enquanto com o outro, tirava o prato de suas mãos, para logo depois pegá-la firmemente nos braços.

—Eu estou bem_ ciciou ela, os olhos ligeiramente fora de foco.

—Não está, não_ respondi levando-a para o quarto e analisando as opções: eu podia buscar Sue e lhe explicar o que estava acontecendo, eu levaria 2 minutos para chegar lá, a reserva estava vazia, todos estavam abrigados e longe das janelas por causa do furacão, mas demoraria mais para trazê-la até aqui; Isso seria deixar Renesmee sozinha por 10 minutos. Ou eu podia não ir até Sue e deixar Renesmee com uma concussão progredindo...

—Olhe para mim, você sabe quem eu sou?_ exigi enquanto a deitava em minha cama, eu sustentava seu olhar e segurava seu rosto. Ela balançou a cabeça positivamente.

—Jacob Black_ afirmou. _Só estou zonza_ e apertou os olhos, provavelmente tentando melhorar isso.

—Ouça, eu preciso, buscar alguém para examinar você, não posso ficar tranquilo sem saber que você está bem.

Renesmee pareceu confusa:

—Estou bem. Não posso ser examinada...

—É alguém de confiança, acredite, ela está por dentro_ então percebi o entendimento em sua expressão_ 10 Minutos, está bem?_ beijei-lhe a testa e saí dizendo:_ Não se mova!

*

—Sue!_ bati na porta violentamente, esperando ensopado, que ela aparecesse, Seth estava em Seattle na faculdade. A casa parecia vazia e muito frágil com o vento que a fazia vibrar. _Sue!_ Já ia esmurrar a porta novamente quando ouvi os passos e então a porta se abriu.

—Jake! O que houve? Quer me matar de susto, vamos entre, antes que o vento me arranque o telhado_ sua voz abafada pelo silvo do vento, ela se protegia da chuva misturada com neve com uma echarpe artesanal que Emily lhe dera.

—Não, é uma emergência! Preciso que vá até minha casa, agora, há uma pessoa... Meu imprinting! Houve um acidente!

—Ah, meu Deus!_ seus olhos e bocas estavam abertos.

—Vamos, Sue, agora!

—Ora, garoto, você nem me deixa pensar! Deixe-me pegar minha maleta_ dizendo isso ela sumiu pela casa escura, iluminada pelo feixe que só agora percebi ser a lanterna que Sue portava.

—Não tenho tempo, estou voltando_ gritei para o Hall da sala e corri, tirando a bermuda e me lançando em forma de lobo.

**

Irrompi pela casa temoroso que ela não estivesse lá, afinal, ela quis ir para casa mais cedo; mas meu corpo inteiro reconheceu os batimentos que agora me eram tão naturais. Ela estava da mesma forma que deixei, parecia adormecida, mas olhou para mim quando entrei no quarto.

—Já está vindo_ falei pegando uma toalha e outra calça de moletom, a fim de me trocar no corredor.

—Eu estou bem, mesmo_ dizia-me quando voltei para o quarto.

—Você sentiu dor de cabeça e tontura, isso não é um sinal bom depois de um acidente de carro. Ou é um ótimo sinal, já que você ainda pode sentir essas coisas_ argumentei cruzando os braços, de pé em frente à cama. Ela revirou os olhos.

—Sou fisicamente quase tão forte quanto qualquer vampiro_ rebateu obstinada. Eu sorri.

—E humana o bastante para ter hematomas, dor de cabeça e quase desmaiar._ e para que seu espirito seja metade do meu.

Nesse momento ouvi o carro de Sue, parar na frente da casa. Voltei para o corredor e avistei Sue, tirando a capa de chuva na sala, fui até ela para tentar explicar. Falei sussurradamente, sem ter certeza se Renesmee podia ouvir.

—Ela, não é humana_ Sue parou, as sobrancelhas erguidas em dúvida e cautela. _Ela é hibrida de vampiro com humano. Humana. Seu nome é Renesmee, ela é filha de Bella com o sanguessuga— a palavra saiu por puro hábito e preocupei-me em tê-la dito, eu não sabia o quanto ela era vampira.

—Ah, meu Deus!_ arfou Sue._ Seu imprinting...? Isso é...

—Louco. Ela sofreu um acidente de carro e me preocupo que ela tenha uma concussão: há um hematoma na testa e dor de cabeça, ela quase desmaiou_ expliquei enquanto guiava Sue até meu quarto.

Renesmee sentou-se encarando Sue com certa curiosidade, Sue não era muito diferente. Então Renesmee lançou lhe um sorriso encantador e afetuoso. Relutante, Sue sorriu de volta; eu sabia que Sue tinha conhecimento da neta de Charlie, mas esse era um assunto Tabu para eles: ele jamais citava e ela nunca perguntou.

—Com licença_ murmurou Sue após abrir sua maleta e pegar uma pequena lanterna. Não era material de sua alçada como enfermeira, mas sendo ela a única médica com que os lobos podiam contar, ela fazia o que podia.

Ela focou brevemente em uma orbe castanha e depois noutra, pediu que Renesmee seguisse o foco, em seguida, fez perguntas como nome completo e idade, nesse momento Renesmee falou 18, Sue me deu uma olhadela.

—É minha idade oficial, ou humana, se preferir_ explicou Renesmee mostrando que estava muito consciente.

—Você parece bem, pelo que posso avaliar_ elas trocaram sorrisos e Sue se virou para mim: _Sugiro que fique de olho em qualquer sintoma como tontura, confusão mental... Mas ela parece forte, não acho que precisamos nos preocupar. Agora eu preciso ir.

—Foi um prazer conhece-la, Sue. Charlie sempre fala muito bem de você_ disse Renesmee com um sorriso carinhoso.

—Obrigada, querida_ Sue sorriu de volta, qualquer relutância tendo ficado para trás e saiu porta afora. Eu a segui.

Já na porta de casa, o temporal não parecia querer dar trégua.

—Ela é inacreditável, Jacob, parece uma visão!_ sussurrou Sue querendo segredar. Eu cochichei uma risada, sentindo orgulho e alívio.

Então não era loucura da minha cabeça seduzida.

—Agora... Por favor, não diga nada a ninguém, nem mesmo ao Charlie, não quero que isso chegue a Anne antes que eu possa resolver.

—Não se preocupe, você já está numa bela confusão, não serei eu a apressar isso.

—Lindíssima confusão_ sorri. _Obrigada, Sue.

Ela sorriu e saiu para a chuva violenta, e eu fechei a porta quando ela conseguiu dar partida no carro.

Renesmee estava sentada na cama, abraçada aos joelhos quando voltei ao quarto.

—Se importa?_ perguntei apontando para o lado livre da cama.

—É sua_ permitiu.

—Dia agitado..._ falei sentando-me ao seu lado. Perto o bastante para sentir o calor de seu corpo.

Ela assentiu, e eu me rendi:

—Não quero que pense mal de mim, nem que chame o xerife_ eu ri_ Mas eu quero muito beijá-la novamente_ minha voz soando gutural.

Renesmee me olhou e embora não tenha me dado permissão, tampouco se afastou quando me inclinei para capturar seus lábios. Acho que meu cérebro desligou-se, não me restou muita consciência humana nos primeiros momentos. Foi como se minha mente se desconectasse com um choque elétrico, a mulher que retribuía o beijo intenso me inspirava muitas coisas: proteção, ternura, amor, mas o desejo que me acometia não era algo a que eu estivesse acostumado.

Nós já estávamos abraçados e nossas bocas moviam-se ansiosas uma sobre a outra; nossas línguas invadindo-se, numa luta afável por espaço: um beijo faminto de ambas as partes. Era difícil pensar enquanto ela me envolvia com os braços, tateando por minhas costas, subindo por meus ombros, cariciando meu peito. Apertei mais sua cintura e me livrei de todos os cobertores, enquanto, hesitante, meus lábios deixaram os seus e seguiram pela linha do queixo provando sua pele e deixando rastros de poros arrepiados. Minha ânsia era a de quem precisa respirar, cada parte de mim, física ou, além disso, necessitava dela insanamente.

Uma de minhas mãos resolveu explorar mais do que instintivamente eu tinha como meu, levava muito de mim pensar em parar, que talvez ela não quisesse... Esperei que ela me afastasse quando minha mão direita percorreu toda a lateral de seu corpo, do ombro a parte de trás do joelho, mas só houve aceitação.

—Não quero que isso seja errado pra você_ foi a coisa mais coerente que consegui dizer contra seus lábios, talvez soasse muito prepotente, afinal, ela talvez não estivesse considerando ir adiante. Ela ofegou, ou suspirou, não sei, mas fez com que um arrepio quente percorresse todo meu corpo.

—Estou confusa... Não devia me sentir assim_ ainda que sussurrada sua voz parecia música. Contrariamente as suas palavras suas mãos em minhas costas me puxaram contra si enquanto mergulhávamos noutro beijo.

Eu só conseguia senti-la, por todos os lados; a pele peculiar era um deleite ao tato, o cheiro delicioso e quente parecia me invadir até o cerne dos ossos e o corpo era uma visão divina; Era um completo bálsamo para os sentidos, e inexplicavelmente não era só físico, era muito claro que ela me completava em tudo para além do que eu mesmo podia entender, ela era quase como uma extensão de mim e parecia reagir muito bem ao evento estabelecido ali.

O mundo poderia acabar e nós não perceberíamos, estabeleceu-se uma conexão absoluta, onde nada era registrado se não fosse parte de nós. Eu sorri quando ela desabotoou o botão seguinte da blusa quando eu terminei o primeiro, incerto quanto a investida, fazendo-me seguir para o terceiro... Eu sabia o que queria e queria tudo com ela, mas ela havia acabado de me conhecer.

Sem nunca nos deixamos por mais de dois segundos, logo sua pele estava livre para mim, a sensação era inexplicável, era o cúmulo da liberdade. Totalmente ao contrário do que um dia eu pensei, eu nunca antes fora realmente livre.

Tocá-la e acariciá-la era como beber dela, sentia-me um náufrago vendo terra pela primeira vez em anos, ou como um sedento desértico nadando em água fria... Era esplêndido. Maravilhoso ver como ela parecia entregue apesar da loucura que era tudo isso, minha mente tão imersa no momento não conseguia medir a rapidez com que tudo estava acontecendo, o pensamento era só um eco, como perceber um feixe de luz estando de olhos fechados.

Ouvi-la suspirar e gemer enquanto eu percorria com lábios e dedos por seu corpo era sem dúvida a experiência mais fantástica pela qual já passara.

E então quando ela já se retorcia em ânsia e eu já não podia suportar, preparei-a para que nos tornássemos um, como já éramos em espírito, sem jamais apressá-la ou subjugá-la. Ela hesitou, trêmula e corada, lhe beijei docemente, todos os meus sentidos voltados para ela, como estiveram desde o primeiro momento, em busca de qualquer sinal de que eu devia parar; ele não veio. Eu vi em seus olhos quando a racionalidade tentou tomar lugar e quando Renesmee decidiu se render, se entregou a mim.

—Eu nunca estive com ninguém antes_ murmurou virando a cabeça de lado no colchão, constrangida, eu não podia olhar em seus olhos nesse momento. Inclinei-me um pouco mais, de forma que meus lábios fossem ao seu pescoço, subindo pela linha do queixo e acabando em seus lábios.

—Só me preocupo se quer estar comigo_ murmurei contra sua boca entreaberta, emocionado que ao menos este lugar eu teria em sua vida, já que todo o resto ainda era incerto.

Renesmee devolveu o beijo intensa e profundamente ainda que com calma, cingindo-me com pernas e braços. E então se rompeu o que nos impedia de ser um. Uma fisgada aguda me acertou o coração por sua dor momentânea e lhe cobri de beijos.


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Notas finais do capítulo

Ah, sobre "já ter rolado", explico que rolar foi a primeira cena que escrevi da fic, ela nasceu por si só, e era assim, acontecia logo que eles se conheceram, e a demora foi para fazer ficar menos forçado, até porque não gosto de fics assim, onde eles mal se conhecem e já estão transando como loucos, mas ela nasceu assim (a fic) e não encontrei outra forma que eu gostasse, e isso já está muito intricado com os capítulos posteriores, eu não poderia mudar.Quero agradecer a Barbara Dameto pelo Banner lindo! E pela colaboração para o desenrolar deste capítulo. :*Review's?