Diário De Rachel escrita por jessysodre


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei. Eu disse atualizações diárias e aqui estou, a minha esposa tá trabalhando em regime de semi escravidão pra isso ser possível, então comentem nesse capítulo que é especial do diário de Rachel.



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Quinn corria pelas terras de Jesse em busca de pistas que pudessem a ajudar, ela sabia que se pegasse Rachel sem nenhuma solução aparente não serviria de nada, ela precisava pensar.

Aquele lugar lhe causava arrepios, náuseas. A última vez que falou com Lea tinha sido naquelas terras e suas lembranças daquele dia eram péssimas.

Quinn escuta a voz de Kurt em algum lugar. Ela torcia para que o bruxo não percebe sua presença.Ela ainda estava longe da casa e se ele a percebesse tudo estaria acabado.

_Não se envolva nisso. Jesse matou hoje cedo três de seus homens de confiança por causa da garota, se você se envolver ele vai te matar ou pior vai querer que eu lhe mate.

_ E você mataria?

_Você sabe que não teria coragem. Mas agora por, favor, Blaine vá embora desse lugar, se Jesse transformar a Lea novamente um circulo de desgraça e de dor voltará acontecer

_ Não entendo. Se não queria que ele a encontrasse porque o ajudou?

_ Isso é muito mais coplexo do que eu posso explicar.  Agora não seja tolo e não vá lá. Eu vou dizer que ninguém lhe encontrou. _ Vou colocar um feitiço para disfarçar sua energia, ele vai durar o tempo necessário para sair das terras de Jesse e mudar de estado.

_ Não! Nada de feitiços dos ST James.Eu conheço bem....

_Cale boca! _Qualquer bruxa pode disfarçar a energia de alguém. Agora vá antes que eu lhe perca para sempre._  As mãos de Kurt e Blaine se esfregaram antes de se separarem.

            As palavras de Kurt acenderam uma possibilidade na cabeça de Quinn que se  manteve  parada até Kurt se afastar. Então com o coração apertado pegou atalho de volta.

Ela podia sentir o cheiro de humanos naquelas terras, isso aumentava seu mau humor, pois sabia que não tinha muito tempo para comer.  Ela saiu de lá o mais rápido que suas pernas vampirescas conseguiram. Ela chegou onde havia deixado o carro e pensou em pegá-lo, mas o destino lhe deu uma oportunidade melhor.

_Oi gatinha! _ Um motoqueiro parou ao seu lado._ Quer uma carona?

_ Claro! _ Quinn se aproxima segurando o homem pela jaqueta e o puxando para seus dentes afiados, ela não tinha muito tempo de saborear aquele sangue então puxou a maior quantidade em uma sugada só e montou na moto desejando que seu plano desse certo.

O vento em seu rosto lhe trazia lembranças saborosas.

_ Bom dia senhor! _ Lea disse entrando em uma pequena galeria e chamando atenção do jovem rapaz de costas para ela._ Meu marido pediu que eu viesse aqui para uma pintura._ O rapaz se vira fazendo Lea encontrar os olhos doces de uma dama que se passava por um rapaz a quase todos os olhos. _ É... _ Lea fica sem palavras ao reconhecer os olhos verdes que sorriam para ela.

_Bom dia senhora você deve ser Lea St James?

_Sim. _ Lea tentava não gaguejar.

_ Pode entrar. Tem uma sala confortável aqui. _ O rapaz apontou para dentro da galeria e Lea virou-se para a vampira que acompanhava.

_Pode ir andar pela cidade. Não quero sua companhia.

_ Mas senhora, o senhor...

_ Vá! _ Lea enrijece a expressão e a vampira abaixa a cabeça e sai.

_A senhora trata bem seus criados. _ Disse o rapaz dando passagem a Lea que entrava da galeria.

_ Vamos logo com essa pintura. Quero voltar antes do crepúsculo. _ Ela ignorou o comentário do rapaz. _Como devo lhe chamar. _ Lea encara os olhos verdes de Quinn que suspira fechando a porta por onde elas passaram.

_ Sr Fabray_ Lea solta uma pequena gargalhada se sentando onde Quinn aponta.

_O Senhor me parece alguém que conheci alguns dias atrás._ Quinn solta um sorriso.

_ Espero que seja alguém interessante.

_Era uma dama intrigante. Um dia a vi com um vestido amarelo que combinava com seus cabelos dourados e outro, com um chapéu horrível feito os dos homens. _ Quinn para de afiar o lápis e molha os lábios sentindo-se nervosa.  _ Achou mesmo que eu não perceberia senhorita...

_ Por favor senhora, meu nome é Fabray_ Lea solta um pequeno sorriso ouvido o coração acelerado de Quinn._ Como gostaria do seu retrato?

_ Como Jesse pediu?

_ Algo perfeito como você. _ Os olhares se encontraram e ambas molharam os lábios.

_ Falou com meu esposo senhor Fabray?

_Não. O Sr Finggins quem me passou as anotações do pedido.

_Então você é o melhor pintor da região?

_ É o que dizem. Agora, por favor, suba as pernas e tente ficar confortável.

_Confortável é algo que sua presença não me deixa Senhor Fabray._ Disse Lea se ajeitando no sofá.

_Por que não?_ Quinn passa o lápis na tela branca a sua frente._ Lea ignora a pergunta.

_ Quantas mulheres já desenhou Senhor Fabray?

_ Não sei, não são muitos homens que exibem suas mulheres feito o senhor St James.

_ É isso que acha que ele está fazendo?Me exibindo?_ Lea muda a expressão para algo mais duro e Quinn percebe.

_ Não quis ofendê-la, no lugar dele eu faria o mesmo.

_Faria o mesmo. _ A expressão de Lea relaxa e seus olhos observam  Quinn com delicadeza e calma. As roupas masculinas da mulher a sua frente não escondiam sua beleza.

Quinn estaciona a moto em um posto de gasolina perto da entrada de Lima.Ela precisava fazer um ligação.

_ Vai abastecer?_ Um homem perguntou e Quinn confirmou com a cabeça.

_ Por favor, encha o tanque._ Ela entrou na pequena loja de conveniência  e dois homens  vestidos de preto, barbudos e com lenço na cabeça  entraram atrás de Quinn.

_ Tá sozinha loira?! _ Quinn solta um sorriso de sem paciência e fala com balconista.

_O telefone onde fica?

_ Ali. _ O balconista aponta para depois das prateleiras e os homens  a seguem.

_ Você engana seu chefe?_ Lea pergunta e Quinn desvia os olhos voltando-os para a pintura.

_ Ninguém nunca percebeu senhora. Até você.

_ Porque esse disfarce?

_Se ele não existisse, eu não estaria a pintando e sim casada como...

_ Eu?_ Lea ficava parada sem a menor necessidade de se mexer, era fácil para ela.

_Quer beber uma água? Está na mesma posição a quase duas horas. _ Quinn disse ignorando o assunto anterior.

_ Água. _ Lea confirma e curva os ombros para frente os jogando para trás em seguida. Quinn sai para pegar a água e Lea se levanta e vai até a pintura admirando a semelhança que sua imagem ficava. Quinn entrou com a água.

_ Senhora.

_ Você é boa! Muito boa! _ Lea pega a água e confirma com a cabeça.  _ Faz isso a muito tempo?

_ Sim desde que meus pais morreram.

_ Uma bela profissão para uma dama. _ Lea sussurrou e Quinn sentiu um pouco de  nervoso da mulher lhe chamar assim.

_Podemos continuar ou quer mais tempo?_ Quinn olhava para Lea. A beleza da morena fascinava Quinn de um jeito inexplicável.

_ Porque na festa estava como uma dama?

_ A senhora pode me causar sérias complicações se continuar....

_ Desculpe senhor Fabray, mas você me intrigou. E além do mais, posso te garantir que ninguém está nos ouvindo._ Lea joga os cabelos longos e cacheados para trás e volta a se sentar na mesma posição anterior. Elas ficam em silêncio até que Quinn o quebra.

_Obrigado senhora por me ajuda naquela noite. _ Lea lembra-se da noite que encontrou Quinn bêbada e solta um sorriso.

_ Porque bebia tanto senhor Fabray?

_ Não sei lhe responder._ Ela se olham.

_ Pode ser perigoso beber daquela maneira quando se tem um segredo a esconder. _ Lea desvia o olhava tentando manter a pose anterior.

_Você tem razão, obrigado. Estou quase terminando.

_Não precisa ter pressa gosto de ficar em sua presença._ Lea troca olhares com Quinn._ Você tem namorada?_ Lea pergunta com sorriso no rosto.

_Não. _ Quinn respondeu olhando pelo canto dos olhos o sorriso de Lea.

_ A dama que conheci uma noite no teatro tem namorado?

  _ Não. _ Quinn enfatizou o som e sorriu em seguida. Lea gostou do sorriso sentindo-se encantada com a energia e a beleza da mulher masculina em sua frente.

_ Eu posso lhe ajudar se quiser._ O homem tocou no ombro de Quinn que imediatamente se arrependeu por estar tão distraída e não ter percebido que eles eram vampiros. Quinn olha para o homem pelo reflexo do vidro e espera o outro grandão se aproximar também.

_ O loirinha... _Quando os dois homens pararam atrás dela fazendo um paredão  Quinn sopra o ar e se vira enfiando as duas mãos dentro dos corpos dos grandões e puxando, trazendo com ela dois corações..

_ Merda! Eu só preciso dar um telefonema._ Ela empurra os corpos sem vida com os pés.

_ Senhorita que barulho foi esse?_ O balconista aparece vendo suas mãos sujas de sangue na frente de dois corpos estendidos, mas antes dele gritar Quinn se posiciona  a sua frente.

_ Não grita. Fica quieto. Onde posso me lavar?_ Ele aponta para esquerda e Quinn larga os corações no chão. Ela solta um sorriso sexy indo para o banheiro.  Quinn entra no minúsculo lugar com um sanitário, uma pia e um espelho e olha para seu reflexo. Sua roupa estava completamente limpa. Com o passar dos anos ela aprendeu a matar sem se sujar, além de que arrancar coração funcionava muito melhor que estacas. O reflexo do verde dos seus olhos a tirou dali.

_ Acabei senhora Lea. _ Disse Quinn sorrindo. _ Antes do crepúsculo como pediu.

_ Imagino que tenha ficado ótimo!

_ Você não vai ver?

_ Não! Confio em você e além do mais, Jesse vai pendurar isso de um jeito que eu o veja pelos próximos cem anos. _Quinn sorri achando divertida a expressão de Lea.

_Então..._ Quinn não sabia o que falar, ela não queria que a mulher grandiosa a sua frente fosse embora.

_ Sente-se ao meu lado. _ Lea recolhe as pernas e joga seus cachos para trás._ Venha! _ Quinn se aproxima parando de frente pra Lea que segura sua mão._ Sente-se logo!_ Quinn sorriu sentando-se ao lado de Lea que a olhava com desejo e curiosidade. A mão de Lea corre para o chapéu de Quinn, que é arrancado deixando os fios dourados caírem sobre seu rosto.

_Senhora. _ Quinn tenta puxar o chapéu de volta para sua cabeça, mas Lea segura sua mão.

_Você é uma mulher incrivelmente linda. _ Lea tira os cabelos dourados de Quinn do rosto olhando diretamente para os lábios rosados que a chamavam.

Quinn sai do banheiro.

_Saia da loja e coloque fogo. _ Quinn diz para o balconista que ainda estava imóvel . _É... Você tem um celular? Me dá?_ O jovem tira o aparelho do bolso dando para ela._ Perfeito. Não conte sobre mim a ninguém. _Quinn disse ao sair da loja e ver sua moto estacionada no mesmo lugar ,o rapaz que a atendeu a minutos atrás estava atendendo  um carro. Ela sorri e sobe na moto.  Sua mão segurava na moto e a outra discava um número.  Ela entrou em lima.

_ Senhora alguém pode chegar._ Quinn dizia sentindo o nervoso aumentar vendo Lea se aproximar de seus lábios.

_Confie em mim. Ninguém atravessará a rua sem eu perceber._ Lea tira as mexas douradas do rosto de Quinn o deixando nu. Lea não entendia o que estava fazendo, mas sabia que aqueles lábios rosados e delicados a chamavam. Sua boca se aproxima de Quinn e Lea podia sentir e ouvir a respiração eufórica da humana._ Não era para um cavalheiro estar nervoso. Era? _ Lea debocha fazendo Quinn molhar os lábios, menos de um centímetro de ar separava os lábios delas.

_ Acho que qualquer pessoa ficaria nervosa nessa situação senhora._ Quinn fala desejando a boca de Lea tanto quando ela desejava a sua.

_ Eu coloco medo em você?_ Lea se afasta um pouco mais ainda mantendo o olhar nos lindos olhos verdes.

_ Eu diria que me coloca desejo. _ Quinn chega seus lábios para frente os fazendo encontrar com os de Lea que se assusta com o toque arrepiante dos lábios da humana. Beijar aquela mulher lhe causou sensações humanas não mais lembradas por ela.

_ Olá? Quinn

_Pelo visto não se pode surpreender uma bruxa mesmo né?_ Quinn reclama olhando para estrada falando no celular.

_O que deseja?

_ Preciso da sua ajuda.

_ Traga ela aqui.

_Ela está com Jesse.

_Então a considere uma vampira.

_ Não! _ Quinn acelera a moto. _ Coloque seu feitiço em mim que chego a fazendo e a trago em menos de três horas.

_Porque eu faria isso?_ Perguntou a voz nada agradável do outro lado da linha.

_Posso matar sua filha com muito prazer ou posso a proteja-la como fiz com você. A escolha é sua.

_ Tudo bem. Estou te esperando no celeiro._ Quinn desligou o celular acelerando ainda mais a moto.

_Desculpe! _ Quinn disse ao perceber os cabelos de Lea saírem dos seus dedos e os seus lábios a abandonarem.

_ Preciso ir embora! _ Lea levanta jogando o chapéu de Quinn em seu colo. _ Muito obrigada pelo desenho senhor Fabray. Meu marido há de recompensá-lo.

_ Desculpe se a ofendi. _ Quinn levanta indo atrás da mulher e ajeitando seu cabelo dourado para dentro do chapéu.

_ Não se preocupe. _ Lea ignorou as desculpas de Quinn _ Seu segredo está salvo comigo. _ Boa noite._ Lea estava nervosa a energia de Quinn a dominava, ela nunca havia se sentindo daquela maneira. Quinn segura levemente na mão de Lea antes de ela passa pela porta.

_ Te vejo novamente?_ O toque da menina e fez ferver por dentro.

_ Espero que nunca. _ Os olhos verdes se sentiram desapontados e Lea saiu do toque dela andando até a saída. _ Até mais senhor Fabray, mandarei meus empregados virem buscar o quadro.

_Sim senhora! _ Quinn abaixa a cabeça vendo a mulher se distanciar muito rápido da galeria.


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Notas finais do capítulo

Prazer e luz



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