No jantar, a maioria das pessoas não falava comigo, será que elas estão desconfiadas de mim? Não posso culpa-las. As únicas pessoas que falavam comigo eram Hermione, Rony, Harry, Gina, Silene e Rosemary, até mesmo Simas que eu achei que fosse meu amigo não estava falando muito.

Eu não consegui comer nada no jantar, eu queria sair dali e correr para o dormitório e chorar, eu sabia que uma hora ou outra as pessoas iam desconfiar de mim, mas eu não ia saber que meu próprio amigo ia fazer isso.

– Come alguma coisas Susie.- disse Hermione.

– A comida está ótima.- disse Rony, colocando uma pedaço enorme de gelatina na boca.

– Claro né Rony? Você não para de comer, então tudo pra você é ótimo.- Rony dá de ombros e volta a comer.

– Susie, o que ouve? - perguntou Rosemary.

–E que, eu acho que....deixa pra lá, Harry me passa o pudim?.- eu sorri, claro que ninguém estava acreditando muito em mim, só sei que eu ia ter que conviver com isso por algum tempo.

Harry me passou o pudim e eu comi, rindo e brincando com Rosemary e Silene, Gina estava sentada ao lado de Rony e não pode deixar de rir das palhaçadas de Rosemary tentando imita-lo. Quando estávamos saindo do Salão Principal, sinto alguém me puxar pelo braço, eu ia começar a gritar quando olho para aqueles olhos verdes escuros.

– Desculpa se te assustei Susie.

– Não, imagina, você só quase me fez ter um infarto.- Chester riu de meu comentário.

– Só vim pedir desculpas, por eu ter não ter ido falar com vocês, depois que fui pra Sonserina.

– Por que está fazendo isso?.- perguntei.

– Porque você é minha amiga, assim como Rosemary também é.- ele disse passando sua mão sobre seus cachos.

– Como?.- eu parei de pensar em tudo o que estava na minha cabeça, e me perguntei, mas acabou vindo em voz alta:

– Como o que Susie?.

– Como uma pessoa feito você pode ir pra Sonserina? Você não é feito eles, você é diferente, você é fofo, adora seus amigos e não e mesquinho.

– Sei que você acha isso deles mas, eu sou diferente, alguns são diferentes, nem todos são maus.

– Tudo bem então, eu te perdoo,vou falar com Rosemary.- eu disse, e ele sorriu, um sorriso doce.

– Susie, é , bom,sabe, eu queria te falar uma coisa mas, bem eu não....- Chester foi interrompido por uma voz meio rouca e calma, que eu conhecia muito bem.

– Senhorita Black, Senhor Motclair, o que fazem a essa hora aqui? Não deveriam estar em seus dormitórios?.

– Desculpe professor Lupin, nós já estávamos indo.- disse Chester.

Lupin me encarava com uma pontada de curiosidade misturada com preocupação, eu não me pronunciei pra ele, mas quando Chester subiu as escadas e eu estava no meio do caminho ele me para.

– Aonde pensa que vai?.

– Para meu dormitório não é?.

– Susie, eu estou preocupado, você sabe disso.- Lupin olha para os lados, preocupado.

– Tio, não vai acontecer nada, olha eu sei me cuidar, não precisa se preocupar.- eu disse passando a mão sobre seu rosto como eu sempre fazia para acalma-ló. Acho que se um dia eu conhecer meu pai, não tenho certeza se vou ser assim com ele, como sou com meu tio.

– Tudo bem, mas não se esqueça, amanhã temos aula.- eu sorri e subi os degraus para o dormitório, graças aos céus a porta estava aberta, mas porque ela estava aberta?.

Eu a fechei e fui subir, quando acendo as luzes uma mão me segura pelo pulso - todo mundo gosta de me segurar ou o que? -.

– Aonde você foi?

– O que é? Hoje é o dia de ''Vamos assustar a Susie'' e eu não sei?.- disse irônica e Rosemary riu ainda segurando meu pulso, quando ela me soltou ela finalmente me perguntou o que ela queria me perguntar:

– Vi o Chester finalmente falar com você, o que ele disse?.

– Ele pediu desculpas para nós duas.- quando disse isso Rosemary abriu o maior sorriso de todos.- Mas ele ia falar comigo outra coisa, mas ele não conseguiu falar.

– Por que?.

– O professor novo, Lupin, nos pediu para subir.

Eu e Rosemary fomos nos falando enquanto trocava de roupa, quando nós nos deitamos, Hermione que deita na minha frente da minha cama perguntou:

– Susie, você já pesquisou?

– Sobre o que?.

– Você disse que Sirius Black, pode ser um parente distante seu, será que ele não poderia ser um primo, sei lá? - por que será que está todo mundo interessado agora?.

– Não Hermione, eu sei que ele não é nenhum membro da minha família original pois meu tio já disse isso pra mim, agora eu quero dormir.

E esse assunto foi encerado.

Por enquanto.

(.....)

Ver meu tio dando aula era legal, estavamos de frente para um armário que se mexia muito, estávamos com medo, eu estava com medo, parecia que tinha um monstro lá dentro.

– Intrigante não é? Alguém aqui arrisca a adivinhar o que tem aí dentro?.- perguntou Lupin, se referindo a coisa que estava dentro do armário.

– É um bicho papão.- respondeu Dino.

– Muito bom Senhor Thomas, alguém pode dizer qual é a aparência de um bicho papão?.

– Ninguém sabe.

– Como foi que ela chegou?.- perguntou Rony se virando para Hermione, eu também não tinha reparado que ela havia chegado.

– O bicho papão é um transformista, ele assume a forma da coisa que a pessoa mais teme na vida, isso faz com que sejam....

– Tão assustadores, isso, isso, por sorte, tem um feitiço simples, para repelir o bicho papão, vamos pratica-lo agora, sem as varinhas por favor, repitam comigo, Riddikulus.- disse Lupin.

– Riddikulus.- dissemos todos juntos.

– Muito bom, mas agora, mais alto e mais claro, ouçam, Riddikulus

– RIDDIKULUS.- agora dissemos alto e claro, como ele havia pedido.

Agora iria começar a verdadeira aula, ele chamou Neville que fez todos da sala rirem por dizer que tinha medo do Professor Snape, depois Remo abriu a porta do armário, de lá saiu o Snape, eu ri baixo, o que será que ia acontecer? Rosemary estava do meu lado tentando ver através de Simas que é bem mais alto que ela.Até que Neville fala:

– Riddikulus.- Snape acaba vestido de senhora e quando digo senhora ele parecia uma madame.

Isso fez com que todos nós rissemos, ainda mais Rosemary que adora uma diversão, depois todos fizemos uma fila para podermos ir fazer o mesmo que Neville, meu tio colocou um tipo de música engraçada, comédia. Primeiro foi Rony e como sempre o medo dele era de aranhas, assim fez com que eu me lembrasse da vez em que conversamos com uma aranha:

– Riddikulus.

A aranha ficou de patins, isso fez todo mundo rir, ainda mais eu, depois veio Parvati, que tinha medo de cobras:

– Riddikulus.

A cobra virá um palhaço, foi engraçado, Lupin estava se divertindo e eu também, por ele. Depois foi Harry, estavam todos curiosos do que ou o que ele sentia medo, todos nós chegamos para trás, pois era um Dementador.

– Aqui.- meu tio gritou e se jogou na frente de Harry, então o Dementador se transformou em Lua.

Eu não entendio o porque, depois que veio a verdade.

– Riddikulus.- a lua se transformou em bexiga, alguns riram mas eu não, pois eu sabia a verdade.

– Pronto...er...desculpem por isso er....chega por hoje, podem pegar seus livros no fim do corredor.

Todos reclamaram.

– Desculpem, mas o que é bom dura pouco.- disse meu tio, eu fiquei parada olhando para ele.

Harry ficou alguns minutos olhando para o armário se mexendo, depois ele olhou para mim e nós íamos sair da sala, até que Remo me chamou:

– Black, poderia ficar aqui?.

Eu peguei minha mochila no final do corredor e fiquei na sala, ele apontou para eu ir para a frente do armário, ele disse:

– Pegue a varinha.

– Mas tio, a aula acabou.

Ele abriu a porta, e eu peguei minha varinha com pressa, em dois minutos saí quem eu menos espero, quem eu menos achei.

–Riddikulus.- eu digo em voz clara e alta.

Ele se transformou numa árvore, como o salgueiro lutador, meio sem noção no que pensei, mas foi o melhor, meu tio ri baixo e depois manda aquilo de volta para o lugar.

– Como eu imaginei.

Ele até poderia ter imaginado, mas eu não.

Meu bicho papão é meu próprio pai.