James acordou, respirou fundo e se virou para o teto, o fitando sem realmente o ver. Estava escuro ainda, e seu relógio dizia não passar das cinco da manhã.

James pensou.

Pensou sobre seu passado, pensou sobre o presente, e pensou no futuro. Pensou na sua infância perturbadora no Brooklyn e como foi sortudo em ter alguém como Charlus e Dorea em sua vida. Pensou na ruiva que acabara de conhecer e que, mesmo tendo o feito á pouco tempo, se importava com ela, e isso era um avanço, pois ele não se importava com ninguém. Havia apenas quatro pessoas na qual sempre se importara a vida toda e ninguém mais. Não ligava para a opinião dos outros, não ligava para o sentimento dos outros, não ligava para nada. James Potter não se importava com ninguém. Mas porque se importava justamente com essa ruiva? Disso ele não sabia. Mas resolveu que, como sempre, não se importava.

Não, ele não se importava com o fato de Evans ser uma das mulheres mais intrigantes que conhecera como também não se importava com o fato de ela ser também uma das mais bonitas. Não era uma modelo, mas tinha algo que o atraía. Algo que o fazia ficar interessado, mesmo que ele se negasse a aceitar.

Pareceu ser uma eternidade até que ele se levantasse e fosse de encontro á cozinha a procura de algo comestível. O problema era que James não sabia cozinhar. Nem ao menos um pouco. E como era preguiçoso e não queria ir á alguma padaria para comprar algo comestível – levando em conta que tudo o que tinha no apartamento dos amigos era pó de café e bolo – teve uma ideia genial.

– BOM DIA FLORES DO DIA QUE TAL ACORDAR PARA PREPARAR UM DELICIOSO CAFÉ DA MANHÃ PARA O TIO JAMES? –ele gritou ao entrar no quarto do casal e pular entre eles sobre a cama.

Sirius acordou assustado perguntando onde era o incêndio e Remus resmungou algo enquanto enterrava sua cabeça por baixo dos travesseiros.

– James Potter. – falou um Sirius raivoso – Eu sei que você me ama e não consegue ficar um minuto longe de minha pessoa, mas se você não sair daqui agora eu juro que canto Don’t Cry For Me Argentina no seu ouvido pelo resto da semana!

– Ok, certo, certo, não precisa apelar. Ninguém mandou ficar acordado até tarde fazendo Deus sabe o que.

– Não queira saber- ainda nem deu oito da manhã, Pontas. Que tipo de pessoa acorda antes das nove num domingo?!

– Eu. É que eu to com fome e não tem nada na cozinha...

– Quem se importa?! Agora saia daqui antes que eu te expulse á chutes.

James riu e deu de ombros já se dirigindo á porta, mas não antes de perguntar algo que ecoava em sua mente á horas.

– Hey,o que aconteceu com a Evans para que ela ficasse tão paranoica?

– Não é da sua conta. – falou a voz preguiçosa e abafada de Remus – Agora saia daqui antes que você vá parar no hospital com um abajur preso em sua garganta.

-X-

Lily acordou subitamente com um som de sua campainha tocando. Amaldiçoou todas as gerações do infeliz que a acordara e sem se lembrar ou importar com o fato de estar apenas com uma blusa de moletom e calcinha, foi atender a porta.

– Amos? – a ruiva estacou em seu lugar e tentou arrumar a bagunça que era seu cabelo.

– Hey,Lily... – o homem a olhou discretamente de cima a baixo – Uau. Me desculpe por te acordar.

Lily não se deu o trabalho de corar nem se esconder. Não se importava com isso, afinal, conhecia Amos e sabia que havia uma grande possibilidade dele estar afim dela. Além do que, não tinha vergonha de seu corpo e se fosse se esconder toda vez que um homem a visse seminua, nunca teria avançado o sinal.

– Posso te ajudar em algo, Amos? – ela perguntou preguiçosamente.

– Bem é que faz muito tempo que não nos falamos e... Será que gostaria de sair para tomar um café comigo?

A jovem agente o encarou espantada por um segundo e sorriu logo depois. Qual o problema? Afinal, não é todo dia que seu vizinho extremamente gostoso bate na sua porta te chamando para tomar café com ele em pleno domingo de manhã, certo?

– Eu adoraria. – ela finalmente falou, sorrindo – Entre, vou trocar de roupa e já volto.

Ela correu para o quarto e se trancou no banheiro, tomando um banho rápido e colocando uma lingerie preta e simples, além do que,nunca se sabe o que pode acontecer. Pegou o primeiro vestido que viu na sua frente – que por acaso era o mais curto de seu guarda roupas –, calçou um pequeno sapato de salto e mandou uma mensagem para Emily. Se olhou no espelho, passou o rímel , sorriu e disse:

– Certo Lily,você provavelmente vai transar hoje,então... Não seja insegura, não tenha medo, mande ver como sempre fez.

Tudo bem que ela estava esperando demais de um simples café, mas a esperança é a ultima que morre. Amos era um cara legal, engraçado, carinhoso e gentil. Ele era o cara dos sonhos de qualquer mulher e Lily estava mais que pronta – foi o que ela tinha decidido na noite passada após ligar para Emily um pouco alta pela bebida falando sobre relacionamentos – para engatar em algo novo. “Isso aconteceu há cinco anos Lily, você pode não ter se sentido segura um tempo atrás com outro cara, ‘‘ pensou a ruiva “Mas agora você está segura. Você consegue. ’’

E então ela sorriu para seu reflexo e realmente gostou do que viu. Uma nova Lily,segura e radiante.

– É Lils... – falou consigo novamente – Você definitivamente vai transar hoje.

-X-

‘’Estou indo tomar café com o Amos, deseje-me sorte!”

James leu novamente a mensagem que tinha acabo de receber da agente Evans. “Essa mulher é completamente louca.” Pensou consigo enquanto se vestia. Quem diabos era Amos? E porque ela mandaria uma mensagem desse tipo para ele? Do que interessava sua vida particular?

Ele pegou suas chaves,seu celular,deixou um bilhete para Remus e Sirius – que ainda estavam dormindo- e foi á procura de sua lanchonete preferida. Tudo bem que ficava do outro lado da cidade, mas James faria de tudo para comer aquelas panquecas novamente.

-X-

– Você está... Linda. Gostei do vestido.

– Obrigada. – sorriu a ruiva que tinha preso seus cabelos em um coque frouxo. – Mas então, aonde vamos?

– Conheço uma lanchonete daqui a uma quadra que faz as melhores panquecas que já comi na vida, se importe de ir andando?

– Claro que não.

–X-

James entrou na lanchonete e se sentou logo aos fundos, pedindo um jornal á garçonete que lhe lançava olhares sedutores a cada cinco segundos sem retribuí-los.

Apenas queria comer suas panquecas em paz. Encostou as costas no estofado do banco e leu quieto suas noticias da semana. Respirou fundo, sentindo o cheiro de café do lugar.

Nada como o doce ar de um domingo relaxante.

–X-

–É aqui. – disse Amos parando em frente á lanchonete. Era um lugar amplo e iluminado, com mesas para quatro pessoas e paredes pintadas de um verde claro aconchegante. Lily sorriu.

– Eu gostei.

Eles se dirigiram á mesa dos fundos rindo sobre nada em particular e se sentaram,prontos para fazerem o pedido.

– Você falou tanto dessa famosa panqueca que eu vou querer uma.

– Certo. Você se importa de fazer os pedidos enquanto eu vou ao banheiro?

– Claro que não. – ela sorriu – Panquecas também? – ele fez que sim com a cabeça e foi em direção ao banheiro.

Lily olhou o cardápio e desfrutou do ar calmo de um domingo relaxante. Pela primeira vez, ela não queria pensar em nada,até mesmo trabalho. Foi até que ouviu uma voz conhecida falar seu nome.

– Evans?

A ruiva arqueou as sobrancelhas em surpresa.

– Potter?

– Bom dia eu acho. – ele disse sorrindo – Belas pernas, aliás.

Lily revirou os olhos sem se importar em responder.

– Então esse é Amos? – perguntou James – O cara do qual você ficou toda animada. Ele é um bom partido Evans, eu realmente vou lhe desejar sorte.

A agente arregalou os olhos espantada quando viu o sorriso malicioso do homem sentado na mesa á sua direita.

– Co-Como sabe?

– Oras não se lembra da mensagem? – ele falou rindo.

Lily enterrou o rosto em suas mãos.

– O que está fazendo aqui? – perguntou sua voz abafada.

– Sabe, eu sou um cidadão americano, tenho o direito de tomar café da manhã.

– Não seja cínico, digo aqui. Nessa lanchonete.

– Sabe Evans – começou o agente, se divertindo com a raiva da parceira – Existem três opções. Primeira: Eu sou um maníaco por ruivas e por isso te persigo por onde quer que vá. Segunda: É uma das possibilidades de nos encontrarmos no mesmo lugar considerando que ambos vivemos em Nova York. E por fim, a terceira: Está apaixonada por mim e não consegue ficar longe de minha pessoa.

A ruiva franziu o cenho em desagrado.

– Você é um idiota. – replicou observando Amos voltar – Não nos conhecemos.

James arqueou as sobrancelhas em diversão e pôs-se a observar o casal da mesa ao lado, ignorando os olhares desconfortáveis que Evans lhe lançava. Então esse era o famoso Amos. Não parecia ser lá grande coisa como Lily tinha “falado”, mas apenas ficou quieto ouvindo a conversa dos dois.

– Já fez o pedido? – perguntou Amos.

Lily lembrou-se subitamente que deveria ter pedido o café e lhe lançou um olhar de desculpas.

– Me desculpe, me esqueci completamente.

Amos sorriu afetuoso e disse que estava tudo bem. Chamou uma garçonete e uma senhora foi os atender. Lily não prestou muita atenção, pois sua mente estava concentrada no homem de cabelos bagunçados e olhos castanhos que a fitava com diversão da mesa ao lado. Como pode ser tão burra? Como mandara a mensagem para Potter ao invés de Emily? Mas agora não importava, pois nada iria atrapalhar seu glorioso domingo.

– Então Amos, continua trabalhando na revista?

– Oh, infelizmente não, fui substituído. – ele deu um sorriso animado. – Mas adivinha, fui promovido á gerente do meu cargo na loja de departamentos esportivos!

James engasgou com seu café e tentou sufocar a risada com uma tosse, atraindo não só a atenção de Lily,como a de Amos.

– Está tudo bem aí, senhor? – ele perguntou.

James tentou não rir, já com lagrimas nos olhos e falou com uma voz embargada:

– Sim, estou bem. – Ele olhou divertido para Lily,que o ignorou completamente.

Amos sorriu e voltou para sua conversa “animada” sobre trabalho.

– Loja de departamentos esportivos. – disse Lily com falsa animação e um sorriso amarelo no rosto. – Gerente. Uau. Parabéns.

– Eu sei. – ele riu excitado, o que fez James rir silenciosamente – Mas e você, como vai de emprego?

– Oh. Eu estou no Departamento de Crimes Violentos do FBI agora. – ela disse com pouco caso.

Amos arregalou os olhos.

– Você é agente?

– Sim.

– E você tem uma arma? Porque isso seria realmente sexy. Você sabe – ele sorriu safado – Mulheres com armas me excitam.

James riu ainda mais, recebendo um olhar cortante de Lily.

– Sim eu tenho uma arma. – ela falou quase envergonhada– Senhor – ela disse se virando para James dessa vez raivosa – Precisa de algum xarope ou algo do tipo?

– Não obrigada, estou perfeitamente bem.

A ruiva ia logo o cortando quando seu pedido chegou e a senhora que os tinha atendido antes falou numa voz doce:

– Espero que seja de agrado.

Lily e Amos sorriram e logo começaram a comer.

– Essa sem dúvidas é a melhor panqueca que já comi em toda minha vida. – falou a ruiva.

– Foi o que eu disse.

Eles conversaram sobre tudo e nada, Lily nunca se esquecendo de Potter,que escutava a conversa deles em silencio.

– Sabe,quando eu era menor,meu pai costumava nos levar á essa lanchonete em Londres sempre, e toda vez que eu ia lá tinha esse garoto, filho da dona, que ele simplesmente ficava me encarando. Uma vez eu perguntei pra ele: “Porque você fica me encarando?” e ele simplesmente respondeu “Seu cabelo é vermelho. Eu gosto de vermelho.”.

Amos murmurou algo sobre ruivas serem geralmente as mais bonitas.

James fitou Lily e Amos, pensando sobre o que ela havia dito há dois dias para Sirius. “Sabe que não tenho vida amorosa, Six.” Foi o que ela dissera. Não era o que parecia. Mas James não estava reclamando, não mesmo. Evans parecia ter superado o que quer que tenha acontecido no passado e movido em frente. A mudança assustou o jovem agente, aliás, não eram nem há dois dias que vira a parceira se desmanchar em sua frente. Mas ela parecia decidida, segura. Ela estava radiante e parecia... Feliz?

Foi então que James viu. Lily Evans era muito bonita.

Ela tinha os cabelos acajus presos num coque desleixado, alguns fios caindo em sua face. Tinha a pele clara, com algumas sardas salpicadas em suas bochechas e seu nariz,e sua boca fazia uma coisa engraçada enquanto comia. Seus olhos verdes brilhavam quando falava sobre seu passado mais distante, quando ainda era uma garotinha inglesa. Ela tinha os ombros largos e o corpo cheio de curvas e as pernas torneadas na medida certa.

James Potter viu ali que Lily Evans era não só linda, como perfeita. E por um minuto se sentiu com inveja. Inveja de sua beleza, sua segurança –mesmo que adquirida havia apenas dois dias- e de sua independência. Não que James dependesse de alguém, muito pelo contrário. Mas ela tinha algo que chamava atenção, aquela coisa que o puxava, aquela coisa que poucas mulheres tinham. Ela tinha aquele carisma, e ao mesmo tempo era durona. Ela tinha aquele sorriso radiante, e também aquelas lágrimas que a faziam parecer uma criança indefesa...

James sacudiu a cabeça. Era um cara que não tinha medo de admitir quando achava alguma mulher atraente, mas Evans era diferente. Eles trabalhavam juntos. Ele não a conhecia. Apenas colegas de trabalho. Ponto final.

– Vocês formam um lindo casal. – disse a senhora, logo depois dos dois pagarem a conta.

Lily corou e sorriu, mas Amos acabou com sua alegria com uma simples frase.

– O que? Oh, não... Somos apenas amigos.

Lily o olhou espantada enquanto James,da outra mesa,explodia em risadas sem pudor. Todos olharam para ele,mas o mesmo pareceu não se importar. Ria como se o mundo fosse acabar naquele instante, e o pior é que tecnicamente, estava.

– Mil perdões. – disse a garçonete.

A senhora se retirou e a ruiva de olhos verdes olhou com raiva para o homem á sua frente.

– Somos. Apenas. Amigos?

– Desculpe Lily eu não estou te entendendo...

– Você me acorda nove horas da manhã num domingo, elogia minhas pernas, elogia meu vestido, me diz que estou linda, você flerta descaradamente comigo e até pergunta se eu tenho uma arma porque “mulheres com armas te excitam”. Somos apenas amigos? Honestamente Amos,porque me chamou aqui?

Ele parecia embaraçado quando tentava responder.

– Bem é que... Eu não tenho a quem recorrer. Precisava de uns conselhos e você era a melhor pessoa que pensei...

– Conselhos?

– É que tem essa mulher e...

– Você definitivamente tem problemas. – ela o cortou enquanto se levantava para ir embora – Sorte sua não ter minha arma aqui.

Amos parecia confuso quando Lily deixou a lanchonete para trás pisando forte com um James dividido entre diversão e preocupação logo atrás. Ele encarou Amos ameaçadoramente e disse:

– É melhor que não tenha a magoado.

Amos o olhou ofendido.

– E quem é você?

– Eu sou o parceiro dela. E se você chegar perto dela mais uma vez,eu juro que te mato.

James saiu ás pressas e tentou alcançar Lily,que estava esperando para atravessar a rua.

– Evans!

– Saia daqui Potter,não estou com paciência pra suas brincadeirinhas sem graça. – replicou a ruiva, que estava prestes a cometer um homicídio duplo.

– Me desculpe, mas... – ele riu ainda, desviando das pessoas que passavam por eles na rua – Foi hilário. Gerente de loja de departamentos esportivos? Sério que você estava interessada naquele cara, ruiva?

Ela simplesmente o ignorou e andou mais rápido. Furiosa era um eufemismo para o estado de Lily.

“E você tem uma arma? Porque isso seria realmente sexy. Você sabe... Mulheres com armas me excitam.”

Como isso poderia ficar pior? Logo quando ela tinha conseguido ter segurança o suficiente para ir á um encontro, quando tinha decidido que iria mover em frente, Amos Diggory apronta essa com ela.

“O que? Oh, não... Somos apenas amigos.” A voz dele ecoava em sua mente á medida que seus pequenos saltos a levavam á lugar nenhum. A única coisa que queria no momento era desaparecer. Que tipo de cara faz isso? Os flertes, conversas sobre o passado e humilhação com a presença de Potter na mesa ao lado foram tudo por um conselho amoroso?

James seguia sua parceira que parecia estar á beira de um ataque de nervos com pressa. Ela acelerou o passo, mas não sabia para onde estava indo. James não se sentiu arrependido por ter rido dela, mas não deixava de sentir um pouco de... Pena? Não, não era pena, era algo a mais. Ele queria protegê-la, só não sabia do que. Lily atravessou a rua sem olhar para onde ia, e um táxi quase a pegou.

Lily sentiu uma mão firme a segurar pelo braço e a puxar para trás, a tempo de um táxi passar por onde estava ela há segundos atrás.

– Você está completamente louca?

– Me largue.

– Evans você está bem?

– Fora ser sexualmente frustrada por problemas emocionais e ter sido chutada por um cara que você tem queda há meses? – exclamou Lily,sem se importar com os olhares que recebia das pessoas que passavam por eles – Estou ótima,Potter. Perfeitamente bem.

– Você é sexualmente frustrada? Hey Evans, volte aqui! – ele voltou a segui-la – Para onde está indo?

– Não é da sua conta.

– Você não pode sair assim nesse estado.

– Que estado? – ela lhe lançou um olhar cortante.

– Assassino.

Lily bufou e se virou em direção a seu apartamento.

– E porque você se importa, de qualquer jeito? – perguntou ela.

– Eu não me importo. – respondeu James, que a acompanhava sem dificuldades.

– Então porque está aqui? Poderia ter ficado na lanchonete rindo com meu amigo Amos.

James não sabia ao certo porque estava ali. Ele realmente não se importava, certo?

– Não posso te deixar por aí com esse instinto assassino.

– É melhor ir embora ou vou descarregar todo meu “instinto assassino” em você.

Ela apressou o passo e deixou James Potter totalmente estupefato e sem saber o que fazer para traz. E uma coisa era certa: James Potter nunca, mas nunca não sabia o que fazer.