Cops escrita por sobrehumana


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Falei que iria postar só semana que vem,mas não aguentei hehehehe
Não me matem pelo casal que formei nesse capitulo,eles são simplesmente adoráveis. Apreciem sem moderação ;)



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O vento soprava forte enquanto o casal de agentes andava de encontro ao pequeno bairro do Brooklyn.Sim,tiveram que voltar para o local do crime e interrogar o maior número possível de testemunhas,pois toda a confusão que Lily fizera no Manicômio Creedmoor mais cedo causara alvoroço no Departamento de Crimes Violentos, e Dumbledore não ficara nem um pouco feliz com o acontecido. A ruiva tivera se repreendendo internamente por sua estupidez desde o momento em que desligou o telefone – após levar uma bronca do diretor- até o caminho para o pequeno bairro ao lado de um calado agente Potter.

Após a estranha conversa que tiveram as coisas pareceram melhorar, porém não amenizou o clima tenso. Potter não dissera de que departamento tinha saído, ou de que cidade. Apenas falou que era complicado e nada mais. “Justo.” Foi o que a agente Evans pensou. Também não falara mais nada sobre seu caso passado que a levou a quase loucura, então não se sentiria desconfortável com a falta de troca de informações. Quer dizer, eles nem se conheciam há ao menos um dia, não deveria se sentir atraída - não só fisicamente, se sentira segura perto de alguém desconhecido após anos – pelo parceiro. Nem ao menos eram amigos, certo? Apenas tentando se dar bem.

O céu preto coberto de nuvens pesadas deixava o ar sombrio, e quando a agente Evans se encolheu em seu sobretudo por conta do frio, seu parceiro lhe estendeu o casaco.

– Oh, não é preciso. – disse ela desconcertada, embora estivesse congelando até os ossos. – Você vai ficar com frio. Está congelando.

– Já estou acostumado com climas piores em Londres.

– Você é inglês? – ele riu com seu tom surpreso.

– Não reparou no sotaque? – falou abrindo um sorriso divertido colocando seu casaco sobre ombros dela. Ela sorriu e corou, se aconchegando mais no amontoado de roupas.

– Não, me desculpe. –murmurou por entre os tecidos, com apenas os olhos e o nariz á mostra. – Minha cabeça anda tão avoada, nem ao menos cogitei reparar.

Mas a verdade é que ela havia sim reparado no sotaque, logo no almoço enquanto ele ponderava sobre os suspeitos. Achara extremamente fofo – e completamente sexy – o modo forte e cortante que pronunciava as palavras.

– Geralmente a primeira coisa que fazem quando um inglês vem parar em NY é reparar no seu sotaque. – respondeu o homem de óculos, que achava adorável a cor rosada de seu rosto por causa do frio.

– Não quando também se é de lá.

– Você é da Inglaterra?

– É aqui. – Lily o interrompeu. Fizera a besteira de falar sobre algo desnecessário. Vai que ele é um maníaco que gosta de perseguir parceiras de caso por motivos alheios? Já provara o suficiente da vida para saber que ninguém é de confiança nesse mundo.

Dumbledora confia nele, Evans. É o suficiente.” Sua consciência falou. “Confiar para me ferrar no final, claro.”

– Interrompo seu debate interno? – Potter a tirou de seus devaneios.

– Me desculpe... Não estou muito bem hoje.

– Tudo bem eu só... Evans? – James se interrompeu quando viu que a parceira pareceu se perder novamente em pensamentos.

– Desculpe Potter. Eu realmente não estou muito bem.

– Sem problemas. Apenas não entendo uma coisa... Porque o FBI deve se preocupar com um assassinato num dos bairros mais violentos do Brooklyn? Quer dizer, ocorrem mortes todos os dias aqui, a polícia local não pode lidar com um acerto de contas?

– Eu também não entendo. Sim, foi uma maneira mais que cruel de assassinato, mas não temos outras mortes ligadas. Eu não estaria aqui se não fosse o próprio Dumbledore a pedir que cuidasse do caso.

James levantou as sobrancelhas em sinal de duvida, mas não comentou mais nada. Também confiavam em Dumbledore e se o diretor o pediu para verificar o caso, ele o faria. Interrompeu seus pensamentos ao som do toque do celular da ruiva de olhos verdes ao seu lado.

– Sim? – Lily franziu o cenho. – Mas não faz sentido. Foi de bom grado? – esperou um momento a respondeu ainda duvidosa – Certo, eu... Tem certeza? Nenhum? Você sabe que eu não preciso... Claro, sem problemas. Até. – e soltou um suspiro cansado.

Desligou o telefone e se virou para James que esperava paciente, parecendo contrariada.

– Dumbledore disse que a policia local achou o traficante responsável pelo assassinato, ele se entregou sem hesitar. Isso é muito suspeito, mas ele disse para que não nos preocupássemos. “Trabalho somente na segunda” foi o que ele disse.

– Bem... Eu nem ao menos fiz algo, quer dizer, meu primeiro caso foi resolvido pela policia local. Queria ao menos ser útil. Não há nada que eu possa fazer?

– Não na verdade. Dumbledore disse que você acaba de sair de um caso. Não quer conhecer a cidade? Quer dizer... Você acabou de chegar, certo?

James a olhou surpreso. Ela queria o levar para um tour em New York? Quem precisava de descanso era ela, afinal de contas. Ouvira Minerva falar algo sobre Evans não parar em casa direito por quase um mês. Dava-se para perceber por seu olhar cansado e olheiras de quem não dorme há dias.

– Não, mas eu conheço a cidade. Eu... – ele pareceu hesitar antes de fazer a declaração, aliás, acabara de conhecê-la. – Morei aqui quando menor. – falou finalmente se dirigindo ao carro, seguido por uma Lily de cenho franzido.

– Oh... Bem, você deveria ser bem pequeno, seu sotaque é forte. – ela sorriu.

Ele retribuiu o gesto e abriu a porta do carro para ela, recebendo um resposta um “Obrigada” surpreso.

– Na verdade, eu nasci aqui. – falou após entrar, interessado pelo olhar contido e curioso da mulher ao seu lado. – Mas quando eu tinha seis anos minha mãe morreu, e já que não tinha nenhuma outra família ou parente mesmo que distante, fui para um orfanato. Foi então que conheci Dorea e Charlus, meus pais adotivos, e nos mudamos para Londres. Pela primeira vez na vida senti que poderia ser feliz.

E ele não sabia ao certo porque estava falando aquilo á Lily. Ela parecia ter suas inseguranças também, e viu que poderia nela, mesmo que sua mente dissesse o contrário. “Você nem ao menos a conhece, por Deus!”

Lily ficou ainda mais chocada com a declaração. Confiar nela assim, sem mais nem menos? Ela o olhou desconfiada, mas por fim sua curiosidade venceu:

– Mas, se amava tanto Londres, porque voltou pra New York?

– Lá era como um sonho, não era a realidade. Não era a minha realidade ali, entende?

Ela fez que sim com a cabeça e não disse mais nada. Era realmente suspeito o fato de ele estar falando tão abertamente sobre isso com ela, que acabara de conhecer.

– Porque está me falando isso, Potter?

– Eu realmente não sei. – ele a olhou pensativo. – Não faço a menor ideia.

Ela estreitou os olhos desconfiadamente e deu a partida no carro.

–Você também tem sotaque forte. – ele comentou como não quer nada.

– Sim, morei lá até meus quinze anos. – ela respondeu. Não queria tocar no assunto então mudou a rota. - Gostaria de ir a algum lugar em particular?

– Virou minha motorista agora, huh? – ele falou soltando uma risada. – Estou começando a gostar de ter uma parceira.

Então Lily percebeu que estava rindo de verdade depois de muito tempo. Sim, toda essa conversa pareceu muito suspeita, mas ela não deixou de se sentir aliviada. Mesmo o conhecendo a pouquíssimo tempo, sentia que poderia conseguir um amigo, e que poderia confiar nele. Mas não agora.

– Evans, você tem certeza que quer me levar a algum “lugar particular”? Parece cansada.

– Nah... Sabe do que eu preciso Potter? Parar de me preocupar. Estou nessa há tempos, preciso me divertir sem compromisso. Conhece algum lugar pra isso?

– Você quer realmente sair para se divertir com seu parceiro de caso que você acabou de conhecer? Digo “acabou” no sentido literal, nos conhecemos hoje.

– Eu quero me divertir, não me casar. – ela revirou os olhos e James riu.

– Então ruiva, conheço o lugar perfeito.

Lily levantou as sobrancelhas em menção ao apelido.

– Olhe a intimidade Potter. Vamos sair juntos como colegas de trabalho, mas isso não lhe dá o direito de me chamar por um apelido ou qualquer coisa do gênero.

O agente apenas riu divertido e olhou para ela com um ar sedutor.

– Então... Isso é um encontro? – e sorriu malicioso.

– Só em seus sonhos.

– Pode ter certeza que vou sonhar ruiva. – e ignorando o olhar cortante que recebeu, continuou – Se importa de ir comigo visitar uns amigos? Desde que cheguei quero vê-los, mas não deu tempo.

– Sem problemas.

XxX

– Manhattan?

– Exatamente. É esse aqui na frente.

Lily estacionou e saiu do carro, temerosa. Quer dizer, eles estavam tentando se entender, mas não confiava nele tão extremamente.

O prédio era enorme e luxuoso, e a recepção era coberta de sofás luxuosos, espelhos e candelabros. Provavelmente era o prédio mais caro de New York. James passou pela recepção e acenou para o recepcionista, que pareceu reconhecê-lo e acenou de volta. Entraram no elevador e o agente apertou o ultimo andar. Cobertura. Esses amigos dele deviam ser bem montados na grana.

Potter tocou a campainha e logo um homem de bonitas feições, olhos tempestuosamente cinzas e cabelos negros caindo nos olhos.

–... Como se ele não tivesse olhando pra sua bunda, acha que não vi? – ele terminou a frase falando com alguém dentro do apartamento. – James! Cara, porque não me avisou que vinha?! Eu... Ruiva?

Lily arregalou os olhos e o olhou espantada.

– Six?! Ah meu Deus, quanto tempo! – ela perguntou o abraçando.

– Sei disso. Remus vai ficar louco. Moony! – ele gritou e acenou para os amigos entrarem.

– Mas como vocês se conhecem? – perguntou James claramente confuso.

– Lily chegou aqui com quinze anos e uma cara depressiva. Veio fazer intercâmbio e morar com a tia. Você precisava ver a cara de perdida dela. Foi então que eu apareci e claro, salvei o dia – ele deu uma piscadela – e logo viramos melhores amigo para sempre. Ok, melhores amigos não. Amigos. Remus era o queridinho como sempre. – revirou os olhos.

– Sempre fui queridinho de quem? - um homem de cabelos castanho claros e olhos cor de mel apareceu.

– O meu, Rem. – Lily falou sorrindo e indo o abraçar.

– Lily! – ele sorriu e a abraçou forte. – O que faz aqui?

– Eu vim com o Potter.

– James? – Remus imediatamente foi abraçar o amigo. – Como se conhecem?

– Parceiros de caso. – respondeu James.

A expressão de Remus e Sirius mudou completamente. Olharam para Lily sem sabe o que dizer, como se esperassem uma explicação.

– Dumbledore me deu o caso. Confio nele. Fim de papo.

James olhava a cena curioso. São amigos do colegial? Então Lily era a ruiva de que Sirius falara um tempo antes?

– Espera. Você é a Lily-Melancia?

Lily corou com a lembrança. Quando estavam no colegial um garoto tentou beijá-la a força e como forma de vingança, ela jogara nele o suco de melancia que tinha em mãos na frente de toda escola. Desde então era lembrada de Lily-Melancia.

– Eu falei que ela era esquentada, James. –Sirius riu e se jogou no sofá. – Falei que ficaria louco assim que a visse.

E era verdade. James quisera conhecer essa famosa ruiva esquentada desde os dezesseis anos, mas toda vez que ia visitar os amigos, ela não podia.

– Você é o famoso Pontas? – ela perguntou. – Certo, o mundo não é tão grande quanto pensamos.

Todos riram e se sentaram.

– Mas como vocês se conhecem? Quer dizer, Potter se mudou pra Londres quando tinha sete anos, certo?

Remus e Sirius olharam curiosos para James, como quem diz “Você vai nos explicar isso direitinho mais tarde.”.

– Desculpe-me eu... – Lily gaguejou, se repreendendo por tamanha curiosidade. – Não é de minha conta. Não sei porque falei isso,perdão.

Sirius sorriu divertido e piscou para ela.

– Ruiva, ruiva...

– Porque insistem em me chamar assim?

– Talvez porque você é ruiva? – Sirius rolou os olhos. - Não tem problema,só fiquei surpreso. James e eu nos conhecemos na escola, quando tínhamos cinco anos. Mesmo depois de ir pra Londres, os pais dele vinham aqui eventualmente por negócios e sempre nos encontrávamos. Sem falar que a internet ajuda.

– Minha curiosidade vai me matar um dia. – comentou a agente.

– Não há problema em ser curiosa. Se fosse assim não estaria aqui, certo? – falou James que até o momento estava calado.

– Se seus amigos não fossem meus amigos também, quem garante que não seriam assassinos?

– Quem garante que você não me ofereceu carona com o intuito de me abusar sexualmente – e eu com certeza não reclamaríamos – quando ficássemos sozinhos?

– Que tipo de mulher pensa que sou? Não sou como uma de suas periguetes que só precisam de um olhar para se atirar nos seus braços?

– Ora Evans,nem ao menos sabe se saio com mulheres,como...

– Quer dizer que você é gay?

Sirius assoviou assistindo a discussão e puxou Remus pelo braço, o levando para a cozinha.

– Tensão sexual altamente carregada, eles precisam de um tempo sozinhos. E para ser sincero, nós também.

O casal não prestou atenção quando os amigos saíram, e continuaram a discussão.

– E se eu fosse gay?Algum problema?

– Claro. Seria um desperdício um cara como você gay.

James deu um sorriso convencido e só então Lily percebera o que havia acabado de falar. Corou furiosamente e se levantou, dando uma desculpa qualquer para procurar os amigos.

– Eu não faria isso se fosse você. – ele tentou avisar, mas a parceira já estava do outro lado do apartamento.

Lily não podia acreditar no que acabara de dizer. Como deixara aquilo escapar.Na verdade,desde quando pensa sobre isso? Potter era um bom partido, e definitivamente seria um desperdício se ele fosse gay. Não que ficaria com ele algum dia,muito pelo contrário... Deus,por que ela estava pensando sobre isso?!

Precisava encontrar Remus,precisava falar com ele. Bem que gostaria de ter ficado na sala com Potter, pois isso a pouparia de uma situação bastante comprometedora. A cena á sua frente foi a pior e mais improvável possível: Remus e Sirius estavam aos beijos. Não só aos beijos, estavam se agarrando tão descaradamente que Lily desejava cavar um buraco e se enfiar nele pelo resto da vida. Sem fazer barulho e não querendo atrapalhar, saiu da cozinha a voltou á sala.

Potter ia pagar por essa. Ah, se ia.

– James Potterr porque não me avisou que os dois então num relacionamento, ou seja, o que for e poderiam possivelmente fazer sexo – o que deve estar acontecendo agora naquela cozinha porque Santo Deus – enquanto discutíamos sobre você ser gay?

O agente apenas olhou para a face corada de raiva e vergonha da parceira e desatou a rir.

– Potter,pare de rir! Não tem graça. – mas não conseguindo se controlar, ela se juntou a ele nas risadas. Ambos gargalharam tão alto que o casal que até então era assunto interromperam sua sessão de amassos para ver o que havia acontecido. O casal de agente se contorciam no sofá,com as mãos na barriga e lágrimas nos olhos,e mesmo parecendo impossível, suas risadas se intensificaram com a chegada de Sirius e Remus.

– Posso saber o que está acontecendo aqui? – perguntou Remus confuso.

– Aproveitaram bastante à cozinha? – perguntou James descaradamente.

Remus arregalou os olhos em resposta e corou profundamente. Já Sirius, que não tinha vergonha de nada, sorriu cafajeste.

– E como. – respondeu ele.

Evans gargalhou arrancando um sorriso involuntário de James.

– Quem diria. – falou ela. –Sirius Black,o cara mais galinha de toda escola, era afinal gay. Sabia que toda aquela pegação constante era falta de homem.

James riu alto, a cabeça chegando a pender para trás. Remus parecia estar prestes a ter uma síncope de tanta vergonha e Sirius,claro, continuava sorrindo.

– Pior que é verdade. – disse o ultimo – Tentar refrear a paixão sabe como é.

– Continue assim e Moony terá um orgasmo só ouvindo você falar. – falou James rindo.

– Certo isso é demais para mim. – Remus declarou finalmente, pegando o casaco e saindo porta afora.

– Eu também te amo, Rem! – gritou Sirius.

– Mas falando sério, quando se resolveram? – perguntou Lily. – Quer dizer,sempre soube que tinha uma tensão sexual no ar mas...

– Um pouco antes da formatura. Ele não queria contar para não “causar um destruição em massa de corações alheios.”.

– O que?! Espera... Então o encontro no motel que Remus tinha era com você? Oh.Meu.Deus! – Lily riu – Isso é... Cara,isso é maravilhoso! Vocês fazem um casal tão lindo.

– Espera... Motel? – perguntou James, rindo.

– Quando estávamos na formatura, Remus saiu cedo porque tinha um encontro num motel com uma pessoa,mas não disse quem. – explicou a ruiva – Eu nunca iria desconfiar,porque Six sumia toda hora para se agarra com qualquer uma,então nem pensei sobre. Mas pensando bem... Você sumiu minutos depois dele.

Sirius concordou sem um pingo de vergonha e sorriu.

– E você ruiva? Como anda a vida amorosa?

Imediatamente Lily ficou rígida.

– Sabe que não tenho vida amorosa, Six. – respondeu com uma voz sem emoção.

– Céus, me desculpe Lils. De verdade, eu me esqueci completamente.

– Tudo bem, Sirius. Se me dão licença, eu estou morrendo de cansaço,vou pra casa. Quer uma carona, Potter?

– Pra você me molestar? Não obrigada. Lhe vejo segunda.

Ela sorriu e acenou.

– Até.

Depois de Lily sair do apartamento, viu Remus sentado na calçada, pensativo.

– Hey lobinho. – disse ao se sentar ao lado do amigo.

– Hey ruiva. – ele sorriu – Desculpe o ataque, sabe que Sirius não tem limites. Já deveria ter me acostumado com as brincadeiras de James.

– Sem problemas.

– Como vão as coisas no FBI?

– Péssimas. – ela suspirou – Me arrumaram o pior caso possível e um parceiro desses... Sem falar em ter que interrogar uma das pessoas que você mais quer que desapareça da face do planeta terra.

Remus arqueou uma sobrancelha. Conhecia Lily há tempos e confiaria á ela sua vida, assim como ela podia confiar sua vida á ele.

– Depois do que aconteceu, Rem... Eu não confio em ninguém. Você é um dos poucos do qual ainda tenho confiança e... Eu não sei o que fazer Remus. Realmente não sei.

– Sabe – começou ele, colocando o braço esquerdo nos ombros da ruiva em sinal de conforto – Quando me descobri apaixonado por Sirius, simplesmente enlouqueci. Quer dizer,ele era meu melhor amigo! E não era gay! Como daria certo? Bem,ao menos eu tinha esperanças. Ás vezes eu o pegava me olhando com um ar...

– Apaixonado?

– Sim. – ele sorriu sonhador – Apaixonado. E então eu me perguntava: “Porque não?” Ás vezes precisamos arriscar um pouco, se não passaremos o resto da vida nos perguntando se daria certo, sem ao menos tentar. Eu sei o quão doloroso foi – ainda é – quando aconteceu aquilo. Mas abra portas! Se abra um pouco,você precisa viver,Lily. Precisa respirar.

Ela sorriu agradecida e abraçou o amigo.

– Então você acha que preciso de um novo romance? – perguntou brincando.

– Sim. Sinceramente, há quanto tempo não sai com alguém? Como aguenta todo esse tempo sem... Você sabe.

Lily corou e enterrou seu rosto nas mãos.

– Oh meu Deus, Remus. No que Sirius te transformou?

O loiro riu e balançou a cabeça, caindo na gargalhada logo depois de que a ruiva soltou um grito de frustração.

– Faz meses! Como estou aguentando?!

Remus riu mais ainda.

– Olha eu não quero forçar a barra, mas... James é um bom partido.

– Oh não! Não Remus,você não vai me convencer. Não o Potter. Mal o conheço.

– Pois conheça. Vocês trabalham juntos. Sei que não se deu bem quando se envolveu com um parceiro, mas James não é Malfoy. Confio nele. Não precisa sair contando sua vida inteira pro cara. Apenas seja você. Certo?

Ela suspirou e sorriu.

– Certo.

Lily não sabia ainda, mas essa decisão iria mudar drasticamente sua vida.



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Notas finais do capítulo

Yayyyyyyyyy finalmente as coisas estão se acertando,mas calma aê que ainda vem muiiiiiiiiita coia pela frente. Espero que não tenham me odiado pelo Sirius/Remus mas como deixei claro no meu perfil, shippo eles com todo meu coração e capacidade de shippar casais gays. Enfim,é isso aí... Masss espero que tenham realmente gostado,e não se esqueçam das reviews!!!!!!!