Cops escrita por sobrehumana


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Pois é,eu tive um momento de inspiração enorrme ( com a ajuda da minha amiga Luiza Black ~leiam as fics dela~ ) e ele também ficou enorrrrrrme. Lembram do caso do primeiro capitulo? Então, no começo deu um ar mais sério á fic,mas não foi exatamente minha intenção... Esse caso ainda vai dar muito trabalho para nossa dupla mais para frente,então fiquem de olho! Esse capitulo foi mais descontraído e quero logo avisar a vocês que é assim que será daqui para frente. Lily moveu em frente,mas ainda se incomoda com o passado. James está começando a ficar balançado por ela,e tem ideias erradas e boas sobre isso. Emily apenas "apareceu" uma vez,mas prometo que no próximo capitulo nós teremos um pouco mais dela. Sirius e Remus,bem... o que dizer sobre eles? Deve ser estranho pra vocês lerem sobre eles como casal,peço desculpas por meu instinto gay! Eles aparecerão bem eventualmente,quase raramente. Daqui para frente será mais focado na parceria - tanto profissional quanto pessoal - de James e Lily.
Espero que gostem de verdade



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– Está atrasado. – falou Lily rigidamente.

– Sabe Evans, você deveria rever suas prioridades. Não tenho culpa se é frustrada sexualmente, então não desconte sua falta de sexo em mim.

A agente Evans franziu o cenho para o parceiro. Maldita hora em que fora mandar a mensagem para a pessoa errada.

– Não me encha a paciência, Potter. Não estou para brincadeiras.

James a olhou divertido e sorriu. Queria não se lembrar do que tivera acontecido no dia anterior, pois isso o faria lembrar-se do que tivera sentido, o que era a ultima coisa que queria no momento.

– Então, o que temos aqui? - perguntou ele olhando estranhamente para a cena á sua frente.

– Homem por volta de seus trinta anos achado morto e depois esquartejado nos fundos de uma pista de boliche.

James franziu o nariz. Nunca gostara de ver pessoas esquartejadas, muito menos quando foram achadas nos fundos de um estabelecimento. Sempre deixavam as coisas... Mal cheirosas. E doentias.

– Pare de ser uma menininha, Potter. - Lily se agachou e olhou melhor o estado das partes do corpo - Pelo estado da carne e do tecido, ele parece ter sido morto á quatro dias. Não há sangue em excesso o que indica que ele foi esquartejado depois de morto. Vê essas marcas aqui? - ela apontou para uma das pernas que tinha marcas de pneus - Parece que o nosso garotão foi atropelado e o assassino, numa tentativa de se livrar do corpo - ou tornar difícil à identificação do morto. - o cortou em pedaços.

James a olhou surpreso por um segundo e tentou não demonstrar. Não sabia o porquê do choque, aliás, Evans era uma mulher inteligente, formada e sabia o que fazer. Quer dizer, ela era agente à longa data, certo?

– Não tornar fácil a identificação? Quer dizer que não acharam nada da vitima?

Lily negou com a cabeça.

– Nem ao menos sua cabeça.

James mais uma vez franziu o nariz, o que Lily- mesmo querendo esganá-lo naquele momento- achou extremamente fofo.

– Você suporta ver mulheres abertas ao meio e mortas brutalmente, mas não aguenta um corpo sem sua cabeça? - perguntou Lily sorrindo divertida quando o parceiro lhe fez uma cara de nojo - Você é estranho Potter.

– Obrigada. - respondeu ele ironicamente.

Lily o mandou um sorriso falsamente doce e voltou a examinar mais a cena do crime.

Os membros estavam espalhados de qualquer jeito pelo chão - uma vez que foram achados espremidos num dos armários do deposito e caíram sem piedade por cima do funcionário, que agora tentava se acalmar num canto enquanto tomava café excessivamente.

– Algum suspeito? - perguntou James.

– Ainda não sabemos... Eu tentei falar com o funcionário que achou o corpo, mas ele simplesmente balança a cabeça e toma café.

– Câmeras de segurança?

Lily negou com a cabeça.

– Tem nas entradas e perto da porta dos fundos,o que dá pra identificar quem entrou ou saiu. O problema é que eu olhei nas gravações e não havia movimentos suspeitos. Pessoas vão e voltam dali para se pegarem, enfim...

– Vou tentar falar com ele. - disse o agente se dirigindo ao funcionário, fingindo não ouvir o murmurar sarcástico de "boa sorte" da parceira.

– É o cara que achou o corpo? - perguntou ele.

O jovem balançou a cabeça bruscamente e o olhou assustado.

– Qual o seu nome? - perguntou James novamente, dessa vez mais cauteloso.

– J-Joffrey O'shea.

– Ok Joffrey,meu nome é James Potter,sou agente especial do Departamento de Crimes violentos do FBI. Vou lhe fazer algumas perguntas habituais, certo?

– Cla-claro.

– Você trabalha aqui em que turnos?

– Geralmente no turno da noite, mas eu troquei com a Annie- Annie Cattermole- e ela ficou no meu lugar ontem. - respondeu o jovem, que brincava nervosamente com o copo de café em suas mãos.

– Certo. E que horas mais ou menos você achou o corpo?

Joffrey parecia estar prestes a vomitar, mas respirou fundo e respondeu com uma voz tremula:

– Há uma hora mais ou menos. Essa manha eu cheguei mais cedo para limpar os balcões, e quando abri o armário se limpeza do deposito só o que vi eram... Pode ter certeza que não era nenhum produto d-de limpe-peza.

– Obrigada pela compreensão, Joff. Posso te chamar assim? Não importa, só mais uma pergunta... - ele olhou sorrindo para a parceira que conversava com um dos policiais e se virou novamente para Joffrey. - Você estava trabalhando aqui há quatro dias atrás?

– Oh, não... Eu estava de folga nesse dia. Annie ficou no meu lugar.

– Certo. E porque não conseguiu conversar com a ruiva ali?
Joffrey soluçou e tentou se controlar.

– E-ela é um monstro! Chegou me encarando como se eu tivesse culpa e dizendo que todos nós homens somos incompetentes idiotas. - ele recuperou o fôlego e olhou mais assustado para James que ria descontroladamente – Trabalha com ela? Como não está morto ainda?

– É uma questão de gosto, sabe. - sorriu o outro e depois de agradecer á Joffrey - que correu para vomitar sem hesitar - foi falar com a parceira.

– Annie Cattermole.

Lily levantou as sobrancelhas em inquisição.

– E o que diabos isso quer dizer?

– Temos que interrogá-la. Estava aqui na noite em que o corpo foi supostamente escondido.

Lily suspirou.

– Certo, não custa nada ir atrás dessa tal de Annie.

– Deixe que eu fale com ela. Quer dizer, você assustou o pobre Joff, Evans, não quer assustar a Annie também, certo?

– Eu definitivamente queria assustá-la.

– Ora vamos, Evans, não foi tão horrível assim.

– O que? - indagou Lily indignada - Aquela garota é a encarnação de Satã, Potter! Ela é cruel. Sem falar naqueles piercings no rosto e o cabelo azul.

James riu.
– Você só fala isso porque ela foi legal comigo. É tudo inveja.

– Legal? Ela estava flertando com você, Potter. Se isso é ser legal...

– Ciúmes, ruiva?

Lily não fez questao de responder e encarou a paisagem das ruas nova-iorquinas pela janela. Estava com raiva do mundo e queria desaparecer. Amos era um completo babaca – mesmo fazendo semanas que tinham se falado,continuava com raiva dele,ignorando seus telefonemas e o expulsando de seu apartamento- , James nunca a deixava em paz e ainda tinha que aguentar toda essa idiotice de trabalho. Ela nunca reclamaria do trabalho em dias normais, mas aquele definitivamente não era um dia normal.

– Evans me desculpe.

A ruiva o olhou surpresa e não disse nada.

– Pelo dia em que nos conhecemos. Lhe chamei de antiprofissional e tudo mais... Sei que já nos desculpamos por isso, mas eu não disse o porque de tudo aquilo. Eu queria te impressionar, sabe. Faz pouco tempo que estou nessa área e pensei que seria legal dar uma de profissional. Mas a verdade é que quando vi o corpo daquela mulher... Eu quis sair correndo e chamar a minha mãe. Não gosto de trabalhar com pessoas mortas. Trabalho a mente dos assassinos, mas não consigo lidar com isso pessoalmente então... Me desculpe.

Lily não sabia o que dizer. Apenas o encarou enquanto ele prestava atenção na estrada. Então ela sentiu raiva. Raiva porque, naquele momento em que ela poderia dizer que todos os homens são iguais, James estragou tudo dizendo a coisa certa na hora certa e provou o contrário. James era idiota, mas á sua maneira. E então ela sentiu alivio.

– Obrigada. E me desculpe também. Por ter te chamado de galinha e ter me descontrolado no manicômio.

– Sem problemas, eu que fui insensível.

James não sabia por que estava se desculpando novamente com Lily. Ele nunca fora um cara de pedir desculpas e ela nunca fora uma mulher de aceitá-las. Mas James não queria deixar coisas pendentes com a parceira, e Lily não queria que as coisas ficassem estranhas entre eles.

– Próxima parada? - perguntou ela finalmente após vários minutos de silencio constrangedor.

– Departamento. Dumbledore quer falar algo sobre o caso.

Os saltos de Lily faziam barulho ao baterem no chão do estacionamento à medida que a ruiva andava de encontro ao carro do Departamento.

Ela e James haviam recebido informações sobre a vitima - John Matters, figurão da alta sociedade - e agora estavam indo para uma festa da elite nova-iorquina como um casal rico e poderoso. Segundo aqueles que haviam interrogado, John era um homem respeitado e milionário, e por seu dinheiro e fama com as mulheres, atraia vários inimigos de lugares inimagináveis.

Ele fora visto uma ultima vez saindo de uma festa acompanhado de uma mulher, Jessica DiLaurentis. Jessica também poderia ser suspeita se não tivesse sido achada também morta no banheiro do hotel em que estava hospedada com John. Como Matters fora parar nos fundos de um boliche, ninguém sabia.

Lily foi tirada de seus devaneios por um assovio.

– Nossa amor... Gostei do vestido. Na verdade, gostei do decote dele, valoriza muito seus peitos.

Lily,que já havia se acostumado com o jeito inconveniente do parceiro,apenas rolou os olhos e entrou no carro.

– Temos que parecer um casal,não se esqueça. Me chame apenas de Lil,certo?

– Certo,amor.

– E por Deus pare de chamar assim enquanto estamos sozinhos,é extremamente irritante.

James sorriu e ligou o carro luxuoso,mas não antes de olhar descaradamente para o decote da parceira.

– Eu amo meu trabalho. - disse ele sorrindo.

Lily suspirou em sinal de impaciência e o olhou irritada. Reparou no sorriso que não saia do rosto de James e reparou no seu terno. Reparou nos olhos- agora sem os óculos- e nos cabelos totalmente bagunçados. Reparou na sua roupa de gala e o quanto ele ficava sexy de gravata borboleta, e então reparou que estava ficando completamente louca. Fora uma semana estressante, traçando perfis de assassinos e tentando conciliar seu sono e paciência com o trabalho. Lily precisava descansar.

– Dumbledore disse que John era um dos caras mais respeitados da elite, e que nessa festa vai estar um de seus maiores inimigos-que por acaso já teve problemas com a policia há um tempo atrás por desvio de verba- Rabastan Lestrange. Ele é suspeito do assassinato porque uma vez mandou um de seus muitos capangas dar uma surra no Matters,que devia dinheiro á ele ou algo,na festa em que o viram saindo com a tal de Jessica.

– Certo,mas não faça nada para nos denunciar. Temos que agir como um casal, mas nada - ela se interrompeu para lançá-lo um olhar de aviso - nada de gracinhas, Potter.

– Sim, Senhora Montenegro.

Lily estava apreensiva em relação a esse caso. Claro que já passara por coisas bem piores, mas ali era coisa grande. Os Lestrange não eram de brincar e naquela festa sigilosa - que conseguiram fazer contato usando o nome de James Montenegro, um dos maiores traficantes de Londres e com o maior contato com a América Latina - só haveria pessoas de não só grande importância, mas periculosidade.

– Ok, isso é... Um lugar incomum. - James falou receoso. Eles estavam agora parados numa ruela sem saída, literalmente no fim do mundo- uma vez que a festa era do outro lado da cidade - e apenas havia uma porta de ferro.

– Certo amor - ela falou sorrindo sedutoramente - Vamos fazer logo isso.

Um lustre de cristais iluminava o centro do lugar. Mesas de jogos eram espalhadas pelos cantos e pessoas conversavam - umas de pé, outras sentadas - com suas taças de champanhe na mão. Homens ricos falavam sobre negócios e suas mulheres exibiam para as "amigas" seus diamantes e vestidos caros. O lugar parecia um cassino, só que mais sombrio. Pessoas não fumavam cigarros, mas sim charutos e ervas.

Lily e James entraram no local - que ficava no subsolo de um prédio abandonado- e logo foram recebidos pelo anfitrião e principal suspeito, Rabastan Lestrange. Era um homem alto com feições bonitas e duras e olhos extremamente azuis e frios. Em sua mão direita ele segurava um charuto e a outra logo apertava a de James respeitosamente.

– Montenegro.

– Lestrange.

– O senhor não costuma dar as caras. Veio tratar de negócios?

– Há certas coisas que não podemos deixar os outros fazerem por você. Mas eu peço ao senhor, Lestrange, que mantenha sigilo sobre minha presença. Sabe como são as coisas, não posso fazer alarde.

– Entendo perfeitamente. E foi um prazer conhecê-lo pessoalmente. - falou Rabastan, sorrindo desdenhoso. - Espero que faça bom proveito da festa.

Seus olhos pareceram focar-se em Lily pela primeira vez e ele a olhou de cima abaixo sem pudor, examinando suas coxas meio á mostra pelo vestido de corte barra assimétrica até seu decote. Por fim, olhou em seus olhos verdes brilhantes, pegou-lhe a mão e a beijou, demonstrando claramente segundas intenções.

– A senhorita deve ser a...

– Senhora - corrigiu ela firmemente - Senhora Montenegro.

James olhou claramente irritado para Rabastan e passou o braço pela cintura de Lily possessivamente. Lily controlou o impulso de revirar os olhos.

– Sorte grande, Montenegro. - disse Lestrange - Fique á vontade.

– Babaca. - murmurou James sobre a respiração, sem nunca largar da cintura da ruiva enquanto Lestrange se dirigia ao bar.

– Potter,não seja precipitado. Ele foi um cavalheiro.

– Cavalheiro. - bufou o agente - Se olhar para as pernas e peitos de uma mulher comprometida é ser cavalheiro então...

Supostamente comprometida. - sibilou ela - E você também não foi nem um pouco discreto, é sempre inconveniente.

– Eu inconveniente? Desde quando?

– "Esse decote valoriza seus peitos." - respondeu ela bobamente tentando imitar a voz de Potter.

James rolou os olhos e deu mais uma olhada no lugar. Precisava infiltrar-se em alguns dos grupos de figurões para manter as aparências.

Lily o olhava irritada tentando controlar-se o máximo para não o socar. Quem ele pensava que era, seu maldito marido? Era tudo uma encenação, pelo amor de Deus.

Mas Evans não era louca de negar estar gostando disso. Viu que era uma mulher poderosa e não precisava de um Amos na sua vida. Quer dizer,James Potter estava com ciúmes dela,do que mais poderia reclamar?

Ele é seu parceiro, Lily,lembre-se disso.

– Sabe querido– falou ela usando o apelido ironicamente - Deveríamos ser mais sociais.

– Sim, meu amor.

Lily tentou ignorar a sensação estranha ao receber um sorriso de lado e enlaçou seu braço direito no esquerdo de James.

– Apenas pareça apaixonada. - sussurrou James em seu ouvindo, sorrindo ao perceber Lily arrepiar-se.

– Vai ser difícil parecer apaixonada por alguém como você.

– Veremos,ruiva. Veremos.

James pegou uma taça de champanhe e um copo de uísque,dando uma taça do primeiro á sua suposta esposa.

– Só não suma. - avisou ela quando viu o parceiro dar as costas e dirigir-se à um grupo de homens.

– Então aquele é James Montenegro? Herdeiro de Hernandes Montenegro?

Lily assustou-se com a voz que viera de trás dela, mas logo se recuperou e deu um sorriso cativante à mulher que via agora à sua frente.

– Oh, sim. Apenas não faça muito alarde,James não gosta de chamar atenção. Sou Lilian Montenegro. - falou a ruiva,estendendo a mão para a mulher loira.

– Colista Crouch. - falou a outra com um tom orgulhoso. Encarou Lily com seus olhos azuis calculistas como se a tivesse julgando e gostasse do que visse. - Você é a esposa dele,certo?

– Sim,nos casamos há alguns meses. Você é a irmã de Rabastan,estou correta?

– Está,mas não se deixe enganar. Não sou como meu irmã é...um tanto antipático.- disse Colista,olhando discretamente para o irmão,que lançava olhares de cobiça á Lily do outro lado do saguão. - Desculpe ele por isso,ele não sabe o que faz. É só um babaca carente.

– Não ele é... - Lily retribuiu os olhares de Rabastan - interessante.

Colista riu.

– Gostei de você. Destemida,sem vergonha na cara.

Lily sorriu.

– Conte-me, de onde é esse seu diamante? Peru? É simplesmente maravilhoso.

Do outro lado do Cassino,James conversava com um bando de políticos corruptos e não via a hora de pegar Lily e sair dali o mais rápido possível. Mirou a parceira que conversava com Colista Crouch, a irmã de Rabastan e esposa de Bartie Crouch. James já vira mulheres de roupas de gala, mas Lily dava de cem em todas as outras naquela sala. Quem diria que ela poderia ficar ainda mais bonita? Deus foi muito bom com ela, disso ninguém contestava.

– Mas e você, Montenegro? Pretende se casar? -perguntou um dos políticos, tirando James de seus pensamentos pervertidos.

– Oh, já estou muito bem casado.

– A ruivinha gostosa ali? - perguntou outro. James se controlou para não pular no pescoço deles. Ele era um cara egoísta e não estava disposto a dividir Lily - mesmo ela sendo apenas sua parceira - com ninguém.

– Essa mesma. - respondeu com um sorriso.

– Tem sorte Montenegro, não é todo dia que se acha uma ruiva assim não.

– Lilian é... Única.

-X-

– Bartie tem muitas propriedades, sabe... - se gabou a loira ao falar sobre a fortuna do marido - Mas a minha preferida é a mansão no Egito. É simplesmente maravilhosa. Já teve a oportunidade de conhecer o Egito?

– Infelizmente não, mas irei sugerir ao James na próxima vez que viajarmos.

– Mas e seu marido, Lilian? Ouvi que ele tem uma quantia com mais de milhões. É comum viajarem para uma casa de verão?

Lily teve vontade de responder que não era de sua conta à quantia de seu marido, mas lembrou-se que não era assim que as mulheres dos milionários se comportavam.

– Nós vamos muito a casa nas montanhas do Peru, mas a minha favorita é a casa de praia no Rio de Janeiro. Já visitou o Brasil?

Colista meramente sorriu.

– Prefiro Paris. Sabe como é, capital da moda e tudo mais. Ate encomendei esse vestido de lá. Esse seu é uma peça rara. De onde é?

-X-

– Sabe Jay. - começou Bartie Crouch,um dos governadores mais corruptos conhecidos. James quis socá-lo pelo apelido, mas simplesmente sorriu desdenhoso. - Essa coisa de desvio de verba é coisa complicada. É difícil tirar dinheiro publico e desviar para sua conta sem ser descoberto. Quase fui pego uma vez, mas a policia não ousou prender um governador importante como eu.

– Entendo perfeitamente, Bart. Mas desvio de verba não é minha área, sabe.

– Mexe com trafico, certo?

– É bem mais fácil. Só é preciso usar o vicio dos outros á seu favor e pronto, você está rico.

– Realmente, Jay,você é um cara muito esperto. - respondeu Crouch,bebendo um pouco mais de seu uísque. Foi quando James sentiu um perfume conhecido.

– Sentiu saudades, "amor"?- sussurrou Lily em seu ouvido sensualmente.

James mudou de ideia sobre ir embora no mesmo segundo.

– Você não imagina o quanto. - respondeu a puxando para um selinho rápido, ignorando a sensação de borboletas em estômago.

– Senhores. - falou James com uma pontada de orgulho na voz - Essa é minha esposa, Lilian.

Todos a olharam maliciosos e acenaram. Lily sentiu vontade de vomitar.

– Amor. - falou ela com uma voz sedutora - Será que poderia falar com você a sós por um minuto?

– Falando assim você pode fazer o que quiser comigo, gata.

Lily o puxou pelo braço para um canto.

– Não aguento mais falar sobre vestidos caros e mansões com a Colista.

– Nem me fale, não sou obrigado a ficar ouvindo velhos tarados falarem sobre o quanto a minha esposa é gostosa.

Lily arqueou as sobrancelhas.

– Sua? Não sou sua, Potter. E eles me chamaram de gostosa? Isso é nojento.

– Nem me fale.

– De qualquer jeito, Rabastan e Colista foram para o andar de cima, pareciam estar brigando. Tem algo muito suspeito aí. - sussurrou ela.

– E o que fazemos agora?

Lily respirou fundo ainda não acreditando no que estava prestes a fazer;

– Não tire proveito da situação. - disse, e então o beijou calma e sedutoramente,mas antes de James pensar em retribuir,Lily já estava subindo as escadas e o olhando convidativamente por cima do ombro.

Ele a seguiu sorrateiramente e a encontrou esgueirada em um corredor vazio,onde havia vozes exaltadas saindo de uma das portas entreabertas. Ele ainda a olhava abobado quando Lily o puxou para seu lado.

–... Simplesmente ter feito isso! - exclamou uma voz masculina que James presumiu ser de Rabastan. -Você pode ter ferrado com tudo! Como pode ter sido tão estúpida?

– Eu apenas fiz o que me mandou! Não ache que eu iria me entregar que nem uma maldita prostituta, Rabastan. Eu valho muito mais do que isso! - falou uma voz feminina, que não era de Colista.

– Merda. - sussurrou James sobre a respiração. - Conheço essa voz

– Pois não é o que parece. - falou Lestrange- Porque não me disse para tratar disso? Sabe muito bem que tenho capangas e poderia ter feito o trabalho para você! Agora estamos na merda. Porque não me avisou?

– Eu estava desesperada! O que queria que eu fizesse? Ligasse pra policia?

Ouviram-se passos na base da escada e James se virou para a parceira.

– Tem alguém vindo. - sussurrou ele puxando Lily para dentro de uma sala. Ficaram calados por alguns segundos apenas ouvido a respiração do outro, e então a maçaneta girou.

– Não há outro jeito,vamos parecer -me por isso. - ele falou antes de agarrar uma das pernas de Lily e enlaçar em sua cintura, enquanto a outra mão a puxava de encontro á sua boca.

Ela o retribuiu sem hesitar, enlaçando-o com sua outra perna e o trazendo mais para mais perto de si. Suas bocas se moviam em sincronia, e o mundo poderia acabar naquele instante que eles não se importariam. Suas bocas se encaixavam perfeitamente, e o beijo de James era tão maravilhoso, tão perfeito, que Lily sentiu suas pernas perderem a força.

Uma mão passeava pelo ombro dele e a outra subia por sua nuca,o arranhando levemente ali. James gemeu. Ele a puxou para mais perto pela cintura e desceu seus beijos pela sua mandíbula, se dirigindo ao pescoço e finalmente seu decote. Lily também gemeu.

Foi quando foram interrompidos por um assovio.

Lily logo se afastou e tentou fracassada recuperar o fôlego.

– Desculpe a intromissão.. - sorriu maliciosamente um homem que James identificou como Mundungus Fletcher.

– Sem problemas. Já acabamos por aqui, não é querida?

– O resto é em casa. - ela sorriu safada,mas parecia atônita,e acenou com a cabeça em despedida, virando o corredor e descendo as escadas. Mundungus olhou bobamente para a ruiva.

– O que é preciso para ter uma dessas?

Lily procurou imediatamente um banheiro.

O que acabara de acontecer? Era para ser uma encenação, mas aquele rápido amasso mostrou que aquilo era tudo menos mentira. Lily se sentiu atraída por James. Lily se sentira excitada e quase tirara a roupa naquela mesma hora.

– Abstinência é uma merda. - falou consigo mesma.

Ignorou as borboletas em seu estômago, ignorou as mãos trêmulas e suadas e ignorou a sensação estranha em seu peito. Tratou-se de pensar no caso. Mas pareceu impossível tentar tirar o gosto de James de sua boca, seu cheiro, e a sensação de seus beijos.

Lily Evans naquele momento pensou estar sexualmente atraída por seu parceiro, e que definitivamente isso iria dar merda.


James desceu a escada procurando pela parceira, atônito. O que foi aquilo? Aquela ruiva era puro fogo, não poderia negar. Mas James não poderia se envolver com ela de tal maneira.

Então a imagem de seus olhos verdes brilhando de excitação invadiu sua mente e James se lembrou do gosto de sua boca,e o modo em que ela arranhara sua nuca,o fazendo gemer. Lembrou-se dos olhares sedutores e sua voz sexy o chamando de "amor". Lembrou-se do modo em que ela o puxara para si.

James Potter naquele momento pensou estar sexualmente atraído por sua parceira, e que definitivamente isso iria ser divertido.

– Você quer me matar? - murmurou James urgentemente enquanto puxava Lily pelo braço.

– Do que esta falando, Potter?

Eles foram para uma porta na lateral do cassino, que dava para uma rua deserta.

– Me beijar daquele jeito.

– Foi você que me beijou! - respondeu Lily alarmada e fechando a porta atrás de si.

– Mas você retribuiu! E digo,antes.

– Se eu não tivesse retribuído seriamos pegos, Potter. Precisava parecer que não queria ser interrompida.

James franziu o cenho.

– Quer dizer - falou ela lentamente - que eu quase te matei...

– Não foi bem assim. Ate que você beija legal.

– Porque me beijou daquele jeito? Não poderíamos simplesmente nos esconder ou fingir estar conversando?

James revirou os olhos.

– Um casal não some de uma festa para simplesmente "conversar". E você retribuiu com muito entusiasmo.

– Tudo atuação. Tinha de parecer real. – respondeu a ruivo um tanto embaraçado. - E eu não beijo legal. Meu beijo é arrebatador, e você sabe disso.

– Se beijasse tão bem quanto eu não estaria sozinha.

Lily pareceu magoada por um instante. James logo se arrependeu.

– Desculpe, eu... Não quis dizer isso.

– Não sei se percebeu Potter, mas VOCÊ TAMBÉM ESTÁ SOZINHO.

– Que você saiba.

– Tenho certeza. Ninguém aguentaria ficar um minuto na sua presença sem se sentir irritado.

– Ou excitado. – ele sorriu.

– Você é um idiota.

A agente Evans se virou para ir embora, mas James segurou seu braço.

– Espere,me desculpe,eu não quis te magoar. Aliás,eu... Sei com quem Rabastan estava falando antes. Era Bellatrix Lestrange. Conheci ela há muitos anos atrás, mas ela não pode me ver, vai me reconhecer. Pode ter tido um caso com John ou o seduziu por Rabastan,algo parecido. Ela é louca,Evans,disso posso ter certeza.

– Bem - falou a outra pensativa - Ela não apareceu na festa ainda,mas quando aparecer,é só me avisar que vamos embora.

Potter - no caso,Montenegro - seguiu Lily e eles voltaram para a festa,indo direto ao bar. Ele deu uma olhada pelo salão.

– Sem sinais da Bellatrix. - ele disse,mas logo viu que estava falando sozinho pois Lily estava se dirigindo a pista de dança.

– Aonde esta indo?

Ela o olhou por cima do ombro e sorriu.

– Conseguir algumas respostas.


Lily bebericou seu champanhe e passou os olhos pela festa. Muitos casais agora rodavam pela pista de dança ao som da musica clássica. Ela estava sem James,o que facilitaria muito o trabalho. Viu Rabastan a encarando do outro lado e o encarou de volta.

– E ele mordeu a isca. - sussurrou consigo mesma.

– Uma dama como a senhora não deveria ficar sozinha. - falou o moreno que se aproximava rapidamente de Lily.

– Muito pelo contrário. Sou exatamente o tipo de mulher que espera ficar sozinha.

Rabastan sorriu.

– Onde esta seu marido, Senhora Montenegro?

– Por favor,me chame de Lilian. - ela lhe lançou um sorriso - Não sei onde James anda,provavelmente fumando um charuto e conversando futilidades.

– Nesse caso,Lilian. - ele lhe estendeu a mão - Me concede essa dança?

– Seria um prazer. - respondeu ela, largando sua taça na mesa e segurando sua mão.

Eles foram para o centro da pista de dança e Rabastan enlaçou firmemente a cintura de Lily.

– Uma preciosidade como você não deveria andar por aí sozinha. - murmurou ele sedutoramente.

– Não tenho medo de ficar sozinha. - ela respondeu chegando seu rosto mais perto do dele - Quando James viaja a negócios, prefiro a solidão.

Ele a girou.

– Mas é claro que tenho minhas companhias eventuais. - sussurrou Lily,seus narizes quase se tocando. - O senhor aproveita a solidão, senhor Lestrange?

– Aproveitaria agora.

Lily sorriu e se distanciou um pouco.

– Às vezes eu queria ir com meu marido resolver alguns problemas com a firma. Seria muito mais rápido. O senhor leva sua esposa para as viagens de negócios?

– Sempre. Mas... De que firma esta falando?

– Ora, a firma do meu marido. Ele tem muitas espalhadas por todo mundo a fim de administrar o trafico melhor. Quer dizer, todos têm coisas desse tipo. O senhor não?

– Oh, mas é claro. Tenho alguns contatos que cuidam das verbas desviadas...

– Com licença. - interrompeu uma voz. Lily arqueou as sobrancelhas em irritação. - Será que o senhor poderia me deixar dançar com essa bela dama?

– Claro que sim. - ele falou educado, mas não parecia nem um pouco feliz com a interrupção, e foi embora.

– James Potter,o que deu em você? - falou Evans irritada enquanto era pega pela cintura pelo parceiro.

– O que foi aquilo, Evans? Esta ficando completamente doida? Sua frustração sexual é tanta assim? Esse é RABASTAN LESTRANGE. O cara é da pesada, não pode simplesmente flertar com ele!

– Eu estava conseguindo uma informação, seu retardado. Se o senhor não tivesse aparecido, eu já estaria sabendo sobre os desvios de verbas publicas!

– Não me importa. Não quero você dando em cima de qualquer um só por informação.

Lily riu em escárnio.

– E quem é você para me dizer o que fazer? Faço isso desde que entrei no Departamento, então não me venha com esse ataque de ciúmes aleatório!

– Eu não estou com ciúmes! É só...

– Só o que? Pelo amor de minha sanidade mental, Potter. Você está estragando tudo!

Mas James não parecia estar ouvindo, pois sua mente estava focada em outro lugar acima do ombro de Lily.

– Bellatrix esta na festa.

– O que?

– Vamos Evans, finja que esta brigando comigo.

– Mas eu estou brigando com você!

James olhou furtivamente para Bellatrix - que atá ali não o tinha notado- e pegou a mão de Lily. Eles se despediram rapidamente de todos - Lily com ânsias de vomito cada vez que um dos homens a olhava com cobiça - e foram embora.

– Ok essa foi por pouco, se Bellatrix tivesse me visto... - começou James, mas logo foi interrompido pela mão de Lily em sua face.

– Isso é por me agarrar! - falou ela entre dentes. - E isso - James recebeu um soco em seu braço esquerdo- é por ter me interrompido quando estava dançando com o Lestrange. E isso – ela o socou mais uma vez – É por achar que eu estou me divertindo come essa merda.

– Ei! Você bem que gostou do amasso que eu sei. E que história é essa de "Me interromper enquanto dançava com o Lestrange"?

– Você atrapalhou o andamento do caso! Sorte que temos um churrasco amanhã numa das mansões de Colista - não graças á você- ou teríamos que nos virar de outro jeito.

– Mas nós fomos convidados?

Lily revirou os olhos.

– Claro que fomos Potter. As pessoas costumam me amar, sabe.

– Pobrezinhas. - murmurou James sobre a respiração.

– Desculpe?

– Está desculpada.

-X-

– Está entregue, senhorita.

James a havia deixado na porta de seu prédio, pois segundo ele, por mais que Lily tivesse uma arma, ninguém andaria seguro ás quatro da manhã em Nova York.

– Ainda estou te ignorando.

– Me desculpe ok? Por ter te agarrado. Mas não tínhamos saída e... Merda. - ele xingou após ver a mensagem que Sirius havia o mandado.

"Não venha para casa hoje,sobre circunstância alguma,não importa a eu juro que te mato. Amor,Pads."

– O que foi? - perguntou Lily pouco preocupada.

– Fui expulso da casa de Sirius por hoje. Será que... - ele sorriu angelicalmente.

– Oh, não! Não mesmo.

– Por favor? - ele fez uma cara de cão abandonado. Lily logo se deu por vencida.

– Certo. - respondeu seca. - Você pode ficar com o sofá.

Lily Evans considerou estar sexualmente atraída por seu parceiro e resolveu que isso não estava certo.


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Notas finais do capítulo

Yayyyyy e aí o que acharam? Lily e James não deveriam ter se beijado? James é um idiota? Lily está na tpm? Deixem suas opiniões!
Até que ficou divertido,né? Enfim,espero que realmente tenham gostado (principalmente da parte da pegação hohohohoho) e logo logo temos o capitulo 6!
Beijos e até a próxima ;)