Cops escrita por sobrehumana


Capítulo 17
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

GENTE EU TO DE VOLTA OI DESCULPAAAAAAA LFKJSD~KLÇV~RECJO~´VNJEÕNKJED
Eu sei que um ano é muuuuuita coisa, mas nesse um ano aconteceu muuuuita coisa e eu tive o tão famoso bloqueio de autor. ME PERDOEM. Eu sei como é sentar e esperar séculos pra fic atualizar, mas eu comecei outras histórias e acabei me enrolando toda!
Enfim, o capitulo não é aqueeeeeela coisa não, mas eu não aguentei deixar vocês esperando mais tempo sendo que já tinha um pronto.
É isso, apreciem sem moderação! E eu juro não demorar mais um ano pro próximo capitulo hahaha



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“O amor é paciente, é gentil. Não inveja, não se vangloria, não é orgulhoso. Ele não desonra os outros, não se irrita, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Ele sempre protege, sempre confia, sempre espera. Tudo suporta.”

A chuva caía incessante e batia nas janelas de uma casa humilde no bairro Brooklyn. Dois garotinhos corriam pela sala numa brincadeira inocente enquanto sua mãe os observava com um misto de tristeza e carinho em seus olhos. Havia mais de duas horas que ele saíra e, com tanta chuva, Jolene Melody Moore temeu a raiva que o marido sentiria ao chegar em casa provavelmente ensopado e – como sempre – bêbado. Temeu por seu querido James e o pequeno Nick que, tão pequenas, tinham em casa como pai um tirano.

Sua amiga Donna havia lhe oferecido um lugar para ficar caso decidisse sair de casa de uma vez por todas. E estava decidido: Assim que o dia raiasse, ela pegaria seus filhos e os levaria para longe daquele inferno. Arrumaria um emprego, deixaria de depender dos outros. Iria dar a Nick e Jamie uma vida digna.

Olhou para seu tão maduro filho mais velho e o observou contar uma história ao irmão.

– Na torre da princesa havia um ogro horrível e malvado que não deixava ninguém entrar. – contava James com suspense. – Qualquer ser vivo que chegasse perto, o ogro jogava contra a parede e rugia até que a criatura caía desmaiada de medo.

– Jamie? – perguntou o menor com curiosidade. – O papai é um ogro?

Os olhos de Jolene encheram-se de lágrimas, pois todos que conheciam seu marido sabiam a respostar para a pergunta pertinente.

– Pode ser, Nick. – respondeu o mais velho.

– E a mamãe é a princesa?

– E nós somos os heróis! – exclamou James, fazendo cócegas no irmão, rindo junto.

– Mas e se não conseguirmos salvar a princesa.

– Oh, Nick, mas nós vamos. Somos os mais fortes e corajosos.

– Você promete?

James olha para a mãe e pisca.

– Prometo.

XXXXX

Era como estar drogado.

Sua mente estava dormente. A atividade do seu sistema nervoso diminuía. Sua percepção estava modificada e sua atividade pulmonar aumentava a cada segundo. Suas pupilas estavam, de fato, dilatadas, e seus olhos ardiam.

Era como se tudo não passasse de um borrão, um fragmento de uma noite de porre quando ele acorda de uma ressaca qualquer.

Sentiu suas mãos tremerem.

Ouviu alguém chamar seu nome numa voz arranhada e conhecida e seu corpo retesou ao reconhecer de quem pertencia.

Abriu os olhos de vez, mas logo uma luz forte e branca o cegou e como reflexo James fechou-os com força novamente.

Sua cabeça doía. Seus ouvidos zuniam.

Sentiu algo quente e macio cobrir sua mão e a voz falou mais uma vez, soando aliviada e preocupada ao mesmo tempo.

– James? Querido, você pode me ouvir?

Ele abre os olhos devagar, piscando devagar e lentamente, expulsando algumas lágrimas que ele nem ao menos sabia que estavam ali.

Reconhece os cabelos ruivos de Lily e suspira.

– Lily. – ele consegue sussurrar numa voz seca e raspada.

– Oh James. – ela murmura com os olhos marejados e acaricia os cabelos revoltos do agente, que fecha os olhos com o toque.

– Lily, onde estou? – diz ainda meio tonto. – O que aconteceu?

Ele lembrou-se de alguns flashes, mas tinha certeza de que eram de seu pesadelo. Algo sobre seu irmão, uma arma e um corpo ainda quente caindo no chão e formando uma poça de sangue capaz de...

– No hospital. Você não se lembra de nada?

James olha em volta e percebe que está no quarto de hospital, com a cabeça encostada no travesseiro e Lily debruçada sobre ele, nunca deixando de acariciar seus cabelos. Ele não gostou da maneira que fazia o gesto. Parecia ser de... Consolo.

Ele sentia algo ruim. Um reviro no estômago, uma dor no fundo da alma. Algo parecido com perda.

– Lily, o que... O que houve?

E então Lily fecha os olhos e franze os lábios em uma expressão quase dolorida. Respira fundo, como se o oxigênio pudesse limpar um pouco de sua alma, mas falhando miseravelmente ao abrir os olhos e encontrar a expressão quebrada de James. Seus olhos castanhos úmidos, o rosto pálido e uma expressão de quebrar o coração. Ele não merecia aquilo.

– Eu... – ela tenta falar, tenta encontrar sua voz para dizer o que havia acontecido, mas não consegue. Ela não quer ser a pessoa que irá destruir o pequeno mundo de James Potter com algumas frases. Ela quer ser a pessoa que irá consolá-lo. – Dumbledore pode te explicar melhor, querido.

– Mas... – ele parece tão desorientado, tão fora de lugar. Era como se estivesse presente apenas de corpo, e sua alma havia viajado para um local distante e vazio, e nem mesmo os olhos vívidos de Lily poderiam o fazer acordar do estupor. – O que estou fazendo no hospital? O que aconteceu? Onde está Dumbledore?

– Na sala de espera, resolvendo algumas coisas. – sussurrou ela. – Ele queria te dar um espaço, só isso.

– Mas Lily... – ele tenta argumentar, mas sua cabeça está zunindo e seu corpo está cansado, então ele simplesmente suspira e descansa a cabeça no colo da ruiva, que beija sua testa.

Lily encara a parede a sua frente, pois não pode enfrentar a expressão de James, não quando ele não se lembrava de nada. Ela então espera, como ele havia esperado por ela quando Emily se foi. Ela espera ele recuperar sua memória, se dar conta de que não era apenas um sonho. Ah, como ela queria que fosse apenas um pesadelo, que eles acordariam nos braços um do outro sabendo que nada daquilo era real.

– Lily. – ele sussurra com uma voz assustadoramente calma. Ela finalmente encontra seus olhos e eles estão a encarando como um desafio. – Não foi um pesadelo, foi? Nicholas, ele morreu de verdade. Ele se matou, não é?

– Sim.

Ele suspira pesadamente, a respiração quase rápida demais, e ela quase pode ouvir seus pensamentos.

“Por favor, que não seja o Nick. Por favor, por favor, por favor...”.

Perder alguém que você ama já é doloroso o suficiente, imagine passar pela situação duas vezes.

Minutos se passam até que a respiração de James se acalma e ele finalmente se pronuncia.

– Dumbledore... – mas é tudo o que ele consegue falar.

– Ele tem o exame de DNA preparado. Ele só queria esperar você ficar bem. – Lily completa para ele.

– Eu... O que aconteceu Lily? A última coisa que me lembro de é de ter o visto caindo no chão e só.

– Você... – ela se remexe desconfortável no colchão, o coração pesado. – Você entrou em estado catatônico. Você não se mexia, quase não piscava ou respirava. Na hora em que a polícia chegou eu liguei para Remus e ele e Sirius me ajudaram a te colocar num carro e...

Ele a encarava espantado, observando as mãos de Lily tremerem e suas lágrimas finalmente caírem sem parar.

– Eu fiquei tão assustada, James. Tiveram que te dar três calmantes e...

– Meu Deus. – ele murmura entre a respiração e a puxa para um abraço. – Me desculpe por te assustar.

Respirando fundo e se afundando nos braços de James, Lily se sente mais calma quase instantaneamente.

– Não, você não tem que se desculpar... Estava estado de choque, eu entendo. Eu só fiquei assustada, fiquei com medo por você.

Ele a aperta forte e beija os cabelos ruivos.

– Está tudo bem. Eu estou bem, eu...

Mas ele não estava. Ele estava longe de bem e por dentro a dúvida o corroia por dentro. Até que descobrisse a verdade – o que seria logo, ele assumia – seu coração não iria sossegar. E até descobrir a verdade, independente de qual ela fosse, levaria um tempo até que se sentisse bem. Então ele sussurra palavras de conforto não só para a mulher em seus braços, mas para si.

– Eventualmente, eu vou ficar bem.

Há uma batida na porta, e por ela entra Albus Dumbledore, com uma expressão sombria e pesarosa.

– Como você está, James? – ele pergunta genuinamente preocupado.

– Hm... Melhor eu acho. – James responde. Ele tem os olhos distantes e perdidos.

A imagem de Nicholas – não, Mark – caído ao chão envolto na poça do próprio sangue trazia a ele sensações terríveis. Ele tentava não pensar nisso, mas a possibilidade de aquele ser seu irmão, aquele que ele julgava estar morto há anos, o atormentava a ponto de sentir seu estômago revirar-se.

– Me desculpe, eu... – ele disse um tanto tonto. Lily o encarou preocupada. – Eu preciso...

E então correu para o banheiro do quarto e vomitou. Lily correu para ampará-lo, acariciando suas costas e dizendo palavras de consolo, mas nada parecia tirar de James a sensação de que a verdade seria o que ele mais temia.

James quis que, como toda bile que deixou seu corpo, os últimos acontecimentos também fossem embora por água abaixo.

– Quer que eu chame a enfermeira? – perguntou a ruiva.

– Não, não é preciso. Foi só uma náusea, nada com o que se preocupar.

– Bem, Agente Potter. – Dumbledore diz com a voz entristecida. – Eu devo perguntar se o senhor está disposto a fazer o teste de DNA. Eu queria dizer-lhe que a escolha é sua, mas teríamos que fazê-lo de qualquer maneira, são os procedimentos policiais. Precisamos ter certeza de quem ele era.

– Albus, por favor. – Lily o olhou suplicante. James mal conseguia se manter em pé, quanto mais fazer um teste que nas piores das hipóteses, lhe causaria dor eterna. – Não podemos fazer isso amanhã? Ele precisa descansar.

Dumbledore examinou o moreno, que se debruçava sobre a pia, jogando água em seu rosto pálido.

– É claro. Perdoe-me pela inconveniência. Espero que melhore, agente Potter. Ligue quando estiver pronto. – ele sorriu com pesar. – Agora se me dão licença, tenho assuntos inacabados a tratar. A propósito, o Senhor Black e o Senhor Lupin estão lá fora.

– Oh. – Lily havia se esquecido deles completamente, tamanha era sua preocupação com James. – Poderia mandá-los entrar, por favor?

O velho diretor assentiu e saiu porta afora.

– Ei. – Lily chama a atenção de James, que a mira pelo reflexo do espelho. Mesmo com o semblante cansado e os cabelos completamente bagunçados, ela parecia linda, James constatou. – Você está bem para falar com Remus e Sirius?

Ele queria dizer que não estava bem para nada, nem mesmo para respirar, que a agonia em seu peito não iria passar até que soubesse do maldito resultado do teste. Mas sabia que seus amigos estavam morrendo de preocupação, por isso deu seu melhor sorriso – que, para Lily, pareceu mais com uma careta – e disse que sim, estava bem.

– James, você está bem, cara? – a voz de Remus preenche o quarto e logo ele e Sirius estão em volta dele, demonstrando sua preocupação. Ao contrário do que James pensara, os dois não o bombardeiam com perguntas, e até brincam um pouco, fazendo com que o moreno se sentisse menos pior.

Após a visita do casal, James pediu para que Lily o levasse para casa.

– Você quer ir para o seu apartamento? – ela perguntou, estranhando a decisão do namorado. Ela só havia estado lá uma vez, e desde que Emily morrera, James praticamente morava com ela.

– Sim, quer dizer... Não é como se tivesse outro lugar para ir. Não quero incomodar mais Sirius e, bem, seu apartamento... – sua voz morreu e ela entendeu imediatamente. A casa de Lily virara uma cena de crime e ela entendia completamente o porquê de ele não querer ir para lá.

– Claro, tudo bem.

– E Lily? – pergunta ele, segurando as mãos da mulher de cabelos vermelhos. – Obrigado. Por tudo.

A expressão dela muda, sorrindo com tristeza e conforto para James.

– Não precisa agradecer. Não depois de tudo o que passamos juntos. – Ela encara suas mãos pequenas entrelaçadas à dele, e então os olhos castanhos esverdeados que tanto adorava. – Eu queria esperar um momento mais oportuno, ou... Romântico, sei lá. Eu sei que você tem muito na cabeça, e que a última coisa com que vai se preocupar é seu relacionamento com a agente ruiva louca, mas... Eu só queria dizer que, James Potter, eu te amo. E que você pode contar comigo, independente das circunstâncias.

Com o discurso de Lily, algo no peito do moreno pareceu afrouxar-se, e ele então se viu cair em lágrimas, abraçando a mulher maravilhosa que aparentemente o amava.

– Oh, minha Lily. – sussurra ele entre lágrimas e fios de cabelo acaju. – Você não faz ideia do quanto é bom ouvir isso. Eu também te amo. Muito.

– Você sabe que vai ficar tudo bem, não é? – ela o encara, acariciando seu rosto e o beijando levemente nos lábios.

Ele a encarou por um momento, pensando que, mesmo no meio de toda dor e sofrimento, havia encontrado alguém que o fizesse sentir-se vivo. Nem tudo estava de mal a pior.

– É. – diz James, com um sorriso infeliz. – Espero que sim.

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Notas finais do capítulo

É isso.
Eu queria deixar uns esclarecimentos sobre a história: Sei que houveram pontos que precisam de esclarecimentos, e que não pude preencher. Eu não tive nenhum planejamento com os acontecimentos dentro da história, e tudo virou uma bola de neve de confusão. Como todos sabem, escrever vem com erros, e amadurecimento. Qualquer tipo de questão mal resolvida na fic, eu espero preencher no próximo capítulo, e se não pude, foi por motivos de não saber lidar com o desenvolvimento do plot. Espero que compreendam que é errando que se aprende, e pretendo escrever mais romances policiais (dessa vez coesos e completos, com desenvolvimento de personagens, introdução do plot desde o inicio da história, etc) com mais qualidade rs.
Enfim, queria também agradecer á todos vocês que foram pacientes e esperaram, acompanharam e surtaram com a história. Sem vocês, não haveria Cops, gente!
OBRIGADA PELAS 1000 VIZUALIZAÇÕES E OBRIGADA LILS, BIANCAPETENUCCI, SKY JACKSON, ANÔNIMO ( me diga seu nome porfa), LARA E BRENDA, E ANÔNIMO DE NOVO (gente pfvr coloca o nome todslkcjclkdcçdl) PELAS RECOMENDAÇÕESSSSSSS
Sério, não sei como agradecer a vcs leitores, e muito obrigada pela paciencia.
Até o proximo (e ultimos *chora*) capitulo!



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