Cops escrita por sobrehumana


Capítulo 18
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

ME DESCULPEM MEUS AMOREE MEU DEUS DO CÉU
Eu sei que demorei séculos pra atualizar mas eu prometo e cumpro NUNCA ABANDONO UMA FIC QUANDO FALO QUE NÃO VOU ABANDONAR.
Cops foi meu bebe por um graaaande tempo e agradeço a todos vcs que me deram apoio e leram, comentaram, favoritaram, recomendaram.... Enfim.
OBRIGADA
SEM VOCÊS NÃO SOU NINGUÉM ♥ ♥ ♥
Espero que gostem, qualquer erro corrijo depois é que eu to tão agoniada pra postar que nem betei rrsrsrssrsr
Beijosssss apreciem!



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“Coragem é fazer uma coisa mesmo estando derrotado antes de começar e mesmo assim ir até o fim, apesar de tudo.”

— Harper Lee

 

Nova York, 1994

 

Ele odiava aquele lugar.

Era como se tudo girasse ao seu redor, como se o único que importava ali era ele.

Seus pais adotivos realizavam todos seus desejos, faziam todas as suas vontades, por mais absurdos que fossem os pedidos.

Um pônei? Mas é claro, por que não?

Uma casa na árvore? Só o melhor para o filhinho amado.

Quebrou seu novo vídeo game em um acesso de fúria? Não tem problema, é possível substituí-lo.

Tudo isso não por que seus “pais” o amavam, ou por que era o mais novo da família. Ele sabia que era pena. Sempre soube.

O pobre garotinho órfão, abandonado pelo irmão mais velho. Oh, coitadinho, ele merece ser feliz!

O que eles não sabiam era que Nicholas não queria sua pena, muito menos sua simpatia. Ele queria sua mãe e seu irmão de volta. Ele queria ir embora.

E foi o que fez.

Numa madrugada qualquer, pegou seu casaco e um gorro e correu porta afora, sem sequer olhar para trás. Aqueles não eram seus pais, não era sua família de verdade, nunca seria.

Sua única família era James, e ele iria encontrá-lo.

Ele precisava encontrá-lo.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

NY, Atualmente.

O som dos carros e da música baixa era como zunidos em seu ouvido, e sua cabeça doía.

Encostado no banco do carona, ele encarava as ruas que passavam como flash diante de seus olhos. A cidade parecia alheia de qualquer acontecimento, e apenas estava ali, bela e radiante, como se nada de ruim acontecesse nela.

Eles param num sinal e ele observa duas crianças brincando na calçada, uma moça – provavelmente a mãe – os advertindo para tomarem cuidado com os veículos.

Uma onda de nostalgia e perda monopoliza sua alma e James segura suas lágrimas pela milionésima vez naquele dia.  Ele odiava chorar na frente de alguém. Ele odiava se sentir tão impotente, tão ineficaz a ponto de não conseguir abrir um pequeno envelope.

Lily, sendo ela mesma, oferecera docemente ler o maldito papel para ele, mas James não teve coragem. Apenas guardou no bolso de sua calça e pegou seu casaco, pronto para sair daquele maldito hospital, como o covarde que era.

Ele não era idiota, sabia muito bem pelo olhar de Dumbledore o que estava escrito naquela carta. Mas ele não podia, era incapaz tanto física quanto emocionalmente de descobrir a verdade e torná-la terminantemente exata.

A mulher de cabelos acaju ao seu lado o fitou, encontrando seus olhos marejados. Sem dizer uma palavra, ela apenas segurou sua mão e com a outra, continuou dirigindo pelas ruas de Nova York, o semblante negligente e atormentado.

Talvez ela não tivesse reparado, mas naquele momento James nunca a amou tanto. Ele agradeceu a todos os deuses por tê-la ali, segurando sua mão em um dos momentos mais difíceis de sua vida. Talvez ela sentisse que um mero contato físico não resolvesse muito, mas para ele era a como se a força de um sol o envolvesse, esquentando todas as partes do seu corpo prontamente.

E ele sabia que isso bastaria.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXx

O transtorno dissociativo de identidade, originalmente denominado transtorno de múltiplas personalidades, conhecido popularmente como dupla personalidade, é uma condição mental em que um único indivíduo demonstra características de duas ou mais personalidades ou identidades distintas, cada uma com sua maneira de perceber e interagir com o meio.

O pressuposto é que ao menos duas personalidades podem rotineiramente tomar o controle do comportamento do indivíduo. O critério de diagnóstico também leva em consideração perdas de memória associadas, geralmente descritas como “tempo perdido” ou uma amnésia dissociativa aguda.

Quando Severus Snape foi diagnosticado com TDI, ele não acreditou muito. Afinal, isso era loucura. Quem poderia ser duas pessoas em um só corpo? Para ele, aquilo era coisa de gente maluca, algum de tipo de delírio causado por drogas.

Porém, olhando mais à fundo, ele se assustou profundamente ao se identificar com os sintomas.

 “Define-se dissociação como um processo mental complexo que promove aos indivíduos um mecanismo que os possibilita enfrentar situações traumáticas e/ou dolorosas. É caracterizada pela desintegração do ego. A integração do ego, sendo o ego o centro da personalidade, pode ser definida como a habilidade de um indivíduo em incorporar à sua percepção, de forma bem-sucedida, eventos ou experiências externas, e então lidar com elas consistentemente através de eventos ou situações sociais. Alguém incapaz disso pode passar por uma desregulagem emocional [1], bem como um potencial colapso do ego. Em outras palavras, tal estado de desregulagem emocional é, em alguns casos, tão intenso a ponto de precipitar uma desintegração do ego, ou o que, em casos extremos, tem sido diagnosticado como uma dissociação.”

Ele não havia “incorporado” muito bem eventos e experiências externas alistadas à sua infância, principalmente relacionadas ao seu pai. Durante anos de sua vida, fora violentado repetidamente e sua mãe não fez nada para ajudá-lo. Ela simplesmente fingia não ver.

Foi um tanto quanto surpreendente chegar certo dia da escola e encontrá-la lavando suas mãos ensanguentadas na pia da cozinha ao lado de duas sacolas de lixo que tinham um cheiro muito mais desagradável que chorume.

Porque o indivíduo que sofre uma dissociação não se desliga totalmente da realidade, ele pode aparentar ter múltiplas personalidades para lidar com diferentes situações. Quando um alter não pode lidar com uma situação particularmente estressante, a consciência do indivíduo acredita estar dando à outra personalidade a chance de eliminar a causa da situação.

Foi na faculdade de encontrou ajuda.

Ele não sabia o que acontecia à noite, e acordava sempre cansado. Vivia num estado permanente de insônia e muitas vezes era pego dormindo em aula. Certo dia, um professor foi conversar com Snape, querendo saber o que acontecia.

O senhor de olhos sábios parecia se importar, então Severus contou de sua condição para Dumbledore, que imediatamente prometeu ajudá-lo.

Terapia cognitiva comportamental, medicação, hipnoterapia... Todos os tratamentos pareciam estar funcionando e ele se sentia cada vez mais normal, motivado a continuar estudando cada vez mais.

Após dois anos de tratamento intensivo, ele estava curado. Ou, pelo menos, seu outro eu estava bem guardado, debaixo de mil chaves e portas trancadas dentro de sua mente. Ele poderia se formar, trabalhar... Quem sabe até se casar um dia.

Por um deslize, ele estragou tudo.

As coisas estavam ótimas. Ele tinha um emprego fixo no Departamento de Crimes Violentos do FBI, um bom apartamento e – quem diria? – uma namorada. Estava tomando suas medicações como deveria, e tomava cuidado com cada caso para não desencadear qualquer problema.

Bastou um deslize.

Havia brigado com Emily naquele dia, então o que mais queria era resolver um caso. Ele precisava desviar seus pensamentos para algo mais produtivo como, por exemplo, prender criminosos.  Com a cabeça cheia, pegou qualquer arquivo na mesa de Simpson e leu superficialmente.

Pediu para a Prewett lhe mostrar o corpo para examinar melhor a situação, e quando chegou ao local de trabalho da colega, e ela lhe mostrou o corpo – ou o que restava dele – percebeu a grande burrada.

A vítima havia sido esquartejada.

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“Você precisa comer alguma coisa.” Diz Lily prontamente. Encara James com uma mistura de agastamento e indulgência, esperando que o moreno a respondesse pela décima vez.

Ela sabia que não era fácil.

Remus e Sirius sempre ligavam para falar com o amigo, e os pais do detetive fizeram questão de comprar uma passagem para Nova York afim de apoiar o filho. Infelizmente, Dorea e Charlus chegariam na próxima semana, e Lily queria estar ali para James, dando seu melhor para ampará-lo.

Sabia também que aquele tipo de dor era incompreensível por outras pessoas. Ela também perder o irmão, e Emily – que considerava de sua família – e sabia exatamente como James se sentia. Ela sabia que não era preciso extrema cautela ou olhares de piedade. Para Lily, não existia coisa pior do que o olhar de pena alheio, ainda mais quando as pessoas não tinham a menor noção do que realmente havia acontecido.

Sendo assim, ela apenas o deixava quieto, não o pressionando a falar ou expor seus sentimentos. Ele sabia que ela o escutaria, não importasse o momento. Então ela simplesmente o abraçava, ou segurava sua mão, assim como ele fizera com ela.

Mas não ajudava quando o dito cujo se recusava a comer ou beber qualquer coisa. Lily não sabia o que fazer.

“James.” Ela chamou, e ele parou sua leitura – O Sol é para todos, dizia a capa – para encara-la como se ela houvesse aparecido do nada.

“Desculpe, eu não vi que estava aí. O que disse?”

Lily suspira e o entrega um prato.

“Você não come nada desde ontem. Por favor, coma alguma coisa.”

“Não estou com fome, Lil.” Ele responde e volta a sua leitura, como se nada estivesse acontecendo.

Ela fita seu rosto pálido e as olheiras insultuosas, preocupada.

“Sei que está tentando levar isso da melhor maneira, mas James...Não é guardando as coisas para si que vai ajudar.”

“O que quer que eu faça, Evans?!” James murmura raivoso. “Chore desesperadamente? Enlouqueça? Desculpe, não sou você.”

Lily o encara, magoada. Instantaneamente, o moreno suspira arrependido e joga o livro no sofá, escondendo o rosto entre as mãos.

“Me desculpe, não foi por mal.” Diz com a voz abafada.

“Tudo bem.” Ela sussurra e o abraça, apoiando o rosto em suas costas. O coração de James bate rapidamente.

Tum-tum Tum-tum Tum-tum Tum-tum

Adiar não vai ajudar na dor, querido. Se continuar guardando toda essa dúvida e aflição... Não vai te fazer bem.”

Tum-tum Tum-tum Tum-tum

“Posso ler para você, se quiser.”

Tum-tum Tum-tum

“Não.” Ele finalmente responde. “Não é preciso.”

Ele estica um pouco seu braço e pega o envelope, que estava parado na mesa de centro como se fosse uma bomba-relógio prestes a explodir o prédio inteiro. Mas ao invés de ouvir o tick-tock usual do relógio, ele escutava o próprio coração, prestes sair pela boca.

Tum-tum Tum-tum Tum-tum Tum-tum Tum-tum Tum-tum Tum-tum

Com as mãos tremendo, rasga o papel e abre a carta, o impresso vibrando contra seus dedos e as palavras borradas.

Relatório referente às praticas de extração de DNA e eletroforense

Tum-tum Tum-tum Tum-tum Tum-tum

“James?”

Tum-tum Tum-tum Tum-tum

Deu positivo.”

Tum-tum Tum-tum

Era ele Lily.”

Tum-tum

Era o Nick.”

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Parecia não ter fim.

Era como se sua vida fosse uma tragédia grega, cheia de dores e problemas familiares, sempre atrasando sua felicidade. E, no final, era deixada com milhares de feridas incapazes de serem cicatrizadas.

Tudo começou com o maldito Malfoy.

Perdera Carter. Perdera seu filho. Perdera Emily. Perdera seu pai, sua irmã, até sua mãe. E, aparentemente, estava prestes a perder James.

Pelo menos por um tempo, até que ele voltasse a ser o cara brincalhão e maroto que conhecera e tanto amava.

Queria morar num universo alternativo onde todos estivessem bem e felizes, onde não houvesse crimes ou assassinatos.

Mas, infelizmente, aquela era a realidade, e quando ela atingiu James de vez era como se o coração de Lily se quebrasse total e repetidamente.

“Ah, James..” ela disse segurando as lágrimas que já embaçavam sua visão. “Eu sinto tanto, querido. Eu sinto tanto.”

Levaram-se segundos até ele digerir os acontecimentos, até Lily ouvir um soluço sofrido. James estava ali, em seu colo, com as mãos no rosto e lamentando por seu irmão. E não houve nada que ela pudesse fazer a não ser abraçá-lo.

Ela não podia dizer “está tudo bem” ou “vai passar”. Sabia de experiência que aquele tipo de ocorrência marca as pessoas para sempre, e elas meramente deviam aprender a conviver com a dor.

Quando McGonnagall ligara e avisara que Dumbledore queria conversar com ela e James, quase mandara o diretor para o inferno.

“É sobre Emily.” A secretária havia dito, hesitante. “É importante.”

Ela não iria deixar James sozinho, não mesmo. Por mais que doesse pensar daquela maneira, Emily estava morta. James estava ali, vivo, precisando dela.

Uma semana se passara desde a ligação de McGonnagall.

James não esboçava qualquer reação. Ele apenas dormia, acordava suado de um pesadelo, comia qualquer coisa e tomava alguns remédios. O ciclo se repetia viciosamente, e Lily estava realmente preocupada.

Ele não falava com ela, apenas acenava com a cabeça quando a ruiva o perguntava algo e sua barba estava por fazer.  

James finalmente desabou quando Charlus e Dorea chegaram, e Lily sabia que ele estava em boas mãos. Com um beijo delicado e um abraço forte, despediu-se do moreno, afim de descobrir qual era o assunto tão importante que Dumbledore queria discutir com ela.

xx

 O que Dumbledore a disse fez Lily perder o chão.

Severus Snape havia matado Emily.

 Severus Snape, segundo melhor agente do Departamento de Crimes Violentos do FBI, noivo de Emily, havia assassinado sua melhor amiga.

“M-mas como?” gaguejou ela sem reação.

É claro que Snape era o primeiro suspeito, afinal ela havia o encontrado na cena do crime, coberto de sangue junto ao corpo. Lily quis matá-lo, e se não fosse por James...

“Lamento, Lily.” Disse o mais velho. “Sei que é um choque...”

“Um choque?!” Exclamou ela, se levantando da cadeira. Suas mãos tremiam, a adrenalina era tanta que se conteve para não quebrar tudo da sala do diretor. “Como só descobriram isso agora?! Quer dizer, eu havia prova o suficiente para declará-lo culpado e mesmo assim você insistiu em continuar as investigações. Por que o protegeu?”

Dumbledore, com os olhos velhos e sábios, parecia exausto. Encarou Lily com pesar e, por um momento, ela jurou ver arrependimento.

“Preciso que entenda Senhorita Evans, que precisávamos ter certeza sobre o assassino. Afinal, a maneira com que o corpo fora encontrado indicava que ela poderia ser mais uma vitima do assassinato em série.”

Lily não sabia o que sentir. Não sabia se queria encontrar Snape e estrangulá-lo com as próprias mãos, ou se queria sair correndo dali e nunca mais voltar. Limpando as lágrimas que insistiam a cair furiosamente sobre seu rosto, ela encarou o senhor.

“Por que ele fez isso?”

E então ele esclareceu tudo.

Sobre como havia sido professor na universidade de Snape, e como descobrira que o mesmo sofria de transtorno dissociativo de identidade devido seus traumas de infância. Sobre como Dumbledore o havia ajudado a superar seus medos e se livrar – ao que parecia, temporariamente – do TDI, o aconselhando nos momentos difíceis e sendo seu guia durante os treinamentos do FBI.

Quanto mais ele falava, mais raivosa Lily ficava, andando de um lado para o outro na pequena sala, as mãos fechadas em punhos.

“Você sabia da condição dele e mesmo assim o aconselhou durante o treinamento para entrar no FBI? Departamento de Crimes Violentos? Me diz que é uma piada.”

Ela não podia acreditar que o diretor pudesse ser tão imprudente. Era quase doentio, fazer com que Snape trabalhasse com algo tão suscetível à fracasso e dor.

“Com a medicação e terapia adequados, ele só não poderia, como foi capaz de exercer esse tipo de profissão. E eu não o obriguei, agente Evans. Snape fez sua escolha.” Respondeu o outro. “Infelizmente, Snape não foi cuidadoso o suficiente ao escolher certo caso, o que causou uma vulnerabilidade em seu psicológico, reativando uma parte dele que pensávamos estar morta há anos. Aparentemente, quando viu um corpo semelhante ao que vira quando criança, as lembranças trouxeram à tona o outro Snape. O perigoso. Testemunhas viram Snape e Emily discutirem na cafeteria no dia que ele vira o corpo, e testes de laboratório mostraram que ele não estava tomando a medicação há semanas.”

“Você está me dizendo que a responsabilidade de isso ter acontecido foi apenas dele? Por que ele não escolheu o caso adequado às suas condições, Emily está morta?”

Dumbledore a fitou pensativo, mas não disse nada.

“ME RESPONDA!” Gritou Lily, batendo as mãos no tampo da mesa com força, assustando o diretor.

“Eu fiz o que achava certo, Lily. Sua doença não o incapacitava de fazer aquilo que gostava, bastava-”

Bastava alguém controlá-lo vinte e quatro horas por dia, para que não saísse da linha? Bem, parece que seja quem for esse alguém, fez um trabalho de merda, Albus.”

Os dois se encararam por o que pareceram minutos, e Lily ainda estremecia de fúria. Aquilo não poderia ser real, não estava acontecendo. Era apenas um pesadelo, do qual iria acordar logo, logo ao lado de James e tudo estaria bem.

“Lily, veja bem...”

“Não, Albus. Eu não quero mais escutar. Você foi extremamente antiprofissional. Tem ideia de quantas outras pessoas poderiam ter se machucado? Ele é doente. Poderia até ser capaz de trabalhar em algo normal, mas com crimes? Estou chocada com tamanha imprudência. E não é a primeira vez que isso acontece.”

“Do que está falando?”

Ela aponta um dedo, acusatória.

“Por sua culpa, James quase foi morto em missão. Por pouco Bellatrix não o matou-”

“Você não pode estar me culpando por um erro seu, agente Evans. Você escolheu não contar o propósito da missão.”

“Bem...” Respondeu ácida. “Eu estava seguindo ordens.”

Por um segundo, a sala ficou silenciosa e preenchida de tensão. A discussão parecia ter chamado atenção, e colegas de trabalho encaravam a cena com espanto e curiosidade através do vidro. Sem pensar duas vezes, Lily fechou as persianas e sentou-se novamente.

“Onde ele está? Snape?” perguntou amarga.

“Creedmoore, recebendo os tratamentos necessários.” Respondeu Dumbledore calmamente, o que irritou ainda mais a ruiva. “Lily, preciso que fale para James sobre Nicholas.”

Com a menção de James, Lily endireita sua postura.

“O que tem Nicholas?”

“O motivo pelo qual James pensara que ele estava morto fora um erro no Serviço Social. Confundiram os arquivos de Nicholas Moore com os de Nicholas Mure, o garoto encontrado morto. O irmão de James fora adotado meses após a perda dos pais e, aos seis anos, fugiu de casa. Encontramos arquivos com diários de Nicholas, e nele Tom Riddle é mencionado repetidamente, descrito como uma figura paternal.”

Lily o olhou surpresa.

“Tom Riddle... Voldemort? O que isso significa?”

“Ao que tudo indica, Riddle acolheu Nicholas e o criou para seguir seus passos. Há declarações detalhadas a respeito disso nos arquivos.”

Ela não sabia o que pensar. Snape sofria de dupla personalidade, o irmão de James fora adotado por um dos maiores assassinos em série dos Estados Unidos... De repente, tudo ficou turvo e ela se sentiu sem ar.

“Senhorita Evans? Está tudo bem?”

“Não.” Respondeu ofegante. “Não está tudo bem.”

 Pegou sua bolsa, levantou-se e antes de sair porta afora, disse:

“Volto para deixar meu distintivo e assinar qualquer papel.”

Dumbledore o encarou, surpreso.

“O que...?”

“Eu me demito.”

 


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Notas finais do capítulo

socorro terminei??????
TO TÃO EMOCIONADA DEPOIS DE ANOS GENTE
Espero que tenham gostadoooooooooooooo até o epílogo
COMENTEM! CRITIQUEM! OPINEM! QUERO SABER TUDOOOOOOOO

Beijos amo vcsss



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