As Vezes o Simples Fica Complicado escrita por tata-chan


Capítulo 2
Capítulo 2




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Dez anos mais tarde em uma escola de ensino médio em Tókio...


 


-Classe, hoje nós temos dois alunos novos. Os seus nomes são Zero e Ichiru Kyiriu e eles são irmãos gêmeos. Sejam bonzinhos com eles, pois eles vieram de longe para estudar em Tókio. Se apresentem garotos!


A classe olhou para dois garotos completamente idênticos, os mesmos cabelos cinzentos, os mesmos olhos meio arroxeados, o mesmo rosto... A única coisa que os diferenciava um do outro é que um deles tinha o cabelo um pouco mais comprido. O de cabelo maior veio à frente e começou a falar um pouco animado:


-Olá para todos! Meu nome é Ichiru Kyiriu, tenho 16 anos e espero que todos se dêem bem comigo!


Toda a classe disse um bem vindo coletivo e depois o outro irmão, o de cabelo mais curto, veio à frente e disse com a voz baixa, mas clara:


-Olá, meu nome é Zero Kyiriu e sou o gêmeo mais velho, é um prazer conhecê-los.


O gêmeo mais velho era quase o oposto do mais novo: parecia quieto e reservado. Os alunos também deram as boas vindas para ele. Apenas uma garota não tinha prestado muita atenção nos gêmeos, pois estava sonhando acordada olhando para a janela. Ela tinha cabelos compridos castanhos e olhos da mesma cor.


-Ichiru-kun, sente-se ali no fundo perto da janela ao lado da garota de cabelos castanhos que esta dormindo. – ao falar isso ele jogou um giz na cabeça dela.


-Ai professor, isso não se faz!!


-DA PROXIMA VEZ VAI SER O APAGADOR! – disse o professor se exaltando um pouco. Ele suspirou e continuou falando: - Zero-kun sente-se do outro lado da preguiçosa.


Os dois irmãos rumaram para o fundo da classe em silencio.


-Se importa? – Perguntou Ichiru puxando a cadeira do lado de Yuuki.


-Sem problemas! – disse ela sorrindo. Zero apenas se sentou e permaneceu em silencio.


- Agora turma, vamos voltar a aula sim?


- Nãoooo!! – reclamam toda a turma toda exceto Zero, Yuuki e Ichiru. A sala toda começou a rir.


- Ha, muito engraçado, agora vamos voltar a falar sobre equações. – Professor.


-Olá senhor gêmeo do bem, meu nome é Yuuki Kuran – disse Yuuki à Ichiru. Depois se voltou para Zero – Olá senhor gêmeo do mal.


Ichiru riu e Zero apenas ficou em silencio.


-As pessoas sempre dizem que eu sou o do bem, só por que o Zero tem essa cara de emburrado! – disse Ichiru sorrindo. Os dois riram. Zero continuou em silencio.


-Você não se importa Zero-kun? – perguntou Yuuki. Zero limitou-se a balançar os ombros. – Bem, de qualquer forma, se precisarem de alguma coisa é só me chamar! – disse Yuuki sorrindo.


-Obrigado!- disse Ichiru. Zero permaneceu em silencio. – Yuuki-chan, seu nome me trás uma pequena nostalgia...


-Ah é? – perguntou Yuuki distraída – por quê?


-Por nada, - disse Ichiru sorrindo.


Ichiru e Yuuki passaram o resto da aula conversando entre si, enquanto Zero permanecia em silencio em seu canto. Ao fim da ultima aula, o sinal tocou.


-Então até amanhã meninos. – disse Yuuki levantando-se e se despedindo.


-Até amanhã Yuuki-chan. – Disse Ichiru. Zero apenas deu um pequeno aceno com a cabeça.


Todos os alunos foram embora, menos Yuuki, que estava cumprindo uma detenção por ter dormido na aula no dia anterior.


-Droga! –pensou Yuuki enquanto limpava a sala vazia – Nunca mais eu fico até tarde assistindo filme de terror!


Ela ficou pelo menos uma hora limpando a sala e depois saiu andando sozinha a caminho de sua casa. Ela passou por uma rua completamente deserta andando rápido com medo de ter algum louco naquele lugar. Ao terminar de pensar isso, alguém a chama de um canto escuro:


-Oi lindinha, vamos brincar?


Yuuki se virou e viu um homem de meia idade com cara de gente que não presta. Ela continuou andando, ainda mais rápido, e então o homem puxou seu braço, a agarrando e colocando um canivete em seu pescoço.


-Não vai fugir mesmo, belezinha, você agora é minha! – disse o homem, e com isso jogou Yuuki no chão, fazendo-a ralar o joelho e o cotovelo. Ele subiu em cima dela, e quando ela começou a tentar fazer o que sua mente podre mandava, foi jogado bruscamente para longe dela.


-Mas o que...? – disse o homem enquanto olhava para um rapaz alto de cabelos prateados, com um olhar extremamente furioso. O rapaz deu um murro no queixo do cafajeste jogando-o longe e o fazendo cuspir sangue. Ele ia partir para cima dele novamente quando o tarado fugiu. O rapaz se virou para Yuuki preocupado e se ajoelhou do lado dela.


-Você está bem, Yuuki?


-Ze... Zero-kun? – perguntou ela atordoada olhando para o gêmeo mais velho, o qual mal havia ouvido a voz. Ele a ajudou a se levantar e fez Yuuki se apoiar nele.


-O que diabos você está fazendo andando sozinha num lugar como esse? – disse ele com raiva.


-Eu... Eu estava indo para casa, disse Yuuki tremendo – eu demorei na escola por que eu estava cumprindo uma detenção... – ela estava prestes a desabar. Zero colocou a mão em seus ombros e a puxou para perto dele.


-Está tudo bem agora... – disse ele no ouvido de Yuuki. – ele já foi embora.


Yuuki se agarrou em Zero e começou a chorar. Ficou chorando por um bom tempo, com Zero com a mão em eu cabelo. Ela por fim o soltou um pouco e Zero olhou para ela.


-Você está machucada. – disse ele. – vem cá, tem uma praça aqui perto, você precisa se sentar para dar um jeito nisso.


Ele deu alguns passos e pegou uma bicicleta que estava no chão, que Yuuki nem havia reparado.


-Vem cá, - disse Zero e a fez sentar-se na bicicleta. – é melhor você não andar por enquanto.


Ele empurrou a bicicleta com Yuuki em cima em até a pequena praça e fez Yuuki se sentar no banco.


-Espera um pouco aqui. – disse ele se afastado rapidamente e voltando com uma garrafa de água e um refrigerante. – Estica um pouco a sua perna. – ela obedeceu e Zero apoiou brevemente a perna machucada da garota em sua própria perna. Depois abriu a garrafa de água e jogou em cima do ferimento limpando-o, depois o secando com uma toalhinha que tirou da própria mochila, em seguida colocando um curativo que também estava na sua mochila. Então ele abaixou a perna dela com cuidado.


-Agora me deixa ver seu braço. – ela mostrou obediente e então Zero fez o mesmo processo que havia feito na perna. Yuuki ficou olhando-o curiosa e ele percebeu.


-Você pode pensar o que quiser, mas eu sou apenas prevenido. – disse ele ainda sério.


-Eu não falei nada. – disse Yuuki se defendendo.


Zero deu o refrigerante para a Yuuki.


-Tome você precisa de um pouco de açúcar no sangue. – disse Zero, e Yuuki tomou em silencio.


Zero guardou suas coisas, levantou-se e deu a mão para ajudar Yuuki a se levantar.


-Venha, eu vou levar você em casa. – disse ele calmo.


-Eu não quero te incomodar... – começou Yuuki, mas foi interrompido por Zero.


-Idiota você acha que depois do que quase te aconteceu eu vou te deixar andando por aí sozinha? – disse ele nervoso, depois suspirou e continuou mais calmo. – Por favor, não discuta comigo.


-Tudo bem. – disse Yuuki e se sentou no cano da bicicleta.


-Você se importa se eu for pedalando? – perguntou Zero. – é mais rápido...


-Sem problemas. – disse Yuuki, e Zero sentou-se no banco atrás dela pedalando.


-Me indica o caminho – disse Zero já em movimento. Yuuki foi apontando, e os dois ficaram em silencio por alguns momentos. – Não tem ninguém que more perto da sua casa para você não andar sozinha? – perguntou Zero de repente.


-Não, ninguém mora por esses lados. – respondeu Yuuki – mas eu nunca tive nenhum problema...


-Você quer parar de ser otimista? – disse Zero novamente irritado.


-Desculpa! – disse ela ficando quieta.


-Você não tem nem um pingo de auto-preservação. – disse Zero. – como você viveu por 16 anos?


-Acho que tenho um bom anjo da guarda. – disse Yuuki dando os ombros. Zero suspirou. Depois de mais um tempo em silencio, Yuuki indicou uma rua, sendo aquela em que ela morava. Zero virou com a bicicleta depois parou onde Yuuki indicara.


-Zero-kun, muito obrigada por hoje. Você é diferente do que eu pensava. – disse Yuuki sorrindo e descendo da bicicleta.


-Mesmo sendo o gêmeo do mal? – perguntou Zero com ar de deboche.


-Nem tão mal assim! – disse Yuuki sorrindo mais ainda.


-Vê se se cuida – disse Zero voltando a pedalar.


-Até amanhã, Zero-kun! – disse Yuuki acenando. Zero parou de repente e se virou para ela.


-Amanhã de manhã espere aqui na sua porta às sete horas. – disse ele simplesmente.


-Por quê? – perguntou ela confusa.


-Apenas espere! – disse ele um pouco bravo.


-Tudo bem, até amanhã. – disse Yuuki.


-Até amanhã. – respondeu Zero e foi embora.


Yuuki entrou em casa e ficou pensando no que acontecera ainda um pouco assustada. Depois se sentiu mal por ter tido um pensamento errado sobre Zero. Ele era um cara legal e (ela tinha que admitir) muito bonito e charmoso.


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Notas finais do capítulo

Bem, mais um capitulo. Espero que gostem! ^^