Cinzas do Crepúsculo escrita por Lady Slytherin


Capítulo 47
Juntos, e ainda assim sozinhos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Já estou em Salvador, mas dependendo da internet do celular. Os reviews vão demorar a ser respondidos, mas irei responder todos durante a semana quando o santo roteador de celular funfar no PC.

Ao capítulo!



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CAPÍTULO 47

TOGETHER YET ALONE

“Tem certeza de que devemos fazer isso?”

Revan olhou para Daphne e para sua mão, entrelaçada com a dela. “Se quiser. Será minha esposa, no final das contas, não?”

Sua face manteve-se perfeitamente fria, mas o herdeiro Black viu divertimento e aprovação em seus olhos. “É” concordou, apertando seus dedos mais firmemente contra a outra mão. “Também recebi as flores.”

“Só as flores?” ele franziu a testa. “E o chocolate?”

Daphne mordeu o lábio inferior para não rir. “Astoria achou os bombons primeiro. Já tinha comido todos antes que eu pudesse ler o cartão.”

“Gostou?” A loira se certificou que ninguém estava por perto antes de dar um leve sorriso, beijando o namorado como resposta. Um beijo suave, como o do Baile de Inverno e não como os beijos carregados de luxúria dos armários de vassouras e sala comunal.

Voltando para seu caminho, ela comentou: “Nunca te consideraria um romântico.”

Revan passou o braço pela cintura de Daphne. “Como assim? Me consideraria o quê, então?”

“Um Draco Malfoy da vida” confessou a adolescente de olhos azuis, encarando o chão firmemente. “Ou um solitário como Nott.”

“Só porque costumava andar sozinho não significa que eu não tinha amigos. Eu sempre tive Theo e Blaise. Pansy não é tão ruim assim, depois que você passa da camada superficial dos flertes. Oi! Por que este tapa? Eu disse que ela não é tão ruim! Isso é para proteger sua amiga ou adestrar o namorado?”

Daphne riu. “Os dois.”

Ambos correram em um passo levemente mais rápido que o normal para chegar à aula de Potter. Revan queria que pudesse matar todas as aulas até o fim do ano. Até poderia, pensou para si mesmo, se fosse Harry Potter, pois os campeões estariam livres dos exames de fim de ano, ao contrário de Revan, que treinava e estudava para acompanhar os outros campeões.

James estava em sua forma de veado na frente da classe, mostrando suas habilidades animagas para os estudantes antes que a aula começasse. Assim que foi visto pelo casal, transformou-se de volta, passando a mão na cabeça em uma tentativa frustrada de ajeitar os cabelos rebeldes. Ele tinha mais chances contra Slytherins como um bruxo do que como um animal.

“Tudo bem” falou, respirando fundo. “Separem-se, separem-se. Eu quero que vocês se misturem, não essa massa separada de verde e vermelho. Um Slytherin com um Gryffindor, vamos, rápido!”

O herdeiro Black viu que Nicholas tentou chegar até ele, sendo o Slytherin mais amigável que podia pensar do grupo, mas Hermione chegou primeiro.

“Hey Revan” arfou, colocando os pesados livros na carteira próxima à dele. “Pensei em te salvar de Nick, e conversar um pouco. O que acha que professor Potter vai nos pedir para fazer? Mal conversamos esse ano, é como se você tivesse se tornado um fantasma.”

“Uma expressão que não se aplica no mundo bruxo” lembrou-a Revan com um sorriso brincalhão, partindo então para indicar Daphne com a cabeça. “Estou passando bastante tempo com Daph, e Fleur. São bruxas maravilhosas.”

A morena corou. “Revan! Duas bruxas, isso não se faz! O que seu pai pensa disso?”

“Que sou extremamente sortudo de ter duas bruxas lindas, loiras a minha disposição” piscou um olho para ela. “Não falo muito com Reg, ele anda ocupado se escondendo dos jornalistas, sabe? Todas querem saber onde ele passou todos esses anos, e se ele ainda apoia o lado negro da força.”

Hermione franziu a testa: “E apoia?”

“Os Black são orgulhosos de manterem uma posição neutra. Não nos envolvemos em guerras, há muito dinheiro em jogo.”

“Mas vocês financiaram a última guerra.”

“Não, nós investimos nos hospitais” corrigiu-a. “Ainda investimos. É um negócio muito lucrativo que só parará de dar dinheiro quando as pessoas pararem de ficar doentes, ou seja, nunca.”

Voltaram a atenção para Professor Potter, que escrevia as instruções no quadro negro: O QUE HÁ DE BOM NO OUTRO? Antes de dar as ordens para que começassem, e que esperava que, até o final da aula, cada um tivesse escrito dez coisas de bom sobre o outro, sem insultos trocados.

Suas esperanças foram quebradas no instante em que Nicholas Potter, tendo como parceiro ninguém menos do que Draco Malfoy, riu do cabelo oxigenado do loiro, perguntando se Draco se banhava em descolorante.

“Senhor Potter...” repreendeu o professor. “Eu disse sem insultos trocados.”

“Mals aê, pai.” Olhou novamente para Draco Malfoy e sussurrou: “Cobra albina.”

Hermione pegou uma folha de pergaminho e escreveu os números de um a dez, fazendo o mesmo em outro pergaminho e estendendo-o para o herdeiro Black, anunciando que ele começaria. Ele escreveu: 1- Cabelo legal.

A morena ficou vermelha como um pimentão. “Sério, você acha?”

Não. “Eu vi você com Krum no baile, você estava maravilhosa. É só domar esses cachos e terá qualquer homem aos seus pés.”

“Você também tem cabelo legal” confessou ela, não parando nem por um segundo de corar. “E seus olhos. Eles são lindos. Nunca vi alguém que tivesse olhos verdes esmeralda, eu acho... A maioria dos olhos verdes são pálidos, ou próximos dos castanhos, mas os seus... É o clássico verde Slytherin.”

“E você é muito corajosa” disse Revan, escrevendo os elogios. “Obrigado, a propósito. O que mais?”

“Não é como os outros Slytherins” continuou ela. “Foi uma das poucas pessoas a ser gentil comigo. Isso só conta como um item, né? Hmmm... Sua vez, não, espera… Sua inteligência, habilidade em duelos, quantos já foram?”

O herdeiro Black indicou um cinco com a mão esquerda, enquanto molhava a pena no tinteiro para escrever seus elogios. A bruxa mais inteligente que já conheci. “Você deveria sair conosco mais vezes. Sendo filha de trouxas, logo você será vítima de perseguidores na escola. Podemos te proteger.”

Seus olhos castanhos se iluminaram, apenas para perderem o brilho um instante depois: “Não daria certo, Nick precisa de mim. Depois de Ron... Digamos que as pessoas têm medo de fazer amizade com ele e acabarem sem a cabeça. Mesmo assim, obrigada, por... isso.”

“De nada”. Suspirando, Revan teve que confessar a si mesmo que não havia como Hermione trabalhar como espiã. Sugada pela teia dos Potter muito tempo atrás, o tempo da transição já havia passado, e ele só podia torcer que, quando a guerra estourasse, Hermione decidisse se refugiar ao invés de ficar e lutar por seus ideais.

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“Eu sabia!” acusou Nott quando o chão fez barulho com o peso de Revan. “Onde anda todas as noites?”

“Não é todas as noites” o rapaz se defendeu, continuando seu caminho até a porta. “Por que o interesse súbito?”

Nott bufou com a resposta do amigo. “Eu não sou o único que acha que você anda se encontrando com uma certa francesa, Revan. Tem uma aposta rolando de quanto tempo até vocês... Cara. Duas mulheres?”

Sendo aquela a segunda vez que ouvia o questionamento em apenas vinte e quatro horas, ele repetiu: “Fleur é uma amiga, e o feitiço de castidade de Daphne está funcionando.”

Aos tropeços, Nott correu até Revan antes que descesse as escadas. “Então você experimentou?”

“Eu não... O que exatamente quer saber, Theo? Tenho um lugar para estar-”

“Na cama de uma veela interessada em amizade colorida? Sabemos disso. Acho que a essa altura ganhei a aposta.”

“Não se trata de Fleur!” explodiu o herdeiro Black, cerrando os punhos. Olhando ao redor, ficou feliz que os outros rapazes tivessem um sono tão pesado. “Você pode parar de fazer gracinhas uma vez na vida?” O feitiço Tempus indicava que já passava da meia noite, e logo os elfos domésticos apareceriam para limpar a sala comunal. Sentou-se em uma das poltronas enquanto respirava profundamente. “Me desculpe. Você não tinha como saber.”

Nott levantou uma sobrancelha, interessado. “Há algo que eu precise saber?”

Seu interesse não mascarava a preocupação genuína quanto ao amigo, e naquele momento Revan teve vontade de contar-lhe tudo. Afinal, o quanto podia confiar em Fleur, alguém que ele conhecia havia poucos meses? Nott estava lá há completos três anos, e nunca o delatara não importava que regra quebrasse. A camaradagem Slytherin continuava forte mesmo com o pouco tempo que passavam juntos.

“Não consigo falar com Regulus desde o começo do ano.”

“Se ele está se escondendo, onde pode ter ido? Já tentou usar Eyphah? Corvos mágicos são chamados assim por uma razão.”

Revan fez que não com a cabeça. “Ela retorna as minhas cartas toda vez que tento entrar em contato, e o flu não chega na lareira de Reg. É como se ele estivesse morto.”

Por um motivo desconhecido ao herdeiro Black, Nott riu. “Obviamente ele não está morto.”

“Não estou te entendendo.”

“Então é melhor estudar mais se quiser entender os costumes de sangue puros.”

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Ainda mais tarde, conseguiu escapar do castelo para reunir-se com Fleur. Não sabia do que se tratava, mas o tom da bruxa era urgente quando recebeu a coruja da mesma. Sem delongas, a veela informou-lhe: “Madame Maxime quer que eu ganhe o torneio, custe o que custar.”

“Hmmm.” Revan continuou a examinar o desenho que havia recebido de Gabby. “Mil galeões são suficientes para você?”

“Não farão falta, mas são bem vindos na minha conta bancária” brincou Fleur antes de assumir um tom mais sério. “Preciso mais é de um milagre para ganhar a terceira tarefa. Os outros campeões não pouparão esforços, e depois da segunda tarefa as esperanças quanto a mim são baixas.”

“Do mesmo jeito que eu falharei na terceira?” vendo o olhar de surpresa de Fleur, Revan deu de ombros. “Já te disse isso mil vezes, não quero a taça, não quero a fama. Para quê? Diga-me, o que Harry Potter ganha com fama? O que eu ganho? Por mim, Harry Potter estaria morto para o mundo bruxo, porque ele está morto para mim. Mil galeões em troca do meu segredo é algo mais do que justo.” Tirou a varinha do coldre, entrando na posição de duelo. “E se é prática que você quer... Em que área quer focar?”

Fleur sorriu, indo até a cabeceira da cama e tirando a varinha de debaixo do travesseiro. “Duelos, em geral.”

“Muito bem. Só não use o allure, ok? Não queremos que o que aconteceu da última vez se repita.”

_

Quando Revan acordou antes do amanhecer do dia seguinte com o famoso puxão de sua magia que indicava que Harry Potter estava sendo chamado para o torneio tribruxo. Sem se surpreender, viu que o frasco de Pollyjuice já esperava ao lado de sua cama, com conteúdo suficiente para três horas.

“Malditos” xingou, engolindo uma dose da poção de uma vez e fazendo uma careta ao sentir o gosto. Não era o pior que já tivera que tomar, mas não podia se dizer que Harry Potter tinha uma alma pura, portanto a poção era tão doce que se tornava desagradável. “Malditos” repetiu, sentindo os vestígios do sonho de sexo a três com Fleur e Daphne desfazendo-se de sua mente.

Viper (ninguém ousou pedir para Nicholas Potter perguntar qual era o verdadeiro nome da cobra) saiu do seu esconderijo próximo da lareira para ver quem acordara tão cedo.

“Mestre” sibilou em voz respeitosa. “Faz tempo que não te vejo assim.”

“Faz algum tempo desde a última vez que usei essa face” concordou Harry, indo até a pintura de Merlin. “Hey. Adivinhe quem precisa escapar novamente.”

Merlin sorriu e piscou um olho extremamente azul para ele, abrindo a porta ao bater com o cajado no chão.

Harry, não querendo dar a impressão de estar muito perto do castelo, caminhou lenta e suavemente, apreciando as paredes feitas de pedras escuras e frias e iluminado por nada mais do que as tochas, cujas chamas falhavam à força do vento que vinha da saída. Na ponte que levava para o castelo, chovia uma chuva fina e fria que mal molhou o outro Potter, mas que congelou-o até os ossos.

Março, e ainda estava frio. Só na Escócia.

Apressou o passo, então lembrou-se da varinha de madeira branca que ele tinha quando usava a face de Harry e lançou um feitiço de proteção para o alto. Os pingos de chuva caíram ao redor dele, e não nele, fazendo com que Harry caminhasse tranquilamente até o castelo. Quase vinte minutos já haviam se passado quando ele finalmente chegou na antecâmera, o local “oficial” para discussões sobre o torneio.

Harry esperava os Potters e alguns aurores...

Ele só não esperava ver todos na sala apontando as varinhas para ele.

“Whoa” gritou, mostrando as mãos. “Do que sou acusado?”

Dumbledore veio até ele, os olhos brilhando em contraste com as vestes de estrelas. “Meu menino, qualquer pessoa que usa a poção Pollyjuice tem algo a esconder.”

O menino franziu a testa, confuso. Seu misterioso cúmplice não podia tê-lo traído depois de dar a ele poção suficiente para três doses. “Não tenho nada a esconder, diretor, nem estou usando a poção. Mesmo se eu tivesse, a propósito, isso não é motivo para... sete aurores.”

“Chama-se roubo de identidade!”

Harry olhou chocado para Nicholas. Seu gêmeo tinha estado usando a capa da invisibilidade, assim não visto. Nicholas continuou: “Meu irmão não é as coisas que você é. Ele nunca pôde fazer tanta magia.”

“Se tivessem olhado para mim por um instante, queridos papai e mamãe, veriam que não sou um aborto nem nada. Tive bastante tempo para treinar minhas habilidades. Falo língua das cobras pela mesma razão de Nicholas” vendo as expressões de todos, deu de ombros. “Tudo volta àquela noite fatídica de Halloween... Têm certeza que sabem o que aconteceu naquela noite?”

James revirou os olhos. “Não seja tolo. A maldição ricocheteou e atingiu Nick. Ele tem a cicatriz no ombro e a mordida de cobra de Nagini em seu rosto. Foi marcado pelo próprio símbolo de Salazar Slytherin.”

“E como acham que os poderes de Lord Voldemort passaram para Nick? A cobra não teve nada a ver com isso, ela provavelmente estava seguindo ordens, irmão.” A última palavra, sibilada na língua das cobras, trouxe arrepios a todos na sala. “Vocês ainda precisam recriar o cenário daquela noite. Merda, eu ainda não sei o que aconteceu. Cada vez que uma teoria começa a fazer sentido, um fato mais forte a destrói. Não vejo vocês mais perto da verdade do que eu.”

Fitou Nick. Se fechasse os olhos e imaginasse-o com outra cor de cabelo e olhos, sabia que estaria se vendo no espelho salvo pelo peso. Mesmo nisso Nick havia se superado: Seguindo a dieta para sua recuperação total, a gordura em excesso era eliminada do corpo. Nicholas sorriu, revelando o brilho de dentes magicamente tratados. “Está tentando nos enganar, tenho certeza.”

Harry deu de ombros. “O que te faz pensar isso?” ele puxou uma cadeira que obviamente era para ele e sentou-se com o máximo de elegância que conseguia em seu corpo cujo qual não estava acostumado. “Se querem fazer uma pergunta, pergunte.”

Moody mancou até ele. “Quem é você?!” latiu.

Ninguém! Quis responder Harry, porém fixou os olhos no auror e falou sem hesitar: “Harry James Potter, primeiro filho de Lily Evans Potter e James Potter, irmão de Nicholas Potter, o menino que sobreviveu.”

Um dos aurores riu, e pela primeira vez o menino percebeu que se tratava de Sirius Black. “Hey, Padfoot. Vai me interrogar também?”

“Cite o apelido dos marotos” ordenou ele.

“Moony, Wormtail, Padfoot e Prongs. Suas formas são um lobisomem, rato, grimm e veado, respectivamente.”

“Quantos anos tinha quando te deixamos no orfanato?” Harry mostrou uma mão no mesmo instante, mostrando os cinco dedos.

Lily cerrou os olhos: “Como você me chamava quando era pequeno, e quem era o seu tio favorito?” A resposta foi que você sempre foi Lily para mim, e que ele sempre gostara mais de Moony. A propósito, onde ele estava? Tinha sumido, certo?

Nicholas olhou para ele como se fosse burro. “Se sumiu, não sabemos onde está.”

“Oh” Harry se fez de surpreso. “Achei que uma equipe de aurores tão competente já teria achado alguma pista até agora, ao menos a ossada.”

Ele podia ver que Sirius se esforçava para não atacá-lo, outro pensamento que aqueceu seu peito. Desafiando o próprio tio, em sua verdadeira face, era algo maravilhoso. Ele não o atacou, mas foi até ele e segurou Harry pelos ombros: “Você sabe onde ele está? Sabe ou não sabe? Responda, estou te fazendo uma pergunta!”

Harry disse que não responderia aquela pergunta, e Sirius voltou seu olhar para Dumbledore. “Acabamos de achar justa causa. Camaradas, segurem-no.”

Os outros seis aurores avançaram para Harry, usando as varinhas para que cordas se enrolassem ao redor da cadeira, prendendo-o firmemente. Ele não pôde deixar de pensar que já fizera isso inúmeras vezes com Nicholas, e que a sensação de poder era ótima, quando ele era o bruxo por trás da varinha.

“Lily, James, tenho a permissão de um de vocês?”

“Eles não são meus guardiões legais” resmungou Harry, tossindo de volta todas as gotas de um líquido sem cheiro, cor ou gosto. Ele não iria tomar as três gotas de Veritasserum sem uma luta antes. “Vocês não têm permissão!”

“Ele tem razão” Lily suspirou. “É menor de idade e não somos os guardiões legais dele.”

Lily...”

“James, olhe para o moleque. É quase que selvagem, a melhor abordagem seria deixá-lo responder o que quiser. Podemos checar a veracidade das informações depois. Agora, garoto, por favor. Você sabe onde está Remus John Lupin?”

Lá estava. Sentindo-se aventureiro, Harry decidiu arriscar algumas de suas cartas, esperando que tal ação resultasse em mais perguntas do que respostas. “Não.” Porque tecnicamente, alguém poderia tê-lo movido de lugar desde a última vez que Harry fora à mansão.

“Diga-me uma coisa que só você diria.” Eu te amo, Lily, mesmo que você ame a Nick mais.

O foco das questões voltou-se para Lupin. “Onde estava Lupin a última vez que você o viu?”

“Em um porão.”

“Onde?”

Eu não sei.” Tantos anos, e Harry nunca aprendera a localização exata da mansão de guerra dos Black.

Os aurores grunhiram, frustrados. Dumbledore estava impassível, examinando-o curiosamente. “Toma poção Pollyjuice para virar Harry Potter?”

O menino sorriu. “Sim.”

“Qual é a extensão de suas habilidades, Harry?”

“Falo a língua das cobras e sei montar numa vassoura” respondeu o menino, começando a contar. “Sei algumas ervas úteis para ferimentos, e sei mais feitiços do que demonstro. Sou um rato de biblioteca, no final das contas.”

“Onde viveu por todos esses anos?”

Harry voltou a sorrir. “Eu não sei.”

Lily voltou-se para Dumbledore e sussurrou urgentemente que o menino provavelmente vivia em um lugar mágico com alas de proteção incluindo o feitiço Fidelis, do qual ele não era guardião do segredo. Ele não seria capaz de os informar porque realmente não sabia.

“Quem te criou?”

“Meu pai.” Meu verdadeiro pai. Regulus.

“E quem é seu pai?”

“James Potter.” Mentiras. Mentiras e mais mentiras. Por quanto tempo continuariam fazendo aquilo?

“Última pergunta” decidiu Dumbledore, as engrenagens do cérebro funcionando a todo o vapor para que ele não pudesse se desviar da questão. Pensou e pensou, até que não conseguiu deixar a pergunta mais clara: “Que lado você apoia na guerra?”

Pergunta errada. Harry sorriu para eles. “O lado vencedor.”


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Notas finais do capítulo

Estou usando um novo editor, portanto me perdoem se a formatação estiver estranha. Tentarei voltar para o bom e velho Word assim que possível.

Reviews fazem o meu dia! E obrigada, meninas, pelas recomendações :D

OBS: O Nyah não me deixou programar a postagem depois das cinco da tarde, por isso a postagem tão cedo.