Cinzas do Crepúsculo escrita por Lady Slytherin


Capítulo 14
A Coisa do Norberto


Notas iniciais do capítulo

Decepcionada com os reviews, só recebi metade do récorde. Junte isso ao meu dia e você terá alguém muito, muito triste *lágrimas*.



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CAPÍTULO 14

THE NORBERT THING

 Durante a próxima semana, Malfoy parecia seguir Revan em qualquer lugar que ele fosse, com um sorriso nos lábios que fazia com que o menino de olhos verdes ficasse nervoso. Ele contaria, certo? Depois de torturá-los bastante sobre o assunto. Malfoy havia até pego dois livros como um presente amigável para Revan: Um livro sobre dragões, e outros, sobre regras de Hogwarts. Qualquer um poderia juntar os pontos.

Voldemort havia ficado furiosos quando soube que Revan também estava no meio da confusão. Ele teria avisado o garoto com antecedência, se soubesse que Revan fosse ser convidado. Gryffindors estúpidos... Envolvendo até mesmo os melhores em confusões.

“Por que ele não pode simplesmente devolver a merda do dragão?” sussurrou Nicholas para Revan, se sentando do lado dele e deixando o outro ruivo discutir com a sabe tudo da classe, como faziam todas as semanas durante as aulas de poções. “Resolveria o problema!”

Hermione encarou Nicholas. “Nick, é um dragão. Hagrid não pode simplesmente deixá-lo voar. Malfoy denunciaria isso e Hagrid poderia até ser preso!”

Preso? Revan preferia ter sido preso ao viver os primeiros cinco anos de vida. Pelo menos ele teria três refeições por dia, e muito tempo para dormir. Ele olhou de Hermione para Nicholas e os gêmeos, juntos, reviraram os olhos e retrucaram: “Pelo menos não estaríamos envolvidos!” e olharam um para o outro, surpresos.

Nicholas pela primeira vez teve uma vista clara de Revan. Grandes orbes verdes esmeralda cheias de cor e luzes que pareciam estar apagadas. Ele já havia visto aqueles olhos em algum lugar, com certeza. Ele sentiu os pelos do corpo se arrepiarem e piscou, confuso. Então se virou e foi preparar os ingredientes das poções que iriam fazer hoje, tentando se lembrar de seus pensamentos de apenas alguns segundos atrás. Hagrid, sim, ele estava pensando em Hagrid e o dragão.

Eles precisavam descobrir o que fazer antes que a casa de Hagrid explodisse em chamas.

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Os quatro olharam para o dragão. Em uma semana, ele havia triplicado de tamanho, agora mal cabendo no colo de Hagrid. Ele avançou para Revan, pronto para mordê-lo, mas de última hora virou-se para a tigela de sangue de galinha e o tomou furiosamente. Hagrid a completou, adicionando a cachaça necessária, e o acariciou até que o dragão afundou as pequenas presas na mão do meio gigante pela terceira vez.

“Eu decidi chamá-lo de Norberto” anunciou Hagrid. “É o nome perfeito, querem ver? Norberto... Norberto! Onde está o queridinho da mamãe?”

Revan estremeceu. Do modo que Nicholas o olhou, ele parecia ter tido a mesma impressão. Percebendo que a atenção de todos estava sobre ele, Norberto cuspiu fumaça, fazendo com que pequenas faíscas saíssem, graças a Merlin não grandes o suficiente para queimar a mesa onde estava. Hagrid teria que achar outro lugar para ele, ou a mesa quebraria com o peso do dragão logo.

“Quanto tempo até ele ficar do tamanho da casa?” sussurrou Nicholas para Revan, que deu de ombros.

“Uma, duas semanas” respondeu ele, observando o dragão que havia pulado da mesa em uma tentativa de voar, deixando marcas das garras afiadas na madeira. “E essa cabana será uma grande fogueira.”

Hermione começou a catar as penas de galinha do chão, ignorando o dragão. Ron se juntou a ela quando foi obrigado, recolhendo as garrafas de cachaça. Revan cerrou os dentes. Quando tempo mais aquilo iria durar? Cada segundo que se passava era mais uma oportunidade para Malfoy contar tudo o que ele havia visto para Dumbledore.

Ele se aproximou de Norberto e usou uma mão para manter a boca dele fechada. “Então... Quando ele vai embora?”

Hagrid começou a soluçar. “Sei que não vou poder manter ele para sempre, mas eu sou sua mamãe... Não posso me livrar dele...” ele pegou uma caneca e engoliu a cerveja em um gole só, continuando a soluçar.

O olhar dos quatro estudantes se cruzaram, pedindo a mesma coisa um para o outro: Faça alguma coisa.

Hermione foi quem conseguiu uma solução que não soava tão idiota quanto as outras que haviam bolado no caminho. “Ron! E Charlie? Ele não pode levar o dragão para a reserva?”

Ron deu de ombros, aborrecido que a conversa havia se voltado para um de seus irmãos. Por que ele não poderia ser o centro das atenções, pelo menos uma vez? Ele era amigo do Menino que Sobreviveu apenas por causa disso! “Podemos mandar uma carta” resmungou. “Mas....”

“Obrigado pela visita, Hagrid!” cortou Revan, empurrando os outros para a porta. A última coisa que ele precisava agora era de um inconveniente “mas” de Ron. Ele não poderia ter um dia de sossego?

__

Norberto provou que não, ele não podia. Sempre um deles ia visitar Hagrid para vigiar o dragão enquanto o meio gigante tentava limpar a cabana para dar uma aparência normal às coisas. Em uma determinada noite, foi a vez de Ron se encontrar com Norberto, e ele voltou resmungando mais do que nunca, olhando a mão direita enfaixada com gaze com sangue. Ele perdeu a paciência naquela noite, e deu um discurso de quase dez minutos sobre a teoria maluca de conspiração de um dos alunos de Slytherin, que havia tramado tudo para que eles sofressem as consequências. Quando ele finalmente parou para respirar, Revan estava fumegando de ódio. Então apenas Slytherins eram maus de traiçoeiros... Ele se lembraria disso no futuro, pensou, se o passado serviria de exemplo para algo.

Os quatro ouviram bicadas na janela. Hedwiges entrou com uma nota em sua perna, e todos se aproximaram para ler a resposta de Charlie:

“Caro Ron.

Como você está? Obrigado pela carta! Eu posso ficar com o Dorso Cristado Norueguês, mas não será fácil trazê-lo para cá. Eu acho que a melhor coisa a fazer é mandá-lo com alguns amigos meus que vão me visitar na próxima semana. O problema é, eles não podem ser vistos carregando um dragão ilegal.

Você pode levar o dragão para a torre mais alta à meia noite no Sábado? Eles podem te encontrar lá e levar o dragão embora enquanto ainda está escuro.

Me envie uma resposta assim que possível.

Amor,

Charlie.”

“Nós temos a Capa da Invisibilidade” comentou Nicholas. “Acho que dois de nós cabemos lá dentro com Norberto.”

Os outros três concordaram. Agora eles tinham uma oportunidade para se livrar do dragão, e não iriam perdê-la. A Capa da Invisibilidade com certeza seria mais útil daquela maneira do que indo para a biblioteca durante a noite, para procurar bruxos famosos...

No dia seguinte, a mão de Ron havia inchado duas vezes mais. Ele não sabia se deveria ir para a Ala Hospitalar. Madame Pomfrey reconheceria uma mordida de dragão? Quando a tarde chegou, porém, ele não teve escolha. O corte estava em um horrível tom de verde, fazendo-os questionar se as presas de Norberto eram venenosas.

Lá estavam Nicholas e Hermione, já que Revan estava tendo uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas no momento.  Eles observaram Ron, deitado miseravelmente em uma maca.

“Não é só a mão” sussurrou “Apesar que parece que ela vai cair. Malfoy veio aqui pegar um livro meu emprestado, apenas para zombar de mim e ameaçar contar para Madame Pomfrey o que realmente havia me mordido. Eu disse para ela que foi um cachorro, mas acho que ela não acreditou em mim. Eu não deveria ter batido nele durante a partida de Quadribol, é por isso que ele está fazendo isso.”

Hermione se inclinou para ele. “Vai ter sumido no Sábado” garantiu. “Li sobre mordidas infectadas hoje. Depois que o veneno é neutralizado, poções vão deixar sua mão novinha em folha. O quê?” Ron parecia ainda mais nervoso. Ele se sentou na cama, começando a suar.

“Sábado!” ele disse com a voz rouca. “Ah não, ah não, acabei de lembrar... A carta de Charlie estava no livro que Malfoy pegou, ele vai saber que queremos nos livrar de Norberto.”

Nicholas e Hermione não tiveram a chance de responder. Naquele momento, Madame Promfrey os expulsou, dizendo que Ron precisava dormir.

__

“Fácil” explicou Nott durante a janta. Naquela noite em especial Revan havia conseguido escapar da mesa de Gryffindor para ficar com sua casa. Ele havia contado vagamente para Nott sobre o ‘problema’ que os Gryffindors estavam enfrentando e que ele acidentalmente estava envolvido. Nott sabia que eles ficariam acordados até tarde na próxima semana, para resolver o problema, e que Malfoy estava determinado a fazer com que conseguissem uma detenção. “Não vá!”

Revan grunhiu. “Como se fosse assim tão fácil” murmurou ele, vendo que Nicholas o observava do outro lado da mesa. Ele ainda tinha sexta feira para decidir o que faria. “Eu já te disse, Potter não me quer fora da visão dele.”

Foi Nott quem teve a ideia. Eles precisariam cooperar um com o outro e isso requereria um pouco de atuação, mas Revan faria de tudo para que se livrasse do dragão. E se ele derrubasse os Gryffindors em um momento de sorte, Revan não iria reclamar. Como os trouxas diriam, dois coelhos com uma cajadada.

__

“Flipendo!” disse a classe em uníssono, movimentando as varinhas e fazendo com que as almofadas flutuantes fossem jogadas para o outro lado da sala. Nott, porém, foi arremessado para longe também, aterrissando cuidadosamente mas fazendo barulho para que todos olhassem. Ele fingiu um grito de surpresa.

“Black!” ele gritou, se posicionando para lançar um feitiço em direção ao oponente. Revan foi mais rápido, lançando três Estupefaças em seguida. Nott era rápido, mas a mesa que estava atrás dele não foi tão sortuda. Animais mortos que estavam conservados caíram no chão, fazendo com que todas as meninas da sala dessem um passo para trás em nojo. Todos os outros estudantes se afastaram, deixando mais espaço para a briga que havia começado. Quem não amava uma boa briga?

Nott lançou um fino jato vermelho de faíscas que Revan reconheceu como o feitiço Expelliarmus. Sem se importar em se defender, ele simplesmente deu um passo para a esquerda e lançou uma bola de fogo nas vestes do amigo.

“Parem!” berrou Voldemort, soando como seu verdadeiro eu. “Black, Nott, qual foi o motivo da discussão?”

“Ele insultou minha família!” acusou Revan, apontando o dedo para Nott. “Disse que eu era um sangue ruim!”

Os Slytherins da sala pareciam gostar um pouquinho mais de Revan depois da demonstração de poder e do orgulho de ser um sangue puro. Alguns ousaram dar um sorriso de encorajamento para o menino.

Os Hufflepuffs deixaram os queixos caírem em choque. Revan Black havia realmente falado a palavra SR sem medo, na frente de um Professor! Os mais corajosos de inclinaram para frente, ansiosos para ver o que aconteceria. Ele perderia muitos pontos, no mínimo, mas eles já haviam ouvido falar de pessoas que haviam dito a palavra SR conseguirem detenções.

Quirrell, na opinião deles, parecia tão furioso quanto os sangue ruins da sala. “Dez pontos foram retirados de Slytherin por duelar fora de hora. Sr. Black, uma palavrinha.” Ambos caminharam para fora da sala.

“O que foi aquilo?” sibilou Voldemort, seus olhos ficando vermelhos por um segundo antes de retornarem para o castanho habitual. “É melhor você ter uma boa explicação para esse comportamento inaceitável.”

Os olhos verdes de Revan encontraram-se com os castanhos de Voldemort e ele permitiu que seu plano fluísse para a mente do mestre. Uma detenção, amanhã à noite, longa o suficiente para que Revan precisasse perder o encontro com os amigos de Charlie. Assim, quando Malfoy encontrasse os Gryffindors, Revan Black estaria longe deles.

Voldemort assentiu. Muito bem. O plano talvez funcionasse. Revan voltou para a sala e anunciou sua sentença para todos: Uma semana de detenção a ser determinada por Quirrell.

Malfoy em particular parecia furioso ao perceber que seu plano não daria certo para pegar a pessoa que iria roubar sua herança dos Black. Ele já conseguia até sentir os galeões em sua mão; ser um auror era um trabalho perigoso, Sirius Black não iria durar muito tempo... E então Revan Black apareceu. Mas tudo bem. Se Malfoy não conseguisse se livrar de Revan naquela noite, pelo menos ele faria com que Gryffindor perdesse valiosos pontos, fazendo com que Slytherin ganhasse a copa das casas novamente, o que não era tão prazeroso quanto arruinar Revan, mas o suficiente por enquanto.

__

“Como assim?” gritou Hermione ao ouvir a notícia quando Revan teve que sair do jantar mais cedo. Quem estava próximo a eles levou as mãos aos ouvidos. Hermione cruzou os braços e bateu o pé no chão. Ela diminuiu o tom de voz: “Como você pôde, Revan? Eu te disse, nada de problemas!”

“Nott insultou a minha família” Revan se defendeu. Hermione esperou que ele continuasse, mas Revan não disse mais nada. Apenas se levantou e caminhou até a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, onde conversou com o professor animadamente depois de colocar um encanto na porta para que não fossem ouvidos. Por garantia, Revan permaneceu lá até meia noite e meia, quando engatinhou exausto para a sua cama.

Hermione estava o ignorando no dia seguinte. Não apenas ela, mas todos do grupinho. E para compensar isso, alguns Slytherins haviam começado a ser mais gentis com ele, trocando alguns comentários sobre quadribol e feitiços que estavam aprendendo. O herdeiro Black estudou com Nott, trocou ideias sobre poções com Greengrass e foi seguido por Pansy Parkinson, que pareceu ter decidido que queria se casar com ele agora que Revan protegia os sangue puros.

Era sábado. Os grupinho de ouro de Gryffindor estava mais próximo do que nunca, criando rotas alternativas para a torre mais alta de modo que Malfoy não os achasse no caminho e os denunciasse para Dumbledore. A tarefa de casa tomou grande parte do tempo de Revan, mas o tempo pareceu se arrastar, pois ele não tinha ninguém para conversar.  

Os ponteiros finalmente pareceram se mover, e depois que Revan foi para a biblioteca estudar, ele só viu o grupinho de ouro no dia seguinte, quando as coisas já haviam mudado drasticamente para eles.

Durante esse tempo, no entanto, os problemas do herdeiro Black estavam longe de acabar. Ao anoitecer, um auror desconhecido pediu para ele, por favor, acompanhar o bruxo até uma sala vazia, onde um outro auror faria algumas perguntas.

Revan foi até a sala designada com os olhos cerrados, já suspeitando de quem poderia estar no outro lado. E lá estava ele.

Sirius Black, vestido em suas roupas de trabalho, com as mãos estendidas na carteira do professor. Ele mordia o lábio inferior nervosamente, formulando as questões em sua cabeça. Debaixo de suas mãos, estava um fino arquivo sem nome que o herdeiro Black pudesse ver.

“Boa noite” cumprimentou o auror, indicando uma cadeira na sua frente para o estudante. “Sente-se. Eu preciso que você responda algumas perguntas.”

Revan sentou-se e distraidamente tirou um fio de cabelo do olho. “Isso é sobre a briga com Theodore Nott?”

Sirius balançou a cabeça. “Então eu não vejo porque você queira me fazer perguntas enquanto veste seu uniforme de auror. Tudo o que eu disser não será levado para o tribunal, de qualquer maneira.”

Garoto inteligente. Padfoot pegou a primeira folha do arquivo e a estendeu para Revan. Na folha dizia sua data de nascimento, pais e status, além de varinha e primeira magia acidental. A maioria dos campos estava vazia. “Pode me explicar isso, senhor Black?”

O menino deu um sorriso relaxado para ele. Então era isso que seu padrinho podia fazer? Nada impressionante. “Minha data de nascimento não consta porque eu não carregava o sobrenome Black ao nascer. Pode anotar, se quiser, faço aniversário no dia 21 de dezembro. Ada foi dada como morta quando desapareceu comigo, e eu obviamente não poderia ter nascido do ventre de uma mulher morta. Regulus Black está aí, no entanto.”

Foi a vez de Sirius estreitar os olhos. “E primeira magia acidental?” cobrou, resistindo ao impulso de se levantar. Não era assim que suspeitos eram interrogados no Ministério. Padfoot tinha bem mais liberdade para interrogá-los lá. A calma do garoto lhe dava nos nervos. Ninguém deveria ficar tão calmo na frente dele.

“Você sabe tão bem quanto eu que em ambientes repletos de magia, a assinatura mágica de um indivíduo não se destaca de outro indivíduo. É por isso que ataques costumam ser feitos em massa.”

“Então você morava em um hotel ou local magicamente habitado” Sirius confirmou, anotando tudo que ouvia em um caderninho. Melhor prevenir do que remediar.

O herdeiro Black balançou a cabeça. “Não, eu estava apenas visitando o Beco Diagonal quando tropecei em um bueiro aberto e não caí. Eu tinha três anos.”

Padfoot grunhiu e pegou um segundo arquivo, o do banco Gringottes, que mostrava a atividade na principal conta dos Black. “Quinhentos galeões por ano, senhor Black, pego por você, da minha conta.”

“Para pagar meus estudos” explicou Revan, voltando a sorrir. “E você deveria mudar sua frase. É nossa conta, não sua conta.”

“Minha conta” repetiu Sirius. “Você é um bastardo.”

O menino deu uma curta gargalhada. “E você foi desertado. Ao ser reconhecido por Regulus Black, eu estou na linha de sucessão, e posso muito bem criar um processo contra você para retirar minha parte nesse instante” houve um sorriso malicioso aqui. “O que acharia se, de repente, metade de tudo o que tem sumisse? A Ordem da Fênix sentiria isso, não?”

O auror se levantou fazendo barulho. Com passos rápidos e pesados, ele caminhou até Revan e apontou a varinha para ele. “Não ouse” rosnou. “Ou as coisas vão piorar para você.”

“Esqueceu que está usando um uniforme, auror Black?” o Slytherin revirou os olhos como se aquela fosse uma ideia absurda. “Eu poderia te processar por ameaça de agressão à um suspeito sem necessidade.”

Sirius bufou e voltou a se sentar. “Não pense que vai escapar com essa” ele avisou, ajeitando os arquivos. “A verdade virá à tona.”

De fato, tio querido. “Isso é tudo? Eu gostaria de estudar com meus amigos.”

Aceno.

“Ótimo. Tenha uma boa noite, auror Black.”

__

“Eu disse para vocês!” acusou Ron, alguns minutos depois da meia noite, ao assistirem Norberto ser carregado cada vez mais para longe. Com o problema do dragão resolvido, eles pensavam no problema em que Revan havia se metido. Detenção por uma semana! Hermione não conseguia pensar em algo ruim o suficiente para fazer com que um estudante do primeiro ano ficasse cumprindo detenção todas as noites por sete dias. Revan se recusava a contar para eles o que havia acontecido, aumentando as teorias. “Black é um Slytherin, ele está do lado de você-sabe-quem!”

“Você acha que eu gosto de tê-lo aqui conosco?” replicou Nicholas, tentando observar Norberto. Agora ele não passava de mais um ponto negro no céu. “Meu pai disse que é melhor tê-lo por perto por enquanto, até tio Sirius conseguir um herdeiro. Se tio Sirius morrer antes disso, Revan fica com todo o dinheiro da família, e tudo que meu tio fez para melhorar a reputação dos Black vai por água abaixo! Eu não posso esperar para tio Sirius se casar e ter um filho.”

“É um comensal, arruinaria os Black” concordou Ron.

Foi Hermione quem tentou colocar um fim no assunto conforme saíam da torre mais alta. “Revan tem onze anos. Eu li em um livro que os comensais podiam juntas as fileiras das trevas só com dezesseis anos. Ainda temos quatro para convencer Revan a lutar pela luz.”

“Cale a boca” resmungou Ron “Não há volta quando se é como ele é. Eu nunca achei que um Slytherin pudesse ser tão frio. Nem veio nos ajudar, esse Black.”

Hermione não respondeu a isso, porque concordava com Revan naquele ponto. Ela nunca escaparia de uma detenção para entrar em uma possível enrascada.

Os três desceram as escadas silenciosamente, torcendo para que não tivessem o mesmo destino que Malfoy, pego por McGonnagall ao tentar denunciá-los para a professora. Vinte pontos de Slytherin! O mundo de Hermione acabaria se ela perdesse tantos pontos. Aquilo era tudo o que ela ganhava em um dia!

O coração dos três palpitava em felicidade. Eles estavam livres do dragão. Malfoy havia conseguido detenção e perdido pontos para Slytherin. Não havia nada que o loiro pudesse fazer para incriminá-los agora. Não havia mais evidência. A alegria não durou muito; a ruína deles os esperava no final da escada de espiral.

Filch deu um sorriso cruel. “Ora, ora... O que temos aqui?”

__

Nicholas foi estalando os dedos até os cômodos de McGonnagall. Nem mesmo seu status de Menino que Sobreviveu conseguiria salvá-lo agora. Ele tentou pensar em todas as desculpas plausíveis para se justificar, mas cada ideia que lhe vinha à mente parecia pior do que a anterior. Seus pais iriam ficar tão furiosos... James havia sido claro quanto a quebrar regras da escola. Reputação, reputação, reputação! O mundo de Nicholas girava em torno de si mesmo, ou da imagem que seus pais haviam criado para ele. Aulas de etiqueta, treinamento com professores, matérias no Profeta Diário, tudo isso estava indo por água abaixo. McGonagall nunca diminuiria sua punição por causa do nome que ele carregava, ao contrário de outros professores. Ele estava tão ferrado!

Ron ainda não parecia ter percebido o que estava em jogo. Em um ponto da jornada, porém, ele empalideceu bruscamente e fez menção de correr, mas a mão insistente de Hermione o impediu. Não, pensou Ron, não vou perder pontos de Gryffindor. Como ele deveria derrotar os Slytherins nojentos se perdesse mais pontos do que já perdia por dormir em horários inapropriados? Fred e George iriam usar isso contra ele pelo resto de sua vida.

Hermione fez seu melhor para imaginar a punição deles. Já passava de meia noite, os três deveriam estar roncando na cama, não perambulando pelas torres de Hogwarts, muito menos depois de serem acusados de carregar um dragão para fora da escola. O que mais? O dragão, é claro. Se McGonagall conseguisse provas suficientes que havia um dragão, os três provavelmente perderiam as varinhas por ajudarem a cuidar de um animal proibido e perigoso dentro da escola.

Nenhum dos três conseguiu dizer por que McGonagall parecia tão irritada. Talvez porque ela tinha sido retirada da cama ao encontrar Neville, também perambulando pela escola, ou porque, de todas as pessoas, Nicholas Potter iria receber uma bronca no meio da noite.

“Eu tentei avisar vocês” confessou Neville de cabeça baixa. “Draco disse que iria pegar vocês, disse que vocês tinham um dr...” Ele parou de falar ao ver o olhar que o trio dourado estava dando para ele.

“Eu nunca acreditaria se não tivesse visto com os meus próprios olhos” rosnou McGonagall com uma ferocidade tão grande que ela parecia prestes a soltar fogo pela boca. “Não há explicação plausível para o que vocês estavam fazendo, na Torre de Astronomia, à uma da manhã!”

Hermione não ousou responder.

“Não é tão difícil!” percebeu McGonagall. “Vocês criaram uma história ridícula sobre um dragão para conseguir problemas para o Sr. Malfoy. Eu já o peguei e garanti que ele conseguisse uma boa detenção. Vocês provavelmente acham engraçado que Longbottom aqui tenha ouvido a história e entrado em problemas com ela, não?”

Os olhos de Neville se encheram de lágrimas e ele encarou os três por um momento, mostrando toda a sua mágoa, antes de fungar e voltar a encarar os pés.

“Não posso acreditar!” continuou professora McGonagall. “Quatro estudantes meus fora da cama em uma noite! Srta. Granger, achei que você tivesse mais bom senso. Sr. Potter, o que seus pais vão pensar de você? Vocês quatro irão ganhar detenções – sim, até você, Sr. Longbottom. Nada te dá o direito de perambular durante a noite, especialmente nesses dias tão perigosos. Também, retirarei 50 pontos de Gryffindor.”

“Cinquenta?” exclamou Ron. “Mas… as cobras ganharão a Copa das Casas!”

“Cinquenta pontos de cada um” corrigiu McGonagall. Ron e Nicholas pareciam ter sido atingidos por um raio, parados lá com a boca aberta. Hermione segurou um soluço. Neville fungou mais uma vez.

Nenhum deles conseguiu dormir naquela noite. A mente dos quatro estava muito ocupada com a reação do resto da escola, e sobre como seriam odiados a partir da manhã seguinte.

__

Revan adorou quando, na manhã seguinte, Slytherin estava liderando a Copa das Casas, e Gryffindor estava em último lugar. Os sussurros começaram, e logo os três leões começaram a serem alvos de palavrões. Como podiam três primeiros anos ter perdido tantos pontos? A chance da casa vermelha ganhar a copa das casas era quase nula agora. Até mesmo os Ravenclaws e Hufflepuff pareciam estar ignorando os três. Eles realmente não queriam que Slytherin fosse o campeão novamente.

Para o contentamento de Revan, Malfoy também foi punido por ter perdido vinte pontos. Os estudantes fizeram com que seus livros pegassem fogo, o cobriram de mel e soltaram um enxame de abelhas. No fim do dia, ele estava inchado, sem ter como estudar e mais envergonhado do que nunca.

Uma semana antes dos exames começarem, quando os ruivos e Revan já haviam sido arrastados para a biblioteca para estudar, Revan abriu a nota que Voldemort havia colocado na correção da redação que havia feito na semana anterior.

Snape está ficando mais suspeito. Precisamos fazer isso logo.

E o bilhete se incendiou na frente de Revan.

Aquele não foi o ultimo bilhete que o herdeiro Black recebeu naquela semana. Na manhã seguinte, Nicholas, Ron, Hermione, Neville e Revan receberam o mesmo bilhete:

Sua detenção será às onze da noite. Encontre Sr. Filch no hall.

Professora M. McGonagall.

Revan havia esquecido que ele ainda tinha detenções para fazer depois de “atacar” Nott, o que havia rendido ao menino dois dias na enfermaria por causa de queimaduras de segundo grau. Ele tinha certeza que as detenções com Filch não seriam tão amigáveis quanto às com Voldemort – sem chance que ele apenas conversaria sobre feitiços ao invés de realizar algum trabalho pesado. Hermione surpreendentemente não reclamou de perder uma noite de estudos; ela parecia carregar um peso nos ombros que não estava lá alguns dias atrás.

Um pouco antes das onze, Revan se juntou ao aborto, mas não dirigiu uma palavra a ele. Poderia ter sangue mágico, mas não tinha magia. Inferior, definitivamente inferior a Revan e Voldemort e todos os bons bruxos que haviam por aí. Revan não gastaria suas palavras com um ser como Filch. Assim eles permaneceram até que Malfoy chegou, mandando Avada Kedavras com os olhos para Revan, seguido de Hermione, Neville, Ron e finalmente, Nicholas, que terminava de comer sapos de chocolate que havia recebido dos Potter.

“Aposto que pensarão duas vezes antes de quebrar as regras de novo, hein?” resmungou Filch, liderando o caminho. “Trabalho pesado e dor são os melhores professores para mim. Pena que os velhos hábitos deixaram de ser usados; pendurar estudantes no teto, ainda tenho minhas correntes, até as mantenho lubrificadas, só para garantir. Ok, vamos, nem pensem em fugir, será pior para vocês.”

Eles caminharam no escuro, com apenas um lampião para lhes servir de luz. Revan pensou em usar a varinha para conseguir um orbe prateado, ou até mesmo apenas ordenar que um aparecesse em seu caminho, mas decidiu pelo contrário. Filch poderia tomar isso como algo ofensivo e piorar a punição deles. Do jeito que Neville fungava atrás de Revan, ele só podia pensar que a detenção seria algo terrível. Longbottom parecia temer por sua própria vida.

A lua brilhava e o lampião de Filch permitiu que os estudantes vissem a cabana de Hagrid. Revan ouviu um grito distante:

“É você, Filch? Corre que eu quero começar logo!”

Ao mesmo tempo em que a face dos Gryffindors se iluminava ao perceberem que era Hagrid quem daria a detenção para eles, Revan olhou para a floresta proibida, e para Hagrid, e depois para a floresta novamente. Não, isso não era bom. Filch confirmou seus pensamentos:

“Não fiquem muito animados. Vocês estão indo para a Floresta e provavelmente não vão voltar.”

Hermione engoliu em seco. Neville começou a chorar ainda mais. Malfoy deixou um gemido escapar, e repetiu: “A Floresta? Não podemos ir lá. A Floresta tem coisas terríveis, como lobisomens. Meu pai vai saber disso.”

“Lo-Lobisomens?” gaguejou Neville. Mesmo com a fraca iluminação, Revan percebeu que o garoto havia empalidecido.

“Seu trabalho é descobrir se os rumores são verdadeiros” caçoou Filch, claramente satisfeito em ter colocado medo nas crianças. Hagrid se aproximou deles com Canino colado à sua perna esquerda.  Ele carregava um arco nas costas com várias flechas prontas para serem atiradas. Malfoy recuou ao ver o imenso cão, mas os outros não se amedrontaram. Eles sabiam que Canino era tão feroz quando um coelhinho.

Hagrid não parecia feliz de ter estado esperando. “Já passava da hora!” resmungou. “Faz meia hora que eu estou esperando. Tudo bem Nick, Ron, Hermione?”

“Eu não devia ser gentil com eles, Hagrid” afirmou Filch friamente. “Eles estão aqui para serem punidos.”

“Então é por isso que vocês se atrasaram? Filch, seu trabalho não é dar um discurso para eles. Já fez seu trabalho, eu tomo conta deles.”

Filch deu um sorriso cruel para eles. “Vejo vocês pela manhã... Se vocês ainda tiverem olhos.” Virou-se e se misturou à escuridão para voltar ao castelo, extremamente animado com a perspectiva de perder seis estudantes que já haviam causado muito problema para ele.

Malfoy se virou para Hagrid depois de tentar ver o que ficava na floresta. Não havia nada a não ser escuridão. “Eu não vou entrar lá!” exclamou determinado apontando para a floresta. “Eu vou contar para o meu pai!”

“Vai entrar se quiser ficar em Hogwarts!” berrou Hagrid, perdendo a paciência. Ele se recompôs um momento depois apesar de ainda bufar por debaixo da barba. “Vamos lá.”

“Mas isso não é algo que estudantes fazem. Empregados fazem isso! Achei que fôssemos copiar alguma coisa, se meu pai souber disso...”

“Nem mais uma palavra sobre o seu pai!” sussurrou Revan com a sua voz mais fria no ouvido de Malfoy. “Ou você nunca mais ouvirá uma palavra saindo da boca dele.”

Malfoy, para o bem de todos, se calou. Hagrid os levou pela floresta, atirou uma flecha e depois de confirmar que não havia nada ali, eles se aproximaram de um líquido prateado. Os olhos de Revan se arregalaram em admiração; aquilo não podia ser realmente... Ele nunca pensaria que existiam unicórnios em Hogwarts. Então era assim que seu mestre continuava vivo, mesmo que a energia vital de Quirrell se esvaísse a cada instante! Brilhante! Hagrid confirmou suas suspeitas: Aquela era a segunda trilha que ele havia encontrado naquela semana; o meio gigante também havia visto um morto na semana passada.

E eles achariam o unicórnio durante a noite, de acordo com Hagrid. E talvez, matá-lo, porque o animal poderia estar sofrendo demais. Os olhos verdes de Revan brilharam ao pensar na quantidade de sangue de unicórnio que ele poderia obter de um animal morto, mas se arrependeu de pensar nisso no mesmo instante. A maldição dada a aquele que matasse um unicórnio seria pior do que a morte. 

“Vamos nos dividir em dois” decidiu Hagrid. “Assim a gente segue a trilha de sangue em duas direções. Tem sangue pra todo lado” comentou sem se preocupar.

“Eu quero Canino!” pulou Malfoy, se posicionando ao lado do cão. Os Gryffindors reviraram os olhos. Eles iriam se divertir ao ver Canino rolando para o primeiro lobisomem que aparecesse na frente deles.

Revan acabou preso com Malfoy, Neville e Canino. Grandes amigos os Gryffindors eram, para acabarem juntos, os três, e deixarem os outros três que haviam entrado naquela encrenca por causa deles em um grupo sozinho. Eles se separaram depois de combinarem que, se alguém achasse o unicórnio, mandaria faíscas verdes, ou faíscas vermelhas se estivessem em problemas. Revan liderou o caminho com Canino. Neville, tímido e assustado como era, disputava o lugar atrás de Revan com Malfoy, igualmente medroso quando se tratava de algo que seu papai não pudesse ajudar.

Depois de perceber que seus acompanhantes claramente não sabiam nem mesmo o feitiço Lumos, Revan criou um orbe prateado que iluminou a escuridão, ajudando-os a localizar as gotas de sangue do unicórnio. O herdeiro Black conseguia ouvir água; devia ter um riacho por perto. Isso o fez parar.

“Ouçam” sussurrou.

“Ouvir o que?” sussurrou Neville de volta.

Revan olhou para os dois como se fosse óbvio. “Não há nada” respondeu. “Estamos no meio de uma floresta, e não há um som.”

Os dois meninos empalideceram. De repente, houve um barulho logo à frente que se distanciava. Revan disparou atrás da figura, deixando os dois meninos e o cachorro para trás. Malfoy e Neville não fizeram nenhuma tentativa de segui-lo, e estavam certos. Apenas um idiota correria atrás de uma criatura desconhecida, em um ambiente desconhecido, no escuro. Mas Revan tinha suspeitas de quem aquela figura era. A dor em sua testa que anunciava a presença de Voldemort estava lá.

As poças de sangue ficavam maiores conforme Revan corria. Perto de uma árvore, atrás de um arbusto... E ele viu uma figura vestida com robes pretos que brilhavam com o sangue prateado.

“Meu lorde...” chamou Revan, falsificando o tom de voz. “O que está fazendo?”

A figura olhou para cima. Era Voldemort, mas não Quirrell. Apenas o fantasma que Revan conhecia, lambendo os lábios com o doce sabor do sangue de unicórnio. Ele deu um sorriso assustador para o menino, que rapidamente se aproximou dele. Por um momento, Revan se esqueceu de todos os seus modos ao olhar para o unicórnio quase morto.

“O que está fazendo?” exclamou. “É... um unicórnio.”

A testa de Revan explodiu em dor. Ele cravou suas unhas na terra e cerrou os olhos, mas a dor diminuiu sem nenhum fator externo, apenas sumiu. Voldemort tinha uma careta no rosto. “Sei o que é.”

E ainda assim você vai matá-lo? Revan questionou em sua cabeça. “Você não pode fazer isso” ele falou. “Quem toma o sangue de unicórnio para ficar vivo nunca fica vivo de verdade. É a maldição.” E eu não quero que você se vá. Seus pensamentos deveriam estar óbvios, porque Voldemort respondeu:

“Estou morrendo. Não vou passar dessa noite se eu não fizer isso” e voltou a morder o unicórnio. A criatura olhou para Revan com uma estranha paz que encheu o coração dele de tristeza. Era como se o unicórnio já tivesse aceitado o seu destino. Revan acariciou os pelos brancos do cavalo; suas mãos estavam ensopadas em sangue, e o líquido prateado ao redor deles parecia se multiplicar conforme o tempo passava.

Uma luz se acendeu na mente de Revan. É claro! Aproveitar dos benefícios do sangue sem receber a maldição.

“Accio sangue de unicórnio” ordenou, também criando uma garrafa de diamante negro onde colocou todo o sangue que se reuniu em volta dele. Aquilo deveria ser pelo menos metade do que o unicórnio tinha no momento. Voldemort parou de tomar o sangue e encarou Revan surpreso; talvez aquilo funcionasse.

Ele tomou um gole da garrafa. Sim... Aquilo funcionava. Tinha o mesmo gosto, cheiro, e o melhor de tudo, ele se sentia mais forte. “Boa ideia” concordou. “Ainda assim…”

Revan balançou a cabeça. “Meu lorde, se você espera voltar às suas capacidades um dia, sangue de unicórnio não é o melhor caminho.”

“E quem você pensa que é para me dizer o que fazer?” exigiu Voldemort. Ele teria tirado a varinha do bolso se tivesse uma.

O herdeiro Black abriu a boca para dar uma resposta espertinha, afinal, ele era o único, além de Regulus, que ficara com o Lorde das Trevas depois de sua queda. Ele era definitivamente alguém. O que saiu de sua boca, porém, foi simplesmente: “Corra!” Ele apontou para as árvores ao redor deles. O menino se levantou, pronto para o combate. No curto espaço de tempo em que havia pego sua varinha, Voldemort já não estava mais lá. Revan olhou para todos os lados e se posicionou na frente do unicórnio ferido, bem no meio da clareira onde estavam.

Os sons pareciam vir de todas as direções. Galopes, vozes humanas, todas de uma vez, para a mente de Revan. Olhos brilhando na escuridão. Longos corpos olhando para a lua. Ele se sentia perdido. Não sabia quem derrotar primeiro. Quantas pessoas estavam com ele? De onde vieram? Ele se virou mais uma vez...

Em um timing perfeito para ver uma pedra o atingindo diretamente na cabeça.


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Notas finais do capítulo

Só reviews mesmo para me alegrarem. Se você decidiu parar de comentar, me diga o por quê. Eu quero melhorar, gente.

Até qualquer dia desses quando a inspiração para escrever voltar para mim.