Ai Chikara escrita por DennyS


Capítulo 2
Capítulo - II - Museu, Penetras e Poker




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Capítulo II: Museu, Penetras e Poker

Dentro do carro, um silêncio tomou conta daquele clima pesado. Sasuke, mas carrancudo que de costume, não tirava os olhos da estrada. Sakura olhava de canto para ele uma vez ou outra.

–Eu também não queria isso. - disse ela cortando o silêncio. Percebeu que Sasuke não moveu uma pálpebra então continuou. - Minha mãe me fez prometer à ela, porque disse que você havia concordado, então eu não insistir muito. Mas agora, pela sua cara, eu vejo que o seu pai concordou por você, e...

–Dá pra parar de falar?! - ele a cortou, já esgotado de segurar aquela raiva. Que ótimo. Agora tinha que agüentar uma irritante.

–Não precisa me levar, para onde quer que esteja me levando! - ela não o obedeceu. Volte e me deixe na sua casa. Eu fico escondida até eles saírem para a lua de mel.

–Por mais que eu queira não posso fazer isso. A fofoqueira da Shizune está lá!

Sakura percebeu o descontrole do Uchiha. Ele deveria estar pensando numa solução desde que saíram da mansão.

–Eu não quero ser um problema! - disse a garota se alterando. Odiava perder a calma. - E se você vier descontar sua raiva em mim, que sou inocente, eu....

–Vai ligar para o meu pai?! - interrompeu agora furioso.

–Na verdade, eu ia dizer outra coisa, mas agora que você pareceu temer ao Sr. Uchiha me deu outra alternativa.

Sasuke virou uma curva brutalmente. Quando estava nervoso, descontava na velocidade do seu carro.

–Eu agradeceria se você desacelerasse, por favor!

–Não venha me dar ordens, no meu carro!

–Acontece que eu prezo pela minha vida! Diminua!

Ele deu um cavalo de pau, para espanto da garota, estacionando enfrente à uma casa cheia de gente e de música alta.

–Ah, não... - lamentou a Haruno.

–Saia do carro. - ordenou.

–Eu posso esperar aqui. - retrucou.

–Até parece que vou deixar você sozinha no meu carro.

–O que está falando? Eu não sei dirigir!

Ele deu meia volta no veículo, abrindo a porta e retirando Sakura do carro pelo braço.

–Você não quer que eu fique com você e eu também não quero. - ela tentava explicar. - Eu não gosto de festas. - Sasuke a puxava para dentro dos portões enquanto a garota tentava voltar.

–Cala essa boca! Você me irrita!

–Me solta!

–Como uma pessoa pode não gostar de festas?

–Na verdade, eu não gosto desse tipo de festa. - ele continuava a arrastá-la pelo braço. - Onde os jovens só querem saber de sexo, bebidas e drogas!

–O problema de caretas como você, é que acham que só rola isso numa festa.

–E eu estou mentindo? Vai me dizer que...

–Agora já chega! - ele parou se colocando enfrente ao corpo dela. - Você fica por aí, em algum canto. Quando eu for embora, procuro por você.

Sasuke adentrou a multidão que dançava no centro da casa, deixando Sakura mais que irritada na porta. Um garoto esbarrou na rosada, que quase vai ao chão pelo impacto do imenso corpo dele.

–Foi mal... - disse ele segurando uma garrafa de sakê. Estava caindo de bêbado.

Outro empurrão. Só agora percebeu que estava enfrente a porta. Só que dessa vez, o grupinho que entrou, olharam para ela. Sakura sabia o que aqueles olhares queriam dizer: “O que essa fracassada está fazendo aqui?” Típico desses playboyzinhos.

Saiu dali antes que levasse outro empurrão. Seus olhos procuraram um lugar onde poderia se sentar e esperar a hora de ir embora.

Encontrou.

Avistou pela janela, do lado de fora da casa no jardim próximo à piscina havia um banco. Seguiu para lá, se misturando na multidão dançante e apertada. Tropeçou no pé de alguém que seus óculos quase foram ao chão. Um garoto, o gordo que quase a derrubou minutos atrás na porta, caiu na frente dela com garrafa e tudo.

–Chougi, seu idiota! - um garoto mais magro, de cabelos arrepiados abaixou-se a fim de acordar o amigo.

–Com licença... - disse Sakura cansada pela falta de ar. A sala estava tão entupida de gente, que era quase impossível respirar um ar puro.

Finalmente ela conseguiu sair dali. Respirou fundo quando sentiu o vento passar por seu rosto. O jardim não estava tão cheio como a sala. Procurou pelo banco que avistara da janela e seguiu até lá. Só não esperava ser quase comida pelos olhos das garotas que estavam lá. Definitivamente aquele não era o lugar dela. Não tinha como se sentir bem ali.

Sentou-se no banco, ignorando as pessoas que a olhavam e riam dela. Na verdade estava acostumada com isso. Chegava a não se importar.

Pegou dentro da sua bolsa, que levava a onde ia, um livro. Pelo menos teria uma distração para que as horas naquele ambiente nojento passassem depressa.

–Com licença, garotinha... - uma garota parou à sua frente, usando um tom de deboche na última palavra. - Posso saber o que faz aqui?

Era uma loira. Usava um vestido preto, muito curto. Os cabelos compridos estavam espalhados pelos ombros.

–Estou lendo... - respondeu fitando a loira nos olhos.

–Isso eu sei, não sou uma retardada! - gritou. - Você só pode ser uma penetra!

–Você sabe o que a gente faz com os penetras? - perguntou outra garota que até então Sakura ainda não havia visto. Era uma morena que usava o cabelo em dois coques. Usava um vestido rosa até os joelhos. - Jogamos na piscina!

Se não fosse pelo sorriso malicioso que elas estamparam no rosto, Satura não teria se assustado.

–Kiba!! - chamou a loira levantando a mão. - Temos uma penetra aqui!

O garoto correu até elas eufórico.

–Onde? Onde? - ele bateu os olhos em Sakura já a pegando no colo.

Sakura esperneou para se soltar dele, mas não conseguiu.

–Me solta, seu imbecil!!

Sasuke que estava com Karin na sacada do segundo andar, viu Kiba levando Sakura em direção à piscina.

–Que merda!

Karin seguiu o olhar dele e começou a gargalhar impiedosamente.

–NÃO KIBA! - gritou ele, fazendo Karin estranhar.

Não daria tempo de descer as escadas até chegar lá fora. Então saiu pela janela, ficando no galho de uma árvore para depois saltar até o jardim.

–Sasuke-kun, você ficou maluco?! - berrou a ruiva.

Sasuke retirou Sakura dos braços de Kiba antes que ele a atirasse na piscina. Todos estranharam aquela reação vinda do Uchiha, aproximando-se dele para entender aquilo.

–Ela é uma penetra, Uchiha! - explicou Kiba.

–Por que você fez isso?! - questionou a loira.

–Você quer quebrar o pescoço pulando dessa altura?! - disse a morena com as mãos na cintura.

–Você conhece essa fracassada?!

Sasuke estava ficando louco com tantas perguntas. Karin já estava falando asneiras do seu lado, Naruto e Hinata já tinham se aproximado, depois uma multidão curiosa.

–JÁ CHEGA!! - berrou sem paciência. - Essa é minha nova “irmãzinha”. - debochou na última palavra.

Todos começaram a rir. Sakura olhou a sua volta sem entender a piada.

–Belos sapatos... - disse Ino (a loira) aos risos descontroláveis.

–Tu ‘tá bêbado, Sasuke? - Kiba segurava a barriga de tanto rir.

–Meu pai me obrigou. - adiantou-se ele antes que tirassem conclusões precipitadas.

–‘Peraí, é sério?!

–Voltem a fazer o que estavam fazendo! - virou-se para Sakura. - E você fique num lugar onde eu possa te encontrar quando for embora.

–Se ninguém me jogar na piscina. - disse ela séria, mas o pessoal a sua volta começou a rir novamente.

***

–Que história é essa, Sasuke? - perguntou Karin quando eles ficaram mais à vontade dentro de um quarto. - Seu pai te obrigou a trazer aquela aberração pra festa?

–Não só pra essa festa. - disse deitando-se na cama. - Pra onde quer que eu vá.

–O que?! Eu não acredito! - ela aninhou-se ao corpo dele, deitando a cabeça no ombro do Uchiha. - Por que não recusou?

–Já disse que ele me obrigou. Não tive escolha - Karin já sabia do irmão desordeiro de Sasuke. Sabia que o pai dele faria o mesmo com o filho mais novo se fosse preciso. Não precisava fazer mais perguntas.

–Que falta de sorte... - sussurrou a ruiva.

–Tire a roupa. - ordenou Sasuke com a expressão fria. Sempre usava esse tom de autoridade com a namorada.

Ela, que sempre fazia o que ele mandava, sem questioná-lo, acatou ao seu pedido, ficando de joelhos em cima da cama, retirando o vestido preto que usava pela cabeça.

Sasuke percorria seus olhos maliciosos pelo corpo dela, antes de avançar e retirar com brutalidade a lingerie da garota. Sua boca devorava com voracidade os lábios da ruiva, que respondia com a mesma urgência. As mãos atrevidas de Karin, desceram até a calça de Sasuke, retirando o cinto para em seguida abrirem o zíper na calça.

Sempre fora assim entre os dois. Sempre desesperados, famintos pelo desejo. Algo que Sasuke conhecia como ninguém. Afinal, para ele mulheres só serviam para oferecer prazer aos homens.

***

O Uchiha despertou às cinco da manhã. Como era de costume voltar para casa a essa hora, assim o fez. Levantou-se da cama revirada, vestindo sua roupa que estava jogada ao chão. Saiu do quarto, sem acordar Karin, que parecia estar morta ao invés de dormindo.

A casa estava revirada. Se os pais de Shikamaru soubessem daquela festa, o problemático seria ele.

Saiu da casa encontrando Sakura adormecida e encolhida no banco próximo à piscina. Chamou por ela e a mandou segui-lo para o carro.

***

–Yo!! - Shizune tentava ser o mais gentil possível. - Você é Haruno Sakura, não?

–Hai... - confirmou a rosada quando entrava para a cozinha.

–Sente-se, vou lhe servir o almoço. Sou Shizune, o braço direito do Sr. Uchiha!

–Muito prazer... - cumprimentou com um sorriso.

–Se divertiram ontem à noite? - perguntou a morena colocando uma tigela na mesa. - Não vi quando chegaram.

–Chegamos às seis da manhã. - disse Sakura irritada.

–Pelo jeito que disse isso, eu suponho que não tenha sido tão divertido assim.

–Divertido? Eu estou com uma dor horrível no pescoço! Passei a noite num banco de latão! - ela deu um tapa na mesa. - Eu, com toda certeza, não entendo qual a graça de passar uma noite inteira enchendo a cara de saquê, dançando e jogando penetras na piscina! Você acredita nisso? Jogaram mais de dez pessoas na piscina, eu contei!

–Por Kami! Sasuke permitiu uma coisa dessas?!

–Permiti o que? - ele entrou na cozinha sem camisa indo em direção à geladeira.

–Deixar Sakura jogada num banco de latão.

–Ela mencionou que não gosta de festas? - arqueou uma sobrancelha irritado. Sakura já estava fazendo fofoca!

–As ordens de seu pai...- começou Shizune mas foi interrompida por Sasuke.

–Eu sei qual foi à ordem dele. Mas fazer com que ela se divirta onde eu for não está incluído! - ao dizer isso levou a garrafa de leite aos lábios, bebendo-o num gole só.

Shizune calou-se para pensar. Ele estava certo. Não deveria ligar para o Sr. Uchiha por conta daquilo. Mas como prometeu ao seu chefe, e ela era muito eficiente, que faria tudo para que Sakura se sentisse em casa, teria que fazer alguma coisa.

–Está bem, Sasuke-san. Você tem razão. - ela caminhou para perto dele, com aquela expressão de esperteza que adorava fazer. - Mas Sakura não se divertiu. Não é culpa sua, eu concordo.No entanto, acho que você deveria levá-la para algum lugar em que ela se sinta à vontade. Só para esquecer essa noite desastrosa.

–E onde seria esse lugar? Numa biblioteca?

–Onde você gostaria de ir, Sakura-chan? - perguntou Shizune.

Sakura, que estava um pouco ruborizada pela falta de roupa do Uchiha, piscou os olhos acordando para a realidade.

–Concordo que uma biblioteca seria interessante... - Sasuke estreitou os olhos.

Que garota estranha... Foi uma piada!

–Porém, eu soube que aqui em Konoha tem um museu enorme.

–Sim. - afirmou Shizune. - É chamado de o Templo Hokage. O maior museu que eu já vi. Ótima escolha, Sakura-chan. - ela encarou Sasuke com um sorriso. Ele estava com um “nem pensar” no rosto. Mas não tinha escolha.

***

–Você não precisa entrar. - disse Sakura quando eles estavam dentro do Mustang, à caminho do museu.

–Quem disse que eu ia entrar? - ele continuava com o olhar fixo na estrada. Estava tão irritado que acabaria desistindo do trato que fez com o seu pai. Sentia que perderia a cabeça a qualquer momento se continuasse com aquela garota atrapalhando sua diversão. Conseguia até imaginá-la, saindo do carro em movimento, naquele exato momento. Um meio sorriso se formou nos lábios ao imaginar a cena.

–O museu fecha às dezoito horas, se eu não me engano. Me busque às dezessete e meia.

–O que vai fazer durante todo esse tempo dentro de um museu? - perguntou fazendo uma careta de desgosto. Definitivamente essa garota era estranha.

–Coisas que você, com toda certeza, não faria.

Chegaram. Sakura mal saiu do carro e ele deu a partida.

Que mal ele fez à Deus? Xingava seu próprio pai por ter feito uma coisa dessas com ele. Suas férias arruinadas, tudo por culpa desse novo casamento!

Seu celular tocou, vibrando sobre o painel do carro. Era o Naruto.

–Teme!

O que é, dobe?

–A galera ‘tá aqui em casa pra jogar poker, tu vem?

–Poker?

–Só aposta alta!

–E as garotas?

–‘Tá de zoeira, teme? Mulher e jogo não combinam!

–Só dão azar! - disse outra vozque não era do Naruto.

Já tô indo... - respondeu Sasuke com um sorriso torto. Ele adorava jogar poker.

***

–Ganhei de novo!! - Kiba faltava subir na mesa a cada vitória que comemorava.

–Você ‘tá roubando, vira-lata! - retrucou Naruto. - Você nunca ganhou tantas vezes seguidas antes!

–Acha que eu sou tão burro como você?! - provocou o Inozuka. - Seu ridículo!

–COMO É, DATTEBAYO?!!

–Joga logo, Naruto! - ordenou Neji.

–RIDÍCULO?!

Naruto levantou-se brutalmente derrubando sua cadeira. Sasuke suspirou sem paciência. Naruto não mudava nunca. Gostava de um “barraco”. Ou talvez o sakê estava só fazendo efeito naquele dia.

–Quem é você pra me chamar de ridículo, seu desgraçado?!

–Sou mais bonito, pode ter certeza. - Kiba também se pôs de pé, cambaleando bêbado para o lado. - Não sei o que a Hinatinha viu em você.

Sasuke, Shino, Neji e Shikamaru esperaram pelo pior. Colocar Hinata no meio da confusão era o fim da picada para o loiro.

–Repete o que você disse, seu filho da puta! - o Uzumaki caminhou até Kiba, do outro lado da mesa, apertando os punhos. A raiva ardendo nos seus olhos. Tudo por culpa do maldito sakê. Infelizmente o organismo do Naruto e do Kiba não se dão bem com o álcool. Sasuke sempre tira o loiro de encrenca quando eles vão para o bar encher a cara nas noites de sexta.

–Você não se enxerga! Parece uma raposa com essa jaqueta laranjada! - ele continuava a provocar mesmo tendo Naruto o agarrando pela gola da camisa. - Eu deveria te mandar para um museu!

Sasuke que já se preparava para apartar a briga dando um safanão na cabeça de Naruto, congelou ao ouvir a última palavra que Kiba pronunciou. Levantou-se de seu lugar, xingando para qualquer um ouvir.

–Qual o problema, Sasuke? - indagou Shikamaru confuso.

–QUE HORAS SÃO?!

–Onze e meia, por quê?

–DA NOITE?!

–Claro. - respondeu Shikamaru, esticando os braços acima da cabeça.

Seria uma falta de educação escrever as três palavrinhas que saiu da boca de Sasuke. Naruto e Kiba pararam de discussão depois de ouvir os palavrões, vendo Sasuke sair apressado pela porta (ainda xingando), sem entender nada. Todos se olharam confusos.

Será que ela ainda estaria lá o esperando? Que merda! Seu pai vai matá-lo depois que souber disso. Se é que ele não já sabe. Talvez Sakura se virou para ir embora e assim que chegou na mansão ligou para o seu pai. Talvez estaria o esperando em casa com a polícia.

Porra!

Estava furioso. Muito furioso! Mas furioso por quê? A culpa foi dele mesmo! Não, claro que não! A culpa será sempre de seu pai por ter se casado de novo. Merda! A culpa é do destino que tirou a vida de sua mãe. Se ela estivesse viva, nada disso estaria acontecendo!

Enquanto ele tentava culpar tudo pelo que aconteceu, seu Mustang estava a duzentos por hora. Passou um sinal vermelho, fechou um carro numa curva, quase arranhando a pintura de seu possante caríssimo. Agora não ligava para o que estava fazendo. Tentou pensar numa maneira de salvar sua herança, de salvar o seu nome. Alguma coisa em que poderia fazer para Sakura não abrir a boca.

Encostou em frente ao museu, saindo do carro rapidamente. Seus olhos procuraram por ela em meio àquela escuridão. Não havia ninguém além de dois mendigos deitados na escadaria do Templo Hokage.

Sasuke seguiu até o lado do museu, onde havia uma praça. Era até perigoso para uma pessoa de grande porte como ele andar por ali aquela hora da noite. Xingou mentalmente mais uma vez, ao pensar que poderia ter acontecido alguma coisa com Sakura. Se fosse esse o caso, ele não perderia apenas sua herança, seu pai o mataria com toda certeza.

A pouca luz que havia nos postes da rua iluminavam a praça. Sasuke avistou um vulto sentando num banco, com os braços cruzados. Era ela. Aproximou-se, vendo-a melhor, encolhida pelo frio, o cenho baixo. Ao perceber a presença de Sasuke, ela levantou a cabeça para vê-lo. O encarou com as esmeraldas estreitas por trás dos óculos, tremendo pelo frio.

–Venha. - Foi o que ele disse, dando-lhe as costas e seguindo para o carro.

Sakura o obedeceu depois de um tempo. Quando se aproximou dele, Sasuke estava de pé abrindo a porta do carro para ela.

–Você não vai dizer nada? - perguntou ela parada enfrente à ele.

–Eu me esqueci.

–Você se esqueceu?! - repetiu incrédula. - Que tipo de pessoa você acha que eu sou?! Ou você acha que eu sou um animal?!

–Entre logo no carro! - ordenou entre dentes. Não queria ouvir as broncas dela. Já bastava as que receberia de seu pai.

–Você não se importa mesmo com ninguém! - acusou. As lágrimas já desciam pelo rosto. - Seu maldito egoísta! - ela também não queria discutir. Não queria se estressar mais do que se encontrava. Entrou no carro secando as lágrimas. Sasuke bateu a porta, depois entrou pelo outro lado.

Ouvia-se dentro do carro, apenas os soluços de Sakura. Sasuke já dizia adeus mentalmente pelo que perderia quando seu pai descobrisse o que havia acontecido.

Quando chegaram na mansão, Sakura saiu rapidamente do carro. Estava tão irritada quanto Sasuke. Seu segundo dia em Konoha e já estava chorando daquela maneira. Odiava chorar.

–Seu idiota! - finalmente conseguiu xingá-lo. Estava tentando se controlar, mas a fúria que fluía de dentro dela estava descontrolada. Retirou os óculos, para secar as lágrimas, virando-se para Sasuke que a seguia desde que saíram da garagem. - Eu sei que você está com medo que eu ligue agora mesmo para o seu pai, mas eu não vou fazer isso!

Sasuke arregalou os olhos. Por isso ele não esperava. Continuou a segui-la pela sala, quando a impediu de subir as escadas.

–Como é que é? - ele a segurou pelo pulso confuso.

–Não faço isso por você! - Sasuke a fitava nos olhos. Só então percebeu os belos olhos verdes que ela tinha. Estavam brilhantes pelas lágrimas e mais expostos sem os óculos. Não havia olhado nos olhos dela desde que a conhecera. - Pouco me importa o que seu pai vai fazer com você. Eu só não quero estragar a felicidade da minha mãe por uma idiotice como essa.

Deixou que ela subisse as escadas, e cantou vitória por Shizune não está em nenhum canto para ter visto aquilo. Nunca imaginaria que Sakura fizesse isso. Mesmo que não tenha sido por ele. Ela se importa com a felicidade da mãe. Algo que nunca viu uma pessoa fazer antes. Abrir mão do prazer de ferrar com outra pessoa. Não é o que ele teria feito, com certeza. Sakura era mesmo diferente dele e de qualquer outra pessoa que ele já tenha conhecido.

Estaria a salvo, pelo menos por enquanto, se ela não mudasse de idéia.

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Notas finais do capítulo

Nyah!! Não me aguentei!! Tá aí o segundo capítulo!

Por Favor nada de pedradas, chineladas, nem tiro de bazuca. Tudo vai melhorar no decorrer da estória!


bjuss


=Denny