Ensinando A Amar escrita por BiaSiqueira, ThansyS
Notas iniciais do capítulo
Capitulo enorme e cheio de emoções.
Gente por favor, eu não mereço nenhuma recomendação?
Eu nuca pensei que faria isso, mas 10 reviews no minimo para o proximo capitulo chegar. Ou pelo menos uma recomendação!
Eu tenho um numero legal de leitoras, mas histórias com poucos comentarios não são notada e ninguém le. Desculpem meninas que comentam sempre, mas eu tenho que fazer isso!Obrigado pelos comentarios dos utlimos capitulos! Estamos a caminho da reta final!
Com o fim de mais um mês, Juliana parecia agora ainda mais atarefada. O evento anual da escola estava próximo como nunca antes e os preparativos estavam a mil. A escola parecia ter saído da normalidade. Os alunos desfilavam apressados pelos corredores buscando materiais e professores aleatórios aos de seus respectivos horários. O falatório era geral e essa era a única época do ano em que os coordenadores pareciam dispostos a ignorar essa tal bagunça.
Junto com toda a tentativa de organização, chegou também a semana de competições dos jogos estudantis. Com isso, a equipe de ornamentação ficou visivelmente desfalcada. Juliana tentou intervir, justificar que os meninos não pudessem sair. Atitude essa que irritou e agradou Gabriel na mesma proporção. Ele sabia que mesmo que ela não admitisse, o fator saudade e o fator ciúmes haviam a ajudado naquela decisão estranha de tentar fazer com que ele não viajasse. Mas era apenas uma semana, e se tudo corresse bem, eles estariam de volta a escola amanhã. Manter contato com Gabriel nesse meio tempo foi um tanto difícil. Os quartos compartilhados não davam muita privacidade para o rapaz tentar manter uma conversa com sua conhecida professora de inglês. Levantaria sem duvida alguma mais suspeitas.
– Juro que empurro o senhor Montarez da escada se ele gritar para nos apressarmos mais uma vez. – Um dos alunos passou reclamando alto e Juliana segurou um risinho. O professor de artes sabia exatamente como ser irritante.
– Eu não faria isso Susy querida. Não vale apena a estadia em uma cadeia lotada só para fazer ele calar a boca. – Juliana respondeu rindo baixinho em tom de confidencia com a garota que falou antes.
– Eu nãos ei o que faríamos sem você professora. – Susy disse rindo mais e se afastando aos poucos. Juliana lhe retribuiu o sorriso.
O tempo tinha servido também para dar a ela o respeito e a simpatia de grande parte dos alunos. A outra parte deles apenas a ignoravam.
– Parece que você está se saindo bem. – A voz conhecida da servente Joana se fez ouvir ao lado dela. A mulher ostentava um sorriso amigável no rosto.
– Garças a Deus que estou sim dona Joana. – Ela respondeu retribuindo o sorriso atencioso da mulher.
– Aqueles gorilas me fazem realmente muita falta. – Juliana observou olhando para o esforço das garotas e alguns poucos meninos para tirar alguns materiais mais pesados do chão.
– Já está com saudades? – Joana perguntou e Juliana sentiu a face corar no mesmo instante. A palavra saudades a fez pensar em especial em Gabriel.
– Os meninos fazem a falta. – Ela respondeu mascarando a resposta dramática que daria caso falasse da falta que estava sentido de um dos meninos em especial.
– Pois então pode voltar a ficar feliz. – Ela falou apontando com a cabeça para a porta do grande ginásio da escola onde Gabriel lado a lado com João Pedro e Lucas. Mais atrás o restante do time de futebol caminhava entre brincadeiras.
Juliana sentiu o coração acelerar tanto que não pode conter sua reação. Sorrindo largo, ela correu em direção aos rapazes pulando e abraçando Gabriel no mesmo instante. A reação da moça fez os alunos e todos os presentes prenderem a respiração. Gabriel a segurou com força sendo amparado pelos dois amigos que sorriam como quem tivesse ganhado algo importante. A moça caiu em si no momento em que o silêncio constrangedor se tornou sufocante. Partindo rapidamente o abraço e corando até a raiz dos cabelos e sorriu para todos eles.
– Soube que vocês ganharam o campeonato. – Ela falou tentando parecer animada a ponto de justificar o abraço. – Estou orgulhosa de vocês. – Ela falou e viu Gabriel segurar a risada. A qualquer momento um deles explodiria.
– Sendo assim, acho que mereço um abraço também. – A voz de um dos outros rapazes do time soou quebrando um pouco a tensão.
– O Gabriel é o capitão Marcos. Por isso, o abraço mais apertado foi dele. – João Pedro falou rindo e puxando Juliana para um abraço coletivo. – Mas nós merecemos isso também. – Juliana riu e se embrenhou no abraço daqueles rapazes. Era em momento como aqueles que ela tinha certeza de que amava os amigos de Gabriel.
– Nos deve uma. – Lucas disse baixinho para Gabriel e ela ouviu. Por um momento ela quis saber se algum deles sabia o que acontecia entre ela e o Gabriel.
Mas naquele momento a alternativa não pareceu assim tão ruim.
– Mas o que todos vocês estão fazendo aqui? – Ela perguntou se referindo ao restante dos rapazes que não faziam parte da equipe.
– Apostamos que se eu, Gabriel e João fizéssemos cada um, um gol na mesma partida, todos eles teriam que fazer um favor para nós. – Lucas disse rindo.
– Ai soubemos que o comitê estava precisando de uma forcinha e os coagimos avir até aqui. – João falou rindo baixinho da cara dos amigos.
– E é por isso que eu amo vocês. – Ela falou se contendo para não abraçar os rapazes outra vez.
– Agora que estamos todos felizes e realizados, podemos voltar ao trabalho? – O professor de artes falou interrompendo a pequena confraternização. Todos bufaram irritados e voltaram ao trabalho.
O único pensamento de Juliana naquele momento era o de arrumar uma forma simples e eficaz de matar a saudades de Gabriel.
Ela viu ele a encarar de longe assim que perdeu de vista a dona Joana, que não pareceu se abalar com a demonstração exagerada de carinho dela para com os alunos, em especial com um determinando rapaz de olhos azuis.
– Será que alguém poderia vir comigo até o nosso deposito improvisado para buscar algumas caixas com material? – Juliana perguntou alto na esperança de que a pessoa certa a ouvisse.
– Aproveite que estou livre professora. – Gabriel disse de longe e se aproximou devagar. Como quem não se importa muito. Assim que se aproximou mais, piscou um dos olhos em sinal claro de entendimento a manobra bem pensada dela. Ele também estava morrendo de saudades.
– É sempre bom ter bons alunos a disposição senhor Sant’Anna. – Ela falou devolvendo a piscadela discreta. – Me acompanhe, por favor.
– Como quiser. – Ele falou a acompanhando em uma distancia segura para evitar falatórios exagerados.
O deposito improvisado nada mais era do que a sala onde ficavam os materiais de esporte usados pelos times da escola. Lá agora tinham também os materiais de ornamentação. A única janela era minúscula e ficava mais alta do que os olhos de qualquer um que passasse por ali.
– Senti tanto a sua falta. – Gabriel falou e enlaçando pela cintura quando eles se viram finalmente a sós naquele lugar. Juliana virou de frente para ele e lhe sorriu marota.
– Eu nem me lembrei que você existia. – Ela falou bem próxima ao rosto dele que revirou os olhos descrente no que ela havia dito.
– Aquele abraço lá fora não me disse exatamente isso. – Ele falou se aproximando mais e a vendo corar violentamente ao lembrar da cena. Com um movimento rápido ele pressionou os lábios dele contra os dela em um beijo cheio de saudades.
– Eu não posso acreditar. – A voz esganiçada de uma mulher se fez ouvir os despertando e os fazendo se separar abruptamente. – Eu ouvi a respeito desse absurdo, mas nunca pensei que passasse de boato infundado das outras crianças. Isso não pode estar acontecendo. Não com você Gabriel. E quanto a você Juliana? Eu confiei em você. Ah Meu Deus, o que vocês esperam que eu faça agora? – A mulher continuou a tagarelar e a expressão de Juliana ia de pânico a desespero a cada nova palavra. Gabriel não estava diferente.
– Tia, eu... Eu...Eu posso explicar. – Ele falou encarando a mulher e dando um passo a frente, parando com um aceno de mão vindo dela.
– Não existe explicação para isso Gabriel. É inadmissível. – Ela falou elevando um pouco a voz.
– Silencio, por favor. – Juliana pediu baixinho surpreendendo a si mesma por ainda ter a capacidade de falar.
– Não venha me dar ordens mocinha. – A mais velha respondeu com o olhar faiscando na direção da outra. – Precisamos conversar.
– Tia Joana, por favor... – Gabriel pediu em vão.
– Saia daqui Gabriel. Leve consigo o que quer que tenham vindo buscar e me deixe conversar coma professora Juliana a sós. De mulher para mulher. Ou de mulher, para a criança que eu pensei que pudesse chamar de adulta. – Ela falou ressentida e viu Juliana segurar com força as lagrimas que lhe teimavam em querer cair.
– Não fale assim com ela. – Gabriel pediu e abraçou Juliana pela cintura.
– Não me faça tomar medidas drásticas garoto. Se eu tocar no meu telefone, sua mãe estará aqui em segundos. – Dona Joana ameaçou e Gabriel se viu sem saída.
– Faça isso tia. Faça isso e poderemos resolver de vez essa história. – Ele falou, mas se arrependeu assim que encontrou o olhar perdido de Juliana cravado nele. – Mas se a senhora tiver relmente um pingo da consideração que diz ter por mim, vai nos deixar tentar te explicar.
– Eu prometo que não vou fazer nada impensado Gabriel. Agora, por favor, nos deixe a sós. – Ela voltou a dizer e ele sentiu o toque singelo de Juliana em seu braço.
– Pode ir. Eu vou ficar bem. – Ela falou o encarando enquanto ele tomava o rosto dela entre as mãos forçando um intenso contato visual.
– Tem certeza disso? – Ele perguntou já sabendo a reposta que viria dela.
– Absoluta. – Ela falou sorrindo fraco e ele assentiu enterrando o rosto nos cabelos dela por alguns segundos, antes de se afastar e lançar um ultimo olhar de suplica para Dona Joana. A mulher que desde pequeno ele havia acostumado a tratar como tia. A mulher que naquele momento detinha o poder de acabar cm a sua felicidade, ou optar por mantê-la. Mas foi olhando uma ultima vez nos olhos tristes de Juliana que ele teve a certeza de que faria o que fosse preciso para tirar aquele sentimento ruim dela. Afinal, era mais do que claro, que ele a amava. E ele sabia, que ela o amava também. E não há nada no mundo mais forte que o amor. Ao menos era isso que ele repetia a si mesmo enquanto se distanciava de uma parte do seu coração. Parte essa que aos seus olhos parecia desolada como nunca antes.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então? BEijo Beijo e fiquemc om Deus!
E lembrem, 10 REVIEWS para o proximo capitulo, ou nada feito!