Gakuen Hetalia: Uma Nova Aventura escrita por Deusa Tsukihime


Capítulo 12
Encontros inesperados na cidade


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Desculpem a demora na atualização novamente, minha beta Shakinha estava em períodos de prova, daí ficou meio difícil para ela me mandar capítulos novos...Espero que gostem do capítulo 12 e que tenham uma ótima leitura :D



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Havia se passado quase uma semana desde a suspensão de Eslováquia e Sérvia e os únicos que ainda sabiam do paradeiro delas eram República Tcheca, Inglaterra e Prússia. República Tcheca visitou a amiga e a irmã todos os dias e acabara perdendo algumas aulas, deixando Inglaterra descontente. Apesar de terem discutido antes, voltaram a se falar. Seychelles parecia ter ficado mais popular e, como ainda tinha marcas dos golpes de Eslováquia em seu rosto, parecia que as pessoas se interessavam em conversar com ela e até mesmo mimá-la.

Hungria estava preocupada com Áustria e Prússia ficava incomodando a namorada bastante por causa disso. O pianista estava sendo bem pressionado pelo maestro a encontrar Eslováquia, só que todas as buscas de Áustria haviam sido em vão. Mesmo não querendo admitir para si mesmo, o austríaco sentia um estranho vazio sem Eslováquia por perto. Eles ficavam praticamente todos os dias juntos, era estranho de repente ela parecer ter sumido do nada.

Outra pessoa que também se sentia deslocada era Alemanha. O loiro estava muito distraído, calado e, para assombro de alguns professores, ele estava faltando a muitas aulas e não compareceu à reunião do Conselho da Academia, afinal ele era o Representante dos Alunos. Japão e Itália estavam bem preocupados e sabiam muito bem o motivo do amigo se encontrar neste estado. Os dois também evitavam que Alemanha cruzasse caminho com França, outro desesperado em encontrar Sérvia.

- França, não é meio cara de pau você querer encontrar com ela? – Pergunta América.

- E-Eu sei, mas estou arrependido! Eu amo aquela menina!  - França responde emotivamente.

- Ayah, eu acho que você ama a todas, França. Pelo menos não negou nenhum presente das meninas da Academia e nem defendeu Sérvia de alguns insultos feitos por elas. – China relembra que depois do incidente, as mulheres ficaram ainda mais interessadas no França e que ele gostou bastante.

- Vocês são mesmo meus amigos? – Reclama França, se sentindo ofendido. – Eu posso ser assim, bem sociável, mas verdadeiramente gosto da Sérvia...

- Bom, vai atrás dela e acertem tudo aru. – Sugere China.

- Mas eu não sei para onde ela foi! Ninguém sabe!

- Logicamente a única pessoa que sabe deve ser a República Tcheca, mas ela nunca iria falar, principalmente para você. – América diz.

- Hmm... Então acho que Inglaterra deve saber também. Eles são namorados, certo? – França leva uma das mãos até o queixo e parecia determinado em arrancar de Inglaterra o paradeiro de Sérvia.

- Pode ser aru, mas acredito que ele não te falaria também.

- Eu vou tentar, é o que um homem deve fazer! – França deixa América e China para trás e vai até Inglaterra e República Tcheca, que se encontravam na biblioteca da Academia.

- Tcheca você não pode sair agora. Nós combinamos de almoçar juntos e depois procurar mais pistas da minha magia.

- Eu preciso ver como elas estão Iggy. Saber se precisam de algo. – República Tcheca estava determinada a ir até a cidade, mesmo Inglaterra sendo contra.

- Elas estão bem, a gente não foi lá ontem?

- Eu sei, mas eu sou a mais velha. Sou responsável por elas.

- Ahh, pelo amor, né Tcheca?  - Inglaterra fica irritado. – Elas estão seguras, o Prússia disse que o bairro lá é tranquilo e, depois do que aconteceu, acredito que tanto Sérvia e Eslováquia sabem se defender.

- Não importa. Eu vou à cidade e não é você que vai me impedir.

- Tudo bem, vai ser babá de duas moças crescidas. Deixa o idiota aqui sozinho, quem sabe você também não resolve ficar por lá? – Inglaterra tinha perdido a paciência e saiu da biblioteca, deixando República Tcheca para trás. A moça estava surpresa por aquela atitude do namorado.

Para a sorte de França, sua busca por Inglaterra e República Tcheca havia sido proveitosa, uma vez que ele esbarrou com Inglaterra que virava o corredor. O francês aborda o inglês e começa o interrogatório.

- Inglaterra, me diga! Onde está a Sérvia? Eu sei que você sabe!

- Ahh, me largue seu louco tarado. – Inglaterra protesta. – Quer encontrar a morte de novo? Deixa a menina em paz...

- Não posso, o amor fala mais alto!

- Aham, até outra mulher levantar a saia para você e você ir atrás. Não sei de nada, agora me deixe ir. – Comenta Inglaterra já sem paciência. – Procure por si mesmo. Aliás, é só reparar nas ações da República Tcheca, acho que você não é tão burro para matar a charada.

Dizendo aquilo, Inglaterra deixa França para trás sem entender o motivo do inglês estar tão azedo, pelo menos mais do que o normal. Pensando em tudo que Inglaterra disse, França decide ficar na cola de República Tcheca e como disse Inglaterra, matar a charada do paradeiro de seu docinho balcã. Só que ele não contava com a presença de duas pessoas que também estavam no corredor.

- Essa Sérvia, mesmo depois de tudo que ela fez... – Comenta Seychelles aborrecida.

- Amiga, olhe lá o que você vai fazer. Ainda está com pontos na sobrancelha... – Bélgica estava preocupada.

- Desde aquele incidente o França não fala mais comigo. – Lamenta a morena.

- Ele deve gostar mesmo da Sérvia. Pare de provocar o França, amiga, eu falo isso para seu bem!

- Bélgica, por que quando eu estava com ele as coisas não eram assim? O França não é de ninguém, ele é de todos... – Seychelles estava frustrada - Nunca vou aceitar que ele só dê atenção para uma mulher!

Nas semanas que ficariam suspensas, as duas moças decidiram arrumar algum emprego de meio período para não ficarem ociosas. Eslováquia estava dando aulas de música em uma creche local e Sérvia trabalhava como ajudante em uma pâtissiere. As meninas estavam ganhando por hora trabalhada e até que dava para juntar algum dinheiro.

 - “Acabou que precisei vir até a cidade...” - Áustria, como membro da Orquestra da Academia, havia sido dispensando das aulas daquele dia por causa do concerto que se aproximava. Ele precisava comprar um terno novo para a apresentação. - “E acabou que não consegui nenhuma notícia do paradeiro da Eslováquia...”

O pianista pensava enquanto caminhava pela rua do comércio. Não muito a frente havia um parque de porte médio que era muito arborizado e bonito. Em uma parte dele havia um playground e o austríaco ouviu um som familiar. Era uma melodia que ele conhecia e a forma dela ser executada era única, podendo ser apenas uma pessoa. Eslováquia. Áustria então começa a seguir a melodia do violino, chegando por fim a uma parte do parque que continha um playground. A cena que se seguia ali deixa o músico sem reação.

- Ahhh! – Uma das crianças que estava ali exclamava, admirada. – Quero ser como a senhorita Eslováquia quando eu crescer!

Eslováquia estava tocando violino para as crianças da creche. Ela estava belíssima em um vestido branco rendado, com delicados laços azuis nas alças, e seus cabelos estavam presos com uma linda presilha de pedras. Aquela cena deixou Áustria encantado.

- Muito bem, agora o que querem fazer, crianças? – Pergunta Eslováquia, que tinha terminado de tocar.

- Queremos brincar! – As crianças pedem em coro, fazendo a violinista sorrir.

- Bom, antes de voltarmos para a creche, acho que da para vocês brincarem um pouco. Mas não saiam dessa área do parque.

- Sim, senhorita Eslováquia.

Todas as crianças, cerca de umas sete, gostavam muito de Eslováquia e a respeitavam bastante. Depois que a moça liberou as crianças, ela se sentou em um dos muitos bancos que havia ali. Só depois disso que Áustria se aproximou, para a total surpresa dela.

- Áustria. – Ela o cumprimenta de forma indiferente.

- Eu estava te procurando, Eslováquia. Por onde você andou? O maestro está preocupado com a nossa apresentação no concerto. Como você não está na academia, não há como ensaiarmos.

- Eu sei aquela música de cor, estou ensaiando por conta própria mesmo. – Ela responde secamente. – Diga ao maestro para não se preocupar.

- Eslo, não me trate assim, você está tão indiferente...

- Não precisa lembrar o que você fez, certo?

- Eslováquia, nós dois estávamos nervosos, não foi uma conversa civilizada. – Argumenta Áustria.

- Com licença, eu preciso cuidar dos meus alunos. – Diz Eslováquia, se levantando do banco.

Antes mesmo da garota poder sair, Áustria a puxa pelo braço, fazendo-a se desequilibrar e cair no colo do músico. Ele então inclina o corpo e alcança os lábios dela, dando-lhe um profundo beijo.

- Eu sinto sua falta, Eslováquia.

- Áustria...

Nem mesmo o músico entendeu a reação que teve. Foi inconsciente. Quando percebeu, não podia mais deixar que ela saísse de perto dele.

França continuava seguindo República Tcheca, estranhando o fato dela estar indo para a cidade. Será que Sérvia estava na cidade? Só que as suspeitas dele foram encerradas quando a moça entrou em uma pâtisserie.

- Afinal, ela só queria comprar doces. Aquele Inglaterra maldito, me enganou.

- Tcheca, seja bem vinda! – Sérvia recebe a amiga com um alegre sorriso.

- Finalmente consegui vir até seu serviço. Está tudo bem?

- Sim, mas, por favor, sente-se. Irei trazer alguns bolos para você.

- Não precisa, amiga, eu só vim ver como estão as coisas e te entregar algumas coisas que a Eslováquia pediu. Como ela disse que não estaria na creche hoje, é melhor deixar com você.

- Pois é, e como só temos uma chave, fica difícil. – Comenta Sérvia. – Mas leve alguns biscoitos, hoje o monsieur me deixou prepará-los.

- Eu vou aceitar você sabe que não resisto aos seus biscoitos. Bom, qualquer coisa, me liguem na academia.

- Sim, pode ficar despreocupada.

Enquanto isso, Itália e Japão tentavam lidar com um Alemanha depressivo. O pior era que o alemão nada falava, só suspirava e ficava ainda mais sério do que de costume.

- Alemanha, você precisa ao menos comer um pouco. – Pede Itália

- Anime-se, Alemanha-san... – Japão tentava consolar o amigo.

- Eu estou bem, só quero ficar sozinho. Eu sei que ela vai aparecer, uma hora ou outra... – Alemanha não falava coisa com coisa.

- Itália-kun, o que vamos fazer?

- O jeito é achar a Sérvia.

De repente, Alemanha se levanta da mesa e pega sua pasta, saindo do refeitório. Quando Japão e Itália foram atrás dele, ele os impede. Ele só queria ficar sozinho.

Quando República Tcheca volta para a academia, Inglaterra estava esperando por ela.

- Hoje eu vou dormir no seu quarto, né? – Pergunta o inglês e Tcheca o olha com um ar de desdém.

- Eu não me lembro de termos combinado isso.

- Não vai me dizer que ainda está irritada pelo que houve mais cedo?

- Irritada, eu? Você que saiu praguejando da biblioteca, eu não fiz nada. – Comenta a moça.

- Deixa de ser teimosa, vamos ficar juntos. – Pede o inglês e, com um suspiro, Tcheca cede.

Já era noite quando Eslováquia e Áustria chegaram ao apartamento de Prússia. A princípio o músico foi contra, mas as coisas com Eslováquia estavam melhores e era melhor evitar qualquer discussão desnecessária.

- Eu vou ter que deixar a porta destrancada, Áustria. A Sérvia chega mais tarde hoje e só temos uma chave.

- Por falar nisso, será que tem algo para jantarmos? – Pergunta Áustria.

- Acredito que tenha sobras do almoço.

- Sobras? Eu não vou comer sobras. Acho que devemos esperar a Sérvia chegar, daí ela faz algo para jantarmos. – O austríaco estava bem indignado.

- Como é? Ainda quer usar minha amiga de empregada? Se o senhor quer passar a noite aqui, vai ter que aprender a comer como gente comum. – Impõe Eslováquia, um pouco decepcionada.

- Tudo bem, eu faço algo para comermos. – Diz o austríaco, já caminhando para a cozinha.

- Eu fiquei curiosa agora. – Eslováquia segue o pianista e o que ela vê a deixa surpresa. – Tá bom, você vai fazer macarrão instantâneo?

- É a única coisa que tem aqui. – Comenta ele.

- Mas tem legumes e outras coisas na geladeira, é só fazer!

- Então, Eslováquia, faça você.

- Você é bem folgado, né? É melhor eu fazer isso ou passaremos fome.

Era uma noite bem agitada no bar e as atenções se voltavam para uma mesa no canto. Nela haviam inúmeras canecas de chope e um único homem sentado à mesa.

- Sérvia... – Resmunga Alemanha

A cabeça do alemão estava à mil. Ele ainda não entendia por que estava daquele jeito por causa de uma pessoa. Era algo que ele nunca tinha sentido e, ao mesmo tempo que doía, era bom. Do outro lado da cidade, Sérvia estava terminando de fechar a pâtisserie.

- “Será que a Eslováquia já jantou? Estou preocupada...” - Pensava a moça enquanto caminhava de volta para casa.

- Acho melhor passar na loja de conveniência e levar alguma coisa.

- Senhor, é melhor voltar para casa. – Dizia um garçom ao Alemanha.

- Eu... Eu estou bem... – Mesmo com sua alta tolerância ao álcool, Alemanha estava bem embriagado. – Vou para meu apartamento...

Alemanha se levanta e quase derruba a mesa no chão, tamanha sua embriaguez. Trocando os passos, ele consegue sair do bar com certa dificuldade.

No apartamento, Eslováquia fez uma mistura das coisas que estavam na geladeira e das sobras do almoço enquanto Áustria colocava a mesa.

- O cheiro está bom, Eslo. – Comenta o austríaco, sentando-se à mesa. – É alguma receita especial?

- Sim, é alta culinária eslovaca. – Mente ela, levando o jantar para a mesa.

- Ótimo, então vamos comer. – Diz Áustria, animado.

Enquanto isso, Sérvia estava saindo da loja de conveniência com uma sacola cheia de petiscos e alimentos pré-prontos. Apesar de cozinhar, ela também tinha preguiça às vezes.

- “Bom, acredito que isso dê para mim e Eslo.” - Pensava a moça de longos cabelos negros, distraída. A rua estava bem vazia, o que a faz apertar o passo. Sem perceber, ela tromba em alguém.

- Oh, me perdoe. – Ela pede, sem graça, e sente seu corpo abraçado de repente.

- Só posso estar vendo coisas, mas eu ficaria feliz se fosse verdade. – Era uma voz grossa que falava e logo a moça reconheceu.

- A-Alemanha! – Diz Sérvia, surpresa, tentando se soltar daquele abraço forte, mas era quase impossível. Alemanha estava particularmente estranho e sua respiração fedia à cerveja.

- Eu não estou passando muito bem, mas se for uma alucinação... – Alemanha dizia enquanto soltava Sérvia para depois abraçá-la novamente, mas desta vez fez apenas com um braço, usando o outro para levantar o rosto da moça. Num movimento rápido, Alemanha a beija, mantendo o rosto firme em suas mãos. Os olhos de Sérvia se abrem em total surpresa.


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Notas finais do capítulo

Glossário:


Ayah - Onomatopeia usada para indicar o suspiro do China;


Aru - Em quase toda final de frase ou palavra, China usa essa expressão que seria como um sotaque;


Playground - Parque infantil, ou parquinho;


Pâtisserie - Padaria especializada em bolos e doces;


Monsieur - Senhor, em francês;


San - É usado para mostrar respeito por outra pessoa;


Kun - É normalmente usado para amigos próximos.