Gakuen Hetalia: Uma Nova Aventura escrita por Deusa Tsukihime


Capítulo 11
Solidão


Notas iniciais do capítulo

T_T~ Por favor, não me abandonem! Eu coloquei o capítulo X e ninguém comentou...y.y~ Será que está tão ruim assim? Hoje estou trazendo o capítulo XI, betado pela minha amiga Shakinha, obrigada amiga!Eu ainda tenho esperanças de que vocês, meus queridos leitores, não tenham nos abandonado.Boa leitura e bom domingo!



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No dia seguinte à confusão, parecia que os acontecimentos deixaram de ser o tópico central das conversas dos estudantes. Seychelles estava bem, apesar de ter precisado levar alguns pontos na sobrancelha, Hungria também estava recuperada do soco que levou na boca do estômago e França ainda tinha um olho roxo, mas não contou que aquilo foi feito pelo Alemanha, levando a crer que foi Sérvia quem o bateu.

- Eslováquia...

- Sérvia...

As duas amigas se encontram em frente à porta da sala do reitor da Academia, uma vez que ambas haviam recebido um comunicado para comparecerem em uma reunião com ele. Elas já imaginavam o que iria acontecer e certamente seriam expulsas da Academia. Não demora muito e logo elas são convidadas a entrar na sala da maior autoridade daquele lugar, o reitor, que esperava sentado em sua luxuosa poltrona, atrás de uma larga mesa. Ele parecia um pouco nervoso.

- Eslováquia e Sérvia, já devem imaginar o motivo de estarem aqui. – Começa o reitor – O fato é que suas atitudes foram gravíssimas, mas em uma reunião com os outros membros do corpo acadêmico, decidimos em não expulsá-las daqui.

As palavras do reitor pegaram as duas moças de surpresa. Era aquilo mesmo? Não seriam expulsas? Mas afinal, que castigo elas receberiam? As duas permaneceram caladas, esperando saber o que seria feito do destino delas.

- Vocês duas estão suspensas por duas semanas da Academia. Durante este tempo, não podem entrar na Academia ou em qualquer propriedade dela. – O reitor falava pausadamente – Então, assim que saírem daqui, podem fazer suas malas. Se vão voltar ou não para suas casas, fica a critério de vocês, mas não informamos aos seus superiores do que ocorreu aqui. Estamos entendidos?

- Sim, senhor. – Elas falam juntas.

- Podem se retirar agora, por favor.

Logo após o reitor dispensá-las, as duas saem da sala um pouco surpresas com o que havia ocorrido. Do lado de fora da sala, República Tcheca as aguardava com Inglaterra ao lado.

- E aí, como foi? – Pergunta República Tcheca.

- Vocês foram expulsas? – Inglaterra estava curioso.

- Vocês vão achar estranho, mas fomos apenas suspensas por duas semanas. – Responde Eslováquia.

- Até que não foi tão ruim assim, né? – Comenta Sérvia de forma ingênua.

- Claro que não, Sérvia! – Responde República Tcheca contrariada. – Vocês vão ser muito prejudicadas não podendo assistir às aulas e, outra coisa, onde vão ficar por duas semanas? Sabem que não temos muito dinheiro para voltar para casa e, certamente, a Academia não vai pagar a passagem para vocês.

- Nossa, não tínhamos pensando nisso! – Sérvia olha preocupada para Eslováquia, que olha para República Tcheca da mesma forma.

- Eu gostaria de poder ajudar de alguma forma. Sinto muito. – Lamenta Inglaterra.

- Agradecemos, Iggy. – República Tcheca dizia desanimada.

- E agora, meninas? – Sérvia tinha a voz entristecida.

- Vocês podem ficar no apê que eu e meu irmão temos na cidade. – De repente, uma voz surgiu detrás de Eslováquia.

- Prússia? – Ela é a primeira a dizer alguma coisa.

- Como assim apê?

- É verdade. – Comenta Inglaterra. – Deixa que eu te explico, Tcheca. O Prússia e o Alemanha possuem um apartamento na cidade. Eu me lembro das festinhas que faziam lá, era divertido. – Inglaterra comentava de forma saudosista.

- Não vamos incomodar, Prússia? – Pergunta Sérvia.

- De modo algum, eu levo vocês hoje mesmo. Arrumem tudo e eu pego vocês no dormitório feminino.

- Obrigada por ajudar, Prússia! - Agradecem as meninas.

- Sem problemas. - Responde ele.

- Vamos indo então, meninas. – Chama República Tcheca.

- Irmã, Sérvia e Inglaterra, podem ir na frente. Preciso perguntar uma coisa ao Prússia. – Pede Eslováquia e, antes de República Tcheca responder, Sérvia a arrasta para longe dos dois, sendo seguida por um confuso Inglaterra que não compreendeu a situação.

- Então Eslováquia, o que quer?

- Prússia, você está ajudando uma pessoa que machucou sua namorada. O que você ganha me ajudando?

- Ora, não é pelo fato da Hungria ser minha namorada que aprovei a intromissão dela em seus assuntos. E devo dizer, que bela surra você deu na Seychelles. Eu acho o jeito de ser dela um pouco forçado, mas... Enfim, não vai aceitar minha ajuda?

- Só estou aceitando pela Sérvia, não quero dever nada a você.

- Kesesesese, é por isso que gosto de você, Eslováquia. Uma pena não termos nos conhecido antes, a gente ia se dar muito bem. – Provoca Prússia e Eslováquia sorri maldosamente.

- De fato, Prússia.

Ainda em sua sala, o reitor continuava parecendo nervoso. Ele caminhava de um lado para o outro, enquanto era perceptível uma aura sombria vindo de um dos cantos daquela ampla sala.

- Acalme-se, Senhor Reitor, você fez tudo como eu mandei.

- Rússia, aquilo foi errado, elas cometeram infração grave!

- Eu preciso delas aqui, não se atreva a voltar atrás. Você sabe que posso levantar todos os podres que essa Instituição possui, desde a sua posse, Sr. Reitor.

- Droga. Assim fico sem escolhas. Se eu falar que estou sendo chantageado por um de nossos alunos...

- Você vai desaparecer... – Responde Rússia de forma sinistra, deixando o reitor ainda mais nervoso. – Nada vai impedir que tudo volte a ser como era para mim, nem mesmo uma Instituição mundial!

Conforme o combinado, Prússia passou no dormitório feminino e buscou Eslováquia e Sérvia. Tudo foi feito com muita discrição, apenas Inglaterra e República Tcheca saberiam onde elas ficariam e isso evitaria maiores problemas.

- Por favor, se cuidem! Irei visitá-las sempre que puder. – República Tcheca se despedia das amigas. – Qualquer coisa, me liguem e eu irei voando até vocês!

- Irmã... Calma... A cidade nem é tão longe da Academia e, além do mais, fome a gente não vai passar. – Eslováquia aponta para Sérvia. – A Sérvia está preparada para qualquer ocasião, não é amiga?

- Sim. Se for comestível, posso fazer qualquer coisa na cozinha. – Sorri Sérvia.

- Bom, vamos indo? – Prússia parecia um pouco apressado. – Hungria não pode dar falta de mim por muito tempo, isso evitará perguntas...

- Certo! – Eslováquia e Sérvia respondem em coro.

Enquanto isso, em uma das aulas que aconteciam, Alemanha parecia bem distraído e Itália e Japão estranham por demais. Alemanha nunca deixava de prestar atenção nas aulas. Itália então começa a deduzir que o amigo estava assim por causa da moça de longos cabelos negros e seios virtuosos, Sérvia. Assim que o sinal anunciando o final da aula toca, Alemanha se levanta, pega suas coisas e sai rapidamente da sala de aula. Itália e Japão vão atrás. Alemanha corria rápido e Japão e Itália tinham certa dificuldade em acompanhá-lo, mas finalmente o alemão para na porta da reitoria.

- Ah, Alemanha, quanto tempo. – Por coincidência a secretária do reitor estava saindo da sala e se encontra com o loiro, um pouco ofegante.

- Senhora, você sabe o que aconteceu com as alunas que foram chamadas pelo reitor? Como sou Presidente do Conselho dos Estudantes recebi um comunicado sobre uma reunião das meninas com o reitor.

- Ahh... Eu justamente estava terminando de fazer o ofício e enviar para o Conselho dos Estudantes. Ao que parece as duas alunas, Sérvia e Eslováquia, não serão expulsas da Academia. Parece que foram suspensas por duas semanas. Parece-me que também estão proibidas de frequentar qualquer propriedade da Academia.

- E-Entendo. Bom, irei aguardar o ofício, obrigado. – Alemanha estava aliviado, pelo menos expulsão Sérvia não sofreria. O que restava saber para é para onde ela iria.

- A-Alemanha? – Itália e Japão haviam alcançado o amigo e o italiano pergunta um pouco apreensivo.

- Itália, Japão, o que fazem aqui? – Indaga Alemanha.

- Ficamos preocupados com você. Não prestou atenção na aula, Alemanha-san.

- Sim, e eu imagino o motivo... É por causa da Sérvia, não é?

- S-Sim... Eu não sei o que acontece comigo, mas... Parece que não consigo tirar ela da cabeça. Estou preocupado, mais do que o normal.

- E você soube de notícias dela e da Eslováquia? – Pergunta Japão.

- Sim. Elas não vão ser expulsas, mas também ficaram suspensas por duas semanas da Academia. Não imagino onde elas vão ficar.

- Será que voltaram para suas casas? – Japão analisava a situação e aquela possibilidade levantada pelo amigo assusta Alemanha. Isso não podia acontecer.

- Alemanha... – Itália estava preocupado. Até aquele momento Alemanha ainda não tinha percebido o que eram aqueles sentimentos por Sérvia e o italiano não queria ter que explicar ao alemão. Era desejo do Itália que Alemanha descobrisse por si só.

Já em outro lado da Academia, o maestro da Orquestra da Academia estava nervoso. Eslováquia foi cotada para ser o primeiro violino de uma peça que o clube de música apresentaria em breve, não era possível ensaiar direito sem o primeiro violino. Muitos dos alunos de violino pediram para o maestro substituir Eslováquia, mas o maestro não permitiu. Os violinistas com mais habilidade e técnica haviam se formado e a orquestra contava com alunos de nível médio. Eslováquia era a que tinha a técnica mais avançada e era perfeita para ser o primeiro violino.

- Áustria, você precisa entrar em contato com a Eslováquia. Precisamos pensar no que fazer e, como é sua estreia como pianista principal da Academia, isso também é de seu interesse.

- Mas maestro, o senhor mesmo pode falar com ela, não? – Áustria não parecia muito à vontade para falar com a garota.

- Faça o que eu digo. Somos uma Orquestra de escola, mas temos que ser profissionais. – O maestro era bem rígido e Áustria não vê outra saída. Ele estava sem graça de encarar Eslováquia depois do que fez a ela. Sabia que ela tinha errado, mais foi exagerado e não se colocou no lugar dela e de Sérvia.

- “Ela sempre foi tão atenciosa e compreensiva, principalmente por conta dos meus sentimentos para com a Hungria. Fui mesmo um idiota em tê-la tratado de forma tão ignorante... Espero que Eslováquia me desculpe.” - Com tais pensamentos, Áustria saiu da sala de música e começou a procurar por Eslováquia, sem saber que naquela altura ela já estava na cidade, acompanhada de Sérvia e Prússia.

- Bom, está um pouco bagunçado, mas acho que serve bem para vocês.

Prússia mostrava o apartamento dele e de Alemanha. O local não era muito grande, mas era confortável. Tinha dois quartos, um banheiro, uma cozinha e uma sala conjugada com a copa, onde havia uma mesa pequena com quatro cadeiras. Na sala, havia um sofá médio de três lugares e uma poltrona, no centro e de frente para o sofá e a poltrona havia um móvel com uma televisão em cima. No canto da sala havia uma pequena mesa com um telefone e alguns livros. O apartamento estava bem empoeirado e parecia ter sido revirado, já que havia algumas caixas espalhadas pelo chão da sala, com roupas, livros, alguns objetos. Enfim, não era usado há certo tempo.

- Tudo bem, ajeitamos isso em um instante. – Comenta Sérvia com os olhos brilhando de emoção. Ela adorava arrumação e fazer limpeza, era um hobby.

- É melhor vocês fazerem algumas compras também, acho que não tem nem água gelada na geladeira. – Comenta Prússia um pouco sem graça.

- Novamente, obrigada, Prússia. A gente se vira aqui.

- Não por isso, Eslováquia. Cuidem-se e, qualquer coisa, bom, vocês sabem como me achar. Eu vou deixar minha chave com vocês, acredito que meu irmão não vai vir aqui tão cedo, por isso ele será o único com uma chave.

- Certo. E você, cuide-se também. – Comenta Eslováquia. – Posso fazer mais um pedido, Prússia?

- Sim?

- Não comente nada com o Áustria, mesmo que ele pergunte. Bom, acredito que ele nunca mais queria saber de mim, mas fica só de sobreaviso.

- Não se preocupe Eslováquia, aquele bundão não vai saber de nada, fique tranquila. Eu não sei o que aconteceu, mas por essa sua reação devo imaginar, só que acho que foi melhor assim. Ele não merece você.

- Pode ser. – É a última palavra que Eslováquia dirige a Prússia. Ele leva uma das mãos até o topo da cabeça dela e faz um leve cafuné. Depois de se despedir de Sérvia, ele vai embora deixando as duas moças para trás.

- Eslováquia, vá ao mercado e compre mantimentos. Eu cuido da arrumação. Por sorte o Prússia disse que havia roupas de cama limpas em um dos quartos, isso vai facilitar as coisas.

- Tudo bem Sérvia, mas posso ajudar você a arrumar aqui primeiro.

- De jeito nenhum, está escurecendo e precisamos pegar o mercado aberto. Eu cuido da arrumação e você compra o que precisamos. – Sérvia entrega uma quantia de dinheiro para Eslováquia. – Traga algumas coisas de limpeza também, eu perguntei ao Prússia e ele disse que deve ter restos de produtos de limpeza no armário da lavanderia. Acho que dá para hoje, mas, como vamos ficar duas semanas, é melhor comprar mais um pouco.

- Você é uma ótima dona de casa, amiga. – Eslováquia ri da forma séria como Sérvia falava as coisas.

Já na Academia, República Tcheca parecia tensa e Inglaterra tentava acalmá-la, mas era difícil. Por algumas vezes ele teve que conter República Tcheca a não agredir algumas alunas que falavam mal de Sérvia e Eslováquia. Os alunos da Academia, apesar de não falarem mais do assunto, pareciam amedrontados com as três moças, já que era sabido que o humor de República Tcheca não era muito manso e ela estourava com facilidade.

- Você precisa ignorar essas coisas, vai te fazer mal. – Comenta Inglaterra.

- Esse bando de idiotas insignificantes, como eles ousam julgar as meninas só por conta do que houve? Se eles soubessem... Se tivessem passado pelo que passamos... – Ela estava bem irritada.

- Afinal, você fica relembrando seu passado e não me conta nada. O que houve entre vocês e o Rússia? Eu sei que ele fez aquela coisa monstruosa com você, mas por que tanto mistério? Se eu soubesse o que houve com você e suas amigas seria mais fácil entender a reação delas.

- Inglaterra, já lhe disse que certas coisas a gente não comenta. E eu devo ficar mais calada também, falando assim eu só atiço mais sua curiosidade.

- Mas República Tcheca, não somos namorados? Você não pode guardar o que te deixa triste ou irritada, você pode compartilhar comigo.

- Não quer dizer que deva contar tudo a você. Eu tenho meus segredos e prefiro que eles continuem secretos.

- Então ótimo, não vou perguntar mais como você está se sentido. – Inglaterra franze o cenho em desaprovação. República Tcheca conseguia ser bem ignorante quando queria.

- Ótimo, então assim é menos coisa para me irritar. – Rebate ela e Inglaterra fica decepcionado. Ele, por fim, decide ir embora e deixa a garota sozinha.

De volta ao apartamento na cidade, Eslováquia mal acredita quando volta das compras e encontra o local totalmente limpo. Ela podia jurar que os móveis até brilhavam e podia sentir um gostoso cheiro de casa limpa. Eslováquia coloca as compras na mesa da copa e vê Sérvia terminando de arrumar a cama de um dos quartos. Percebeu também que a amiga já havia arrumado suas coisas.

- Aí Sérvia, não precisava ter se incomodado. Até minha mala você arrumou...

- Imagina amiga, é um prazer. Eu só peço desculpas por não ter decidido quem ia ficar com qual quarto, mas acredito que, como este é do Prússia e você é mais amiga dele, não se importaria de ficar aqui.

- Boa conclusão, eu também faria o mesmo. Deixaria o quarto do Alemanha para você, afinal, vocês são muito amigos... – O são de Eslováquia era bem frisado e Sérvia olha sem entender, arrancando uma risada da amiga. Apesar de estarem suspensas duas semanas, elas iriam ser divertidas, só faltou República Tcheca lá com elas.

Ao final da arrumação dos quartos, Eslováquia e Sérvia guardaram as compras e foram jantar. Sérvia fez Ćevapčići, um prato típico de sua terra. Como é um prato mais simples de se fazer, ela não demorou muito para prepará-lo e servir. Eslováquia gostava muito da comida da amiga e já fazia tempos desde que comeram Ćevapčići.

- Isso me lembra de quando começamos a ser amigas. Você eu e a minha irmã... – Comenta Eslováquia saudosa.

- É verdade. No começo vocês não gostavam muito de mim, né?

- Bom, você vivia grudada no Rússia, a gente achava que você era como ele. Só depois que você nos contou o motivo e, apesar de tudo, ainda tinha respeito à ele.

- Eslo... A gente passou por tanta coisa. – Sérvia agora tinha os olhos tristes, ela olha para as mãos enfaixadas pelo incidente que houve no quarto do França. – Achei que podíamos começar uma vida nova, desde que saímos do poder do Rússia, mas será que existe lugar para pessoas como nós neste mundo atual?

- Sérvia... Eu me pergunto a mesma coisa... E sei que tanto minha irmã, como a Ucrânia e os meninos se perguntam isso até hoje...

- Bom, é melhor pararmos com isso, a comida vai esfriar. – Sérvia força um sorriso e Eslováquia também.

- Você está certa, preciso ir deitar cedo hoje. Não sei o que será de mim na Orquestra da Academia, mas preciso ensaiar a peça que vamos tocar...

- Sim, você vai conseguir amiga, tenho certeza. – Sérvia agora era sincera em seu incentivo.

- E suas mãos, ainda doem? Eu podia ter feito a arrumação e o jantar, Sérvia.

- Tudo bem, dói um pouco, mas acho que é pela cicatrização. O Alemanha me deu uma pomada muito boa que o Japão fez para ele, acho que por isso os cortes estão se curando tão rápido. – Ela estava um pouco envergonhada e Eslováquia sorri amavelmente.

- O Alemanha cuida bem de você.

- Ele é o meu anjo da guarda.

As duas agora começavam uma conversa mais alegre e divertida e, findo o jantar, ambas entram para os quartos para descansarem do dia agitado que tiveram. Eslováquia deita-se na cama e fica pensativa em como ficaria a Orquestra da Academia sem ela e se Áustria ainda pensava nela.

 - “Eu sou uma idiota, até parece... Ele deve estar correndo atrás da Hungria uma hora dessas...” - Pensa a moça um pouco irritada. - “Eu preciso ser forte e esquecer esses sentimentos. Afinal, era tudo fingimento...”

Ela parecia em dúvida com seus pensamentos. Tudo que ela passou até agora com o austríaco fora fingimento, mas em algum ponto, para ela, deixou de ser uma encenação para ser algo verdadeiro. Aquilo era ruim, é muita estupidez gostar de quem não gosta de você.

 - “Tsc... Então sou tão estúpida como o Áustria. Afinal, vai ver a gente se merece...”

Já Sérvia olhava para o quarto do Alemanha atenta aos pequenos pertences dele que estavam lá. Ela fica com as maçãs do rosto um pouco rubras ao ver algumas roupas dele sobre a mesinha que lá havia. O quarto tinha alguns troféus e medalhas, além de fotos do loiro recebendo prêmios por algum ato feito.

 - “Alemanha...” - Ela pensa nele e fica ainda mais envergonhada. - “Ora, o que é isso, ele me vê apenas como uma amiga... E além do mais, França... Por que ainda eu penso em você?”

Ela se joga na cama e fica pensativa. Queria entender as atitudes do francês, mas era difícil aceitar outra traição em sua vida. Vai ver só foi uma vez que França a traiu com Seychelles, será que ela deveria dar uma segunda chance a ele? Será que ele ainda se interessava por ela? E é desse jeito que Sérvia adormece, com esse turbilhão de sentimentos confusos.


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Notas finais do capítulo

Glossário:Kesesesese - Onomatopeia para a risada do Prússia;San - É usado para mostrar respeito por outra pessoa;Ćevapčići - Típico prato da Sérvia e outros países do sudeste Europeu, é uma carne grelhada e picada servida com pão sírio, cebola, creme de leite, queijo e outras especiarias.