Gakuen Hetalia: Uma Nova Aventura escrita por Deusa Tsukihime


Capítulo 13
Sentimentos e desejos revelados


Notas iniciais do capítulo

Oi meus queridos (as), como foi a semana de vocês? Estou trazendo um capítulo fresquinho para vocês! Obrigada aos comentários no capítulo anterior: Reshi-chan e Mayuu-chan. Sou muito grata meninas, obrigada de ♥!!!

Mais uma vez, agradeço a minha beta/bff (ahuaah) Shakinha pela dedicação à causa Gakuen Hetalia!

Boa leitura :D

Obs: >_> Socorro, estou ficando sem ideia para títulos...



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Depois do beijo, o alemão desabou, dormindo, em cima de Sérvia. Com muita dificuldade, ela consegue ao menos amparar a cabeça dele em seus seios, mas aquilo a deixa bem envergonhada.

- “Ele está bêbado, mas... Por que meu coração se acelerou com aquele beijo?”

Sérvia estava tendo muito trabalho em sair do lugar com o grande alemão, mas ela era persistente. Algumas vezes durante o trajeto, Alemanha parecia recobrar sua consciência e dizia mais coisas sem sentido.

Depois de uma caminhada que, para Sérvia, parecia não ter fim, finalmente chegam ao apartamento. Ela rezava para que Eslováquia estivesse acordada, duas pessoas poderiam obter um resultado melhor em socorrer um homem tão forte como Alemanha.

- Eslováquia! – Chamava Sérvia, mas não obtinha resposta.

- Por favor... – Alemanha pedia enquanto se mexia descoordenado, deixando Sérvia com mais dificuldade de ampará-lo.

- Calma, Alemanha, vai ficar tudo bem.

Não havia outra solução. Sozinha, Sérvia teve que abrir a porta do apartamento, acender a luz da sala e arrastar Alemanha até o banheiro. A casa estava silenciosa, mas quando a moça se aproxima do banheiro, que ficava perto dos quartos, começa a escutar sons estranhos vindos do quarto de Eslováquia.

- Ela parece ocupada. – Dizia Sérvia, sem saber o que realmente estava acontecendo no quarto da amiga. – Pelo visto, fiquei sem ajuda.

Sérvia parecia um pouco aflita e Alemanha não parava de dizer coisas sem sentido. De repente, Sérvia se lembrou do beijo que ele lhe dera, ficando alguns minutos perdida em seus pensamentos.

 - “Não tenho tempo para pensar nessas coisas, preciso ajudar o Alemanha. Ele estava bêbado, aquele beijo não deve ter significado nada.” - Pensava a moça enquanto tirava o blazer que o alemão usava, em seguida, tirou a camisa dele, ficando com as maçãs do rosto bem avermelhadas ao ver o malhado e bem fortalecido tronco do alemão.

- Agora vamos, Alemanha, você precisa tomar um banho. – Chama Sérvia, mas parecia que ele havia desacordado de novo. – Aí... E agora?

Depois de muito trabalho, ela conseguiu colocá-lo debaixo do chuveiro. De repente, ele a agarrou e a puxou para dentro do box, mas escorregaram no chão e Alemanha ficou por cima de Sérvia. Ela usava um vestido branco que logo ficou completamente transparente e o tecido pregado ao corpo acentuou ainda mais os seus fartos seios. A posição em que se encontravam não era nada comportada.

- ... – Ela estava totalmente sem reação, parecia que Alemanha havia recobrado a consciência e a fitava profundamente com aqueles olhos azuis. – A-Alemanha, está me machucando...

Dizia Sérvia tentando empurrá-lo com as mãos, mas ela estava muito mais sem graça em agora tocar no peito dele e sentir os músculos do homem na palma de suas mãos. O corpo de Alemanha sobre o dela lhe causava certos arrepios. Novamente foi com muito esforço ela conseguiu sair do box e depois do banheiro , completamente encharcada. Passado um tempo, Sérvia conseguiu trocar de roupa ligeiramente e foi tirar Alemanha do chuveiro, mas se viu em uma situação ainda mais difícil agora que era secar o homem. Tomando coragem, a moça conseguiu até mesmo colocar roupas secas nele, uma calça de malha que ela achou no armário do quarto.

- Agora preciso deixá-lo na cama. – Comenta Sérvia, arrastando-o para o quarto onde atualmente ela estava. – Deitando-o na cama, irei dormir na sala...

 - Não... – Resmunga Alemanha deitado devidamente em sua cama.

- O que houve, Alemanha? – Sérvia se aproxima dele preocupada e inclina o corpo para tentar entender o que ele dizia. – Está tudo bem, eu estou aqui para te ajudar!

- Não vá! – Fala o alemão agarrando o braço de Sérvia e puxando-a para cima dele, a força havia sido tamanha que a mulher caí na cama ao lado do alemão.

- Hã? – Sérvia fica assustada, mas se vê presa, já que Alemanha continuava a segurar seu braço. – Alemanha!

- ... – Parecia que ele havia voltado a ficar desacordado.

 - “O que eu faço? Não consigo me soltar do Alemanha...” - A moça estava muito nervosa e envergonhada. Não era direito ela dormir na mesma cama que ele, mas parecia que não havia alternativa. Sérvia se ajeita melhor na cama e, por fim, adormece.

A noite parecia ter passado bem lentamente. Alemanha abriu os olhos vagarosamente com os finos e cálidos raios de sol que penetravam a persiana do quarto.

 - “Onde estou... o que houve?” - Se pergunta o alemão erguendo o corpo e ficando sentado na cama. - “Estou apenas de calça? O que houve com minhas roupas?”

Ainda meio sonolento ele começa a reconhecer o local como seu quarto no apartamento que tinha na cidade, mas a maior surpresa dele foi ao olhar ao lado, havia alguém na mesma cama que ele.

 - “Q-Quem é...” - O alemão parecia preocupado, a única coisa de que se lembrava era de ter ido beber em um bar na cidade. Com cuidado, Alemanha se aproxima do corpo e ao reconhecer a pessoa, dá um grito abafado e pula da cama assustado. - “S-SÉRVIA???”

Na Academia, Inglaterra, que havia dormido no quarto de República Tcheca, já estava de pé. Ele esperava a namorada sair do banho para poderem tomar o desjejum e irem assistir às aulas, mas aproveitando a oportunidade ele resolveu vasculhar as coisas da moça para ver se achava algo do passado que ela tanto se recusava a contar. Desde que ela comentou vagamente sobre seu passado com Rússia e as outras meninas, Inglaterra ficou bem curioso sobre o que poderia ter acontecido na época soviética, época no qual Rússia tivera um grande poder.

- Ela deve ter algo em algum lugar... – Comenta o inglês revirando algumas gavetas de um cômodo, mas não achou nada que lhe fosse útil, até encontrar um caderno de capa dura preta, ele não era muito grande. – Talvez seja um diário ou coisa do tipo...

Sem cerimônia, o inglês começa a folhear o caderno e encontra algumas anotações de República Tcheca. Umas tinham datas, outras não, e também não tinham uma sequência.

“Hoje foi o segundo dia que viemos na casa do Rússia, eu e Eslováquia fomos apresentados a uma menina que parecia estar a algum tempo já ao lado do russo, talvez na mesma situação que a nossa, não sei especificar. Mas não gostei dela, é ligada demais ao Rússia e não parece ser confiável.”

- Curioso. – Comenta o inglês entretido, sem perceber que alguém chegara atrás dele.

- O que é curioso, Inglaterra? – Era a voz da República Tcheca, deixando o inglês assustado.

- T-Tcheca... Meu bem... – Ele se vira sem graça para vê-la e repara uma aura maligna ao redor dela. – Tô ferrado.

Adormecida ainda, ao lado do Alemanha, estava Sérvia vestida com uma camisola que deixava as curvas de seu corpo ainda mais robustas e o mesmo acontecia com os fartos seios dela. O alemão fica extremamente envergonhado e um arrepio passa pelo corpo dele. O que será que aconteceu entre os dois? Como ele não consegue se lembrar de algo tão importante?

- “Eu...eu preciso sair daqui antes que meu corpo faça algo indevido!” - Rapidamente e de forma furtiva, Alemanha saí do quarto e dirige-se para a cozinha, só que as surpresas não paravam de acontecer com o pobre do alemão.

– AHHHHH !!!

Assim que entra na cozinha, Alemanha se depara com Áustria apenas de cueca. O músico leva um susto e deixa o copo em que bebia água cair no chão, causando um barulho ainda mais alto que o grito do alemão.

- Droga, Alemanha, não me assuste! – Repreende Áustria. – A Eslováquia disse que não tinha ninguém aqui!

- Eslováquia? O que está acontecendo aqui? – Pergunta o alemão, confuso.

- Você não está sabendo? Seu irmão ofereceu este apartamento para Eslováquia e Sérvia poderem ficar até acabar a suspensão.

- Não acredito que o Prússia não me disse nada! – Alemanha estava irritado. – Ela estava aqui o tempo todo!

- Ela? Ela quem? – Indaga Áustria.

- D-Deixa para lá... – Responde Alemanha, até que uma doce voz é ouvida.

- Alemanha, você acordou de repente, está se sentindo melhor? – Era Sérvia que chegava à cozinha, fazendo Áustria sorrir desconfiado.

- Agora está tudo claro. – Deduz Áustria. – Você e a Sérvia passaram a noite juntos.

- O que??? – Alemanha e Sérvia dizem ao mesmo tempo, ambos envergonhados, o alemão fica preocupado, ele mesmo não se lembrava de nada. Precisava contar com o relato de Sérvia para que as coisas fossem esclarecidas para o austríaco.

República Tcheca tinha a expressão séria. Era claro que Inglaterra estava em uma má situação, foi pego em flagrante. O inglês estava sem reação, ele olhava para os lados tentando fugir de encara-la, mas percebera que não tinha como sair daquela situação ileso.

- D-Desculpe, eu só queria te entender melhor. – Começa Inglaterra.

- Bisbilhotando as minhas coisas? Mexendo no que não é do seu interesse? – A moça aponta o dedo na cara do inglês, seu tom era acusador.

- C-Claro que é do meu interesse! – Inglaterra se levanta da cadeira onde estava sentado, ficando frente a frente com República Tcheca. – Preciso saber o que aconteceu com vocês e o Rússia, preciso entender por que tanto mistério. Você é minha namorada, tinha que confiar em mim, compartilhar seus medos, inseguranças, seu passado!

- Eu já tinha te falado, existem coisas que é melhor deixar no passado. Há coisas que não gostamos de comentar e você como meu namorado deveria entender a minha decisão de não contar! Saber ou não irá fazer você mudar seus sentimentos por mim? – República Tcheca estava decepcionada com a atitude do inglês.

- Não sei... Sei lá... – Inglaterra se enrola na hora de responder, ele achava que compartilhar o passado era algo natural. Com a resposta do inglês, República Tcheca respirou fundo e caminhou até a porta do quarto, abrindo-a em seguida.

- Vá embora.

- Mas Tcheca, as coisas não são bem assim. Vamos conversar direito, desculpa, eu sei que fuçar as coisas dos outros é errado... Mas, eu amo você!

- Vá embora Inglaterra, não irei repetir. Não me faça usar a força. – Ela era uma estátua de concreto, apenas falava, a posição de seu corpo era imutável.

- Mas... Você está sendo radical de novo.

- Não fale mais comigo, vá embora.

Não tinha jeito, era melhor ele sair do quarto antes que o pior acontecesse, se é que já não tinha acontecido. Era a primeira vez que ele via esse lado da personalidade de República Tcheca. Já sabia que ela era séria, mas não que ela podia ser tão fria e indiferente. Assim que Inglaterra sai do quarto, a moça de óculos fecha a porta do quarto abruptamente.

- Inglaterra, seu idiota... – Lágrimas discretas escorriam dos belos olhos azuis por trás dos óculos de grau.

Alemanha e Sérvia estavam em uma situação nada agradável, além de terem visto Áustria apenas de roupas de baixo, ainda precisavam ouvir a condenação do músico, dizendo que os dois haviam dormido juntos.

- N-Não foi isso, quer dizer, eu não sei Áustria! Nem sei como cheguei aqui! – Fala Alemanha apressado e envergonhado, aquilo só deixou Sérvia ainda mais constrangida.

- Não se lembra como chegou aqui? – Indaga Áustria. – Mais suspeito ainda!

- A culpa é minha, Áustria. – Sérvia toma a palavra. – Eu voltava do meu serviço e encontrei Alemanha muito bêbado no caminho. Não podia deixá-lo desamparado e, além do mais, esse apartamento é dele também. Eu sei que eu deveria ter dormido na sala, mas a situação ficou tão complicada que adormeci na mesma cama, ao lado do Alemanha. Mas não aconteceu nada.

Sérvia termina de falar, envergonhada, pois se lembrou do beijo que Alemanha lhe deu e da cena que tiveram no chuveiro. Aquilo faz o coração dela disparar e ela leva as duas mãos ao rosto.

- F-Foi isso, Sérvia? – Pergunta Alemanha aliviado ao mesmo tempo um pouco desapontado.

- S-Sim... – Ela agora abaixa a cabeça, fitando o chão.

- Tá bom, essa história está muito certinha. – Áustria não acreditou, mas decide não dizer mais nada, até porque ele precisava se arrumar para ir à aula. Neste momento, Eslováquia entra na cozinha, ficando à par da situação e ri dela enquanto Sérvia e Alemanha recolhiam os pedaços do copo quebrado.

Depois de arrumar a cozinha, Sérvia fez um delicioso desjejum para todos. O lanche foi silencioso, não demorou muito para Áustria se levantar e sair do apartamento e Eslováquia, que ia trabalhar mais cedo naquele dia, acompanhou o músico.

- Sérvia... – Alemanha a ajudava a retirar a mesa do lanche. – Obrigada por ontem, eu não me lembro de nada.

- Tudo bem Alemanha. – Ela sorri gentilmente. – O que importa é que você está melhor e... Realmente não se lembra de nada?

- Eu fiz algo indevido? Me desculpe! – Alemanha fica muito sem graça.

- N-Não, não fez nada. – Ela fica um pouco envergonhada também. – Mas... Você não precisa se apressar e ir para a aula?

- Não, eu não tenho a primeira aula hoje. – Mente ele. - Mas me conte, então quer dizer que esse tempo todo você e Eslováquia estavam aqui?

- S-Sim, desculpe a invasão de repente, mas seu irmão ofereceu e bem, não tínhamos onde ficar...

 - Não, pelo contrário! – Interrompe Alemanha. – Quero que ajam como se o apartamento fosse de vocês. Estou mais aliviado em saber que você está aqui, estava preocupado.

Dizia o alemão começando a ficar novamente enrubescido, tirando de Sérvia um sorriso maravilhoso.

- Você é realmente um anjo, Alemanha...

Japão e Itália estavam inquietos pelo desaparecimento do Alemanha, mas não demorou muito para que eles fossem tranquilizados por Áustria que acabava de chegar à Academia. Ele comentou o que houve com Alemanha, mas não disse nada relacionado a Sérvia ou a Eslováquia. Onde elas estavam ainda precisa ser mantido em segredo.

- Itália-kun, estive pensando e será que o Alemanha-san encontrou com a Sérvia-san?

- Por que chegou a essa conclusão, Japão? – Pergunta Itália curioso.

- Veja bem, Áustria-san disse que ele ficou muito bêbado e passou a noite fora, mas conhecendo o Alemanha-san, metódico como ele é, já era para ter voltado para a Academia, então supus que só poderia ser algo relacionado com a Sérvia-san.

- Agora que você falou, é bem possível que sim, Japão! – Fala Itália, animado. – Espero que tenha acontecido coisas muito boas entre os dois!

O dia passou de forma rápida. Àquela altura Alemanha já tinha retornado para a Academia, mas gostaria mesmo de estar com Sérvia. O tempo que passou com ela foi revigorante. Na aula de Política Exterior, Alemanha e Inglaterra foram convocados pelo professor a redigirem um parecer sobre o caso dado na sala de aula. No meio do trabalho, o inglês puxou assunto.

- Alemanha, você sabe algo sobre o Rússia? Com relação à época que ele tinha aquela casa enorme chamada União Soviética? – Inglaterra foi bem direto, deixando Alemanha um pouco surpreso. – Não gosto de admitir, mas você é o melhor dentre todos para me ajudar, dada sua seriedade com as coisas.

- Você quer saber sobre o passado da República Tcheca, certo? – Agora o surpreendido foi o inglês.

- C-Como você sabe, Alemanha?

- Eu também tenho interesse. – Responde.

- O que... o que você quer com a República Tcheca? – Pergunta o inglês, desconfiado.

- Não, seu lerdo! – Resmunga Alemanha. – Meu interesse são outros, não tem nada a ver com sua namorada.

- Bom, então o que sugere? – Pergunta Inglaterra mais aliviado.

- Precisamos buscar uma fonte direta. Pensei em perguntarmos para todos que viveram com o Rússia naquele período, claro, excetuando-se a Bielorrússia. Ela não me parece alguém que colaboraria.

- Verdade Alemanha. Desta nos sobram os bálticos e a Ucrânia, que são os que temos mais contato. – Deduz Inglaterra.

- Sim, e acho que por enquanto não devemos contar ao Áustria. – Comenta Alemanha analisando o caso do músico e de Eslováquia. – Eu pensei em contar mais para frente, afinal, isso diz respeito à Eslováquia também. Querendo ou não, iremos saber do passado das três.

- Então está combinado, Alemanha, conto com você. Vamos investigando separadamente e depois nos reunimos para concluir as investigações.

- Tudo bem, então eu acho que você pode procurar um dos bálticos assim que possível.

- Alemanha, vamos resolver esse mistério de uma vez por todas!

Depois da aula, Alemanha e Inglaterra terminaram de acertar os detalhes de suas investigações tomando o cuidado para Rússia não desconfiar. O primeiro a agir foi o inglês que começa a procurar por algum dos bálticos.

- “República Tcheca, nada vai me impedir agora de desvendar esse seu segredo...”


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Notas finais do capítulo

Glossário:

Kun - É normalmente usado para amigos próximos;

San - É usado para mostrar respeito por outra pessoa.

(Obs: Adoro quando o glossário é pequeno xD~)