— Vamos tomar sorvete? — perguntou Lilian para Kid Flash.

— Claro, mas onde vamos achar uma sorveteria aberta a essa hora? — respondeu KF.

— Hmm... Não sei... Então vamos encontrar com o Robin. — disse ela.

Lilian subiu nas costas do ruivo e eles foram ao velho depósito. Porém, Robin não estava mais lá.

— Ele deu uma de ninja. — disse Kid Flash.

— Odeio quando ele faz isso! — respondeu ela.

— Isso o que? — perguntou Robin.

— AAAAAH! — gritaram KF e Lilian — ISSO!

— Bom, eu tenho que voltar a Batcaverna... — disse Robin se despedindo.

— E eu, para a loja de joias... — disse Lil, mostrando o saco.

— Eu vou com você. — disse KF.

— Tem certeza? Sabe, eu sou uma “criminosa”... — disse ela, fazendo aspas com as mãos.

Os dois estavam voltando para a loja. Lilian não parava de pensar sobre o livro.

— Não acredito... — murmurou ela, para si mesma.

— No que? — perguntou o garoto. Lil fez que não entendeu — No que não acredita...

— Não é nada. Estava pensando alto. Só. — ela respondeu.

— Então... Conte-me mais sobre você. Até agora sei que seu nome é Lilian. O que mais? — perguntou. Ela não respondeu — Não vai me contar? — ela fez que não com a cabeça — Pode me dizer esse lance do Coringa e a Mulher gato? — ele tentou mais uma vez.

— Eles se odeiam. — quando Lilian respondeu, o garoto sorriu — Por que está sorrindo? — ela perguntou.

— Por nada, Pequena, por nada... — KF respondeu.

— Então descobriu? — perguntou a garota.

— Sim. Você sabe quem sou, também, não é mesmo? — ela assentiu — E o Robin também. — ela continuou afirmando.

— Como descobriu? — Lilian perguntou.

— Não descobri. Joguei verde e você acreditou! — disse KF, rindo.

— Então saiba que se não se calar, eu tenho garras! — o garoto se assustou — Brincadeirinha! Não faria isso, relaxa!

— Bom... Você é meio ciumenta, não é mesmo, gatinha? — perguntou ele.

— Por que acha isso? — ela parou e pensou um pouco — Por hoje cedo? — ele afirmou com o olhar — Eu e aquela garota não nos damos bem, só isso. — Lilian disse.

Eles chegaram ao prédio. Não havia mais ninguém lá. Lilian devolveu todas as joias, despediu-se de Kid Flash e voltou para casa. Quando chegou, entrou pela porta dos fundos. Deu de cara com Selina e então, PAFT!

— AAAH! POR QUE FEZ ISSO?! — gritou a garota.

— Deixou que descobrissem! — respondeu Selina, ríspida — Segunda.

— São meus melhores amigos, que também tem identidades secretas. — respondeu — Vou tomar banho. Com licença.

A garota subiu as escadas, tirando sua máscara e sua tiara (de orelhinhas de gato :3). Elas eram pretas, como sua roupa, que era composta por uma meia-calça arrastão, com um short preto de cintura alta (muito alta) e uma camisa, também preta, de mangas curtas bufantes e na frente, com espécies de babados e pequenos botões.

Emilly tomou seu banho e caiu na cama. Estava morta de cansaço, não Lilian estava... Afinal, com aquela roupa... Sou Lilian, não Emilly. Mas que é inevitável ficar cansada... Sim. Em meio seus pensamentos, ela adormeceu.

— Emi, você vai se atrasar para a escola! — disse Tia Sel.

— Já tô indo! — respondeu a garota, ainda sonolenta.

Ela tomou seu banho e a tal dúvida permanecia.

— “Alice no País das Maravilhas”... — sussurrou — Então ele ainda lembra... — a garota sorriu.

Emilly terminou de se arrumar e notou que havia recebido um SMS.

“O que não entende? — Wally”

“Alice no País das Maravilhas. — Emi”

“Por quê? — Wally”

“Longa história. — Emi”

“Tenho tempo, Pequena... — Wally”

“Você tem escola! E eu também! — Emi”

O dia passou rápido. Dick havia faltado na escola, então Emi pensou em passar na Mansão Wayne, para ver se estava tudo bem.

— Lembranças... — murmurou Emilly, enquanto voltava da escola — Hihihi... Aquela estante... Então ele prestava atenção... Tio HAHÁ, Tia Selina... — começou a chover — Eu amo chuva... — ela parou de andar e ficou apreciando a paisagem chuvosa.

Gostava do cheiro, da sensação das gotas em sua face. Ela estava no Central Park. De repente, ela havia parado. Não, ouvia seu barulho. Então abriu os olhos. Alguém a cobriu com o guarda-chuva.

— Vai pegar um resfriado se ficar parada aí. — era uma voz familiar.