Saltando de prédio em prédio, Batman viu um homem, com uma roupa um tanto quanto peculiar. Parou, sentou e ficou o observando.

                — Joias, ela ama joias... — resmungou um homem na rua. Ele devia estar tão perturbado, que nem percebeu que estava sendo observado... Por três pessoas?

                — Por que está aqui? — perguntou uma mulher, friamente.

                — Previsível aparecer por aqui, Mulher Gato... — respondeu ele provocando-a.

                — Não vim pelas joias, mas por você... — disse ela, seduzindo-o.

                — Sabia que ia voltar. — sussurrou ele em seu ouvido. Quando disse isso, aproximou seu rosto do dela.

                — Sabe... — começou a Mulher — estou com um péssimo humor hoje... Pode me ajudar? Quero me livrar desse mal humor... — disse de modo provocante.

                — Creio que farei o possível. — ele respondeu de forma maliciosa.

                — Ótimo. — disse ela, aproximando-se mais e mais de seu rosto. Passou uma das mãos em sua nuca, depois em seus cabelos e com a outra, suas garras iam aparecendo uma a uma, silenciosamente.

                “Ela não vai fazer isso...” pensou duvidosamente a última observadora. Selina (Mulher Gato) percebeu algo estranho, mas o estranho não era se sentir observada.

                — Droga! — gritou ela se esquivando, em um salto — Desgraçado!

                — Achou mesmo que eu não ia perceber? Sou um psicopata profissional, minha cara felina... — gritou Coringa — Boazinha demais pro meu gosto...

                Selina não hesitou. Suas unhas foram transformadas em garras, totalmente. Colocou uma máscara filtradora de ar. Foi em sua direção. Estava quase perfurando seu pescoço, quando foi impedida por um chute.

                — Emilly, POR QUE FEZ ISSO?! — gritou Selina se levantando do chão.

                — Não achei que fosse dar certo... Achei que perceberia minha presença e... Iria desviar... Eu estava errada... — disse Emilly.

                — Se você não percebeu, minha cara felina, sua fiel aprendiz preferiu a me proteger do que te ajudar... — provocou Coringa.

                — Nada disso. — disse Emilly — Se vocês se odeiam tanto agora, por que não se separam?

                — Você quis dizer divórcio, Emi? — respondeu Selina. Pela primeira vez, Emilly escolheu a palavra errada e isso a incomodava.

                — Que seja... É menos perigoso do que se matarem aqui, no meio da rua... Ia sobrar tudo pra eu limpar... — respondeu ela. Coringa estava tentando entender como ela conseguia resistir ao seu veneno — Ah, Tio HAHÁ, seu veneno não me afeta. — disse ela. “Acho que sou tão louca quanto ele...” foi o que pensou.

                — Droga... Preciso melhorar isso... — disse ele.

                — Não vai conseguir. — respondeu Selina friamente, enquanto ia embora.

                — Há essa hora, pensei que estaria em Star City com qualquer... — disse Emi para Coringa.

                — Você devia estar dormindo! — Coringa a interrompeu — Tem oito anos!

— Sim, mas fizeram tanto barulho, que eu vim ver o que estava acontecendo, estou impressionada com você, Tio HAHÁ. Pensou em como ela estava... — ela parou para pensar — Peraí... Você só queria fazer as pazes pra ter um lugar certo pra dormir! Ou pra passar as noites com... Com... Com aquelas... — Emi hesitou em falar — Aquelas COISAS! GRRR! Vou voltar pra casa e dormir. E VOCÊ, nem pense em chegar perto de lá. Senão, você vai ser torturado de maneira tão horrível, que vai desejar voltar ao Arkham Asylum! — ameaçou Emilly.

— Fala como se eu tivesse medo de uma menininha de oito anos... — retrucou Coringa.

— BOA NOITE! — disse ela.