Somente amigos (Yay?!) escrita por Mine


Capítulo 25
Capítulo 24 – Pseudoliberdade


Notas iniciais do capítulo

Ok galerinha, eu devia ser espancada, de verdade. Mas talvez eu esteja protelando pra postar por um motivo: o sentimento de que a fic está chegando ao fim.
Talvez isso seja só coisa da minha cabeça, mas é como se meu cérebro quisesse bloquear toda a minha criatividade pra história, para que ela não acabasse, mas enfim, isso não justifica.

Espero que todos tenham uma boa leitura,
Beijinhos,
~Mine (:



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“Eu começo” foi o que Caroline havia dito quando estava prestes a dar início ao estrangulamento, contudo, uma pergunta a parou. Não somente uma, mas sim várias. “Tem certeza?”; “Não dá pra voltar atrás.”; “Tem mesmo a coragem para isso?”; “O que vai acontecer depois?”.

Tais questões deram tempo o suficiente para a Equipe chegar, notar a loucura, pará-la e contatar Batman e Canário Negro. Com toda a certeza do mundo, era necessária uma mudança no estado em que se encontravam. Emilly até previa o que aconteceria. Sessões de psiquiatria com Canário Negro, até que a mente de cada um fosse estabilizada, depois, treinariam o físico, pois um corpo saudável não deve ser só a mente, mas também a “carne” e então, voltariam ao xilindró.

A garota realmente estava certa, menos sobre o xilindró. Eles foram mandados para quartos comuns, Emilly o dividiria com Caroline e Charles, acabou por morar com Superboy. Ele não poderia ficar num quarto sozinho, era perigoso. Algo como tentativa de suicídio poderia acontecer de novo?

Muita coisa mudou, perceberam que manter crianças/adolescentes presos como grandes criminosos não resolveria o problema. Agora eles tinham liberdade. Podiam sair; conversar; usar redes sociais, claro, elas eram monitoradas, mas não deixava de ser uma mais liberal.

Sair. Essa era a parte preferida de Emilly. Talvez por ela ter sentidos de um felino, ser “metade gato”, ter essa autonomia dentro de si, ou só porque aquele cubículo a deixava louca. Mas era isso. Ela tinha essa possibilidade, estava em transe, perdida em sua imaginação, pensando em qual seria o primeiro local a visitar...

— ... Porém, não podem sair sem a companhia de alguém da Equipe. — concluiu Batman, tirando Emi de suas ideias mirabolantes.

Seu semblante murchou levemente com essa condição, contudo, logo mudou ao olhar aquele que tinha tocado em seu ombro, com um leve sorriso. Aquelas orbes azuis encarando-a, sorriu levemente. Não tinha mais dúvidas, já sabia qual lugar iria primeiro.

***

— Então, era aqui que você queria vir? — perguntou o garoto.

— Sim. — respondeu ela — Traz boas lembranças, não? — obteve como resposta um aceno de cabeça dele.

Estavam em uma velha escola de circo da cidade. Ela havia fechado, porém, por algum desconhecido motivo, tudo continuava lá. Nada havia mudado; o material, o cheiro, a sensação... Só havia mais pó. A garota tomou uma atitude e andou em direção à plataforma, subiu, puxou um dos trapézios.

— Vem comigo. — disse docemente.

— Não é perigoso? — questionou o garoto com prudência.

— Faria isso se fosse? — retrucou com outra pergunta — Aliás, se eu cair, sei que vai me pegar.

Ele riu. Deu-se por vencido e também subiu. Era loucura fazer isso, ele realmente sabia, mas viver loucamente, ao lado dela, não era problema. Se tivesse que acabar ali, acabaria.

— No três. — disse o menino.

Contaram juntos e pularam de onde estavam. Fazia um bom tempo que não sentiam o aquele vento em seus rostos, aquela adrenalina de palco. Lá estavam, acrobatas amadores, sentindo o momento, esquecendo-se do resto do mundo. Voltaram para as devidas plataformas e desceram.

— Senti falta disso, Dick... — ela disse, quase que num sussurro. Ele simplesmente concordou, sempre concordava. Não porque ela era autoritária ou algo do tipo, mas sim porque ela naturalmente estava certa, sempre certa. Ele sorriu. Estava imaginando o futuro — Por que está sorrindo? — ela perguntou inocentemente. Sua resposta foi um sorriso mais alargado e uma mão envolvendo a sua. Então ela percebeu.

— O futuro... O que você vê? — ele perguntou e teve aquelas orbes verdes encarando-o de modo confuso.

— O que eu vejo? — falou pensativa — Talvez... Nós? — e sorriu. Ela e ele.

***

— Está na hora. Vá busca-la! — disse a projeção para o garoto — A Luz finalmente tomará o poder, o mundo finalmente será o caos.

E ele foi, seguiu as ordens, mesmo algo em seu coração contrariando-o.

— Ela é como um pássaro, não vai voar engaiolada... — murmurou ele — Não é mesmo Tekkl?

***

Estavam ele e ela, a sós, vendo as estrelas no céu. Sentiam o frio da noite encorajando-os a se abraçarem. Por que não? E se abraçaram. Ficaram assim por um longo tempo, no quase silêncio, havia o barulho de carros.

— Ei, o que acha que vai acontecer? — perguntou Emilly, com seu olhar perdido nas constelações de estrelas.

— Não sei, mas acho que vai ficar tudo bem. — Dick respondeu e deu-lhe um beijo em sua testa. Que merda é essa? Quem é ele pra beijá-la? Ela é minha.

— Vamos voltar Dick. Está ficando muito tarde... — ela sussurrou em seu ouvido. A pele do garoto se arrepiou com o toque de sua voz, não tinha como ela não sorrir com isso. Voltaram a caverna, tudo estava bem.

***

— Como assim NÃO a buscou ainda?! — exclamou uma voz masculina, computadorizada, estava furiosa.

— Não creio que aquele era um bom momento... — o garoto respondeu com simplicidade.

— Eu não me importo! Temos um prazo para a entrega, sabia?! — o homem continuava exaltado — O preço das informações contidas naqueles chips vale milhões. Finalmente vamos dar utilidade a eles, finalmente alguém está comprando o caos. ENTÃO TRATE DE NÃO FICAR ATRASANDO A LUZ.

— Sim senhor. Quando ela deve ser entregue? — foi sua última pergunta.

— Em três dias. Pare de brincar Klarion.

Vai ser divertido, acho...

***

Era tudo caótico.

— Não deixem leva-la!

Mesmo com esses gritos, foi inevitável. Não havia quem pudesse ajudar. Não havia Liga da Justiça ali, não havia força suficiente. Só o querer não era suficiente e no fim, levaram-na. E como se já não bastasse essa frustração de não conseguir proteger uma amiga, o sorriso daquele menino bruxo, vitorioso com olhos que diziam: “ela é minha".


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado.
E... Se quiser me incomodar um pouco, fazer uma leve pressão pra eu escrever um pouco mais rápido, vocês podem me twittar (sim, eu fiz um twitter hehe)
@mine_chung
Bem, ele é privado, mas é só me mandar uma MP (:

Beijinhoos!



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