Somente amigos (Yay?!) escrita por Mine


Capítulo 21
Capítulo 20 – Uma aposta


Notas iniciais do capítulo

Olá... Demorei um pouco, né? Desculpem-me...
Eu me diverti bastante escrevendo esse capítulo, espero que gostem (:
Boa leitura ♥



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Desespero. Era esse o cheiro daqueles corredores úmidos e escuros, os quais passos apressados eram ouvidos.

— Peguem as traidoras! — disse o menino bruxo a seus capangas encantados. Eles seguiram as ordens de seu mestre correndo atrás das fugitivas.

— Artemis, cuidado! — gritou uma das garotas empurrando-a. Um daqueles troncos encantados a pegou.

— Não! Lilian! — gritou Artemis, atirando uma flecha.

Como deu tudo tão errado? Pensava Lilian, droga. Outra árvore pegou Artemis. Uma fumaça colorida estava no ar, elas ficaram inconscientes.

Estavam no meio de uma missão, agentes infiltradas na Luz. Ou melhor, tentando chegar à Luz. Lembrem-se que a Luz estará sempre, sempre, um passo à frente. Era o que dizia Klarion aos “novatos”, recrutas, peões. A dominação do mundo estava próxima. O caos ia ser estabelecido. Deliciava-se com esses pensamentos, como se fossem uma grande taça de sorvete de morango.

Após alguns minutos andando, chegaram a um laboratório. As meninas foram presas, como se fossem parte de uma experiência. Encontravam-se em gaiolas de acrílico transparente, com alguns furos, parecia uma casa gigante de hamster.

— Mas que dor de cabeça. — murmurou Lilian ao acordar. — O que aconteceu?

“Ficaremos mais fortes juntas” aquilo foi uma promessa. Elas realmente ficaram mais fortes, contudo, não foi o suficiente. Lilian socou a parede de acrílico.

— Não sou um roedor para ficar aqui dentro! — gritou a menina com fúria. — Como tudo deu tão errado? —murmurou ela com a voz falha. As lágrimas estavam começando a sair, molhando a máscara que usava, fazendo com que caísse — Ficamos mais fortes, por que isso aconteceu?! — disse ela com raiva.

— Lil... — murmurou Artemis tocando no ombro da companheira.

— Não me chame de Lil! Eu sou a Emilly. Chega dessa coisa de identidade secreta! De que serviu? Eles nos descobriram, mesmo com nossos codinomes!

— A Luz está SEMPRE um passo a frente. — disse Klarion entre risos. As duas prisioneiras a olharam — Mas que lágrimas são essas? Corromperá sua pureza¹? Não deveria estar sempre espalhando alegria¹? — o menino bruxo dizia tentando provoca-la. Ainda teria sua vingança.

Dois meses atrás elas se infiltraram nessa organização, trabalharam duro para chegar pelo menos, próximo ao topo. Foram meses roubando, forjando assassinatos, aguentando as palavras repugnantes dos integrantes da Liga da Injustiça, aguentando as ordens da Luz. Tudo para salvar o mundo. E foi tudo um fracasso.

— Quero sair dessa casa de hamster, Artemis. — disse Emilly socando mais uma vez a parede de acrílico, ela sabia que socar não iria adiantar em nada.

Artemis simplesmente atirou uma flecha com explosivos, abalando as estruturas do cativeiro, porém, ele não caiu.

— Tolas, acham que vão conseguir fugir? A Luz está sempre um passo à frente. — disse o menino bruxo, fazendo carinho em Tekkl.

Sair daquela caixa parecia ser impossível no momento. Então ele jogou um feitiço aqui.

— Toda magia acaba. — murmurou Emilly para a amiga — Zatanna disse isso no treinamento, então, devemos apenas esperar, certo?

— Esperar quanto tempo, Emi? — perguntou Artemis.

— Eu não sei. Ele é forte... Pode ser um efeito de minutos, ou até mesmo anos... — respondeu entristecida — Talvez haja um modo de enfraquecer essa magia... — terminou de falar olhando pensativamente para cima. Parecia que Emilly tinha um plano — Não importa a sujeira, com tanto que saiamos vivas, não é? — perguntou um pouco travessa. A arqueira fez que sim com a cabeça. Que bom. Veremos quem pega quem primeiro.

Alguns dias se passaram e nada. Era como uma prisão. Tinha um banheiro sem janelas, a comida era passada por uma fenda, que podia ser fechada ou aberta pelo lado de fora. Só esperar. Está quase na hora.

— Quando eu der o sinal você atira — sussurrou Emilly para Artemis — e então, corra sem nem olhar para trás.

— Mas e você? — perguntou a companheira.

— Tenho alguns assuntos a tratar pessoalmente com Klarion... — explicou Emi para Artemis — M’gann estará a sua espera.

— Certo. Contamos com você. — disse a arqueira. Ela pensou em ajudar Emilly, mas percebeu que era uma rixa um tanto quanto pessoal.

Quando chegou a hora do almoço, abriram a fenda como de habitual. Emilly foi pegar os pratos e então segurou as mãos daquele que os entregava.

— Agora! — gritou ela se esquivando quando Artemis atirou a flecha, a qual continha uma espuma quente e roxa, que se expandiu e então endureceu, deixando o ser preso. A espuma foi o suficiente para expandir o material e dar espaço para as meninas fugirem. Artemis correu o mais rápido que pôde.

— Não preciso me preocupar mais. — murmurou Emilly apertando um botão, que fez as portas se fecharem. — Apenas eu e você, bruxinho.

— Acho que alguém precisa aprender as coisas da pior maneira... — disse ele se aproximando — Não é mesmo, Tekkl?

O garoto conjurou um feitiço, lançando bolas de fogo em direção à garota, que esquivou facilmente. Enfureceu-se. Atacou cada vez mais. Discos de energia roxa, mais fogo, mais substâncias desconhecidas e ela sempre desviando, permanecendo na defensiva. Não havia brechas em seus ataques, não havia erros. Tem de ter algum.

— Não vai encontrar erros. — disse Klarion arrogantemente.

— Quer apostar? — provocou Emilly.

— Um sorvete de morango, loirinha. — respondeu ele em mesmo tom. A garota se aproximava cada vez mais e tentou deferir um golpe no rapaz — Previsível demais... — a loira não deu ouvidos, apenas riu um pouco e continuou atacando, ele ia recuando. O jogo virou. Klarion estava ficando com menos espaço, cada vez mais perto da mureta — Não se intrometa, Tekkl! — gritou ele encostando suas costas na parede quando Emilly se jogou contra ele selando seus lábios. Primeiramente, o garoto estranhou. Achou confuso a garota tomar uma iniciativa desse tipo, mas logo correspondeu o beijo calmamente.

— Eu ganhei. — disse ela descolando seus lábios.

— Dane-se. — ele respondeu e a puxou para si.


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Notas finais do capítulo

Por favor, não me matem (:
Não pretendo formar um casal com eles, mas achei bem divertido brincar um pouco haha
Beijos (: