Somente amigos (Yay?!) escrita por Mine


Capítulo 20
Capítulo 19 – A decisão


Notas iniciais do capítulo

OOOEEEEE!!!!!!! MIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIL DESCULPAS POR DEMORAR TAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANTOOOOOOOOOOOOOOOOOO PRA POSTAR!
Eu sei que depois de todo esse tempo sem nada, o capítulo é pequeno, mas por favor, desculpem-me! E bem... Espero que gostem!



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Emilly já estava bem cansada, em choque, instável, carente. Estava muito mal, saber que tinha perdido mais duas vidas, só completou algo que se transformaria em depressão. Sua pressão estava baixando. A visão ficou turva, não conseguia andar. Quase caiu, se não fosse Aqualad... Obrigada. Vamos salvar as crianças. Foi o que conseguiu dizer antes de ter uma completa recaída.

A garota estava mais que confusa. Não conseguia olhar para si mesma, sentia nojo. Mas o que faria? A vida é um livro que escrevemos à tinta, não há rascunhos, não há como mudar o passado. Tudo o que estava acontecendo, era mesmo real? E se não fosse? A loira torcia para que fosse somente mais um sonho, não, pesadelo. Só mais um. Porque talvez assim, ela não se sentisse enojada, ou não se sentisse culpada, fraca, inútil, sozinha... Tudo seria uma simples e doce ilusão.

Ela olhou ao seu redor, já esteve lá antes. Aquele quarto de hospital sem enfermeiras e médicos... Estava no Monte da Justiça. Provavelmente eles deviam estar examinando-a, talvez a mandassem para terapia com Canário Negro. Típico. Já devem ter descoberto outros chips.

Sim, os chips. Não era somente aquele encontrado em seu braço, um lugar totalmente óbvio, estavam espalhados. Tinha nas costas, costelas, pernas... Pra quê tantos chips? Era o que ela se perguntava. A resposta qual seria?  Talvez fosse só mais uma brincadeira da Luz, talvez fosse sério. Podia ser um vírus alienígena que faria com que a humanidade toda se tornasse escravos. Quem sabe?

Devo ir mais afundo. Sei que me sentirei imunda. Sei que sentirei nojo.

— Vidas estão em jogo, não? — a garota se assustou. Estava tão perdida em seus pensamentos que nem percebeu a chegada do amigo.

— Você me conhece bem... — respondeu Emilly com um sorriso triste.

— Talvez você queira falar sobre isso? — ele recebeu somente um olhar como resposta. Já sabia tudo. Sabia que ela se sentia enojada, imunda. Sabia que ela tinha desgosto pelo acontecido. Ele julgava que o ocorrido não fora nada grave. Algo comum de se acontecer para salvar vidas. Claro, sentia-se incomodado, porém não poderia impedir o ato de justiça.

— Eu tenho nojo de mim, Dick... — murmurou a garota — Brincar com sentimentos... Isso não sou eu... Não foi certo, aliás, foi muito errado. Sou mesmo má?

— Não. — ele respondeu ternamente. Ela realmente não era má. Preocupava-se com as outras pessoas. Vidas dependiam daqueles atos. Essa era a opinião dele. — Você fez o que precisava. Queria tanto quanto a gente, salvar aquelas crianças. É o que fazemos, salvamos vidas. — ele chegou mais perto da cama e sentou-se em sua beirada. — Não se sinta mal por isso.

— Dick... O Klarion, por mais estranho que seja, também tem sentimentos... Eu vi com meus próprios olhos. Eu senti. — um breve e desconfortável silêncio incorporou o quarto. Eles não cruzavam olhares, não mais. Era como se a intimidade estivesse sendo distanciada, porém, a amizade seria a mesma. Continuavam sabendo o que cada um pensava, sentia ou aspirava. — Tenho que me infiltrar... — por fim, declarou ela, quebrando o silêncio.

— É o único jeito? — perguntou Dick, mesmo sabendo que ela já havia decidido.

— Não tenho mais nada a perder, não é mesmo? — ela retrucou com o mesmo sorriso triste. Sim, ela sabia que poderia perder tudo. Família, amigos, melhores amigos. Entrar como agente infiltrada nunca passaria em sua mente. Era muita coisa em jogo. Era um futuro em jogo.

— Não posso te perder, Emi. — respondeu ele com um baixo tom. Eram enfim somente amigos, porém queriam algo mais. Mas faltava a coragem. E Zatanna? Aquilo que sentia por ela era só um encanto, talvez fosse só mais uma tentativa de esquecer tal sentimento, afinal, não sabia o que poderia acontecer. Arriscar uma amizade tão boa por algo tão incerto. — Não quero te perder.

Essa insegurança não vinha só dele. Vinha dos dois. Ninguém estava disposto a dar o primeiro passo. Talvez ela desse e não obtivesse respostas, ou talvez apenas tentasse, contudo, o medo a impedia. O medo os impedia.

— Não quero te perder. — ele repetiu, dessa vez, a voz soou mais fraca. Queria ser forte. Não havia percebido o quão importante era essa garota. Como um velho ditado diz, só damos valor quando perdemos. Ele quase a perdeu. Não queria isso. Caso se infiltrasse, poderia não tê-la mais, ou ela iria para o mal, ou ficaria com o Lorde do Chaos. Ou... Poderia até morrer. — Não vá.

— Dick... A humanidade precisa sobreviver... Precisamos saber o que são esses chips e... Não dá pra arriscar testes aqui! É perigoso demais! Se for um vírus alienígena, sei lá... Ou se for um sistema hacker... Não dá para arriscar. — foi o que ela disse, com muita dor no coração. Lá no fundo, bem lá no fundo não queria ir. Queria ficar com ele. Para todo o sempre.

— E arriscar a sua vida... Pode isso? — perguntou ele triste, indignado. O ar daquela sala estava começando a pesar. Uma atmosfera angustiante. — Já disse que não posso te perder.

— Você tem a Zatanna. Não precisa de mim. — respondeu ela.

— Não é a mesma coisa. Ela NÃO é você. — contestou ele, também em alta voz.

E o silêncio voltou a reinar. Ela olhava para baixo, para aquele lençol branco acinzentado, ele, para o chão.

“Ela não é você”, essa frase não saia dos pensamentos de Emilly. Isso era quase uma declaração.

— Nada vai impedir você de ir? — perguntou ele. Estava abatido. Os dois estavam. — Por favor, pense com cuidado, pois não tem mais volta... — disse e saiu. Queria ter ficado mais um tempo com ela, mas se ficasse, não poderia pensar.

— Faria o que é preciso, não é mesmo? — sussurrou ela para si mesma.

— Vou com você. — disse Artemis entrando no quarto — É perigoso ir sozinha e, você precisa treinar mais. Seu corpo e mente não estão fortes o bastante. Um mês deve bastar. — terminou de falar. Era forte e segura por fora, ainda frágil por dentro, mas queria ajuda-la. Tinha um bom pressentimento sobre ela.

— Ficaremos mais fortes juntas. — disse Emilly.


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Notas finais do capítulo

E aí? Estou perdoada?
Bom meus queridos (as), eu gostaria de dizer que vou entrar em semanas de provas daqui a pouquinho e vou ter "milhares" de apresentações (faço ballet XD), então, quando começar as férias, vou tentar postar bastante pra compensar vocês!
Obrigada por serem tão lindos (as) comigo!
Beijoooos,
Amo vocês!!!!
~Mine (: