Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 9
Visita


Notas iniciais do capítulo

Mandem reviews! =)
*Bill e Sookie são personagens de Charlaine Harrys, autora de "Morto até o anoitecer".



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POV de Bella



Eu agradeci e saí da sala. Precisava ficar sozinha. Meditar, colocar a cabeça em ordem.


Pelo menos eu sabia que um dia me tornaria uma vampira, pensei. Ri internamente com a última palavra. Entristeci-me, por algum motivo, que eu já não sei qual é. Quer dizer, e se Edward tivesse voltado e simplesmente ficasse comigo por ficar, não por me amar. Eu saberia discernir isso? E se Alice tivesse tido uma visão vendo que eu não estaria mais com Edward?


 


Meu peito começava arder novamente. O buraco estava se abrindo, eu estava tendo dúvidas. Se isso tudo realmente acontecesse e ele fosse embora novamente, eu não iria suportar. Eu... não teria motivos para continuar vivendo. Não precisaria.


 


-    Bella... – Alice sentou-se ao meu lado na escada da varanda. – o que foi? – Ela me perguntava.


-    Ah, nada Alice. Estava só aqui pensando... – falei. Não queria deixa-la chateada por causa dos meu problemas.


-    Pode falar, sabe que pode contar comigo, Bella. – Ela me incentivava.


-    Certo... – murmurei. – vocês vão ficar? Tipo, ficar aqui em Forks e só mudarem quando for realmente necessário? – Minha angústia, agora tinha motivo.


-    Ah, Bella. Claro que vamos ficar. Só mudaremos quando for a hora. E, ainda não é. – Ela me garantiu.


-    Se vocês mudarem... eu terei de ficar aqui e... – meu peito ardia, era como se meu coração queimasse cada vez que essas palavras saíam de minha boca. – esquece-los de novo?


-    Bella. Se mudarmos, você irá com a gente. – Ela sorriu fraco. – Edward quer falar com você. Depois conversamos.


 


Alice se levantou e entrou na casa. Ela deu uma olhava fria e seca, quando passou por Edward.


 


POV de Edward


 


“Você é um idiota!” Alice me xingava.


“Como pôde falar aquelas coisas para ela Edward Cullen?!” Ela continuava me xingando.


 


Parei na porta e vi Bella sentada, encolhida, com os braços em volta dos joelhos. Quando estava chateada, ela sempre fazia isso.


 


-    Bells... – Falei.


-    Oi. – ela me respondeu seca.


-    Me desculpe. É só que, não vejo o porque de você se tornar uma de nós. – Falei.


-    Não vê? Como não VÊ? – Ela estava ficando vermelha e seus olhos lacrimejando e borrando toda a maquiagem. – Eu quero ficar com você por que TE AMO Edward Cullen! Eu amo você mais que tudo. Mais que minha própria vida! – Bella estava soluçando. Eu me senti realmente culpado e arrependido de ter tido aquela pequena discusão sobre ela se tornar ou não uma de nós.


-    Bella, eu também te amo. É só que, esse assunto me irrita... me deixa angustiado. – Admiti. – Eu gosto de você viva. Gosto do seu cheiro, do modo como você fica vermelha, do quente e da maciez da sua pele...


-    Mas, a cada dia, eu fico velha. Eu vou morrer de qualquer jeito Edward. – Ela parou, com os olhos estalados e cheios de lágrimas. – Você não... não... você não quer me transformar porque pretende ir embora de novo, não é? – Ela colocou a cabeça entre os joelhos. – Eu sabia. Mas saiba que, se você for embora, depois, quando quiser ter noticias minhas, nem precisa se preocupar em saber como vou estar. Porque eu já adianto: vou estar MORTA!


 


As palavras dela me atingiram como uma flecha no coração. Como ela teria coragem de se matar se eu fosse embora novamente? Era como se agora, mesmo com meu coração duro, gelado e morto... era como se eu não tivesse nada, como se ele tivesse sido arrancado do meu peito. Eu comecei arfar.


 


-    Nunca. Mais. Diga. Isso. – Falei pausadamente, tentando me controlar. A idéia de ter Bella morta, branca e fria, nos meus braços era horrível. – Eu nunca vou deixar você. Eu te amo. Falei aquilo porque gosto de você viva, mas então, já que foi decidido assim, você será transformada Bella. Eu quero você, INTEIRA, para SEMPRE ao meu LADO. – Segurei seu rosto borrado e beijei seus lábios. Era um beijo urgente, com menos cuidado do que antes. Bella retribuiu.


-    Eu te amo. – Ela me disse.


-    Eu também te amo. – Falei. – Vamos subir, daqui a pouco nosso visitante chega.


 


POV de Bella.


 


Edward colocou a mão em minha cintura e me levou para dentro. Eu subi até o banheiro e comecei a lavar o rosto, quando Alice entrou:


 


-    Ah, Bella. A maquiagem! – Ela choramingou.


-    Desculpe. Mas depois prometo que você e Rosalie podem fazer de novo, sempre que quiserem. – Sorri.


-    Sim, eu sei. – Ela deu um largo sorriso. – Você está melhor?


-    Estou. – Respondi.


-    Então vamos descer, nosso visitante já vai chegar. – Ela pegou minha mão e saímos do banheiro.


 


Enquanto esperávamos o meu professor-vampiro, Esme me chamou até a cozinha, para que eu pudesse comer alguma coisa. Nem das outras vezes que estive aqui, vi Esme cozinhar. Todos foram até a cozinha, Edward ficou o tempo todo do meu lado, assim como Emmet.


 


-    Estão fazendo o que? – Emmett perguntava para Carlisle, que também ajudava. – Isso tem um cheiro diferente.


-    São batatas fritas. – Eu respondi. – Como é o cheiro delas para vocês? – Rosalie me olhava.


-    O quê? É uma curiosidade... – Falei.


-    Bom, o seu cheiro é BEM melhor que o das batatas. Na verdade, é extremamente melhor. – Edward falou enquanto apoiava o queixo em minha cabeça.


 


Assim que saímos da cozinha – eu com um pote de batatas fritas na mão – alguém apareceu na porta. Alice foi atender, Edward fez questão que eu sentasse do lado de Emmett e dele, assim – segundo ele – eu estaria bem protegida. Não é para menos, eu do lado do Emmett me sentia uma anã.


 


O professor-vampiro entrou, cumprimentando Carlisle e a todos nós. Ele vestia uma calça social, sapatos e uma camisa estilo pólo. Estava com o cabelo penteado ao lado, caindo sobre um dos olhos azulados.


 


-    Eu sou Carlisle – o pai de Edward convidou-o a se sentar. – Esta é minha família. Esme, minha esposa; Alice e Jasper; Rosalie e Emmett; Edward e Bella. Mas você já os conhece.


-    Sim. Meu nome é William Compton. Sou de Bontemps, perto de New Orleans. – Ele se apresentou formalmente. – Eu não sabia que existiam tantos aqui. – Ele disse se referindo ao numero de vampiros em Forks.


-    Bom, nossa família é uma das maiores – vegetarianas – claro. No Alaska há outro grupo, são os Denali. Eles também são como nós. – Carlisle explicava.


-    Sim, bom, creio que estavam preocupados com o meu modo de sobreviver, digamos assim. – Bill, como ele pediu para ser chamado, falou.


-    Sim. Como você viu, procuramos manter a cidade segura, já que estamos aqui. – Edward disse apertando minha mão.


-    Não se preocupem, não mato humanos e meu autocontrole é eficiente. – Ele olhava para mim. – E também não vou e nem pretendo machuca-la. Não se preocupe. – Edward relaxou um pouco quando ouviu isso.


-    Se não é animais, como...? – Esme perguntava em relação a alimentação dele.


-    Bom, já ouviram falar do sangue sintético? – Ele perguntou.


-    Sim, ouvi uma certa vez. – Carlisle falou.


-    Então, este sangue foi desenvolvido por uma empresa japonesa... – Bill explicou.


-    Ah, sim. Usamos, de vez enquando, para engrossar ou deixar mais fino o sangue de uma paciente durante uma cirurgia. – O pai de Edward falou. – Então você aproveitou. Bem pensado.


-    Bom, por isso a tonalidade dos seus olhos é azulada? – Alice perguntou.


-    Sim. É por causa das substancias. O de vocês fica dourado por causa dos animais, certo? – Bill especulava.


-    Yep. Mas nunca experimentou caçar? – Emmet perguntou.


-    Na verdade não. Até uma certa época fui rebelde, se é que posso chamar assim, depois encontrei esse tipo de sangue e vi que podia em satisfazer. – Bill falou.


 


No geral, a conversa girou sobre isso. Edward estava concentrado vasculhando a mente dele, procurando saber se ele era realmente confiável. Eu não acho que ele oferecia perigo, Carlisle e Alice eram espertos e sabiam quando alguém estava fingindo ou não.


 


Há uma certa altura da conversa, quando Carlisle contava como era sua vida em Londres – detalhe para o fato de que ele contou somente sobre sua vida, a dos outros ele não mencionou – todos nós ríamos e estávamos bem ralaxados.


 


-    Mas então, fora você, Dr. Carlisle, quem é o mais velho? – Bill perguntava formalmente.


-    Me chame apenas de Carlisle. – Ele respondeu. – O mais velho, depois de mim, é o Edward.


-    Interessante. E, se me permitem, é incomum um vampiro conseguir manter uma relação com uma humana. Perdão só estou falando, porque acho muito impressionante. – Bill agora nos olhava.


-    Sim, isso exige um alto controle muito grande. Mas vejo isso como um preço. – Edward respondeu. Fiquei boiando Como assim um preço? Me perguntei mentalmente. – Bom, não sou forte sou suficiente para deixa-la, então, isso tem que exigir algo a mais de mim. – Um alivio percorreu minha espinha. Eu sorri para Edward.


-    Sim, sei como é. – Bill disse.


-    Você já teve alguma coisa com uma humana? – Perguntei. Todos me olharam incrédulos. – Ai gente, que mania, é uma pergunta ué.


-    Sim. Na verdade, ela chega em Forks daqui a dois dias. O nome dela é Sookie. Ela é garçonete de uma lanchonete em Bontemps. Ela é humana. – Nossa. Que legal, pensei. Isso é, inesperado. – Ela é uma humana um tanto estranha... – Bill ria.


-    Bom, de humana estranha, tem a Bella também. – Jasper riu. – Essa sim é bem estranha.


-    Ei! Deixem eu e minha “estranhesa” em paz ok? – Falei. – Porque você a acha estranha?


-    Bom, ela tem um senso de percepção muito, mas muito aguçado. – Bill falou.


-    Olha, ela é igual a Bella. – Emmett riu. – Essa aqui é estranha também...


-    A Bella também tem um senso de percepção bom, ela quase lê pensamentos. – Esme disse.


-    E, você não liga... de ficar, bom, agora você está no meio de oito vampiros. – Bill perguntou.


-    Não. Estou acostumada. – Respondi rindo.


 


Bill continuou contando sobre Sookie - a namorada humana dele - e como ela era um pouco desajeitada, não tanto quanto eu, claro. Ninguém me supera nisso, mas ainda dava para perceber. Depois que Bill foi embora, todos chegaram a conclusão de que ele era uma boa pessoa, ou melhor, vampiro. Edward me levou para casa e quando chegamos lá meu pai estava assistindo tv, outro jogo dos mariners.


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