Tears escrita por Lauren Reynolds
POV de Edward
Depois de um tempo, Bella dormiu. Eu fiquei olhando-a, ela estava tendo um sono calmo, como sempre costumava ter, quando eu seu diário em cima da mochila. Não seria desrespeitoso, já que ela disse que eu poderia ler, hoje, mais cedo, então, o peguei.
Abri na primeira folha:
“Bella, minha filha,
espero que isso ajude você a desabafar. Comigo funcionou, espero que com você funcione também.
Eu te amo... Mamãe.”
Na segunda folha, começavam as anotações:
“Uma semana sem o Edward.
Me sinto mal, na verdade péssima. Meu peito tem um buraco aberto, que sangra constantemente, que nucna vai fechar. Minha cabeça sempre gira, eu me sinto tonta. Acho que não vou suportar. Aliás, acho que não vou conseguir nem continuar a viver.
Sim, Bella, também não sei como fui capaz disso, pensei. Virei mais algumas páginas e encontrei uma página marcada.
“Caixa.
O dia foi lento, foi péssimo. Eu me arrastava da escola para casa, Charlie já não fala mais nada, nem tenta falar. Acho que ele tem medo de me magoar.
Quando fui dormir, lembrei-me do meu álbum de fotos. Abri e folheei. Sem fotos.
Isso foi o ápice. Eu devia imaginar, sem provas. Apenas minha caligrafia esta lá, falando das fotos que ele deveria estar. Quando olhava o álbum, senti um grande aperto, não agüentei e gritei.
Comecei a andar, afoita, de um lado para o outro, até que tropecei. “Típico de você Bella”, pensei comigo mesma. Só depois de ver se não tinha me machucado, é que vi o assoalho aberto. Dentro, tinha uma caixa.
E lá estavam elas. As fotos com ele.
Repassei-as várias vezes, meu coração se encheu novamente, mas ao mesmo tempo ardeu. Foi bom, de alguma forma, me senti mais perto dele.
Depois, vi os cd’s. Coloquei o meu no player e voltei a ver as fotos.
Edward... me senti reconfortada, me senti menos quebrada. Cheguei a sentir uma ponta de alegria.
Meu rosto corou, meu coração acelerou, as lágrimas caíram. Algum lugar lá dentro, estava ele. Minhas alucinações não faziam jus as imagens nas fotos. Ele era o meu deus grego.”
Continuei virando as folhas...
“Resposta.
Se um dia eu tivesse a chance de dar a ele uma resposta ao bilhete que estava dentro da caixa, acho que diria:
~Edward, meu primeiro e único amor,
Eu entendo todos os motivos por todos vocês terem partido e me deixado aqui.
Talvez você estivesse certo, talvez eu estivesse certa, talvez todos estivéssemos errados. Mas... eu entendo. Afinal, eu só sou uma frágil humana, não é?
Se você um dia chegar a ler isso, com certeza vai ter lido o resto do meu diário, vai saber como foi cada dia da minha vida medíocre sem você. Você vai saber que eu sempre, sempre e para todo o sempre vou amar você.
Talvez, se um dia eu voltar a ver você – não sei se estarei viva, morta, internada...- saiba disso, eu te amo. Nunca vou amar outra pessoa, como eu amei você. Se um dia, você chegar e não me encontrar, pode ser que eu tenha pirado e cometido uma loucura.
Meu Edward...”
Não conseguia raciocinar. Bella seria capaz de dar a própria vida pela minha ou, por não estar comigo. Se eu realmente soubesse que iria fazer esse mal a ela, nunca teria ido embora. Eu estava trêmulo. Minhas mãos estavam prestes a soltar o diário. Eu virei mais algumas folhas, até chegar a última anotação:
“Quase feliz.
Jake foi um idiota. Um idiota que – nunca – jamais quero ver de novo.
Se dizia meu amigo e era, me reconfortava quando eu estava mal, me dava apoio, saia e me divertia. Eu podia dizer que estava melhorando, mas não a ponto de cem por cento.
Depois do que Jacob fez, eu corri – de novo, uma das milhares de vezes – até a casa dos Cullens. Me sentia bem lá. Um pouco melhor, mas nada comparado a presença dele – do meu Edward. Eu chorei. Sentei em frente a porta grande e transparente de vidro, deixando que todo o desespero se esvaísse de mim. A essas alturas, eu tinha alucinações num estágio bem avançado. Meu subconsciente chegava a produzir imagens dele.
Foi quando eu ouvi me chamarem. Eu atendi, achando que eram minhas alucinações – de novo. Mas era bem real. Eles – Alice e Jasper – estavam lá, os dois, parados pelo lado de dentro da porta, me olhando.
Depois de alguns desmaios, por conta do meu coração, eu finalmente – em quase um ano – o vi. Lindo, estonteante, maravilhoso. Meu peito pode respirar tranqüilo, meu coração bater mais forte, meu rosto corar... me senti viva, bem... jamais curada, mas inteira. Eu não tinha aquele buraco que ardia.
Eu pude abraça-lo, beija-lo... como eu se eu nunca tivesse o visto.
Meu Edward...”
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